31 de março de 2008

O mapa do tesouro

De uma hora para outra, parece que todos ao mesmo tempo, tomamos conhecimento que o transito esta caótico, na realidade a própria denominação que implica movimento, fluxo, circulação ou passagem, tem perdido boa parte do sentido e ultimamente a visão que temos do transito esta mais ligada a filas intermináveis de veículos imóveis.

Cada um, com maior ou menor conhecimento e com a sabedoria que nós confere o ser usuário e vitima ao mesmo tempo, fazemos sugestões, nos ambientes mais diversos, desde rodas de amigos, conversas de boteco, no trabalho ou inclusive através da imprensa e dos demais médios de comunicação.


Entre as muitas propostas apresentadas, a única que parece que reúne ao mesmo tempo a unanimidade das opiniões e tem a vantagem adicional de estar sustentada pelo bom senso, e a que faz referencia a necessidade de estimular e priorizar o transporte coletivo. Como uma das alternativas mais eficazes para retirar o excesso de carros da rua.


Em Joinville, quem tenta utilizar o sistema de ônibus, se depara com alguns absurdos, que poderiam ser facilmente sanados. Um deles é a ausência de um mapa das linhas – e não vamos a aceitar que é difícil de implementar - A maioria das cidades européias de tamanho maior que o nosso, tem e ainda esta disponível gratuitamente nas estações de integração e nos locais de afluência de publico. Um mapa de fácil compreensão e simples de usar.


O sistema de numeração das linhas é de tamanha complexidade que ninguém se refere as linhas pelo numero, nos veículos é indicado o ponto de destino, lembrando ainda que é possível chegar ao mesmo ponto a partir de diversos itinerários. Porque diversos caminhos podem conduzir ao mesmo destino. A divulgação dos itinerários de forma a que fossem mais facilmente conhecidos, permitiria usar com mais facilidade o sistema.


Os pontos de ônibus estão sinalizados na maioria dos casos por uma pequena indicação, um totem, mesmo nos mais sofisticados, não existe indicação de quais as linhas que nele fazem ponto.


Imaginar que fosse possível divulgar os horários, mesmo que aproximados, seria um sonho, e nos aproximaria as outras cidades mais desenvolvidas, não imagino que possamos alcançar a perfeição a curto prazo, mais não devemos ter vergonha ao copiar outras cidades, inclusive no Brasil, quando trabalham com maior competência que nos.


Para resolver o problema do transito, será preciso alem de algum arrojo, saber desenvolver uma nova mentalidade que nos permita aproveitar as soluções simples, porque são elas as que nos levam a pensar em direções distintas das que tem seguido e a que tem nos acostumado os especialistas do tránsito urbano, nas ultimas décadas.


Publicado no Jornal AN Cidade

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