29 de junho de 2008

O meio fio sumiu


As obras eleitoreiras que a prefeitura municipal esta realizando as presas antes de entrar de cheio na campanha eleitoral, tem em comum vários pontos.
O açodamento da sua execução, trabalhos feitos as presas, sem muito planejamento e quase sempre pela metade, entregues inclusive incompletos e principalmente o padrão de qualidade, a que esta administração de uma forma pertinaz tem nos acostumado.
A recente repavimentação asfaltica realizada entre outras, na rua João Colin e um dos melhores exemplos, soterrado por camadas e camadas de asfalto, o anterior e o atual, o meio fio a deixado de existir.
O meio fio tem a importante missão entre outras de proteger em ultima instância o pedestre que se aventura a caminhar as nossas calçadas, frente a um veiculo que perca o controle. Permite o direcionamento das águas de chuva, para os bueiros, que eventualmente tenham permanecido operacionais e cumpram a sua função.
A desaparição dos meio fios, tem convertido nossa cidade num lugar menos seguro, os carros podem subir nas calçadas em praticamente quaisquer ponto da rua, sem que seja preciso o rebaixamento da guia, não existe lugar seguro para os pedestres.
Aos poucos depois da quase extinção dos ciclistas a cidade inicia a caça ao pedestre, esta espécie que se empenha em sobreviver no ambiente hostil em que Joinville tem se convertido.
As ruas sem sombra de árvores, as calçadas convertidas em pistas de obstáculos, agora podemos acrescentar a falta dos meio fios.
Sem a contenção precária que o meio fio oferecia os carros podem tomar os espaços que antes pertenciam aos pedestres, os dos ciclistas já faz tempo foram tomados e a cidade vai se convertendo aos poucos num ambiente menos humano, mais agressivo, menos habitável.

Espanha Campeã





A Espanha ganhou a Eurocopa 2008

O máximo goleador David Villa,
o goleiro menos vazado Iker Casillas
e venceu na final a Alemanha por 1-0

O uso de bens publicos


Me deparei com a noticia absurda da utilização de bens públicos, transportados por um veiculo a serviço do municipio e carregados por funcionarios publicos. Com o objetivo de equipar o comité de campanha de um candidato a prefeito municipal. Acompanhando o desenvolvimento dos acontecimentos, lembrei de uma frase do Sérgio Porto, mais conhecido como Stanislaw Ponte Preta.
"No Brasil as coisas acontecem, mas depois, com um simples desmentido, deixaram de acontecer."
Confesso que fiquei abismado, com a estultícia das pessoas envolvidas, que só pode ser explicada pela certeza da impunidade e ao mesmo tempo gratificado com a resposta da sociedade.
Quem sabe ainda temos solução e Stanislaw Ponte Preta, não estaria certo.

28 de junho de 2008

O transito em Joinville

esta ficando bem pior....
Não é falta de aviso, é falta de gestão mesmo e de prioridade,
mas esto não é novidade para a media dúzia de leitores deste blog.
A falta de planejamento, de uma politica que priorize o transporte coletivo e de um projeto consistente de mobilidade urbana, que fuja da cosmética eleitoreira em que esta gestão mergulhou de cabeça. Nós conduzem a passos firmes e constantes em direção ao caos.
Não é falta de aviso, é falta de competência e de prioridade mesmo.
Mas podemos ficar tranquilos, porque não chegamos ao fundo do poço.

Brasil republicano

República significa coisa pública e não "cosa nostra".

Franco Montoro
As vezes as palavras, são muito parecidas e levam a engano, as vezes o pensamento comete um "ato falho" e acontecem erros que obrigam a intervenção do Ministério Publico, da sociedade, ou da imprensa.
Porque falar de Cosa Nostra, nos deixa mais perto dos mafiosos, que dos homens probos e honestos. Coisa Publica, significa de todos, também de você.
Claro que algumas vezes as pessoas tem uma enorme facilidade em confundir o publico com o privado, e acaba dando confusão e se faz preciso devolver o que se usou indevidamente. Claro que se ninguém percebe é mais comum deixar todo do jeito que esta. Para ver si cola.

24 de junho de 2008

de Peter Drucker


Não existem países subdesenvolvidos. Existem países subadministrados.

Será que esta frase também pode ser aplicada a estados e municípios?

ciclo enganação


Não é preciso acrescentar nenhum comentario a esta imagem, a ciclo enganação começa ou termina no meio do nada.
Uma ciclofaixa que não tem começo, tampouco tem fim.
Os ciclistas são alternativamente jogados da ciclo faixa, para a calçada ou para a rua.

Ciclovia, Ciclo faixa e Ciclo enganação.

Joinville já foi a cidade das bicicletas, aos poucos temos conseguido acabar também com esta Joinville de outrora.

Não sem esforço, aos poucos temos conseguido expulsar as bicicletas das nossas ruas e do nosso quotidiano. Primeiro pela priorização do carro e pelo domínio gradual de um modelo de transito mais violento, mais agressivo. Depois pela falta de investimentos que permitam ao ciclista circular com um mínimo de segurança, evitando que precisem disputar nas ruas o seu espaço com carros, motocicletas e inclusive com ônibus. A lei do mais forte vence.

No passado Joinville contava com algumas ciclovias, pedaços esparsos de caminho que uniam porções do nada a partes de vazio. Trechos inconclusos de ciclovias que nunca foram concluídos e que não estavam integrados entre sim. Convertendo circular em bicicleta, cada vez mais, em um jogo arriscado, com final previsível.

Que numa cidade plana como Joinville, não se priorize e se estimule o uso da bicicleta é um desatino, e deveremos pagar um preço alto no futuro, por tanta bobagem como estamos vendo e fazendo.

A nova intervenção da prefeitura municipal, no que se deu o nome de ciclo faixa e que tem como único objetivo, puder apresentar na corrida eleitoral, que se aproxima, a informação errada e tendenciosa, que Joinville aumentou nesta gestão os quilômetros destinados aos ciclistas. Nada mais longe da verdade.

As chamadas ciclo faixas não são mais que ciclo enganações, que em nada estimulam o uso da bicicleta, que não oferecem segurança ao ciclista e que continuam sem estar integradas a nada.

Não cumprem a sua função e servem só para garantir para o discurso vazio e irresponsável. É perigoso acreditar que este tipo de intervenções terá outro resultado que não seja desestimular ainda mais o uso da bicicleta e aumentar o numero de acidentes de transito envolvendo ciclistas.

Os responsáveis técnicos destes projetos, aqueles que os implantaram e as autoridades que autorizaram a sua construção devem ser responsabilizadas, não só pelo mal uso de recursos públicos, também e muito especialmente por colocar em risco a vida dos cidadãos.

Temos bons exemplos de ciclovias em cidades próximas de nós como Blumenau e Balneário Camboriu, mas defendo o direito das nossas autoridades de cometer os seus próprios erros e a não querer aprender com os acertos dos outros, sempre que isto não envolva recursos públicos.

