imagem - Fabrizio Motta/ND
O estacionamento rotativo
Passado um tempo prudencial e depois da volta as aulas é possível
começar a sentir o impacto do cancelamento do contrato entre a Conurb e empresa
concessionária do Cartão Joinville.
A primeira constatação é que o acesso a uma vaga de estacionamento nas
ruas do centro de Joinville ficou mais difícil, voltou a pratica de estacionar
o carro na frente da loja durante todo o dia e sem a rotatividade compulsória achar
uma vaga passou a ser uma tarefa mais difícil. Os resultados não podem ser
considerados validos para um estudo cientifico e profundo como o que a Conurb
deve estar fazendo nestes dias para avaliar o funcionamento do sistema
rotativo, ou será que não esta fazendo? Mas a quase totalidade dos motoristas
contatados confirmou que sentiram a diferença. No meu caso que sempre que
possível sou pedestre, no centro, a única mudança foi o desaparecimento das
meninas de amarelo, que deixaram o centro mais cinzento de novo.
A segunda constatação é que paguei mico com os cartões de estacionamento
que tenho no carro e imagino que centenas de outros motoristas devem estar com
a mesma sensação. O presidente da Conurb, numa mostra do elevado nível de
sensibilidade com os cidadãos recomendou que fossem rasgados. Eu aprendi que só
tolo rasga dinheiro e os cartões que não foram utilizados tem um valor que deve
ser reconhecido pela Conurb. Não adianta olhar para o outro lado e fazer de
conta que não tem nada a ver com o problema. A empresa que operava o cartão o
fez amparada numa licitação e o mesmo poder publico que concedeu a uma
empresa privada a exploração de um espaço publico é responsável e não vejo como
pode continuar fazendo de conta que não tem nada a ver com o problema.
A terceira é que o numero de vagas incluídas no contrato parecem
excessivas, principalmente nas áreas periféricas ao centro, aquelas em que o
avanço das vagas pagas não parece que tenha sido o resultado de nenhum outro
estudo técnico que não fosse o de aumentar a arrecadação. Sempre houveram vagas
ociosas não utilizadas nestas ruas. Qual foi a base para que o contrato fosse
aumentando o numero de vagas até chegar as quase 1.800 dos últimos meses é
outro ponto que deve ser avaliado.
A percepção unanime é que houve improvisação e imprevidência por parte
da Conurb, na forma de gerenciar o problema ocasionado pela sua própria falta,
alguns qualificariam de desídia. A empresa deveria nos próximos dias apresentar
os estudos e as propostas que possam servir para melhorar o sistema ou
continuar olhando para o outro lado, recomendado que os usuários rasguem os
cartões e assumam o prejuízo do sua ineficiência e inoperância.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Eu era feliz e não sabia. Que saudade das "canarinhos" correndo a me multar. Que saudade do tempo em que a cidade tinha vagas r o t a t i v a s e não latifundiárias. Que impressionante capacidade de tomar decisões que pioram a qualidade de vida.
ResponderExcluirEu era feliz e não sabia. Que saudade das "canarinhos" correndo a me multar. Que saudade do tempo em que a cidade tinha vagas r o t a t i v a s e não latifundiárias. Que impressionante capacidade de tomar decisões que pioram a qualidade de vida.
ResponderExcluir