15 de junho de 2011

Otimismo, pessimismo ou realismo?

Otimismo, pessimismo ou realismo?



Tem se convertido em numa das estratégias preferidos dos áulicos de plantão considerar como profetas do desastre quem não elogia em verso e prosa a gestão do PT em Joinville. Quem não aponta a administração petista como a melhor da história de 160 anos da cidade é encarado como inimigo mortal da maravilhosa Joinville. Ou chamado de pessimista compulsório. Os otimistas insistem em querer nos convencer que vivemos na melhor de todas as Joinvilles possíveis. Os pessimistas temem que isso possa ser verdade.

Estamos rodeados de Cândidos, como o de Voltaire, que acreditam piamente que vivemos no melhor dos mundos possíveis, que não há, nem houve melhor gestão municipal que a atual, que nunca a ética, a eficiência e os mais elevados padrões morais estiveram tão presentes e atuantes no governo. Chegam inclusive a assumir o papel de seres acima do bem e do mal, seres superiores, que levitam sobre os simples mortais, como você e como eu. Quanto mais se os conhece, mais fica a impressão que estão mais perto de ser um bando de iluminados, inebriados por ter alcançado um minúsculo poder temporal, que durante anos se converteu no seu único objetivo.

Como as duas metades do Vis-conde Partido ao Meio, de Ítalo Calvino, estes otimistas perambulam por Joinville inovando nas trapalhadas. Quanto mais tentam fazer o melhor para a cidade, mais e mais se afundam num mar de desatinos, numa seqüência constante de extravagâncias.

O coro dos realistas aumenta diariamente, mais e mais gente tira a venda para enxergar a Joinville real que se descerra frente aos seus olhos. A pesar da declaração de Candido: "Bem me dizia Mestre Pangloss que tudo está o melhor possível neste mundo". ‘Esta cada vez mais difícil negar o evidente, não tem mais como tampar o sol com uma peneira. A luz e a claridade inundam a cidade e transborda pelos quatro costados.

Otimistas, realistas e pessimistas convivem, enxergando a cidade desde ângulos distintos. Vislumbrando a mesma realidade desde prismas diferentes, uns de cor de rosa, outros preto e a maioria olhando a traves de um fino cristal transparente.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

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