Reunião de trabalho no domingo


O prefeito Marco Tebaldi convocou para uma importante reunião de trabalho a todo o primeiro escalão da prefeitura municipal, reforçado com a importante presença do deputado estadual Darci de Matos, seu candidato a sucede-lo.
Nada mais inútil e descortês com os secretários que tiveram ainda que sacrificar o domingo. Na verdade se a prefeitura trabalha-se normalmente, sem meia jornada. Ninguém teria precisado abandonar as suas famílias e a tranquilidade do lar, para realizar uma reunião, que pelo bom senso deveria ter sido realizada no horário normal de expediente.
Este costume de querer mostrar serviço no finalzinho de mandato, é típica de quem não fez o que devia durante o periodo normal. É coisa típica de preguiçoso, ou de quem pouco trabalha, aquele que durante todo o ano escolar, ou mandato, dependendo do cargo, ando gazeteando e que ao chegar o período das provas finais, tem que estudar toda a noite, para tentar compensar o tempo em que faltou a aula.
Se a prefeitura não trabalha-se meio expediente e não enforca-se tudo que é feriadão, não precisaria tentar eludir os joinvilenses, convocando uma reunião de trabalho em pleno domingo, para fazer de conta que trabalha e chamando ainda a imprensa para que divulgue e noticie.
Uma pena que o prefeito, neste lânguido final de mandato, se empenhe em querer nos convencer que ainda tem tempo de fazer tudo o que não fez nos mandatos em que governou esta cidade.

22 de junho de 2008

No estadão deste domingo


Um texto de João Ubaldo Ribeiro a reprodução do texto de João Ubaldo Ribeiro no Estadão deste domingo:

Pode ser que ele esteja maluco

Sei que, para os lulistas religiosos, a ressalva preliminar que vou fazer não adiantará nada. Pode ser até tida na conta de insulto ou deboche, entre as inúmeras blasfêmias que eles acham que eu cometo, sempre que exponho alguma restrição ao presidente da República. Mas tenho que fazê-la, por ser necessária, além de categoricamente sincera. Ao sugerir, como logo adiante, que ele não está regulando bem do juízo, ajo com todo o respeito. Dizer que alguém está maluco, principalmente alguém tido como sagrado, pode ser visto até como insulto, difamação ou blasfêmia mesmo. Mas não é este o caso aqui. Pelo menos não é minha intenção. É que às vezes me acomete com tal força a percepção de que ele está, como se diz na minha terra, perturbado da idéia que não posso deixar de veiculá-la. É apenas, digamos assim, uma espécie de diagnóstico leigo, a que todo mundo, especialmente pessoas de vida pública, está sujeito.

Além disso, creio que não sou o único a pensar assim. É freqüente que ouça a mesma opinião, veiculada nas áreas mais diversas, por pessoas também diversas. O que mais ocorre é ter-se uma certa dúvida sobre a vinculação dele com a realidade. Muitas vezes - quase sempre até -, parece que, quando ele fala "neste país", está se referindo a outro, que só existe na cabeça dele. Há alguns dias mesmo, se não me engano e, se me engano, peço desculpas, ele insinuou ou disse claramente que o Brasil está, é ou está se tornando um paraíso. Fez também a nunca assaz lembrada observação de que nosso sistema de saúde já atingiu, ou atingirá em breve, a perfeição, até porque está ao alcance de qualquer cidadão, pela primeira vez na História deste país, ter absolutamente o mesmo tratamento médico que o presidente da República.

Tal é a natureza espantosa das declarações dele que sua fama de mentiroso e cínico, corrente entre muitos concidadãos, se revela infundada e maldosa. Ele não seria nem mentiroso nem cínico, pois não é rigorosamente mentiroso quem julga estar dizendo a mais cristalina verdade, nem é cínico quem tem o que outros julgam cara-de-pau, mas só faz agir de acordo com sua boa consciência. Vamos dar-lhe o benefício da dúvida e aceitar piamente que ele acredita estar dizendo a absoluta verdade.

Talvez haja sinais, como dizem ser comum entre malucos, de uma certa insegurança quanto a tal convicção, porque ele parece procurar evitar ocasiões em que ela seria desmentida. Quando houve o tristemente célebre acidente aéreo em Congonhas, a sensação que se teve foi a de que não tínhamos presidente, pois os presidentes e chefes de governo em todo o mundo, diante de catástrofes como aquela, costumam cumprir o seu dever moral e, mesmo correndo o risco de manifestações hostis, procuram pessoalmente as vítimas ou as pessoas ligadas a elas, para mostrar a solidariedade do país. Reis e rainhas fazem isso, presidentes fazem isso, primeiras-damas fazem isso, premiers fazem isso. Ele não. Talvez tenha preferido beliscar-se para ver ser não estava tendo um pesadelo. Mandou um assessor dizer umas palavrinhas de consolo e somente três dias depois se pronunciou a distância sobre o problema. O Nordeste foi flagelado por inundações trágicas, o Sul assolado por seca sem precedentes, o Rio acometido por uma epidemia de dengue, ele também não deu as caras. E recentemente, segundo li nos jornais, confidenciou a alguém que não compareceria a um evento público do qual agora esqueci, por temer receber as mesmas vaias que marcaram sua presença no Maracanã.

Portanto, como disse Polônio, personagem de Shakespeare, a respeito do príncipe Hamlet, há método em sua loucura. Não é daquelas populares, em que o padecente queima dinheiro (somente o nosso, mas aí não vale) e comete outros atos que só um verdadeiro maluco cometeria. Ele construiu (enfatizo que é apenas uma hipótese, não uma afirmação, porque não sou psiquiatra e longe de mim recomendar a ele que procure um) um universo que não pode ser afetado por cutucadas impertinentes da realidade. Notícia ruim não é com ele, que já tornou célebre sua inabalável agnosia ("não sei de nada, não ouvi nada, não tive participação nenhuma") quanto a fatos negativos. Tudo de bom tem a ver com ele, nada de ruim partilha da mesma condição.

Agora ele anuncia que, antes de deixar o mandato, vai registrar em cartório todas as suas realizações, para que se comprove no futuro que ele foi o maior presidente que já tivemos ou podemos esperar ter. Claro que se elegeu, não revolucionariamente, mas dentro dos limites da ordem (?) jurídica vigente, com base numa série estonteante de promessas mentirosas e bravatas de todos os tipos. Não cumpriu as promessas, virou a casaca, alisou o cabelo, beijou a mão de quem antes julgava merecedor de cadeia e hoje é o presidente favorito dos americanos, chegando mesmo, como já contou, a acordar meio aborrecido e dar um esbregue em Bush. Cadê as famosas reformas, de que ouvimos falar desde que nascemos? Cadê o partido que ia mudar nossos hábitos e práticas políticas para sempre? O que se vê é o que vemos e testemunhamos, não o que ele vê. Mas ele acredita o contrário.

