Novamente agora quando Joinville se vê frente a noticia da vinda de um novo empreendimento milionário, vemos reaparecer as mazelas e os trambiques habituais.
Caso se confirme que o empreendedor adquiriu de fato um imóvel, numa área que não permite o tipo de investimento que pretende e que para isto a lei devera ser alterada para atender as suas necessidades, estaremos frente a uma burla, como alguém investe na compra de um imóvel, em que não é possível instalar o empreendimento que pretende?. Só a certeza absoluta da mudança da lei, que pode justificar uma temeridade destas. De que serve a lei, se ela pode ser mudada ao bel prazer dos interesses pessoais de uns e de outros? Desprotege-se aos cidadãos, se retiram de uma canetada só, os direitos conseguidos ao longo de anos. Ou será que definitivamente, Joinville é agora uma pequena cidade interiorana, que administrada por pusilânimes, muda ao bel prazer regras, leis, normas e costumes, para agradar a quem vem de fora. Atitude típica de fracos, quando não de corruptos.
Para qualquer empreendedor é melhor comprar áreas com um determinado perfil e potencial de construção e depois altera-lo com o beneplácito das autoridades de plantão, comprando barato e valorizando o imóvel e o investimento, pela alteração da lei.
Com relação a necessidade de realizar estudos de impacto de vizinhança, a prefeitura de Joinville e notadamente o IPPUJ, tem fugido de cumprir a lei, porque a lei caso fosse aplicada, reduziria a praticamente zero a margem de manobra do executivo municipal, para mudanças de uso e ocupação de solo, para alterações de gabaritos e outras praticas que nesta administração municipal tem sido pratica corriqueira. Inclusive com o apoio da nossa nobre Câmara de Vereadores, num papel de subordinação que a empequenece e a desprestigia.
Joinville dispõe de áreas adequadas para este tipo de empreendimentos, bem localizadas desde o ponto de vista viário e de fluxos, não se justifica que uma vez mais o tecido urbano seja alterado para beneficiar a um e outros. Novamente a cidade sofrera a curto e a médio prazo o impacto de decisões pontuais que a tolhem e descaracterizam.
É muito difícil para o ser humano lhe dar com situações que fogem do habitual e da mesmicie. Tudo que é novo no começo apavora.
ResponderExcluirO maior problema que enfrento em Joinville desde que vim morar aqui a 4 anos é o preconceito ao novo, ao diferênte e assim como eu esse relato vem de muitos outros que também vem de fora.
Precisamos ver pelo lado positivo, eu estou maravilhada com a construção deste shopping sabendo que pessoas com maior poder aquisitivo preferem fazer compras em outra cidade vizinha e não em Joinville pois na verdade além do destrato dos atendentes da cidade existe também a falta de lugares interessantes para se passar o tempo. Essa construção beneficiará muitos desempregados como: seguranças, profissionais de limpeza, atendentes, setores administrativos e etc.
O cinema... Que venha o Cinemark! Que venham filmes atuais e não mais semanas de mesmo filme em cartaz!
O novo realmente assusta, mas a cultura de um povo só se mantém se o povo tiver orgulho dela e praticá-la com coerência e afeto.
Cara Michele, obrigado pela sua contribuição.
ResponderExcluirO que assusta não é o novo, o que assusta é a continuidade do velho.
Do velho jeito de fazer as coisas, de burlar a lei, em nome do progresso, de usar um discurso desenvolvementista para transferir o ônus para a sociedade.
O post, em nenhum momento se posiciona contrario a vinda de um novo shopping. O texto é claramente contrario a que este empreendimento ou quaisquer outro fique acima da lei, que não tenham sido feitos os estudos de EIV (Estudos de Impacto de Vizinhança)ou que se onere a toda a sociedade com os investimentos que devem ser obrigação do empreendedor. Que se altere a lei, para beneficiar a um unico empreendimento e que se analise e aprove o projeto num tempo recorde, que não seja o mesmo que leva a aprovação dos projetos dos contribuintes de a pé.
Para que não fiquem duvidas, bem vindo o Cinemark, bem vindos os novos empregos, mas dentro da legalidade.
Recomendo também que leia o posto Avisando com tempo de 26 de Fevereiro de 2009