31 de agosto de 2011
Entendendo as mudanças
Dança das cadeiras, segunda versão
Que tudo mude, para que tudo fique como está.
A famosa frase de Il Gatopardo continua mais presente que nunca na nossa sambaquilandia, o Prefeito Carlito, perde por segunda vez a oportunidade de mudar de verdade alguma coisa, a troca de cadeiras que esta conduzindo, parece aquele baile de dois passos para frente e outros dois para trás.
O resultado é evidente, nada vai mudar nos pouco mais de 400 dias que quedam para que conclua este governo. Uma nova oportunidade perdida. Ainda que em honor a verdade, temos que convir que dificilmente alguém se proporia a embarcar num navio que vaga sem rumo, fazendo águas por todos os lados e com uma tripulação inexperiente que só agora, depois de transcorridos quase três quartos da viagem, começa a distinguir a proa da popa do navio.
30 de agosto de 2011
Boatos
Boatos infundados
Alguns médios jornalísticos têm informado que o meu seria um dos nomes que estaria sendo cogitado para assumir um lugar na possível nova reforma que o Prefeito Carlito estaria promovendo para enfrentar com uma equipe renovada e mais competente a dura prova que terá que superar se quer chegar ao segundo turno.
Em primeira mão gostaria de informar aos leitores deste blog, que não sou filiado a nenhum partido e que mantenho uma posição de total independência, por tanto minha participação no governo não representaria nenhum acréscimo ou reforço em termos partidários. Por outro lado compromissos profissionais e familiares me impedem completamente cogitar a simples análise desta possibilidade.
Por tanto e para evitar constrangimentos desnecessários, informo que caso o convite viesse e ser formulado não aceitaria.
Para pensar acordado
e me fazem bem bastante quando não me fazem mal;
é tudo o que lhes peço.
29 de agosto de 2011
O pedestre em primeiro lugar
Cidades são projetos de longo prazo. Os carros estão em primeiro lugar há 50 anos. Agora é a vez do pedestre. É uma questão de equilíbrio, não de eliminação.
Quando você toma a decisão de colocar o pedestre em primeiro lugar, você adota um ponto de vista. Você vê os problemas através dos olhos de um cidadão caminhando pela rua. Não são soluções mutuamente exclusivas.
Por exemplo, como pedestre, é bom ter carros parados paralelamente à calçada. Eles formam uma barreira ao movimento da rua. Carros e pessoas podem andar juntos, mas a questão é perguntar primeiro ao pedestre.
Para pensar acordado
De Rui Barbosa
Eu não troco a justiça pela soberba. Eu não deixo o direito pela força. Eu não esqueço a fraternidade pela tolerância. Eu não substituo a fé pela superstição, a realidade pelo ídolo
28 de agosto de 2011
Rastejamento urbano
RASTEJAMENTO URBANO
Diagnósticos afirmam no atual modelo de comportamento o colapso do sistema de mobilidade urbana. Gorduras nas paredes do sistema circulatório mudam fluidez, em manobras pelo uso do recuo frontal e aumento da contribuição de garagens da verticalização despreocupada do impacto. Crédito fácil e renda aumentou a quantidade de veículos num sistema estanque, engrossando o liquido sanguíneo de triglicerídios e açucares. Conjuntivites e enfisemas (poluição do ar), surdez (decibéis) ou traumatizados (acidentes) são apenas gráficos de apresentação em seminários.
No enfarto eminente alternativas que não vejo são da politica nacional de transporte publico, com facilidade de credito, diminuição de tributos ou mesmo subsidio. Ao nível local onde anda o plano de mobilidade integrado aos usos e ocupações, que poderá chegar ao VLT.
A continuarmos sedentários em ações e ideias rumo ao rastejamento logo ouviremos da implantação de semáforo por entrada de garagem.
Arno Kumlehn
Joinville
Eureka
Eureka
Os vizinhos do bairro não estão nada tranqüilos, a falta de chuva das ultimas semanas não os deixa esquecer que em Joinville a chuva é mais comum que os dias ensolarados e que a cada chuva forte a rua enche e traz insegurança a toda a vizinhança. Os mais velhos lembram que mesmo com chuvas fortes, enchentes não eram tão freqüentes como hoje e o que é ainda pior, agora a água entra em residências em que nunca antes havia entrado e alcança pontos antes inimagináveis.