Acredita, inclusive, nas pesquisas que antigamente desdenhava, pois os resultados o desagradavam. Agora não, agora bota fé - e certamente tem razão - depois que comprou, de novo com o nosso dinheiro, uma massa extraordinária de votos. Não creio que ele se julgue Deus ainda, mas já deve ter como inevitável a canonização e possivelmente não se surpreenderá, se lhe contarem que, no interior do Nordeste, há imagens de São Lula Presidente e que, para seguir velha tradição, uma delas já foi vista chorando. Milagre, milagre, principalmente porque ninguém vai ver o crocodilo por trás da imagem.

Cultura inutil

Um estudo recente conduzido pela Unesp - Botucatu mostrou que cada
brasileiro caminha, em média, 1.440 km por ano.

Outro estudo feito pela Associação Médica Brasileira mostrou que, em
média, o brasileiro toma 86 litros de cerveja por ano.

Isso significa que, em média, o Brasileiro faz 16,7 km por litro.

ciclo faixa vs ciclo enganação


No meio do nada surge uma ciclo faixa, que do mesmo jeito que começa termina, unindo o nada a coisa nenhuma.
Estas soluções representam perigo para os ciclistas e para os motoristas.

21 de junho de 2008

Pensando em Joinville


Dar dinheiro e poder para o governo é como dar whisky e as chaves do carro para adolescentes.

P. J. O´Rourke

Se o orçamento municipal de Joinville nunca foi tão elevado, se nunca um prefeito tive a sua disposição tantos recursos e se na Câmara de Vereadores, nunca gozou de uma maioria tão folgada, que lhe permite aprovar, sem problemas, mesmo as propostas e leis mais esdrúxulas.
Poderíamos considerar que a situação é semelhante a um bando de adolescentes apostando corrida de carros, na Avd. Beira rio as 3:00 da manha, depois de ter bebido muitos cubas e varias vodkas.
O resultado pode ser imprevisível.

20 de junho de 2008

Tem pesquisa no blog

Para acompanhar e conhecer a opinião dos nossos leitores, colocamos uma pesquisa no blog.
Opine.

18 de junho de 2008

Os bons administradores


É pratica comum entre os nossos administradores públicos escolher para gerenciar as finanças publicas pessoas que tem sua origem profissional na iniciativa privada, empresários, ou com experiência no setor financeiro. Com a esperança que incorporarão ao serviço publico os seus conhecimentos e suas praticas e desta forma a gestão dos recursos públicos será melhor e mais eficiente. Mesmo que a pratica seja corriqueira, não parece a melhor.
Quanto mais não ganhariam os nossos prefeitos se na sua busca pelos mais competentes gestores, não voltassem os seus olhares e procurassem bem mais perto. Existem no quadro efetivo, funcionários muito mais capazes, brilhantes administradores, que ao longo de anos de vida dedicada exclusivamente ao serviço publico, sem nenhuma outra atividade remunerada conhecida, tem conseguido amealhar pequenas fortunas, dependendo tão somente do seu salário funcional.
O mérito destes "tios patinhas" gigantes da economia, que com um salário em geral discreto, conseguem ano trás ano, acrescentar ao seu patrimônio bens moveis e imóveis dignos de paxás.
São nestes funcionários dedicados, que os administradores devem se voltar para buscar os melhores gestores dos recursos públicos, para que possam realizar, com as sempre exíguas receitas municipais, o mesmo milagre que mês a mês, com primorosa administração e com zelo exemplar, conseguem realizar com os seus recursos pessoais.
Vergonha deve ter aqueles, outros funcionários, que tendo os mesmos anos de casa e recebendo praticamente o mesmo salário, não conseguem nem adquirir uma casa na praia, uma boa lancha, nem circular com um carro do ano e ainda oferecer a sua esposa um outro veiculo de potencia e valor semelhante. A mesma vergonha que devem sentir por não poder oferecer, com a mesma freqüência e magnanimidade, a amigos e conhecidos, fartos churrascos e festas nababescas.
Na verdade estão na frente dos nossos olhos, quais são os gestores que devem rapidamente ser promovidos, porque os seus exemplos reluzem e suas virtudes e logros não podem, nem devem permanecer ocultos, devem ser mostrados e compartilhados com todos, para que possamos nos regozijar e aprender, com as suas dotes de administradores públicos brilhantes.

Publicado no Jornal A Noticia

A saude....numero um em preocupação do Joinvilense

A SAÚDE NO BRASIL É ASSIM....
NUM HOSPITAL PÚBLICO QULQUER....
...você sabe do Celso ?...
- Bom dia, é da recepção?
- Sim, no que posso ajudar?
- Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre um paciente. Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...
- Qual e o nome do paciente?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem...
- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto 302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.
- Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que posso ajudar?
- Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.
- Ok, meu senhor, vou consultar o prontuário do paciente... Um instante só! Hummm! Aqui está: ele se alimentou bem hoje, a pressão arterial e pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico responsável assinará alta em três dias.
- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família!?
- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do 302!
É que todo mundo entra e sai desta merda deste quarto e ninguém me diz porra nenhuma. Eu só queria saber como estou.....

17 de junho de 2008

Uma frase de Winston S. Churchill

"Um homem é tão grande quanto as coisas que o deixam com raiva."
W.S. Churchill
Ultimamente parece que todos estamos começando a ficar um pouco maiores, porque tem aumentado sensivelmente a quantidade de coisas que levam as pessoas a se manifestar. Um bom sintoma.

Que cidade queremos...

No interior da grande cidade de todos está a cidade pequena em que realmente vivemos.

15 de junho de 2008

A lei e as mudanças

A irresponsável facilidade com que as leis são mudadas aqui em Joinville faz que seja cada dia mais difícil, se fazer quaisquer previsões sobre o que possa vir a ser o nosso futuro, sobre qual será o modelo de cidade em que viveremos e quais serão os princípios legais que vão reger o nosso convívio e as nossas relações.
Cada vez mais poderemos nos limitar a fazer exclusivamente previsões sobre o passado, porque o futuro será cada vez mais imprevisível. Que hoje não se possa construir um centro comercial numa região, não quer dizer que isto não possa mudar amanhã e mudar de novo depois de amanhã.
Alguns exemplos desta situação são, além de curiosos, esclarecedores. Recentemente foi alterado o zoneamento de uma pequena região localizada no entroncamento da Rua 15 de Novembro com a Rua Aquidaban. O motivo? Um empreendedor queria construir um hotel no imóvel e a legislação não permitia. O Executivo municipal rapidamente enviou para a nossa Câmara de Vereadores um projeto de lei alterando o gabarito e o zoneamento para poder atender o desejo do empreendedor, mesmo existindo outros muitos imóveis que poderiam receber o investimento.
A lei foi alterada sem nenhum estudo mais aprofundado e a nossa Câmara de Vereadores, em nome do desenvolvimento econômico ,votou em bloco. Hoje, tempo depois, o empreendimento não saiu do papel, o empreendedor não adquiriu o imóvel e todos por aqui ficamos com aquele olhar perdido de trouxa que foi iludido e que faz de conta que não entendeu o que aconteceu.
Do mesmo modo e com a mesma celeridade a nossa administração municipal encaminhou projeto de lei, sem o correspondente embasamento legal e sem os estudos necessários imprescindíveis de impacto de vizinhança, para alterar o uso de um único imóvel na rua Araranguá para receber a Secretaria da Saúde. A lei, de novo sem debate e sem discussão, foi alterada rapidamente e até agora a Secretaria não se mudou integralmente para o imóvel, que nem é da municipalidade. Situação de novo constrangedora, que mostra o quanto de improvisação e de servilismo existe na nossa forma de tratar os assuntos da cidade e como o planejamento urbano virou um grande jogo em que os interesses particulares são sempre colocados a frente dos interesses coletivos.
O próximo capítulo desta novela será provavelmente o que em nome de um novo shopping pode levar a mudança na legislação de uso e ocupação do solo., numa ação que produzira milionários do dia para a noite.

