A prefeitura informa que o edital para o aluguel dos carros usados pelo Ittran, hoje Detrans, previa que fossem emplacados em Joinville. Assim o IPVA seria pago aqui. O edital PREVIA, os carros são emplacados em São Paulo. O que a prefeitura vai fazer? "Vamos ficar atentos para que a empresa cumpra o que exige o edital, ou seja que os carros sejam emplacados em nossa cidade" e ainda há quem diga que a Prefeitura não é uma mãe? E a fiscalização? E o cumprimento do estabelecido no edital?
30 de dezembro de 2014
23 de dezembro de 2014
A cidade que desapareceu
Uma cidade não desaparece fisicamente, mas se Joinville segue
a este passo e ritmo não vai demorar para desaparecer politicamente.
O que sim é certo é que a cada ano Joinville se apequena um
pouco mais. A cidade que queria ser a segunda economia do sul do Brasil,
hoje é a segunda de Santa Catarina. A cidade que já teve uma importante
participação política no governo estadual hoje tem dificuldade para emplacar um
único secretario de estado. A melhor prova da pouca importância política da
Joinville de hoje é que podemos nos dar por satisfeitos se emplacamos o quarto
suplente de deputado estadual, nenhum secretario de estado e quem sabe um
presidente de um Deinfra enfraquecido. E não nos enganemos o cargo de Presidente
da Celesc é de um joinvilense mas não é um cargo de Joinville. O peso político
de Joinville é do tamanho do gigante de Liliput ou de um twa ruandes. A cidade
sai menor a cada nova eleição. Com menos peso político, com menos representação
e com menos força. E não são poucos os que não acham isso ruim. Tem deputado
satisfeito com essa perda de poder político.
Sem peso político, perdendo o peso econômico e sem voz,
Joinville se equipara a municípios bem menores e entre ser rabo de leão ou
cabeça de rato, parece que a opção tem sido a de ser rabo de rato. Uma cidade
que já se vangloriou de ser a maior, hoje enfrenta a triste sina de não
conseguir ser nem a maior, e esta longe de ser a melhor. A cidade vê os seus
problemas se avolumar, sem aparente solução. As grandes obras publicas não
acontecem, as duplicações que estão décadas atrasadas se alastram sem solução
visível e qualquer escusa é valida para justificar novos atrasos. Recapeamento
de asfalto é festejado com foguetório desproporcional a sua relevancia. E obras
importantes de infraestrutura imprescindíveis para o desenvolvimento futuro são
vistas como quimeras e não há sequer projetos detalhados que permitam
incluí-las nos planes futuros.
Uma cidade que se apequena é também uma cidade dirigida por
lideres menores, por gente que não consegue enxergar além da sombra do
campanário da sua paróquia. Gente pequena que pensa pequeno. Esses lideres só
conseguem pensar num horizonte de no máximo quatro anos. Pensam a cidade em espasmos quadrienais,
pautam-se por eleições e pulam de uma eleição a outra, sem entender que as
cidades e os estados devem ser pensadas para as próximas gerações e não para as
próximas eleições. Se seguirmos por este caminho é provável que Joinville
continue perdendo atratividade, competitividade e além de PIB e renda per
capita, perca também a esperança em um futuro melhor e mais prospero.
8 de dezembro de 2014
3 de dezembro de 2014
O que vem por ai
Leitura recomendada. A integra do texto em breve.
"Que o zoneamento (setorização), “é também uma forma de reconhecimento do valor cultural dos bens culturais ambientais, por meio da delimitação de zona de interesse histórico, artístico e paisagístico,” onde o Poder Público municipal poderá disciplinar, adequadamente, a utilização do solo urbano, preservando os núcleos históricos das cidades, limitando o exercício do direito de propriedade e o direito de construir e delimitando as áreas industriais, comerciais, de proteção histórica e de lazer, bem como peculiar e suplementar competência em editar normas de direito urbanístico com o“objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes”, promovendo, “no que couber adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano,” e de proteger o patrimônio cultural com base nos incisos II e IX, do artigo 30 da Constituição Federal;"
Será que o Prefeito sabe? Ou que o IPPUJ tomou conhecimento? E a Fundação Cultural? Com certeza o MPSC vai saber logo.
2 de dezembro de 2014
Audiência Pública da LOT numa sexta feira a noite?
A NOVA LOT: O VALE-TUDO URBANÍSTICO
SUA VIDA VAI MUDAR: E PODE PIORAR MUITO!
