A seção Portal do jornalista Jefferson Saavedra no jornal A Noticia reproduz declaração da Senadora Ideli Salvatti, aonde ela retoma o estilo combativo que tanto a caracteriza. Na sua declaração ela acertou e errou em proporçòes desiguais, acertou no alvo e errou muito. Resultado esperado de quem é acometido vez o outra por ataques de verborragia.
Acertou quando reconheceu publicamente que é "Claro que o terreno do Campus tem problemas." É importante que a Senadora reconheça os problemas que o terreno tem e proponha soluções para resolve-los, ela deve ser das poucas pessoas que conhece bem todos os meandros da negociação da escolha do local e que com mais propriedade poderia se manifestar.
Errou ao afirmar que: "... a area utilizavél é maior do que o da UFSC em Florianopolis....Podemos até discutir a acusação de superfaturamento na compra da area, mas não o terreno."
Primeiro porque se contradiz, com a sua afirmação anterior, se reconhece que o terreno tem problemas e depois não aceita discutir o terreno esta agindo de forma no mínimo estranha.
Segundo porque ao aceitar discutir a acusação de superfaturamento, contribui ainda mais a colocar duvidas razoáveis no processo de aquisição do imovel e da propria negociação do mesmo, na qual ela teve uma participação destacada.
Terceiro, porque ao reconhecer que foi adquirida uma área muito maior da que seria necessária, busca justificar o injustificavel que é gastar mais dinheiro, num imovel maior o que seria necessario. Para despues descartar uma parte significativa, notadamente com problemas, reconhece que houve falta de economicidade, ninguém compra uma área maior do que precisa. A menos que os recursos sejam públicos, nesta caso tudo é possível.
Mas o maior erro da Senadora é o de confundir os questionamentos sobre a escolha do imóvel, sobre o custo do mesmo, sobre os investimentos necessários para poder aproveitar a área, com ser contra a vinda da UFSC e contra Joinville. A Senadora comete um erro de avaliação impróprio de alguém com a sua estatura e experiência. Ninguém é contra a vinda da UFSC e menos ainda contra Joinville. A sociedade esta se manifestando contra os problemas no terreno, que ela própria já reconheceu e admitiu, e contra o sobrepreço que também ela mesma admite que possa ter havido.
Posso garantir Senadora, que por aqui todos somos a favor de Joinville e contra os problemas e o superfaturamento. Quem deve ser contra Joinville são aqueles que pela pressa ou por outros motivos escussos, jogaram no brejo um processo que deveria ser limpo, democratico e transparente. Desperdiçar os recursos publicos sim é ser contra Joinville.
Publicado no jornal A Noticia
Caro Jordi
ResponderExcluirA Senadora começou a dizer o que eu já se previa: "Essas coisas são de pessoas que não gostam de Joinville". No mensalão, a Senadora como fiel escudeira do Presidnete no Congresso, fez afirmações idênticas para justificar uma dos maiores escandalos da politica brasileira, ao qual se insiste em apagar para não contaminar 2010. Eu não esqueci!
Nós aqui ainda passaremos por maus, seremos acusados de que fomos responsáveis pela não vinda da UFSC caso o processo tenha maior repercussão na Justiça, pois é ali que o negócio está no momento. Quando dois Procuradores da República se manifestam publicamente e contundentemente contra a forma e a escolha da área, eles são tidos como inimigos públicos mas precisamso lembrar que na verdade estão na função de defender o cidadão contra estes usurpadores do erário que confundem a linha que separa o público do privado.
A senadora não apenas esta equivocada como esta sendo levada ao equívoco por "eméritos" joinvillenses que apadrinharam uma escolha equivocada e agora travam um cabo de guerra na ansia de não se tornarem reus e se postarem de vitimas. É um modus operandi que já não convence mais. No entanto, não podemos desprezar a força dos governos estadual e federal por sua polpuda conta de mídia que irá fazer valer seus interesses nada republicanos sobre os interesses do público.
A UFSC, que por escolha e por conveniência estratégica tinha optado por Jaraguá do Sul e Guaramirim onde os terrenos já haviam sido doados pela inciativa privada (doado significa: de graça, sem ônus ao erário) foi induzida a instalar-se em Joinville por conta de nossas famosas mariposas de plantão. Deu no que deu.
Enfim, ao ver o discurso da Senadora, não tenho a menor dúvida que os culpados não serão so protagonistas, serão os espectadores. É só esperar para ver.