Fechado para balanço
Caixão, dize-se quando uma situação chega a um ponto tal em que a situação não tem mais solução. O jornal Folha de São Paulo publicou a noticia (em azul)
Cidade veta prédios após esgotar vagas para carro nas ruas
Balneário Camboriú (SC), um dos principais destinos turísticos do Sul, suspendeu por 30 dias a construção de prédios devido à falta de vagas para carro nas ruas.
A prefeitura diz que quer obrigar as construtoras a reservar parte das garagens dos novos edifícios para uso público. O decreto é válido para prédios com mais de dois andares no centro e em algumas avenidas da cidade e pode ser prorrogado por mais 30 dias.
O presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil da cidade, Carlos Haacke, diz que nenhum lançamento imobiliário deve ser adiado por causa do decreto, mas que o tema ainda não foi discutido com a prefeitura.
A situação que poderá chegar a ser verdade um dia em Joinville, se continuarmos a insistir em adensar pessoas numa cidade sem ruas e infraestrutura adequada para isto. A verticalização do centro tendo o céu como limite pode fazer que a falta de espaço para carros nas ruas, tenha que levar a futuras administrações municipais a medidas extremas como a tomada por Balneário Camboriu.
Duas considerações se fazem ainda necessárias:
1.- que tipo de planejamento tem esta cidade que não conseguiu prever um colapso como este?
2.- Que equipe técnica maravilhosa é esta, que eu gostaria de ter também aqui em Joinville, que em no maximo 60 dias deverá apresentar uma solução para um problema desta dimensão?
O exemplo deveria servir de alerta a Joinville e ao modelo de verticalização a todo custo.
O título deste post, é uma ideia de Dirk Henning, uma palavra tipicamente joinvilense, que expressa muito bem a situação. "Caixão!!!!"
A expressão "a vaca foi para o brejo" poderia ser perfeitamente substituído por outro: "Caixão".
ResponderExcluir"Caixão" no linguajar "sambaquiano" significa algo que não tem mais alternativa, acabou, morreu. etc...Pode ser usado isoladamente ou no começo ou fim de uma oração.
Curiosamente só percebi estes dias que este é um expressão tipicamente Joinvillense.
Blog também é cultura
Ha menos de dois anos atrás concluímos o projeto de lei que pretende implantar as leis que regulamentam a outorga onerosa adicional, transferência do direito de construir e, para as operações urbanas consorciadas em Balneário Camboriú. Um trabalho que passou por inúmeras audiências públicas e creio ser único. No projeto do Plano Diretor previa-se a obrigatoriedade da construção de áreas para vagas de estacionamento público em sub-solo nos novos empreendimentos na zona mais nobre de Blaneário Camboriú. Lá, como aqui, houve pressão na Camara de Vereadores e o item saiu do lei. A opção colocada pelo atual secretário de planejamento Auri Pavoni não é apenas corajosa, é vital para o futuro daquela cidade. Pelo menos lá alguém tem coragem para tomar titudes contra o poder da construção civil que praticamente eliminou os espaços para expansão da cidade. O TPC, como é chamada a nova lei tem como um dos potenciais viabilizar 200 milhões para obras de infra-estrutura nos primeiros 4 anos. Aqui em Joinville dá para fazer o mesmo, só falta alguém com coragem.
ResponderExcluir