Existe ainda a estória de que o rei local, quando insatisfeito com alguém da corte, presenteava-o com um desses animais considerados sagrados, passando a visitar o presenteado em horas incertas a fim de verificar pessoalmente se o bicho estava sendo tratado com a atenção necessária.
O homenageado, coitado, que por razões óbvias se vira forçado a aceitar o presente do rei, dali em diante fazia das tripas coração para manter o animal sempre limpo e enfeitado, e o que é pior, procurando satisfazer seu apetite de tamanho e peso equivalentes às quase dez toneladas de carne e ossos que carregava. Em razão disso a expressão “elefante branco” passou a simbolizar inicialmente algo enorme e incomum, que incomoda e assusta pela sua inutilidade e que passou a representar a mais pura incompetência e descaso, com a forma como são tratados os bens públicos e os interesses dos cidadãos.
Joinville tem se esforçado em formar, cria r e engordar um rico e variado rebanho de elefantes brancos, que roliços, retouçam por todos os cantos da cidade. Na forma de hospitais sem funcionários, escolas sem professores, pontes ligando o nada a coisa nenhuma, obras inacabadas ou cuja construção e entrega a sociedade se alastra por meses e às vezes anos, sem que ninguém mais reclame, sem que ninguém seja responsabilizado. Sendo que aos poucos nos acostumamos a presença incomoda destes mastodontes inúteis e desnecessários.
Publicado no Jornal AN cidade
Meu amigo Jordi,
ResponderExcluirUm desafio a ser vencido para evitarmos novos e maiores "elefantes brancos" é estabelecer com a sociedade um diálogo maduro e sustentado, evitando que discursos fáceis e fantasiosos os encantem da mesma forma como encantados ficaram os índios com aqueles "espelhinhos" trazidos pelos portugueses.
Entre os mais perigosos discursos que eu tenho rotineiramente ouvido, e isso de pessoas bem colocadas na corrida eleitoral deste ano, é o dos elevados.
Tem candidato já falando até em numero e tamanho de elevados sem sequer entender ao certo para o que eles servem.
Corremos dois perigosos riscos no cumprimento dessas falácias eleitorais: O primeiro é termos belos e majestosos viadutos ligando nada a coisa nenhuma. Menos mal, terá sido apenas dinheiro publico jogado no lixo. O segundo é mais grave. Ao tentar fazer cumprir devaneios correremos o risco de criarmos em Joinville novos e mais agressivos monumentos a "inteligência" como são os casos dos viadutos da BR101, verdadeiras agressões ao bom senso e a razoabilidade.
Por fim, aproveitando essa minha “intromissão” no seu blog para pedir ao amigo que dentro do possível me auxilie na formação do nosso plano verde de governo.
Muitas idéias têm sido trabalhadas, mas contribuições de pessoas com seu grau de conhecimento serão muito importantes no acerto das medidas que estaremos ofertando a sociedade.
Grande Abraço
Engº Rogério Novaes
rogerio@novaes.com.br
Prezado Rogério,
ResponderExcluirCom certeza que o plano de governo de quaisquer candidato a prefeito desta cidade, deve privilegiar o cidadão, a qualidade de vida, a sustentabilidade e enxergar a cidade que estaremos construindo para as próximas gerações.
Sem esquecer a transparência e a honestidade, como pré-requisitos e não como pontos de programa.
Neste caso já temos alguns candidatos que ficariam de fora.
Abraço
Jordi