Publicado no Jornal A Noticia

14 de junho de 2008

Um parque para Joinville

84 % dos joinvilenses que responderam a pesquisa no blog, prefeririam que o parque que Joinville tanto precisa fosse centrico, bem localizado, atendido pelo transporte coletivo. O local preferido pela maioria é o espaço que actualmente é ocupado pelo 62 BI.

Transito e Álcool

Que a Guarda Municipal de Joinville, opte por trabalhar exclusivamente na região central e em horário comercial, deixando a cidade desprotegida ao se por o sol, não ajuda muito a garantir e preservar a segurança do transito da nossa cidade. Parece mas uma decisão burocrática, que não considera os horários e os locais que são responsáveis por um maior numero de acidentes e de vitimas.

Por outro lado as ações que com maior frequência tem realizado, tanto a guarda municipal, quanto a nossa policia militar, tem um claro viés arrecadador, a exigência legal da informar, prevenir e educar, esta muito longe do que vemos no dia a dia. Na realidade o erro se inicia no modelo atual que tem convertido a receita originaria das infrações de transito em fonte de custeio para pagar inclusive salários e despesas correntes, o que obriga a arrecadar em blitzes e outras artimanhas matreiras, que em nada ajudam a desfazer esta imagem.

No caso da Conurb, praticamente nada sobra, do que é arrecadado com multas, destinado quase tudo a manter a empresa, que no passado recente, não precisava recorrer a estas fontes de recursos para o seu custeio.

Como todo os recursos são necessários, para cobrir as despesas, nada sobre para campanhas e ações preventivas. Seriam bem vindas por exemplo iniciativas que por médio de cartazes e avisos, alertassem nos locais de consumo de bebidas alcoólicas, do risco que representa dirigir depois de beber, seria altamente educativo, se no estacionamento destes estabelecimentos, a Guarda municipal, se se dispusesse a trabalhar a noite, realizasse ações informativas, de caráter preventivo, aonde os jovens poderiam realizar testes de alcoolemia, antes de dirigir, que serviriam de alerta e ajudariam para que entre os jovens possam se desenvolver a consciência do risco que representa misturar álcool com direção e principalmente evitariam que dirigissem depois de ter ingerido álcool.

São estas ações educativas e muitas outras que podem ser propostas pela sociedade, as que podem ajudar a mudar a atual situação. As ações punitivas e arrecadadoras, alem de ajudar a construir uma imagem deturpada do Código Brasileiro de Transito, contribui a distorcer o papel da Guarda Municipal e da Policia Militar.

13 de junho de 2008

Cidade sem lei


Parafraseando nosso presidente, “Nunca antes na historia de Joinville...” Sinceramente estou começando a acreditar que nunca antes vivemos um período em que a falta de ética, de moral e de valores cívicos, tenham estado mais presentes na vida desta Joinville outrora pacata, ordeira e trabalhadora.

A facilidade com que, se mudam leis, se permuta imóveis e se dispensam licitações, para beneficiar a uns e outros. Sempre a poucos e ainda amigos do rei, assustam e surpreendem.

É triste que Joinville esteja na pauta quase diária do Ministério Publico, por situações que poderiam ser evitadas, se o planejamento, a organização e a transparência fossem de novo a nossa pratica diária.

Que a vinda da Universidade Federal, que deveria ser motivo de alegria para todos, se veja envolta em duvidas e suspeitas, as mesmas duvidas e suspeitas rodeiam a implantação de uma subestação que deveria atender a suposta demanda emergencial, das indústrias que, se previdentes fossem, também deveriam ter previsto com antecedência este aumento da demanda que teria sido planejada e contratada dentro dos prazos normais, sem precisar descumprir o ordenamento legal.

Mais graves são as constantes alterações das leis municipais, que hoje estão deixando a cidade convertida numa colcha de retalhos e fazendo do planejamento urbano um quadro inadministravel e caótico. A implantação de uma torre de 15 andares em desacordo com a legislação municipal, representara um novo pólo gerador de trafego, numa região que hoje já enfrenta problemas muito graves. Caso seja autorizada a alteração da legislação para a implantação de um Centro Comercial em local não permitido, estaremos contribuindo a criação do caos urbano.

Mais preocupante ainda é a facilidade com que as leis são alteradas em nome de um interesse publico, que mais esta para interesse particular e econômico.

O que é mais grave as alterações contam com o beneplácito e o estimulo das autoridades municipais, que com sua atitude convertem a Joinville numa cidade sem lei. Uma sociedade que constantemente altera a legislação cria uma forte insegurança nos cidadãos de bem e o resultado desta situação é uma Joinville que cresce desordenadamente ao bel prazer e de acordo com interesses pontuais e particulares. Um navio a deriva que avança sem rumo.

Aos leitores que recebem o blog por e-mail

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12 de junho de 2008

O Antigo e o Velho

O Antigo e o Velho

Numa cidade com pouco mais de 150 anos, como Joinville, a história mais antiga está presente demais. É fácil em esforço de memória ou perguntando aos mais velhos recuperar os nomes e as anedotas de cada uma das poucas gerações que formam a nossa história.

É neste contexto em que se situa o debate entre o que é velho e o que antigo, ou, em outras palavras, o que tem valor e deve ser preservado e o que pode ser destruído em nome do progresso. Não é uma escolha fácil numa sociedade como a nossa, que está destruindo a passos agigantados a sua memória, porque tudo parece velho, sem que nada ganhe a categoria de antigo.

Em culturas e sociedades com uma história mais longa e rica que a nossa, a diferença entre o velho e o antigo, muitas vezes é de mais de dez séculos. Fica fácil, portanto, estabelecer uma linha clara e bem compreendida, mesmo pelos menos esclarecidos.

Joinville está terraplanando a sua memória e está perdendo os referenciais que um dia podem servir para contar a história do que foi esta cidade. Há dificuldade para reconhecer entre a velharia e o que representa parte da nossa identidade e da nossa herança. Faz que em nome do progresso estejamos soterrando partes do passado, que seriam alicerces do futuro.