Comentário de vizinhos é difícil de deter, cada um tem uma opinião e todos entendem do tema, de fato as marcas das enchentes de inicio do ano, estão ai, para não nos deixar esquecer. Por que agora enche mais rápido? Por que a água sobe mais alto? Por que ninguém consegue ficar tranqüilo?
Tem vários motivos, a impermeabilização do solo é um deles, a redução dos recuos, que nas áreas centrais chegam a zero, permitindo que as construções encostem uma na outra, a ocupação das margens dos rios e inclusive a construção sobre eles, são motivos fortes e todos juntos contribuem para o quadro que hoje se apresenta.
Os vizinhos atentos descobriram que um problema adicional é que cada novo prédio é construído numa cota mais alta que o vizinho e que toda a água de chuva que antes se espraiava no terreno agora busca outros espaços para ocupar. Cada nova construção que se autoriza em áreas alagáveis, representa alguns centímetros a mais de altura na próxima enchente, e mais ainda nas seguintes.
Quando Arquimedes, dois mil e quinhentos anos atrás, saiu correndo desnudo pelas ruas de Siracusa, gritando "Eureka" descobriu como desmascarar um ourives pouco honesto que quis iludir ao monarca da cidade, utilizando menos ouro do que o tinha recebido para a confecção de uma coroa. Ao entrar numa banheira, percebeu que seu corpo submergido em água, entornou uma quantidade igual ao seu peso e volume, desta forma pode comparar o peso e volume da coroa e do mesmo volume de ouro puro, provando a falcatrua. A partir dos ensinamentos de Arquimedes, podemos ter a certeza que as próximas enchentes serão mais violentas, atingiram mais lares e causaram maiores prejuízos. Porque cada nova área aterrada, cada bloco construído em áreas rurais e até ontem permeáveis, representa menos espaço para que a água possa ocupar. Só falta que os nossos urbanistas oficiais reaprendam o que Arquimedes já sabia faz vinte cinco séculos e os vizinhos daqui do bairro já sentiram na própria pele.
Publicado no Jornal A Noticia de Joinville SC
Para pensar acordado
Os entes públicos em geral dedicam tempo e esforço maior em impor a obrigação de concordar com tudo o que fazem, que em convencer e provar o correto e consistente das suas obras.
Não aceitam ser criticados ou simplesmente questionados.
Em Joinville o livre arbítrio, o livre pensar ou se manifestar não pode ser mais praticado, quando em desacordo com a visão oficial e oficialista das coisas e dos fatos.
Quem realmente conhece o significado de democracia e a pratica quotidianamente? Como se faz planejamento democrático?
Como se estimula a participação livre da sociedade? Aonde ficaram os foros de participação?
Qual será o desfecho de tudo isso?
27 de agosto de 2011
Joinville
26 de agosto de 2011
Calçadas em Lima - Peru
25 de agosto de 2011
Empresários e política
Empresários e política
Em quanto em Joinville têm empresários, por que há mais de um, afiando as armas para entrar de cheio na disputa eleitoral do próximo ano, no Chile, um dos empresários de maior sucesso, chegou a presidência do pais e hoje amarga uma situação de conflito aberto, com diversos setores da sociedade.
O maior acionista, entre outras, de LAN Chile, esta descobrindo pelo caminho mais duro, que administrar um pais, um estado ou um município não segue sempre os mesmos princípios que administrar uma empresa, o uma entidade empresarial.
Áulicos, críticos e a maioria silenciosa
Publicado no jornal A Noticia da Joinville SC
24 de agosto de 2011
Para pensar acordado
Do jornalista Claudio Loetz no A Noticia
"CHANTAGEM Políticos ameaçarem empresários com investigação sobre sonegação de tributos para se livrarem de acompanhamento sobre seus desempenhos (o tal Deputadômetro, pensado pela Facisc), dá bem a ideia da qualidade da classe política e do perfil moral de nossa sociedade."
