22 de julho de 2011

A fábrica de multas (*)


A fábrica de multas


O transito em Joinville continua sendo tratado de forma pouco profissional, as leis que defendem os cidadãos são ignoradas e o único intuito é o de manter a arrecadação em alta.Tem discursos de todos os tons e estilos, em defesa da vida e em prol da disciplina. A realidade é que as únicas alternativas que se apresentam tem como objetivo faturar mais, alternativas efetivas mas não punitivas, nem são consideradas.

Inicialmente destacar que o primeiro documento que a Conurb e o IPPUJ devem apresentar aos joinvilenses é o mapa dos pontos negros ou dos pontos de risco de toda a cidade. A partir da identificação dos locais com maior numero de acidentes, será possível fazer à primeira analise. Divulgar amplamente estes pontos de risco seria também uma forma de avisar a motoristas, ciclistas e pedestres de quais são os locais mais perigosos e inclusive em que horários do dia o risco é maior.


A escolha de lombadas na frente de hospitais e pontos de transito intenso de pedestres durante 24 horas por dia é recomendado. A sua instalação na frente de igrejas e locais de culto, que só sejam utilizados poças horas por dia e, nem sempre, todos os dias, não parece necessária. Um sinaleiro de botoeira é mais efetivo porque obriga o veiculo a se deter completamente e resolveria a demanda pontual, um bom exemplo é o instalado frente ao terminal urbano Tupy, claro que neste caso não contaríamos com uma lombada faturando 24 horas por dia.


Colocar lombadas frente a escolas que contam com o programa Aluno Guia é um desperdício de recursos e implica na duplicidade de esforços. Claro que eu esqueci que o objetivo é multar 24 horas por dia, inclusive durante as férias escolares. Do mesmo modo que em ruas em que a velocidade máxima permitida é de 60 km por hora, colocar num curto trecho lombadas que multam quem ultrapassa os 40 km e radares que fotografam quem o faz a mais de 60 km é uma forma de confundir ainda mais o motorista desavisado.


Sejam bem vindos os estudos técnicos, quando os houver, e sejam eles amplamente divulgados, que para isto recursos não faltam e a imprensa com certeza até divulgará sem nenhum custo, como sendo um serviço de utilidade pública. É importante, que de fato haja uma redução do numero de acidentes com vitimas, sem precisar manter a sanha arrecadadora.

4 comentários:

  1. Gostaria de saber sua opinião sobre os trevos desta cidade que muitas são parecidos com rótulas, mas sem o padrão de quem está dentro tem a preferencia. Ex: trevo para entrada dos espinheiros após a tupy.

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  2. Prezado Ivan:

    Está cada vez mais claro que as soluções que se priorizam, não são as melhores, são as mais econômicas. O resultado não é sempre o ideal.

    Dificilmente este conceito mudará. O que é uma pena.

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  3. Caro Jordi

    entendo que estás errado...multar para sustentar um orgão e pagar salarios é, sim, coisa de profissional.

    Anselmo

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  4. Anselmo

    Muito obrigado pelo seu comentário. Entendi o seu ponto de vista. O texto fala também de manter a maquina publica, neste sentido você tem toda a razão a Conurb faz uma gestão profissional. Orientada a manter a estrutura.

    Claro que olhar para o que é melhor para o cidadão, pode não ser o objetivo.

    recomendo ler:

    http://comentariosdejoinville.blogspot.com/2010/08/as-multas-arrecadacao-e-os-custos.html

    http://comentariosdejoinville.blogspot.com/2010/06/multas-e-mais-multas.html

    abraço

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