25 de agosto de 2011

Áulicos, críticos e a maioria silenciosa


A cidade esta dividida em grupos, estes grupos se manifestam constantemente e se põem em evidencia. Cada ação produz uma reação de igual intensidade em um o outro sentido. Se a administração municipal desencanta e inicia alguma obra, antes mesmo que este concluída, os áulicos ocupam todos os espaços disponíveis na mídia para elogiar a iniciativa, justificar a importância da intervenção e mostrar como esta gestão trabalha mais e melhor que todas as anteriores. Evidentemente o fato que a maioria dos elogiosos defensores e enaltecedores tenham vínculos mais ou menos fortes com a atual administração, e alguns inclusive com todas as anteriores, faz que os elogios tenham uma credibilidade menor. Em alguns casos os textos divulgados pelas assessorias parecem mais panfletos propagandísticos da Coréia do Norte, que fontes de informação.

Os críticos compõem outra das tribos da cidade. Nada do que a administração publica faça estará bem feito, será adequado e terá a transparência necessária. Há de se reconhecer que nunca ficou tão fácil a critica, a quantidade de trapalhadas, insensatezes e desatinos produzidos, nunca foram tantos e de tal envergadura. Este grupo esta dividido em dois: As viúvas das administrações anteriores, que choram a perda do poder e das suas benesses e que só esperam a oportunidade de voltar e os que entendem que a cidade esta retrocedendo, que há uma perda de qualidade tanto no dia a dia das pessoas, como na forma como Joinville é administrada.

Separando os dois grupos, localizados em posições opostas e aparentemente irreconciliáveis, esta a maioria da população, a chamada maioria silenciosa, que se mantém extraordinariamente atenta, escutando cada um dois lados e formando a sua opinião. É esta maioria a que decidirá o nome e o perfil do próximo prefeito e os destinos da cidade. Quanto mais informada esteja e maiores elementos tenha para opinar, melhor será a sua escolha. Na democracia deve existir espaço para estimular o contraditório, o debate, a troca de idéias. Tanto uns como outros tem o direito e a obrigação de expressar as suas idéias e convicções e a decisão final caberá ao eleitor. As iniciativas do poder público de desacreditar os críticos acabam desacreditando também os elogios dos áulicos, uns precisam dos outros.


Publicado no jornal A Noticia da Joinville SC

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