8 de março de 2009

Parques, parquinhos e o anjo da guarda

Triste a perda desnecessária da menina Kelly. Lamentável porque era uma tragédia anunciada. Revoltante porque foi resultado do descaso e do abandono com que tratamos nossa cidade e principalmente as nossas crianças.
Em quanto gastamos milhões em construir e reformar parques e praças, que durante décadas tem sido abandonadas, esquecemos da manutenção minima das que já existem, os poucos espaços de lazer que existem em Joinville, não tem nenhum tipo de manutenção. As imagens publicadas pelo jornal A Noticia de Joinville, mostram um quadro de abandono e descaso com a cidade e principalmente com as suas crianças que revolta e impressiona.

A falta de cuidado e manutenção com a cidade, tem se convertido numa constante, acentuada na ultima administração municipal, que contou ainda com a complacência de uma sociedade omissa, que espera as tragédias, tristemente anunciadas, para reclamar com vigor. Ninguém pode hoje alegar desconhecimento, o abandono salta ao olhos de quem quiser olhar, podemos incluir ainda uma longa lista de futuras tragédias na falta da manutenção da pintura das faixas de pedestres na frente das escolas, a espera que o anjo da guarda, de outro cochilo e percamos outra Kelly. Podemos incluir a falta de iluminação adequada em ruas e praças, para melhorar a segurança e evitar assaltos e agressões. A ausência de sinaleiros para pedestres na maioria de cruzamentos da cidade. A inexistência de manutenção das calçadas dos edifícios e espaços públicos. Com ciclovias que sem oferecer a segurança necessária, são verdadeiras armadilhas para os que por elas se aventuram. Só para citar alguns exemplos do que poderia ser uma lista interminável

Esperar que tudo seja resolvido pelo anjo da guarda ou pela providencia divina é sem duvida esperar demais, do mesmo jeito que no parquinho do CEI do Espinheiros, ele deu uma cochilada, corremos o risco que tampouco de conta de manter o olho aberto, o tempo tudo, em toda a cidade e sobre todas as crianças ao mesmo tempo. Não podemos alegar desconhecimento, nem imprevidência, não consigo enxergar como uma fatalidade, o resultado de anos e anos de criminosa omissão.

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