23 de agosto de 2011
Aumento do numero de vereadores
Para pensar acordado
22 de agosto de 2011
Para pensar acordado
Cínico: uma pessoa procurando um homem honesto com uma lanterna roubada
21 de agosto de 2011
Para pensar acordado
Homer Simpson, o grande pensador e filosofo contemporâneo, tem se convertido numa fonte de inspiração para os nossos governantes. A facilidade com que arrumam e encontram justificativas para tudo o que não é feito no prazo, dentro do orçamento e com as especificações corretas lembra o lema simpsoniano:
“A culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser!”
20 de agosto de 2011
Para pensar acordado
Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.
Miguel de Cervantes
19 de agosto de 2011
Google Street View em Joinville
Os motoristas
Os motoristas
Num jantar recente, fui sabatinado duramente por um grupo de motoristas. A conversa serviu para descobrir duas coisas: a primeira, que este espaço supera largamente a uma dúzia de leitores, e já estamos chegando a dúzia e meia, o que é significativo. E ainda que estes leitores lembrem de textos escritos havia mais de 60 dias prova, entre outras coisas, que estão providos de memória excepcional.
A segunda, e mais importante, é de que um grupo significativo da nossa sociedade, quase dois de cada quatro joinvilenses se sentem discriminados e marginalizados pelos textos e iniciativas que defendem a ciclistas e pedestres. O que acabaria deturpando a imagem dos motoristas: os apresentam como vilãos, papel em que não se encaixam, afinal, eles também se consideram vítimas.
Com uma média de 33 automóveis novos emplacados a cada dia neste ano, a frota de veículos já supera o bom senso, Joinville tem se convertido numa armadilha para os amantes dos carros. Símbolo indiscutível do nosso século, monumento a liberdade de ir e vir, rompedor de limites e fronteiras, o automóvel paga o preço do seu sucesso.
Numa cidade com um perfil industrial, os amantes da tecnologia mecânica, da potência e da velocidade representam uma parcela significativa da sociedade. São amantes da potência feita poesia, apreciadores da música contida nos mais de 300 cavalos de alguns motores, ou movidos pela adrenalina da velocidade, do cheiro de pneu queimado ou de gasolina de alta octanagem. Hoje são obrigados a perambular como zumbis, desenvolvendo velocidade de carroça, ultrapassados por pedestres, com velocidades médias maiores e humilhados por maratonistas, que conseguem fazer o mesmo percorrido, num tempo muito menor.
Eles têm razão na sua frustração, foram iludidos por modelos urbanos, que tendo Brasília como referência, priorizaram o veículo. Acreditaram na armadilha de veículos com mais tecnologia, melhores e mais modernos. O acesso a financiamentos mais longos foi o tiro de misericórdia. As ruas desapareceram. Sem ruas para circular, nem lugar para estacionar, os motoristas passam dias a fio a limpar e polir as formas sensuais dos novos modelos, sem espaços adequados, os modernos cavaleiros do asfalto, preparam seus veículos para uma época que não deve voltar. Condenando motoristas e veículos a virar estatuas vivas nos museus ao ar livre, em que estamos convertendo nossas cidades.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
18 de agosto de 2011
Os perdedores
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Para pensar acordado
Vendo como cada dia o nível de crispação aumenta e a agressividade gratuita se manifesta inclusive pelas mãos de quem deveria manter o equilíbrio e a calma.
Vale a pena relembrar um dito nepalês:
QUEM JULGA OS OUTROS PELAS SUAS MÁS ATITUDES TEM GRAVE DESVIO DE CARÁCTER OU ALTO GRAU DE BAIXA ESTIMA.
17 de agosto de 2011
Identificou os protagonistas?
Leitura recomendada
A cidade exposta
Quando os nossos urbanistas descobrem a traves da cartografia digital o que é importante para os olhos, deixam de ver e olhar o que é invisível aos olhos. Boa parte do que é importante na cidade exige um profundo conhecimento da sua realidade, caminhar as suas ruas e avenidas, ver as pessoas, reconhecer os referenciais urbanos e os ícones.
Ficar sentado no conforto do ar condicionado, olhando a cidade desde o alto, sem se misturar com o cidadão comum leva a uma visão distorcida de Joinville. A uma visão em que as pessoas desaparecem e só os dados da cartografia digital servem como unica referencia.
Uma boa recomendação seria a leitura do livro:
The Exposed City: A Brief History of Mapping the Urban Invisibles de Nadia Amoroso
Milton Friedman vs um idiota (e tem tantos)
Uma bela aula de como funciona a nossa sociedade. Frente a estultice dos que acreditam na capacidade dos burocratas para gerar riqueza e prosperidade.