Poucos dos casarões que conferiam a Joinville um ar senhorial e aristocrático, construídos ao longo da rua Procópio Gomes, permanecem em pé e dos que permanecem, a maioria está em péssimo estado de conservação e de uso.

Quase nenhum dos jardins que tanto impressionaram ao presidente Affonso Pena na década de 30, quando visitou Joinville e a chamou "Cidade Jardim do Brasil" mantem o seu encanto e a sua cor. Quase nada queda da rica vida cultural de outrora, da qualidade dos nossos artesãos e da riqueza cultural, que fizeram desta uma cidade grande.

Vivemos uma invasão de trogloditas culturais, que em nome do desenvolvimento, não estão deixando pedra sobre pedra, da sua passagem fica só um rastro de destruição e ignorância, que nos transporta as épocas mais escuras da história. Joinville não merece que estes aiatolás do concreto, estes fundamentalistas ignaros que destroem tudo ao seu passo, tenham feito desta terra o seu alvo.

A cidade em nome do progresso tem dado passo a uma nova fisionomia, que parece renegar do seu passado e da sua origem. Uma Joinville que parece condenada a ficar velha, sem ter tido a oportunidade de um dia alcançar a elegância clássica, que está reservada só aquelas cidades que foram capazes de tomar as decisões certas para equilibrar preservação e desenvolvimento. Preservando o velho, para que um dia possa chegar a ser antigo.

Publicado no Jornal A Noticia

Espaços para o lazer

É normal encontrar nos nossos centros comerciais, famílias completas, que a falta de espaços públicos adequados, tem feito destes templos do consumo o seu espaço de lazer.

Se por um lado é elogiável o empenho em oferecer espaços que possam suprir a carência de espaços públicos adequados e com qualidade, devemos lembrar, que não é possível imaginar que estes espaços destinados ao comercio, possam suprir as necessidades de uma população que cresce órfã de lazer.

Ao ver estas famílias, que transitam pelos corredores dos Shoppings, olhando as vitrines e os produtos em exposição, com valores, muitas vezes acima da sua capacidade consumo. Não posso deixar de fazer algumas reflexões. Sobre como as nossas cidades e Joinville, em especial, tem sido abandonadas pelas suas administrações municipais.

A discussão não é mas a falta de espaços públicos para o lazer e o descanso, na forma de praças e parques. A verdadeira discussão deve ser a falta de espaços públicos dignos e de qualidade, as nossas calçadas esburacadas oferecem mais perigo que segurança para os pedestres que nelas se aventuram. A arborização urbana, quando existente, esta em mau estado, sem manutenção e ainda ameaçada pelo próprio poder publico que dela é responsável e por ela deveria zelar. As poucas praças que existem, estão abandonadas, sucatadas a espera de faustuosas reformas.

Esta situação, me lembra uma historia que escute recentemente numa viagem. Quando abriram os primeiros grandes supermercados na Tunísia, no norte da África, as famílias se voltaram a freqüentá-las, famílias completas, pais, avós, filhos e netos, entravam em turbilhão nos novos templos do consumo, cada um da família escolhia um carrinho e se dedicava a percorrer com paciência de beduíno, cada um dos corredores, selecionando e escolhendo os melhores produtos, comparando preços, avaliando qualidade. Depois de horas de conscienciosa labor, a família em bloco se dirigia aos caixas, para um vez na frente deles, abandonar, tranquilamente os seus carrinhos abarrotados de produtos. Para desespero de gerentes. Sem comprar nada. Satisfeita a sua vontade, preenchido o seu tempo de lazer, numa deliciosa brincadeira, num ambiente seguro, climatizado e sofisticado, num agradável programa familiar.

Aos supermercados resta a tarefa de recolocar cada produto no seu correspondente lugar. As famílias resta a volta pra casa, cansados depois de uma longa caminhada, comentando com barulhenta algazarra a variedade dos produtos e a riqueza da oferta.

Fiquei com a impressão que as famílias tunisinas tinham encontrado o espaço de lazer que lês era negado.

10 de junho de 2008

Hilario


Hilário é a expressão que me veio na cabeça, quando pouco depois, que o Grupo RBS, tomasse a iniciativa de liderar um processo, e abrir a discussão com a sociedade, da necessidade que Joinville tem de ter no mínimo, um parque, digno deste nome. A prefeitura municipal com o açodamento e a improvisação que nesta gestão lhe são característicos, lançou, ou melhor, dizendo relançou por enésima vez um pacote de "parques" para de esta forma dar uma resposta à sociedade e fazer de conta que esta agindo neste e em outros temas.
Destacar inicialmente a diferença na forma e no conteúdo das duas iniciativas, em quanto o grupo RBS, abre a discussão com a sociedade, perguntando o que o Joinvilense quer? Aonde quer? Como deveria ser? O que deveria ter num parque?
A prefeitura e sua formidável Ekipetknica, sem escutar a sociedade, apresentam uma serie de propostas, que em muitos casos, não são mais que reformas, em outros são intervenções menores, praças e obras de urbanização, mas que salvo duas exceções não merecem o nome de parques, não se propõem cumprir a função de lazer e pulmão verde que a cidade tanto precisa.
Na maioria dos casos, os projetos, não só não acrescentam área verde, senão que ainda reduzem a quantidade de árvores existentes no local, o que representa um retrocesso.
O maior erro desta administração é o de ter deixado de escutar a sociedade, de ter se afastado dos Joinvilenses, na realidade a demanda por áreas de lazer e parques, não é nova, tem mais de 15 anos e que esta administração municipal, tenha concentrado o anuncio das novas intervenções, no limiar do período eleitoral, sinaliza claramente que esta é uma ação politiqueira, não é resultado de um plano estratégico de preservação do verde, de humanizar a cidade e de estimulo a ciclistas e pedestres.
É uma ação pontual, mais voltada a criar um fato, o que hoje tem se dado em chamar um factoide, não esperemos que nenhum destes parques seja concluído a curto prazo, mais podemos ter a certeza que serão inaugurados, mesmo que incompletos, nos dias prévios as eleições municipais.
As questões que devem ser colocadas, são estes os parques que Joinville quer e precisa? Porque só depois que o grupo RBS lançou a sua campanha, a prefeitura começa a acordar do seu letárgico torpor?

9 de junho de 2008

Joinville é bom demais?

A cada dia que passa o jornal A Noticia, ganha novos e melhores articulistas, pessoas que sem deixar de amar Joinville, tem a clareza de enxergar, por debaixo de oficialismo da imprensa oficial, uma outra cidade mais perto da real, da Joinville do nosso dia a dia.
Sem que se possa enxergar nestes comentarios e nestas opiniões uma visão catastrofica ou negativista, é possivel acreditar que uma outra Joinville é possivel e que cada vez uma parcela maior da população compartilha esta visão.

O texto brilhante de Valdete Daufemback, merece ser lido com carinho e compartilhado. Foi publicado no Jornal A Noticia no dia 28 de Maio de 2008.


