19 de junho de 2011

Enjambração urbana (*)


Planejamento urbano e mobilidade


Cada vez que vejo a Rua Timbó atravessando o estacionamento de um supermercado, imagino como eram feitas as telhas no Brasil colônia, nas coxas dos escravos. O binário das ruas Timbó e Max Colin será o dia que seja implantado, uma mais daquelas obras publicas resultado da enjambração e da improvisação. O projeto sofrerá adaptações e mudanças porque um supermercado apareceu no meio da rua, e a desafetação da rua, foi autorizada pelo nosso instituto de planejamento


A Marques de Olinda é outro belo exemplo de como é feito o planejamento de Joinville, projetada a décadas, iniciou com pista dupla na zona norte, perto da rotatória do tecelão e depois se converte me pista simples, até interromper bruscamente, no entroncamento com a Rua Anita Garibaldi. Os técnicos do IPPUJ informam que a Avda. Marques de Olinda não será duplicada, que a solução será um binário que incluiria a Rua Paraíba. O resultado desta constante improvisação é que a cidade é construída aos trancos e barrancos.


As decisões são tomadas de forma pontual, sem analises mais profundas e sem estudos detalhados. Por tanto ou a decisão da duplicar um trecho da Marques de Olinda na zona norte foi tomada de forma intempestiva e errada ou a proposta atual de propor um binário para substituir a duplicação prevista da Rua Gothard Kaesemodel é apressada. A causa desta forma politiqueira de planejar a cidade, faz que as obras que se executam, quando se executam, cheguem tarde, sejam insuficientes e tenham que desviar de supermercados ou de prédios construídos na calha de ruas projetadas. Inviabilizando de vez o desenvolvimento futuro de uma Joinville construída ao bel prazer de interesses pontuais.


Outro bom exemplo de como são feitas às coisas é a Avda. Almirante Jaceguay, prevista no plano diretor de 1973 e que em mais de 40 anos nunca mereceu a menor atenção de nenhuma das administrações municipais. Não podemos pensar Joinville tendo em mente um horizonte de quatro anos, o tempo das cidades é maior, mais longo. O impacto das decisões apresadas tomadas hoje, marcará o futuro da cidade durante décadas. Em quanto o planejamento da cidade seja feito olhando só a próxima eleição e os interesses políticos se anteponham aos do planejamento urbano, continuaremos sendo conduzidos por cegos, perdidos no meio de um dia ensolarado.


3 comentários:

  1. Quem autorizou a desafetação da rua onde esta o supermercado escreve sobre MITOS

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  2. http://www.ippuj.sc.gov.br/conteudo.php?paginaCodigo=14

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  3. Prezado Anonimo

    Obrigado pelo link, mesmo que ele não responda as duvidas e temas expostos no post, serve para que os leitores possam ter uma melhor informação.

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