5 de setembro de 2009

Dialogar



O Jornal A Noticia tem publicado varias cartas de leitores que tem comentado o texto Dialogar Sim, do Secretario Eduardo Dalbosco, as reproduzimos aqui:

Dialogar, sim

O texto “Dialogar, sim” (3/9), do secretário de Planejamento, Eduardo Dalbosco, é ingênuo ou mal-intencionado. Ingênuo se ele acredita que os espaços que são abertos para discussão na cidade têm mesmo potencial democrático, como ele afirma.

Quando as vozes se levantaram contra o aumento da tarifa de ônibus, quem foi ouvido? Quem são os representantes do Conselho da Cidade? A maioria dos representantes populares foi impedida de participar por questões burocráticas.

Uma gestão participativa e democrática está muito longe de abrir canais para diálogo com a população. Está apenas onde a população vive em diálogo e toma as decisões referentes ao seu cotidiano.

Douglas Neander
Joinville
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Eduardo Dalbosco, secretário de Planejamento de Joinville, escreveu em seu artigo que muita gente está “surpresa – talvez até atônita” com a “cultura participativa” instaurada pela gestão petista na Prefeitura.

Na cidade em que vivo, o prefeito aprovou o aumento na tarifa do transporte coletivo sem realizar o fórum para discutir o transporte. A Conferência da Cidade foi um completo equívoco, um jogo de cartas marcadas a favor da ordem política de exclusão das vozes dissidentes da cidade, ou seja, não sabendo viver com a diferença política. O artigo me deixou preocupado, pois acho que estamos vivendo em duas cidades diferentes..

Maikon Jean Duarte
Joinville
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Realmente, o governo PT já deixou muita gente atônita, como o próprio secretário de Planejamento, Eduardo Dalbosco, afirmou em seu artigo “Dialogar, sim” (“Palavra do Leitor”, 3/9), mas não com a surpresa de uma gestão democrática, nem participativa.

Devemos lembrar aqui dois fatos que surpreenderam a população: o decreto do aumento da água e, posteriormente, o decreto para o aumento da tarifa do transporte coletivo.

Quando o secretário fala em Estado dialogando com população, esquece de que os reais interessados são excluídos dessa conversa, durante a Conferência das Cidades. O único movimento social ativo na cidade de Joinville, o do Passe Livre, foi excluído por não ter CNPJ. Essa forma de dialogar, que restringe o diálogo aos donos da cidade, não é nada mais que uma máscara para o autoritarismo dos empresários; a população se vê excluída dessa “democracia” da gestão atual.

O governo Carlito em muito se parece com a gestão anterior, quando o então prefeito Marco Tebaldi. O que diferencia a gestão atual é que ela tenta mascarar uma falsa democracia, um falso diálogo com a população.

Bruno Marques
Joinville
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