Referenciais de Joinville
Cada cidade escolhe os referenciais que a identificam e pelos que se reconhece e é reconhecida.
16 de agosto de 2011
Para pensar acordado
Aos amigos degustadores do vinho
Veja algumas das apreciações dos peritos que transcrevo para seu deleite: "... marcado por especiarias...", "... muita pimenta do reino...", "aroma intenso...", "... flexível...", "... com bons taninos...", "... uma bela fruta...", "... um lado madeira...", "... toucinho defumado...", "... trufado...", "... denso...", "... tem uma bela trama...", "... elegante, sedoso e tem uma persistência que é longa e muito poderosa...", "... no primeiro ataque é mais sedoso, mais agradável à boca...", "... coerente...", "... ligeiramente austero e um pouco seco...", "... tem um aroma de café..." um pouco delgado...", "... com tons jovens e densos...", "... bela viscosidade...", "... tem algo de rodânico...", e, para finalizar: "... é carnal, é sensual...". Divirta-se.
15 de agosto de 2011
Mais vereadores, mais representatividade?
Mais vereadores, mais representatividade?
Alguns defensores do aumento do número de vereadores alegam que aumentar a quantidade de cadeiras no Legislativo permitirá aumentar a representatividade da população. A lógica por trás deste raciocínio é que mais quantidade é igual a mais representatividade.
A lógica encerra algumas armadilhas curiosas, que mesmo sendo absolutamente lógicas, não correspondem à realidade ou são falsas. Se o eleitor fosse mais bem representado pelo maior número de vereadores, deveríamos voltar ao modelo grego, em que os grandes temas eram resolvidos no Agora, a praça pública, com a presença da absoluta maioria da população. Lá os temas eram decididos diretamente, sem representantes. Aqui substituímos as reuniões no Agora, pelas deliciosas audiências publicas, que também tem forte influência helênica, puxando pelo lado histriônico tanto da comédia, às vezes, como da tragédia, na maioria dos casos.
Bom, vamos aos números para mostrar que não sempre existe uma maior qualidade de representação se o número de representantes aumenta. Na Índia, por exemplo, que com mais de um bilhão de habitantes é a maior democracia do mundo, um deputado federal representa mais de 1,8 milhão habitantes. Nos Estados Unidos, cada um dos 435 congressistas representa a 712 mil. habitantes. O Brasil é um campeão de representatividade, a cada 377 mil habitantes temos um deputado federal. Temos uma representatividade duas vezes maior que a do estadunidense e seis vezes maior que a indiano.
A capacidade brasileira para pendurar gente nas tetas do governo deve ser valorizada. Também devemos reconhecer o esforço dos grupos que se movimentam para aumentar o número de Joinvilenses pendurados nas tetas dos contribuintes locais. Mas não é fácil identificar que a nossa maior representatividade tenha servido para melhorar a qualidade de vida, por estes lados.
14 de agosto de 2011
Como poderia ser o asfaltamento
Para pensar acordado
13 de agosto de 2011
Para pensar acordado
De Rui Barbosa
Outrora se amilhavam asnos, porcos e galinhas. Hoje em dia há galinheiros, pocilgas e estrebarias oficiais, onde se amilham escritores
12 de agosto de 2011
Transplantadas para outros parques?
O jornalista Luiz Verissimo informa na sua coluna no Noticias do Dia que as azaleias arrancadas da Avd JK foram transplantadas para outros parques e praças.
Atirando no próprio pé (*)
Atirando no próprio pé
E perigoso deixar que administre a cidade quem não tem a competência para isto, ou que não a tendo não saiba se assessorar de profissionais que tenham a capacidade que falta.
O preço da incompetência é muito alto. Quando a maior parte da população começa a perceber que Joinville não consegue achar seu caminho no meio da bruma, que anda em círculos e que para muitos, quaisquer tempo passado foi melhor, a sociedade começa a perder a esperança e facilmente poderá cair nos braços do próximo embaucador.
