18 de janeiro de 2009

Serendipite (2)


Em inglês costuma-se grafar “Serendipity”, enquanto em português se usam as formas Serendipity, Serendipite ou Serendipidade. E pode ser descrito como o efeito que acontece quando alguém descobre ou realiza acidentalmente algo positivo, especialmente se o seu objetivo era distinto do atingido. Em outras palavras quando algo da certo sem querer.

Cada vez mais tenho a sensação que estamos às portas de descobrir um novo modelo de gestão, a forma como são implantadas, executadas e gerenciadas as obras e as ações da administração municipal, parecem estar regidos pela serendipidade.

Vamos fazer algo, depois vemos como fica, e dependendo de como fica fazemos as mudanças, Claro que já aprendemos que as soluções apresentadas, não são resultadas de um estudo prévio, de um planejamento apurado e de uma implantação criteriosa e menos ainda de uma execução primorosa. Até porque os nossos leitores sabem que nunca a administração municipal tem agido desta forma. E não será esta a primeira vez.

As medidas tomadas deveriam ser Baratas. Lógicas e Simples, três princípios que tem se destacado pela sua ausência, na gestão publica. Na maioria dos casos chegam tarde, o atropelamento de final de mandato, deixou na cidade um mau sabor de boca, porque a maioria das obras poderia ter sido implantada, muito tempo antes. A improvisação e a imprevidência tem sido sim uma marca desta gestão que concluiu.

Fica a sensação que a prefeitura quando acerta, não o fez querendo. Pela mesma lógica teremos que aceitar que quando erra, tampouco o fez querendo é pura serendipidade.

É mais fácil entender como se gerencia a nossa cidade, mas fácil ainda justificar os resultados, porque é resultado do mais puro acaso.

Desta forma, podemos mudar a imagem negativa da gestão publica, e entender que tudo pode ser justificado, pela incompetência, pelo atabalhoamento e principalmente pelo modelo de gestão adotado.

Pode ser que com o tempo a serendipidade, passe a formar parte dos modernos manuais de gestão publica. Que Joinville passe a ser um referencial, um modelo a ser seguido. Na iniciativa privada não tem se mostrado um modelo viável, nem para administrar uma quitanda.

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