Imagen do desmatamento no imóvel localizado na rua Otto Bohem, pela imagen a Fundema terá muita dificuldade em identificar cada uma das espécies suprimidas. Não parece um trabalho feito com qualidade e com fiscalização.
Para lembrar, de acordo com a informação da Fundema, só estava autorizada supressão de uma pequena parcela da vegetação arbórea existente. Poucos metros cubicos e de especies determinadas.
Será preciso ainda verificar se o empreendimento guardará também os recuos necessários e obrigatórios com os cursos de agua existentes no local e citados no projeto.
Um dos pontos que mais tem chamado a atenção, foi o fato do desmatamento ter sido executado nos dias de Carnaval, quando notoriamente os serviços de fiscalização da Prefeitura Municipal ou não trabalham ou o fazem em regime de plantão. Se os moradores não tivessem rapidamente de mobilizado e agido, provavelmente a estas horas nada teria restado da mata existente.
Muitas coisas me incomodam neste corte absurdo das arvores naquela encosta de morro na rua Otto Boehm.
ResponderExcluirConfesso a minha dor pessoal por uma perda irreparável, de um lugar que dificilmente pode ser refeito ou compensado, pois este corte seifou uma parte do meu passado e de muitas lembranças.
Mas tem algo que me incomoda ainda mais, é o silêncio de todos aqueles que pensam assim como eu e se calam.
Olá Jordi.
ResponderExcluirVou reproduzir o que escrevi no Urbanidades, do Gollnick:
Por que tudo isso?
Se Joinville fosse uma cidade densa, com falta de espaços, em certo ponto, seria justificável a supressão de vegetação na área central. O que acontece? Vejo vários milhões de metros quadrados em áreas nobres, com terrenos completamente planos e murados vazios, e pelo que me contam, muitos terrenos e poucos proprietários.
Falta planejamento? Ou falta Joinville começar a pensar como cidade grande? Quem chega de fora e quer construir grandes empreendimentos sempre encontra brechas da legislação. E quando isso não acontece, os próprios legisladores dão uma forcinha para mudar o zoneamento e agradar o forasteiro. E nos últimos cinco anos, período que moro aqui, já vi várias alterações pontuais. Como metáfora, isso me lembra quando uma “menina da capital” ia passar as férias na minha cidade do interior. Era a sensação, os guris faziam de tudo para agradá-la, em detrimento das meninas que ficavam o ano inteiro na nossa volta, muitas vezes mais bonitas, puras e inteligentes, mas como ela era de fora, tinha um simbolismo maior!
Investimentos numa cidade como Joinville sempre são importantes. Mas como não fazer um mínimo estudo de impacto de vizinhança? Como não prever o que irá acontecer com o trânsito das áreas que serão afetadas pelos grandes empreendimentos?
Quando recebo amigos de outras regiões, preciso leva-los até o mirante para comprovar que Joinville tem 500 mil habitantes, tal suas dimensões espraiadas.
.
Penso que Joinville se contrapõe em vários pontos no quesito urbano - como a acertada rigidez na aprovação de projetos do Seinfra (sofro vários meses até aprovar um projeto, mesmo estando todo correto), mas ao mesmo tempo, temos a Lei Cardozinho, que me regulariza qualquer construção “fora da Lei”. A questão do Patrimônio Histórico: Por que em Joinville só se preserva o Enxaimel? E as construções proto-modernas? Um exemplo claro é a da rua Lages com a rua Jaraguá, onde funcionava uma malharia. Da construção de esquina, imponente, certamente era até pouco tempo uma Unidade de Interesse de Preservação (UIP), da história de 50 anos, em alguns minutos, sobrou só o pórtico.
Cada vez que pedalo pelas ruas de Joinville, me impressiono com a falta de respeito à história da cidade.
A internet nos ajudou a sermos mais unidos na defesa dos interesses da cidade, mesmo que as pessoas não se conheçam fisicamente.
Está dando certo. Parabéns.