Quando os engenheiros aeroespaciais iniciaram os projetos para enviar o homem a lua ou mais recentemente previram uma missão a Marte sabiam de todas as suas limitantes. Além das inerentes a força da gravidade e os complexos cálculos matemáticos é bem sabido que todo o programa espacial define a forma e o tamanho dos seus mais modernos foguetes, a partir das medidas das ancas das mulas e cavalos, que puxavam as bigas pelas estradas, que o império romano construiu para alicerçar o seu desenvolvimento.A largura de ruas, carroças e posteriormente, dos trilhos dos trens e inclusive dos carros e caminhões de hoje, foi pautada pelas mesmas medidas. Um par de ancas passou a ser o “modulor” de toda a nossa mobilidade urbana, das nossas ruas e das nossas cidades.
Hoje as cidades buscam romper moldes e estabelecer novos parâmetros de desenvolvimento, ao romper com referenciais e ousar, correram riscos e em geral os riscos, quando não são bem calculados se pagam muito caro.
Em Joinville, por citar alguns exemplos, temos um Fórum que não previu estacionamento, quando o projeto foi apresentado com pompa e circunstância, não foram poucas as criticas que alertavam para o que aconteceria, tanto pela falta de previsão, como pelo polo gerador de trafego em que o Fórum se converteu. A ampliação do Hospital Dona Helena é outro exemplo, de mal planejamento, quando inaugurado, aumentará o transito, num dos pontos mais conturbados do centro da cidade. A idéia de construir a ampliação do Hospital São José no que era o estacionamento, só serviu para tumultuar ainda mais as áreas em volta do hospital. Os novos prédios sendo construídos na Rua Henrique Meyer tem tudo para se converter em mais um problema anunciado. Nenhum dos casos citados tem servido para aprender. Continuamos com alegria adolescente, cometendo uma e outra vez os mesmos erros. Hospitais, clinicas, fóruns, edifícios comerciais, escolas e universidades são pelas suas características polos geradores de trafego e a sua construção e ampliação impacta de forma irreversível o seu entorno.
O debate incompleto e parcial sobre elevados e duplicações mantém ainda as mesmas premissas que já foram definidas pelos arquitetos e engenheiros que projetaram as ruas e vias do império romano e que ainda hoje servem de referencia e medida para a maioria das nossas ruas e vielas.
Agora a moda é continuar adotando um modelo de desenvolvimento asinino só que em lugar de usar as ancas das mulas e jumentos como modulo, é a cabeça do simpático animal, quem serve de referencia tanto para planejadores e administradores, como principalmente para candidatos em campanha, que de forma estulta imaginam que um elevado aqui e outro acolá resolverão os problemas de mobilidade de Joinville.
Agora a moda é continuar adotando um modelo de desenvolvimento asinino só que em lugar de usar as ancas das mulas e jumentos como modulo, é a cabeça do simpático animal, quem serve de referencia tanto para planejadores e administradores, como principalmente para candidatos em campanha, que de forma estulta imaginam que um elevado aqui e outro acolá resolverão os problemas de mobilidade de Joinville.
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