Joinville esbanja predicados na construção de sua imagem publicitária e, utilizando-se da estratégia de seleção e omissão de espaços e ângulos sociais, sempre tentou se diferenciar das demais cidades do Estado. Na década de 1970, disputava com Blumenau o lugar de melhor município de Santa Catarina. A descendência germânica, a arquitetura, os clubes de tiro, as festas, as emissoras de rádio e televisão compreendiam características que movimentavam a concorrência das duas "cidades irmãs". Até mesmo o futebol foi um ícone de competição. Da união do América e do Caxias nasceu o "time forte", o Joinville Esporte Clube, que não parava de acumular vitórias sobre os times menos estruturados, enchendo de orgulho a população joinvilense.

Este feito "espetacular" coincidiu com o período de crescimento industrial capitaneado pelos governos militares. Era a política do Estado de bem-estar social atuando por meio da idéia da conciliação entre capital e trabalho. Trabalhar em uma grande indústria era o sonho de milhares de operários, pois, além do salário, o trabalhador e sua família poderiam usufruir da infra-estrutura da empresa, como a cooperativa de consumo e a associação esportiva e recreativa.

Mas as recreativas das empresas, além de proporcionar às famílias dos trabalhadores o bem-estar, cumpriam o papel de reunir os operários em um ambiente fora do expediente de trabalho, resguardando-os da presença e influência dos sindicatos. Nesse sentido, a recreativa cumpria uma função disciplinadora. Assim, o trabalho e o lazer estavam disponibilizados no mesmo lugar, para o conforto e a segurança de todos. Desta forma, a predominância do lazer privado impulsionava os trabalhadores ao desejo de pertencer às empresas que oferecessem espaço para praticar esportes no tempo livre.

A política neoliberal pôs em curso novas categorias de valores fundados em critérios econômicos de representação global. A reestruturação do capital e a incorporação de novas tecnologias caracterizaram a emergência na configuração de produtividade nas empresas. As demissões em massa e a presença da terceirização mudaram a concepção nas relações de trabalho. Nesse contexto, também a utilização das recreativas foi reinventada, passando de uso restrito aos trabalhadores e familiares à função terceirizada, com a abertura ao público em geral.

Afora as recreativas, restavam poucas opções de espaços de lazer. O parque infantil situado ao lado do Ginásio de Esporte Abel Schulz, no centro da cidade, depois que se transformou em "obra de arte", virou um lugar pouco reconhecido pela população. As praças no centro da cidade, depois que foram revitalizadas, tornaram-se lugares áridos. As árvores e o gramado com seus caminhos tortuosos foram substituídos por pedras expostas ao sol, refletindo calor, por onde as pessoas mais transitam do que se socializam. Sem contar que essas praças não são públicas, pois se alguém quiser ocupá-las para alguma atividade precisa de uma licença da Conurb. Nos bairros, as praças foram praticamente esquecidas pelo poder público. Não há, portanto, em Joinville, muitas opções de lazer em espaços públicos. Lembrando que a partir da Constituição brasileira de 1988, o lazer é um direito de todo cidadão.

Até os anos de 1990, a população joinvilense conhecia dois parques públicos destinados ao lazer: o Parque Zoobotânico e o Parque Municipal Morro do Finder. No período do segundo mandato do governo Freitag (1992/1996), na lista de prioridades apontadas pela população nas reuniões do orçamento regionalizado, a construção de um espaço de lazer ficou em segundo lugar, perdendo apenas para a necessidade de saneamento básico. Para suprir essa carência, uma área privada foi passada ao setor público municipal para ser construído o Parque Caieira, no bairro Adhemar Garcia. No entanto, passados poucos anos da euforia de sua inauguração, o que foi feito do local? A população continua reivindicando uma área de lazer, como apontou a pesquisa realizada pelo Instituto de Planejamento Urbano de Joinville (Ippuj) para a elaboração do Plano Diretor de município. A reivindicação de um espaço de lazer assumiu o terceiro lugar na lista de prioridades, ficando atrás da saúde e da educação.

O município - que se orgulha de ter a cidade mais populosa do Estado, o maior pólo industrial, de ser o maior arrecadador de impostos - mostra a fragilidade com que trata seus cidadãos, embora anuncie que "Joinville é bom demais".

( vdaufen@terra.com.br )

Novo Shopping em Joinville

Definitivamente, temos uma forte dificuldade para aprender, por isto cometemos uma e outra vez os mesmos erros.

Novamente agora quando Joinville se vê frente a noticia da vinda de um novo empreendimento milionário, vemos reaparecer as mazelas e os trambiques habituais.
Caso se confirme que o empreendedor adquiriu de fato um imóvel, numa área que não permite o tipo de investimento que pretende e que para isto a lei devera ser alterada para atender as suas necessidades, estaremos frente a uma burla, como alguém investe na compra de um imóvel, em que não é possível instalar o empreendimento que pretende?. Só a certeza absoluta da mudança da lei, que pode justificar uma temeridade destas. De que serve a lei, se ela pode ser mudada ao bel prazer dos interesses pessoais de uns e de outros? Desprotege-se aos cidadãos, se retiram de uma canetada só, os direitos conseguidos ao longo de anos. Ou será que definitivamente, Joinville é agora uma pequena cidade interiorana, que administrada por pusilânimes, muda ao bel prazer regras, leis, normas e costumes, para agradar a quem vem de fora. Atitude típica de fracos, quando não de corruptos.

Para qualquer empreendedor é melhor comprar áreas com um determinado perfil e potencial de construção e depois altera-lo com o beneplácito das autoridades de plantão, comprando barato e valorizando o imóvel e o investimento, pela alteração da lei.

Com relação a necessidade de realizar estudos de impacto de vizinhança, a prefeitura de Joinville e notadamente o IPPUJ, tem fugido de cumprir a lei, porque a lei caso fosse aplicada, reduziria a praticamente zero a margem de manobra do executivo municipal, para mudanças de uso e ocupação de solo, para alterações de gabaritos e outras praticas que nesta administração municipal tem sido pratica corriqueira. Inclusive com o apoio da nossa nobre Câmara de Vereadores, num papel de subordinação que a empequenece e a desprestigia.

Joinville dispõe de áreas adequadas para este tipo de empreendimentos, bem localizadas desde o ponto de vista viário e de fluxos, não se justifica que uma vez mais o tecido urbano seja alterado para beneficiar a um e outros. Novamente a cidade sofrera a curto e a médio prazo o impacto de decisões pontuais que a tolhem e descaracterizam.

8 de junho de 2008

Joinville, hoje e amanhã

O Jornalista e Historiador Apolinario Ternes

Publica no Jornal A noticia de Joinville no dia 23 de maio este texto, brilhante como sempre, porem neste caso especialmente importante. Força ao leitor a uma reflexão profunda sobre o futuro desta cidade. Postamos o texto na integra.


Para complementar os esboços da semana passada sobre possibilidades e expectativas em torno do futuro, cabem referências e comentários no âmbito menor, da realidade local. Não sobre o Brasil, em temporada de acasalamento com o "futuro" - como nunca antes na história deste País - , mas sobre Joinville, a ex-colônia Dona Francisca, outrora conhecida como Cidade das Flores.

