18 de julho de 2011

Aumentará o custo (*)

Aumentará o custo.


Dia destes um ex-ministro, as voltas com problemas na contabilidade da sua empresa de consultoria, precisou com urgência de um contador. Entrevistou dezenas de candidatos, a todos pos a mesma questão: Quanto é dois mais dois, e todos deram a mesma resposta: Quatro. Nenhum atendia as suas exigências, até que o ultimo entrevistado respondeu sem titubear, dois e dois pode ser quanto você quiser. Foi imediatamente contratado.


Fico com a impressão que este grupo que insiste em querer nos convencer que aumentar o numero de vereadores não vai aumentar o custo do nosso legislativo, contrataram o mesmo contador para fazer as contas. O que não pode ser é que alguém com um mínimo de bom senso acreditem numa engabelação deste tamanho.


Nos últimos anos, mesmo mantendo inalterado o numero de 19 vereadores, o orçamento da Câmara há aumentado sem parar. O legislativo há feito esforços para gastar os recursos adicionais, com reformas, diárias, viagens, aluguel de carros, publicidade e outras benesses, resultado da sua criatividade e dos nossos recursos.


A Lei Orgânica estabelece que a Câmara possa gastar hoje, até 6% do orçamento do município para o seu custeio. Graças a divina providencia não tem chegado perto disto, se o orçamento do município em números redondos é de 1 bilhão de Reais, na realidade é mais que isto, a Câmara teria direito a gastar 60 milhões por ano, um valor tão escandaloso, que até os legisladores tem se contentado com menos, um pouco mais de 25 milhões. Agora a proposta é que a Câmara aumente o numero de vereadores, porem reduza o seu gasto a “apenas” 4,5% do orçamento municipal, coisa de 45 milhões. O pior é que ninguém ficou corado ao fazer estas afirmações. Têm alguns com a desfaçatez de afirmar que o gasto público diminuiria.


45 milhões são uma fabula de dinheiro para uma cidade que vive com o pires na mão, que não faz os investimentos que precisa por pura penúria. A incapacidade de endividamento faz que a nossa situação seja praticamente de indigência. Este novo legislativo poderá custar, de acordo com a lei 45 milhões anuais, mais que o empréstimo contraído com o BNDES, para realizar um enorme pacote de obras, recursos que permitiriam melhorar a saúde, fazer parques, pavimentar mais e melhorar a qualidade de vida da maioria dos cidadãos.

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