Para entender o nível de desatino que norteia o planejamento da cidade, não tem exemplo mais diáfano que as propostas elaboradas pelo executivo para o conjunto de leis que formarão o Plano Diretor de Joinville. Dos mesmos autores, duas propostas a primeira que cria a outorga onerosa do direito de construir, uma importante ferramenta de política urbana, que permitiria ainda obter recursos adicionais para realizar as obras de infra-estrutura que a cidade tanto precisa. A outorga onerosa permitiria que aqueles que desejassem construir alem do permitido numa determinada região, o pudessem fazer, dentro de determinados parâmetros e pagassem pelo aumento da mais valia da propriedade urbana. Neste caso os recursos auferidos seriam destinados exclusivamente a promover o desenvolvimento urbano e melhorar os locais diretamente afetados pela verticalização e o adensamento.
Os mesmos técnicos que desenvolveram o projeto, são os que agora propõem que praticamente toda a cidade tenha o seu gabarito aumentado, que seja permitida a construção de 18 ou mais pavimentos na área mais valorizada de Joinville, quase abarcando do Santo Antonio a Estação Ferroviária. Ao disponibilizar de uma canetada uma verticalização e adensamento de uma área tão expressiva da cidade, conseguem ao mesmo tempo duas façanhas, a primeira a de desvalorizar os imóveis, porque a lei da oferta e da demanda, se não for revogada, estabelece que o que muito abunda pouco valor tem. A segunda é a implodir qualquer possibilidade de auferir o município alguma receita com a outorga onerosa, porque se o direito de construir, até 18 ou mais pavimentos, for outorgado graciosamente , quem ira precisar ainda pagar pelos andares adicionais?
Com que simplicidade os nossos técnicos, conseguem anular o efeito benéfico de uma lei que geraria mais recursos para Joinville, oferecendo gratuitamente andares adicionais aos que hoje já são permitidos. Desvalorizando a dita outorga onerosa.
Calendas gregas
No AN de hoje:
"Ainda não saiu a licitação para contratar a consultoria que ajudará a Prefeitura de Joinville a montar o edital de concorrência do transporte coletivo, algo que seria apresentado ainda neste ano. Como não andaria a coisa se a Prefeitura não quisesse fazer a licitação do ônibus..."
Pela pressa o tema ficará para bem depois desta administração e a prefeitura ficará devendo mais uma. Calendas gregas é uma forma de dizer que alguma coisa não acontecerá nunca. As calendas fazem referencia ao primeiro dia do calendário romano, inexistentes na Grécia antiga, por tanto, quaisquer promessa feita para acontecer nessa época é ficção.
11 de agosto de 2011
LÓGICA DA DESORDEM
LÓGICA DA DESORDEM
A expressão “lógica da desordem” foi cunhada por Lúcio Kowarick em “São Paulo 1975: Crescimento e Pobreza”, definindo urbanização no Brasil, a maior do mundo na segunda metade do século 20. O modelo desta lógica está no crescimento urbano do país desde 1950, pela prioridade das obras viárias e incentivo fiscal para o transporte individual; verticalização lote a lote em bairros com infraestruturas públicas e privadas; implantação periférica e precária de habitação popular; expansão horizontal urbana não planejada; destruição do ambiente natural; aumento de resíduos e poluição pelo consumo humano; manutenção de terrenos ociosos e reprodução da desigualdade social e territorial.
A conjuntura econômica dos pós-real e facilitação do crédito permitiu acesso de muitos brasileiros ao mercado que antes estavam alijados. Sonhos da casa própria e do automóvel é agora realidade vista no boom imobiliário e nos congestionamentos. As cidades brasileiras cresceram em tamanho e deficiências que a melhoria econômica tornou evidente.
Podemos planejar a cidade atribuindo importância maior a diretrizes que qualifiquem a vida, evitando e corrigindo distorções resultantes de nossas formas de consumir e produzir no meio ambiente natural e construído limitadas pela sustentabilidade ambiental, social e econômica. Que sob tal enfoque surja o instrumento jurídico capaz de orientar a sociedade na construção da cidade eco eficiente. Outras ferramentas instituídas devem ser informadas para possibilitar a sociedade o controle de seu destino, antes que o ambiente que nos suporta se insurja contra quem não pode lhe dispensar.
