A Sociedade das Blitze
Temos nos acostumado, com mansidão ovina a viver numa sociedade em que as blitze e as operações, mais ou menos espalhafatosas, formam parte do nosso cotidiano.
Esta forma de agir é o reconhecimento publico do pouco cuidado e da ausência de um trabalho regular, sistemático e consciencioso, para o cumprimento das obrigações e responsabilidades que devem ser do poder publico. Parece que grupos de gazeteiros vagueiam pelas repartições publicas, sem fazer o que deveria ser a sua obrigação e que de forma pontual e repentina, mas para mostrar serviço que para realmente fazê-lo, se lançam a rua para providos de coletes, proteção policial e um pouco da prepotência inerente a quem ocupa um cargo publico, para realizar operações pirotécnicas.
As recentes interdições de postos de combustível, que de ser certas as informações publicadas pela imprensa estavam em situação irregular durante meses e inclusive anos, mostram que a fiscalização foi omissa durante meses e que a sociedade não teve a proteção que espera do estado. As blitze que constantemente realizam as autoridades de transito para em nome de verificações de documentos, aumentar a confusão do transito em horários de pico, são uma prova mais desta forma peculiar de agir.
Os mutirões para por em dia os milhares de processos que se acumulam nas prateleiras do Fórum, ou as leis que pontualmente são propostas e aprovadas para regularizar todas as construções ilegais, construídas sem que a fiscalização tenha tomado conhecimento, ou sem que tenha agido e com isto evitado a ilegalidade.
A nossa sociedade tem se acostumado a esta forma de ser e de agir, a não fazer as manutenções corriqueiras, deixar estragar as coisas até que caem aos pedaços e depois refazer tudo de novo. Num mistura de improvisação e gastança.
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