A nova lei de ordenamento territorial (LOT) definirá o que pode ser feito na cidade, de que forma e onde. Isto se fará pela divisão do espaço urbano em diferentes zonas
Em cada zona, o que pode ou não ser construído e o tamanho das construções – os chamados USOS E OCUPAÇÕES – definem-se, dentre outros, pelos seguintes critérios:
Atividades econômicas admitidas – comércio, moradias, serviços, indústrias
Relação entre a o tamanho dos espaços e a quantidade de pessoas
A lei ora em gestação utiliza à exaustão instrumento denominado FAIXA VIÁRIA (FV). Do que se trata? Pela definição do projeto de lei...
... São as faixas onde se concentram os usos comerciais e de serviços, caracterizando-se
como eixos comerciais ao longo das principais vias públicas.
Ruas tão diferentes quanto Criciúma e Av. Santos Dumont, Des. Nelson Nunes Guimarães e
Blumenau, dentre outras, são equiparadas sob o mesmo rótulo!!!
Reveja a definição acima e reflita: a Rua Criciúma é uma das principais vias públicas de Joinville? Concentra usos comerciais e de serviços? Esse é apenas um dos exemplos desse absurdo!
A verdade é que as FVs, criação joinvillense sem paralelo em outras cidades, têm por objetivo
ELIMINAR LIMITAÇÕES DE USOS E OCUPAÇÕES. AÍ ESTÁ O VALE-TUDO URBANÍSTICO!
Nas FVs poderão coexistir residências, comércios e Serviços como transportadoras de grande porte e diversos tipos de indústria potencialmente poluidoras, que não deveriam estar próximas de áreas residenciais com as químicas, de derivados de petróleo, metalúrgicas, de fabricação de bebidas, produtos de fumo, entre muitas outras, etc.
E quanto ao TAMANHO DOS PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES? Sob o pretexto de utilizar a
infraestrutura existente – qual? – para adensar a cidade, propõe-se liberar a altura edifícios nas
FVs, abrindo-se a possibilidade de erguer prédios com até 40 metros de altura!
Quem perde com isso? Você! Sua qualidade de vida está seriamente ameaçada! Vem aí mais
engarrafamentos, poluição do ar e sonora, supressão de áreas verdes, queda da insolação,
aumento da umidade em sua casa, dentre outros impactos da lei.
Quem ganha com isso? Construtoras, imobiliárias e promotores de outras atividades econômicas
incompatíveis com o lugar onde você vive. Estariam eles preocupados com você?
DEFENDA-SE, A HORA É ESTA!
COMPAREÇA À AUDIÊNCIA PÚBLICA QUE SE REALIZARÁ EM
12/12/2014 ÀS 19H, NA CÂMARA DE VEREADORES, PARA SABER
COMO SUA VIDA SERÁ AFETADA E DISCUTIR O TEMA!
É uma sexta-feira, sabemos. Mas é um sacrifício pequeno diante dos riscos que você, sua família
e seus amigos correm, por causa da falta de transparência e do descaso com que o poder público vem tratando os cidadãos de nossa Joinville.
1 de dezembro de 2014
Os templos irregulares
E eu achando que a igreja deveria ser um exemplo.
Agora descobri que a maioria dos templos estão em desacordo com a legislação urbanistica vigente. Nem sei mais em quem da para acreditar. Só falta que digam que o Papai Noel não existe.
Agora descobri que a maioria dos templos estão em desacordo com a legislação urbanistica vigente. Nem sei mais em quem da para acreditar. Só falta que digam que o Papai Noel não existe.
Convidamos todas as lideranças das nossas Paróquias e Comunidades para participarem da Audiência Pública que vai tratar dos Projetos de Lei Complementar 27/2014 e 38/2014. Será na próxima segunda-feira (01/12/2014) às 19h30 no Plenário da Câmara de Vereadores de Joinville.
Estes dois projetos visam regularizar os templos religiosos em nossa cidade. Sabemos que esse é um importante projeto de lei para contribuir com a regularização dos tempos e para os coordenadores de CPP em nossas Paróquias.
O Projeto de Lei de Regularizar os templos religiosos em nossa cidade é resultado de um longo trabalho das lideranças religiosas da nossa cidade com a ativa participação e iniciativa do Vereador MANOEL FRANCISCO BENTO. Ele convida todas as lideranças a estarem presentes no dia para defender o projeto, uma vez que se aprovado, ele irá beneficiar todas as paróquias e comunidades que tenham algum problema com seus templos religiosos.
Repassem o comunicado nas celebrações, reuniões e convide o maior número possível e pessoas que são favoráveis à sua paróquia ou comunidade, pois para que o Projeto possa caminhar, é preciso manifestação e aprovação da maioria dos presentes na Audiência Pública.
O quê: Audiência Pública "Regularização dos Templos Religiosos
Quando: 01\12\2014 (segunda-feira)
Hora: 19h30
Onde: Plenário da Câmara de Vereadores de Joinville.