O futuro de Joinville, sabem os que aqui vivem e trabalham, é razoável. Basta conferir as transformações vividas pela cidade nos últimos anos. Nascida para ser agrícola, em 1851, conforme planos de seu fundador, a colônia se transformou em cidade industrial, após breve período como entreposto comercial, na virada do século 19 para o 20.

Acompanhando os ciclos da economia brasileira, por sua vez a reboque da economia mundial, Joinville acabou na linha de frente do processo industrial. Foi assim até o final da década passada, na outra virada de século e milênio. Dali em diante, ensaia mudanças. Elas acontecem, puxadas mais por discursos do que por atos e fatos. Por algum tempo, sempre será possível manter as aparências. Depois, se exige profissionalização e é preciso mostrar resultados. Joinville está na última fase, a dos resultados. Que são poucos, como se constata em todos os lugares: na educação, na saúde, na infra-estrutura, na cultura, no turismo e no meio ambiente.

O futuro imediato não é difícil vislumbrar. Serviços, educação, saúde e turismo deverão movimentar a economia, ainda que a base industrial continue isso mesmo, a base. A prova disso é que a GM anuncia sua fábrica de motores, e o discurso oficial é de entusiasmo, com incentivos generosos. No século 21 e em economias competitivas, a GM pediria licença e cumpriria um caderno de exigências. Trata-se de um tipo de indústria do século passado. Desinteressante, poluidora e geradora de (poucos) empregos, antigos. No entanto, aqui, para o poder público...

Hoje, Joinville tem pouco a aplaudir. Apesar da retórica disso e daquilo, temos recordes de homicídios, situação crítica na saúde, trânsito congestionado, rios poluídos, terceiro turno na educação, escolas interditadas e não temos um só quilômetro para uma caminhada segura. A cidade bonita e campeã existe apenas no discurso político, não na vida real do cidadão. Estamos saindo de um tempo de marketing exaustivo para outro, talvez longo, da mesma coisa.

Em 2015, ou daqui a sete anos, teremos, então, duas ou três salas de aula no "campus" da UFSC na Curva do Arroz. Ou alguém acredita que teremos aulas ali em 2009, como prometido? Até 2015, teremos um ou dois dos dez parques que hoje existem apenas no papel. Até 2015, a Cidadela da Cultura estará reformada, com paredes reconstruídas e pintadas. Antes de 2015 - vale o otimismo - , a biblioteca pública terá verba para atualizar o acervo, a estação ferroviária, enfim, restaurada, terá alguma destinação cultural.

As ciclovias, em 2015, permitirão que joinvilenses se desloquem entre um e outro bairro, bem como o acesso ao mirante - com restaurante no topo, de que se fala desde a década de 1980 - atenderá aos locais e visitantes. As festas de outubro, em 2015, retornarão ao calendário. A Festa das Flores será reestruturada, o Festival de Dança e a Escola Bolshoi continuarão rendendo dividendos. Até 2015, as calçadas do centro serão recuperadas, aposte nisso.

Em Joinville, o maior partido político do País e que detém o governo do Estado, está importando candidato para a eleição de outubro. O que comanda a Prefeitura não tem candidato. Como explicar tais paradoxos? Desgaste de marketing?

Joinville continuará mais fabril do que turística. Mesmo com o setor de serviços continuando a crescer, a economia terá na indústria o seu fundamento. A educação não crescerá tanto quanto cresceu na última década, e o setor da gastronomia terá de se profissionalizar ainda mais. O setor público precisa superar o desafio da burocracia, do nepotismo cruzado, da ineficiência e do planejamento zero. Isso depende da política e, em política, não é o Brasil que está atrasado, é o mundo que anda para trás. Vejam a França de Sarkozy, os Estados Unidos de Bush e a Rússia de Putin.

Joinville tem muito pouco a comemorar. Hoje e amanhã. É melhor pular para 2015. E mesmo lá, não conte com o rio Cachoeira despoluído.

( aternes@terra.com.br )

Henry Kissinger

A partir de uma frase de Henry Kissinger,

" O ilegal nos fazemos imediatamente. O inconstitucional leva mais tempo"

poderiamos acrescentar o imoral fazemos diariamente...

Eça de Queiroz

Os políticos e as fraldas devem ser mudados
freqüentemente e pela mesma razão.

3 de junho de 2008

Ponto Facultativo

Um dos pontos menos compreendido e aceito pelo contribuinte, e o decreto de pontos facultativos, em outras palavras, a traves de um decreto municipal se permite que os funcionários públicos possam não trabalhar em dias, que para a iniciativa privada são dias úteis. Implica ainda que estes dias não sejam recuperados, ainda só trabalha quem quer, mesmo que isto seja subjetivo, porque a maioria dos serviços públicos estão fechados, por tanto nem querendo seria possível trabalhar.

No histórico recente, praticamente nenhum funcionário publico, tem aberto mão do “direito” sagrado de não trabalhar.

Para embolar um pouco mais a cabeça de contribuinte, a prefeitura tem adotado algumas praticas, pouco comuns, por exemplo, se um feriado cai num sábado ou num domingo, a prefeitura tem decretado ponto facultativo um outro dia no meio da semana, como aconteceu no final do ano passado, para celebrar o dia do funcionário publico, ou ainda agora ao decretar ponto facultativo a quinta feira.

Ainda para que esta situação, chegue a um ponto que linda com o hilário, se define que os serviços essenciais serão mantidos. Se aceitamos que alguns serviços são essenciais, aceitamos também que todos os demais, alias a imensa maioria, são totalmente prescindíveis.

O que nos leva de volta ao debate, sobre quais são os serviços públicos realmente necessários, quais poderiam ser terceirizados, quais deveriam ser privatizados e quais são totalmente inúteis e só servem para que a prefeitura municipal de Joinville seja o maior empregador da cidade.

No passado recente, as entidades empresariais, especialmente a ACIJ, mantinham uma posição firme, contraria a criação de novos feriados e o farto decreto de pontos facultativos. Não tenho tomado conhecimento, de nenhum posicionamento publico novo, neste sentido, o que é uma pena, porque a posição firme das entidades representativas do setor produtivo, tem sido a única que tem gerado uma certa pressão e tem inibido um pouco a farra facultativa.

Acredito que os tradicionais valores do trabalho, da seriedade e da responsabilidade, ganhariam um importante reforço, se o prefeito de plantão, fosse mais parco ao decretar pontos facultativos. A cidade ganharia muito e a imagem do funcionalismo publico, ganharia muito mais ainda.

2 de junho de 2008

Urbanidade (*)



Urbanidade é uma palavra interessante, por um lado faz referencia ao que é urbano, em oposição a ruralidade, de fato a partir que a população passo a migrar de uma forma maciça para as cidades, passamos a formar parte de uma sociedade urbana.

A mesma palavra se usa também para definir a forma de comportamento, inclusive passou a ser sinónimo de boas maneiras.