A insistência em continuar utilizando a lógica da desordem para planejar a cidade, seja através de alterações pontuais do zoneamento, em muitos casos reduzindo a uma única quadra o objeto da mudança, ou propondo alternativas coloridas que apenas consolidam ou aumentam as desigualdades já existentes, é o triunfo da teimosia sobre a esperança e representa a inviabilização de um futuro melhor para Joinville
Devemos ter coragem, ousadia e competência para mudar o atual modelo de gestão urbana imediatista no tratamento com a natureza material e humana com aprofundamento técnico, científico e democrático de suas características particulares e globais, moldando e implantando cenários de longo prazo desejados no presente por meio de decisões capazes de tornar duradouras suas ações.
Arno Kumlehn
Arquiteto Urbanista
Prédios públicos interditados
Para resolver os problemas recorrentes que a maioria de prédios públicos apresentam, leitor deste blog propõe:
O Prefeito poderia decretar a proibição de precipitação pluviométrica em todo o município de Joinville
O decreto teria impacto imediato no prédio central da própria prefeitura:
- Deixariam de existir goteiras em todo o prédio
- Não seria necessário desviar de tantas placas orientado sobre o piso escorregadio.
Deu no A Noticia
Só dois andares
A Câmara de Joinville informou ontem que moradores do residencial Santos Dumont, no J. Sofia querem limitação de até dois pavimentos no local. É para manter a qualidade de vida. “Devemos fazer uma audiência para definir”, diz Lauro Kalfels, da Comissão de Urbanismo.
No Atiradores
No mês passado, moradores de uma região do Atiradores fizerem pedido semelhante. No caso deles, virou o projeto de transformar a área, com algumas poucas e curtas ruas, em zona residencial unifamiliar, o mesmo status do América.
As duas notas publicada na coluna Portal do jornalista Jefferson Saavedra, mostram que tem cada vez mais gente de norte a sul da cidade achando que é hora de começar a se mexer para manter a qualidade de vida de Joinville.
A gestão anterior
Minha tristeza e a gestão anterior
Prova provada de que a culpa é da gestões anteriores, todas elas, é a interdição da Casa da Cultura. Era coisa prevista, favas contadas, mas as gestões todas não tomaram as devidas providências, que todo mundo sabia necessárias.
A Casa da Cultura tem para mim um significado muito especial, pois me acolheu, na pessoa da professora Dagmar Parucker e sua turma de gurias, alunas dela há mais de 20 anos. Eu era nova na cidade, não conhecia ninguém, e tinha feito cerâmica na Casa de Cultura de Porto Alegre.
Prontamente ganhei uma vaga e na semana seguinte já estava me enturmando com as gurias que se conheciam há tanto tempo. Foi muito bom. Aprendi muita coisa, em cerâmica e relacionamentos com aquelas mulheres que hoje chamo de amigas.
Sou muito diferente delas, que são calmas, tranquilas e experientes naquele trabalho artístico. Mas quando precisei, me ajudaram muito sem querer saber exatamente por que eu precisava de ajuda, e quando perdi meu filho, ouviram meus resmungos, aturaram meu mau humor, minha raiva, sem fazer um comentário desagradável. Simplesmente ouviam.
Elas sabem como sou agradecida a todas. Então agora, como diz o Jordi Castan, por culpa da gestão anterior, vamos ficar sem nosso frutífero encontro das terças-feiras, por tempo indeterminado, mas por que a atual gestão, que sabia das necessidades da Casa da Cultura, não se mexeu? E eles sabiam das dificuldades.
Como vamos ficar, as gurias e eu, sem ter com quem conversar sobre as netas maravilhosas, enquanto modelamos um anjo, um guerreiro, uma plaquinha com flores? Fazer em casa, a gente até faz, mas queimar, esmaltar e queimar de novo, como vai ser? Antes, de cinco fornos, só tínhamos um funcionando, agora não temos nenhum.
Culpa das gestões anteriores e desta que aí está. Particularmente espero que deem um jeito neste enguiço o mais rápido possível. Não esperem a nova gestão, que sabe-se lá como será, e quantos meses levará, numa “gestação” para arrumar a nossa casa, que foi fechada assim, de repente, sem aviso, e não deixaram ninguém entrar para tirar seus pertences e seus trabalhos que já estão prontos.
Seria de bom tom um pedido de desculpas.
Mary Bastian