Visão distorcida
Volta à pauta a discussão sobre o número de vereadores. O debate está, a meu ver, com foco errado. O número nem deveria estar sendo discutido. É questão de proporção. É legal e democrático: aumenta a população, aumenta o número de representantes no Legislativo.
O problema que os defensores da contenção de gastos públicos não estão enxergando é o valor do repasse da Prefeitura à Câmara. Apesar de Joinville ter reduzido de 6% para 4,5% da receita líquida, o valor repassado pela Prefeitura à Câmara ainda é alto. É um montante tão elevado que, por mais que os vereadores se esforcem, não conseguem gastar tudo, como comprova a recente devolução de R$ 1,7 milhão dos vereadores.
O repasse não deveria ultrapassar 3%. Dessa forma, não haveria tantos assessores-fantasmas (caso cumprissem horário, ficariam empilhados) e aí sim teriam mais respeito com o dinheiro público. As entidades defensoras desse princípio deveriam voltar os olhos para o repasse e não para o número. Senão, a sociedade estará perpetuando a farra de poucos com o dinheiro de todos.
Renni A. Schoenberger
Joinville
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