19 de março de 2012

O tempo é o senhor da razão

O Editorial do Jornal A Noticia de hoje, põe o dedo na ferida, faz um alerta e chama a reflexão. E o faz quando ainda há tempo, para que sejam corrigidos os equívocos até aqui cometidos.


19 de março de 2012. | N° 1435
OPINIÃO DE A NOTÍCIA

Regras urbanas
Se todas as comunidades se envolverem na busca de qualidade de vida, como estão fazendo os grupos adversários da verticalização citados na edição de domingo de “AN”, certamente uma Joinville melhor será construída. Cidadania também é conquistada com engajamento. Mas as autoridades responsáveis pela palavra final em regras urbanísticas, seja Prefeitura ou Câmara, precisam estar atentas para evitar que o planejamento da cidade seja completamente desfigurado. Ou que seja construído com base em grupos de pressão, com a coletividade deixada em segundo plano.

Montar uma equação que atenda aos interesses de todos é impossível, devido às complexidades de uma cidade de mais de meio milhão de habitantes. Mas é possível, sim, montar um planejamento e obedecer a diretrizes sem alterações das regras a todo momento. Entende-se a necessidade de alterações motivadas pelo dinamismo das relações sociais e econômicas. Só que o modelo colcha de retalhos não só desvirtua o planejamento global como também pode trazer vantagens e prejuízos, dependendo do grupo.

Se determinada região foi escolhida para o adensamento, todos sabem das consequências da maior ocupação, sejam positivas ou negativas. Claro que o tempo poderá comprovar que a área não tem como receber mais construções e pode-se corrigir a lei. Por ora, o volume de mudanças de zoneamento é tão grande em Joinville nos últimos anos que não dá para crer que os impactos foram analisados devidamente em todos os casos. Com o tempo, eventuais equívocos cobram seu preço.

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