23 de janeiro de 2009

Punir sem educar




Quando a cidade de Joinville assumiu a responsabilidade de municipalizar a gestão do transito, o discurso e o objetivo eram que aqui poderíamos administrar melhor, que os recursos aqui arrecadados ficariam aqui e todo aquele bla, bla, bla, que você já conhece e que não precisamos repetir.
Passados alguns anos, temos conseguido deixar o transito pior do que já estava, alem de continuar dividindo com as policias civil e militar mais da metade dos recursos. Não parece que Joinville, tenha feito o seu trabalho, com a competência e capacidade que lhe são características.

A prioridade da gestão do transito deve ser a de educar, antes que punir, é a determinação do Código Brasileiro de Transito e deveria ser a linha mestre da política municipal de transito.
A velocidade nas nossas ruas principais, os chamados eixos, esta limitada a 60 km por hora, o que não impede que sejam colocadas lombadas eletrônicas, equipadas de câmaras fotográficas para que em alguns pontos, a velocidade seja reduzida a 40 km horários. Pode parecer interessante, mas não é inteligente. Por citar dois exemplos numa mesma rua. Na Rua Prefeito Helmuth Fallgater, foram instaladas duas lombadas destas que tem como único objetivo arrecadar, senão vejamos,uma delas esta instalada na frente de um colégio estadual e a outra na frente de uma igreja.

Só em alguns horários pontuais e bem conhecidos, existe fluxo de pedestres na frente de ambos locais. Se o objetivo das lombadas e facilitar que as pessoas possam atravessar a rua, neste caso os veículos não devem reduzir a velocidade e sim deter se completamente. Seria mais eficiente, instalar um sinaleiro de botão, um equipamento simples, barato, quando não tem sobre preço, que obrigue os veículos a parar completamente, só quando existam pedestres e desta forma permitir a passagem de crianças e freqüentadores do culto.
Sem ter que o brigar a reduzir a velocidade no meio do nada, a meia noite, ou as 10 da manha, em períodos de férias escolares, nos sábados e domingos ou fora dos horários de culto.
As lombadas cumprem o seu serviço durante 24 horas, sete dias por semana, 12 meses por ano, para que? Para arrecadar e poder desta forma manter a estrutura municipal de transito que hoje se converteu num fim em si mesmo.
Algo que poderia ser simples e barato, se converte numa maquina de arrecadar, quase 12 milhões no ano 2008, o objetivo passou a ser buscar o dinheiro daquele que circula na velocidade prevista. Estamos punindo sem educar.

Publicado no Jornal A Noticia

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