6 de junho de 2013

A polemica do crematório



Dois pontos ainda não ficaram claros e precisariam ser melhor apresentados no debate sobre a instalação de um crematório no cruzamento das ruas Tuiuti com a Santos Dumont  Por um lado o numero cada vez maior de famílias joinvilenses que optam por cremar seus mortos em cidades próximas que contam com o serviço, mostra haver demanda aceitação pela cremação. Pessoalmente estou convicto que é o melhor método. A prova disso e que tanto meu pai, como minha irmã foram cremados.

Não me parece por tanto que esteja em discussão a necessidade ou não de instalar um crematório em Joinville. Os impactos ambientais provocados pelos cemitérios e a necessidade cada vez maior de espaço faz que sejam necessárias alternativas, e o crematório é uma delas, entre outras possíveis.

O verdadeiro debate que se desenrola esta na oferta de apenas uma possibilidade de localização  e dos interesses ou vantagens que podem ser distribuídas. É evidente, ou deveria, que o debate para instalação ou não de um crematório em Joinville,fosse transparente, participativo e amplo, fugindo de cometer os erros cometidos até agora. O que esta sendo discutido é a instalação de um crematório num imóvel especifico e transferi-lo para outra esfera, não da forma clientelista e pontual como é tratado o planejamento urbano de Joinville.

Se o local previsto para sua instalação fosse as margens de uma BR, como já fizeram em Balneário Camboriu ou em Jaraguá do Sul, o debate estaria esvaziado.


Outro ponto que precisa também ser melhor esclarecido é a afirmação do Presidente do IPPUJ, que assevera: "O crematório é uma atividade institucional, não poluidora e de baixo impacto sobre a mobilidade".

A afirmação é estranha porque é difícil entender como um serviço prestado por uma empresa privada pode ao mesmo tempo ser considerada “institucional”. Interessante também que seja considerada não poluidora sem maior analise e com tanta tranquilidade e finalmente que seja considerada de baixo impacto para a mobilidade quando  quem já participou do velório, do enterro ou da cremação de uma pessoa conhecida e querida na sociedade deve lembrar bem do impacto no seu entorno, principalmente nesse quesito mobilidade. Mas como Joinville não tem pressa nem vontade em exigir o EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança) é mais cômodo dizer que não há impacto, ainda que seja uma irresponsabilidade sair fazendo este tipo de afirmações alegremente.

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