Leitor
atento deste blog avisa sobre o plantio das árvores na Marquês de Olinda. Ele
acha que está tudo errado. Outro leitor, poucos dias depois, também entra em
contato e dá detalhes mais precisos. Desta vez, toca mesmo dar uma olhada. A arborização
urbana não é tarefa tão complexa. Nas ruas há dois lados, o direito e o
esquerdo, aliás praticamente todas as ruas tem esta característica.
No caso de Joinville, em algumas ruas a fiação elétrica, que é aérea, está em um ou outro lado e é preciso prestar atenção. Os técnicos municipais determinaram que, no lado que não tem fiação elétrica, se plantem árvores maiores e no lado com fiação elétrica se opte por árvores menores. Parece simples.
A prefeitura escolheu uma lista de árvores adequadas para arborização
urbana e se estabeleceu que devem ser nativas. Definido, árvores de porte maior de
um lado e as de porte menor do outro, aonde tem fiação elétrica, que é
facilmente visível, até porque há postes de concreto que ajudam a identificar
qual é cada lado.
Então
vamos lá. Na avenida Marques de Olinda a prefeitura optou por plantar Canelinha e
Magnólia Amarela, árvores de porte, de um lado, e Murta, que é um arbusto de
pequeno porte, no outro. Aparentemente
tudo resolvido? Não. Tanto a Magnolia Amarela (Michelia campacha) como a Murta
(Murraya paniculata) são plantas exóticas. Originárias da Ásia, vizinhas
das figueiras da Beira-Rio, pelo que não é difícil imaginar que no futuro
próximo grupos de puristas proponham também o seu corte e a sua troca por
outras árvores nativas. É este o problema mais grave? Claro que não. Os
vizinhos estão esperando que a Celesc venha trocar os postes e a fiação de
lado, porque as árvores de porte maior foram plantadas em baixo da fiação e as
menores no outro lado da rua. Como os técnicos da prefeitura não cometem erros,
ou tem dificuldade em reconhecê-los quando esta eventualidade acontece, devem
ser os da Celesc os que erraram ao colocar a fiação do lado errado faz uns
quinze anos.
Não
é preciso elogiar as ações de esta administração municipal. A prefeitura conta
com um nutrido grupo de assessores de comunicação que diariamente produzem
notícias divulgando, elogiando e às vezes até exagerando um pouco os logros
desta gestão.
Destacar
o lado negativo - o que se faz ou deixa de fazer - é cansativo, tanto para quem
escreve, como principalmente para quem um dia sim e outro também se depara com
notícias e informações diversas divulgadas pelos meios oficiosos e pelos canais
oficiais. E acaba desorientado, sem saber muito bem em quem o em que acreditar.
Mesmo
as tarefas e empreitadas aparentemente mais singelas se convertem em tarefas
árduas para o detentor de cargo público. O pior ainda é que a sociedade está
cada dia mais atenta, fotografa, escreve, se manifesta. E as críticas adquirem
uma força nunca antes imaginada pelos que, durante décadas, se acostumaram a
fazer calar, a não deixar que opiniões contrárias tivessem eco e fossem
divulgadas, ficando praticamente na clandestinidade.
Faz
muito bem a prefeitura em se sentir injustamente criticada, porque nesta
administração não se fazem as coisas como eram feitas no passado. Agora são bem
feitas. A população que é excessivamente critica e exige uma perfeição
inatingível
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