Os problemas de Joinville se originam com os colonizadores
Evidentemente que a afirmação esta errada, como tantas outras sandices que freqüentemente escutamos. Quando os colonizadores aqui chegaram já existia neste solo uma população. Formada por portugueses e os seus descendentes, índios tupi-guaranis e escravos libertos e seus descendentes. Existe uma visão patológica que insiste em culpar e responsabilizar de todos os problemas aos outros. Desta forma ficamos desobrigados de resolver os problemas da cidade.
A capacidade para produzir desculpas é inversamente proporcional a competência para enfrentar e resolver os problemas que Joinville enfrenta. É comum ainda escutar ou ler que: “Temos todas as soluções técnicas, mas...” este mas é que mata. Ou não tem recursos, ou não é aplicável, ou faltam maquinas, ou os projetos não estão prontos, a licitação ainda não foi concluída, ou... São tantas e tão criativas as escusas e justificativas para não fazer que nos acostumássemos a fazer ouvidos moucos. Deixamos de acreditar que esta equipe que tem sob sua responsabilidade a gestão da cidade, tenha a menor capacidade para fazê-lo.
Culpar os colonizadores tem dois objetivos claros, o primeiro responsabilizar a um grupo da sociedade local que pelas suas origens se identifica com os pioneiros que aqui chegaram o segundo poder virar as costas e continuar na omissão. A mensagem é clara: o problema é tão antigo que não tem solução.
O resultado é que nada é feito e continua o marasmo e a letargia dos responsáveis por fazer desta uma cidade melhor. Erra o prefeito ao acreditar que manter uma equipe, que não consegue resolver os problemas mais simples, é a melhor opção. A inação do prefeito representa a cada dia um custo político maior, ao entrar no ultimo terço da sua gestão, praticamente ninguém acredita que algo mudará. Nem todos os PAC do mundo, nem todo o empenho da presidente Dilma conseguirão reverter um quadro, que mostra muito mais a incapacidade de gerir, que um problema de recursos. O bom gestor é aquele que obtêm os melhores resultados com os meios de que dispõe. Administrar com dinheiro sobrando é mais fácil. Sem esquecer que se houvessem mais recursos, a voracidade do funcionalismo público rapidamente os esgotaria.
A preocupação da maioria é que os próximos 16 meses passem o mais rápido possível e depois que seja o que Deus quiser, porque pior não pode estar. E neste juízo provavelmente estejamos nos enganando de novo.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
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