Os dois sentidos estão intimamente ligados, ao passar a viver em sociedades urbanas e compartilhar também espaços mais próximos, foi preciso estabelecer normas de comportamento, que servem para facilitar o relacionamento entre as pessoas.

Muitas das ações e atitudes que num meio rural, com uma densidade de população menor, poderiam ser toleradas, são hoje incompatíveis com a vida na cidade.

Por outro lado o conceito de urbanidade envolve também situações novas que são resultado da vida na cidade, resultado da verticalização e que influem na nossa educação e nas relações entre as pessoas.

Na medida em que avançamos no espaço dos demais, ou que com as nossas ações podemos interferir na vida dos outros, se cria uma linha tênue, quase invisível, que divide o agir com urbanidade ou ser um anti-social, um incivilizado, porque o sinônimo de urbanidade é civilidade.

Quando jogamos lixo na rua, quando no transito dirigimos de forma perigosa, mesmo que sem cometer nenhuma infração, ou quando mantemos a musica excessivamente alta, depois das 8 da noite.

Quando não mantemos limpa a nossa calçada, inclusive quando não cumprimentamos o vizinho que encontramos no elevador, estamos contribuindo para perder parte da civilidade, que é imprescindível para facilitar o convívio entre as pessoas que formam parte de uma comunidade.

A perda da qualidade de vida que tanto nos preocupa, não acontece de uma hora para outra, é o resultado de uma perda gradativa, de pequenas perdas, aos poucos deixamos de enxergar o muro grafitado, o papel no chão, o saco de lixo rasgado, O buraco na calçada, a sujeira, o abandono.

A cidade vai se deteriorando aos poucos, não tendo outros responsáveis que nos mesmos, que aos poucos vamos perdendo a educação, a urbanidade e depois de perder a civilidade, nos convertemos numa sociedade de incivilizados.ue nos mesmos, que aos poucos vamos perdendo a educaças, aos poucos deixamos de enxergar o grafite no muro, o papel no ch

Aposta arriscada

Custa de entender e de aceitar que uma cidade com a pujança que Joinville tem, tenha que conviver ainda com situações incompatíveis, com o elevado nível de qualidade e de excelência que esta sociedade busca e cultiva.

A Prefeitura Municipal promoveu uma serie de mudanças no transito da região central, a sinalização é feita por cavaletes de madeira, que alem de não apresentar nenhuma segurança, não dispõem de pintura refletiva, nem tem nenhum tipo de iluminação a noite. Representando por tanto um perigo para motoristas como para os pedestres. A falta de sinalização horizontal e vertical é uma constante na maioria das ruas da cidade, a falta de manutenção periódica, aumenta a insegurança. Um triste exemplo é o abandono em que seencontram as faixas de pedestres na frente das escolas publicas, uma administração organizada, pintaria as faixas no período de ferias, para que na volta as aulas os alunos e as suas familias encontrassem a maior segurança.

Seria compreensível, este tipo de solução provinciana e precária, se Joinville fosse uma pequena cidade interiorana, sem meios, sem capacidade ou sem o conhecimento técnico, da legislação e das exigências do código brasileiro de trânsito. Se Joinville não dispusesse da guarda municipal e dos meios técnicos e humanos necessários.

Recentemente, quando uma das arvores localizadas na beira rio, deslizou sobre o talude, os técnicos de transito da prefeitura, colocaram os mesmos cavaletes, no meio da rua, sem outro tipo de sinalização, sem placa vertical que indique a necessidade de reduzir a velocidade, que avise do perigo a frente, sem cones, em fim sem tomar as medidas de segurança necessárias, imprescindíveis e previstas no Codigo Brasileiro de Transito, que estabelece tamanhos, cores, materiais e distancias.

Parece que a prefeitura, esta com a sua omissão, propiciando que um acidente aconteça, esquecendo que ela pode ser responsabilizada pela sua ineficiência.

Mais grave ainda, quando o setor de transito da Conurb, encerrou o ano de 2007, com uma arrecadação de quase R$ 10.000.000, é isto mesmo quase 10 milhões de reais e não dispomos do mínimo de sinalização segura, adequada e na quantidade necessária, para sinalizar os pontos perigosos, os buracos que vicejam, ou as blitz feitas para aumentar ainda mais a polpuda arrecadação, Quem sabe este ano aumentamos também o valor arrecadados com as multas.

Acredito que investir mais e melhor na prevenção, na educação e na sinalização horizontal e vertical, propiciaria um retorno maior para o município e para o cidadão, que se sentiria tratado com respeito. Alem de contribuir a redução do numero de acidentes e da gravidade dos mesmos, Joinville não pode apostar no quanto pior, melhor.

Onda Verde


Nestes tempos de aquecimento global, de desmatamento na Amazónia, de preservação de árvores, de economia de agua e de consciência ecológica. A primeira coisa que vem a cabeça ao ouvir falar de onda verde é uma proposta de sustentabilidade.

Na realidade tem sim. Tem a ver com uma cidade sustentável mais eficiente. Tem a ver muito com eco-eficiência, Onda Verde, é o resultado da implantação de um sistema sincronizado que permite que se mantida uma velocidade preestabelecida, em geral 60 km/ h, garante que um veiculo, possa passar por todos os sinaleiros de uma mesma rua, sem precisar se deter. Desde que mantida a velocidade constante.

Quando funciona, permite uma economia significativa de combustível, porque poupa freadas e aceleradas bruscas, aumenta a vida útil dos pneus, permite menos desgaste da embreagem e principalmente nos permite menos aborrecimentos, gera menos stress e propicia um transito mais seguro.

Em Joinville, a Onda Verde, não tem tido muito sucesso, em algumas ruas inclusive, é mais comum, ter que parar em todos os sinaleiros, independentemente da hora do dia e do transito, que conseguir passar em verde.

Alguns destes pontos são a rua Conselheiro Arp, a rua Florianópolis aonde pela falta de sincronização é obrigatório, para os motoristas que vem da rua Paulo Schroeder, ter que se deter em cada um dos sinaleiros das ruas Guanabara, Graciosa e a Voluntários da Pátria. Com certeza cada um dos sofridos motoristas desta cidade, conhece outros pontos, nos que seria recomendável implantar a Onda Verde. Ainda que do jeito que o transito esta andando, a nossa onda não seja de 60 km, como na maioria das cidades e tenhamos que nos contentar com velocidades mais perto da de um casal de namorados.

Ainda é preciso lembrar que Joinville precisa de sinaleiros específicos para pedestres e faixas de pedestres, que permaneçam pintadas, sinaleiros com leds, que consomem ate 85 % menos que os atuais e que tem uma vida útil 10 vezes maior; complementos imprescindíveis, para garantir a segurança, reduzirem os atropelamentos e construir uma cidade melhor.

Uma cidade melhor é uma cidade que prima pela eficiência, que se preocupa em evitar o desperdício, que se concentra em oferecer a melhor alternativa para o cidadão e que não paga mais por isto.

Vamos a promover a Onda Verde também no transito.

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