1 de maio de 2008

Tapa na mesa

Foi amplamente noticiado na imprensa local, a reunião recente, que o prefeito municipal de Joinville, Marco Antonio Tebaldi, manteve com o seu secretariado, oportunidade em que manifestou o seu descontentamento com a ineficiência das ações da sua equipe em pleno ano eleitoral, reforçando, inclusive as suas palavras, com uma sonora tapa na mesa.

Independentemente da veracidade, da folclórica atitude, o prefeito, como funcionário publico que é, desde faz mais de 20 anos, deveria conhecer a tradicional produtividade e especialmente a contumaz ineficiência da estrutura publica, quando se trata de trabalhar e de produzir resultados. ainda que continue sendo dificil de aceitar.

Tampouco poderia o prefeito se surpreender, se como resultado da sua política de pleno emprego a prefeitura municipal de Joinville, com um quadro de mais de 12.000 funcionários e o maior numero de comissionados da historia desta cidade, seja uma sombra da estrutura enxuta e eficiente que já foi no passado.

Deveria saber, que já desde a metade do século passado é conhecido e estudado o fenômeno que identifica a relação direta entre baixa produtividade e numero de funcionários. Desde Parkinson, esta comprovado que a maior numero de funcionários, especialmente os comissionados e em cargos de chefia, menor o trabalho produzido e por tanto maior a ineficiência da estrutura publica. Mais grave ainda, as estruturas altamente burocratizadas, especialmente as publicas, tendem a aumentar de 5 a 7 % ao ano, independentemente do trabalho a ser realizado.

Poucos prefeitos, da historia recente de Joinville, tem tanto conhecimento desta equação perversa, que ao mesmo tempo em que aumenta o gasto publico e entope as repartições com mais funcionários, como resultado da criação de novos cargos comissionados. Reduz, cada vez mais, a capacidade de fazer da estrutura publica, uma maquina capaz de oferecer serviços adequados ao contribuinte.

Quem conhece a realidade da prefeitura atual, sabe que a tapa na mesa, se de fato aconteceu, pode ter sido mais um golpe de efeito, ou uma forma de manter a atenção de algum que outro colaborador direto, que deve ter cochilado, no momento da arenga política.

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