Informações: 47 2101-3208
29 de novembro de 2014
Mistérios da LOT
Há uma única Faixa Viária que passe pelo setor de
adensamento especial. E esta localizada no Bairro América. Hoje só é possível
construir 2 pavimentos. Mas por algum estranho mistério o Conselho da Cidade
aprovou, sem nenhuma argumentação técnica que o justifique, o aumento do
gabarito para 25 m. Equivalente a 8 pavimentos e se ai aplicar 50% de outorga,
que ainda não foi votada, teremos um edifício com 37,5 metros... algo entre 12
a 14 pavimentos...
Será que alguém tem interesse especial nessa região?
Será que alguém tem interesse especial nessa região?
28 de novembro de 2014
Agir em defesa da liberdade
Benjamin Franklin: "onde mora a liberdade, la esta a minha patria". E Albert Einstein acrescentou: "a vida é muito perigosa. Não pelas pessoas que fazem o mal, mas pelas que ficam sentadas vendo o que acontece". O duplo compromisso hoje e aqui é nunca ficar sentado vendo passar o mal e defender sempre as pátrias da liberdade.
26 de novembro de 2014
23 de novembro de 2014
Ainda a LOT
Quando o poder público no governo Carlito tentou aprovar a
LOT a toque de caixa para atender interesses especulativos e um pequeno grupo
de cidadãos e de associações de moradores se articulou para evitar que a LOT
fosse aprovada pela Camara de Vereadores sem um amplo debate com a sociedade e
sem cumprir todos os passos que lei exige o poder público tentou e continua
tentando nos desqualificar e denegrir.
Hoje que mais pessoas e associações se somam a causa e
exigem um debate democrático e participativo, as únicas dois constantes são:
A insistência do poder público em aprovar a qualquer custo
uma LOT espúria e perniciosa para Joinville e a incompetência do IPPUJ para
conduzir um processo que é muito maior que sua capacidade e a dos técnicos
envolvidos no processo.
Meu aplauso e meu reconhecimento a esta minoria que cresce
dia a dia e que não pode mais ser ignorada.
13 de novembro de 2014
11 de novembro de 2014
Relato da viagem a Alemanha do Prefeito de Joinville
Se tiver interesse em conhecer em detalhe o relato da viagem realizada pela Comitiva oficial de Prefeitura de Joinville a Alemanha clique no link:
Leia com atenção o pormenorizado relato, os detalhes, os contatos feitos, os resultados esperados e qual o retorno para Joinville da viagem realizada pelo prefeito Udo Dohler ( que discursou em alemão fluente) e por dois dos seus secretários.
Achou pouco detalhado? impreciso? insubstancial? Eu também achei.
31 de outubro de 2014
25 de outubro de 2014
A Joinville dos próximos 30 anos.
É bonito e empolga falar da Joinville dos próximos 30 anos.
Mas que empolgar, entusiasma pensar que daqui a 30 anos Joinville será uma
cidade melhor que a que temos e vislumbramos hoje. Quem poderia ser contra uma
cidade melhor, mais verde, mais sustentável, mas justa, que integre as
diferencias, com mais qualidade de vida e voltada para o cidadão. Um projeto de
Joinville assim seria capaz de unir ao mesmo tempo todos os espectros do
universo político. Que partido não assinaria uma proposta como esta?
Mas da mesma forma que acreditamos que Deus esta nos
detalhes, também o diabo tem se feito presente nos detalhes. Planejar é uma
coisa, executar é outra bem diferente. A Joinville planejada no plano diretor
de 1973, disso já faz mais de 40 anos, era uma cidade bem diferente da de hoje.
A cidade estaria cortada, de um extremo ao outro, por grandes avenidas
duplicadas. Rotatórias ou elevados permitiriam que o transito fluísse bem e de
forma segura. Atravessar Joinville de ponta a ponta seria rápido e confortável.
O Rio Cachoeira estaria margeado por um parque linear que faria inveja aos
grandes parques urbanos com que a população tanto sonha. O IPPUJ não precisaria
ficar remendando a cidade com binários, trinários e outras invencionices que
são só paliativos para problemas que não existiriam se o que foi planejado
tivesse sido feito.
Se duplicar uma avenida como a Santos Dumont ou um trecho da
Dona Francisca se converte numa missão quase impossível. Se a execução de pouco
mais de meia dúzia de áreas verdes, se alastra por mais de três lustros, sem
que Joinville tenha espaços públicos dignos de ser considerados parques e já seja
necessário reformar as recentemente construídas. Recomenda o bom senso que se
duvide da nossa capacidade de projetar e executar a Joinville dos próximos 30
anos. Ou que no mínimo seja questionada
esta visão idílica de uma cidade que será melhor só daqui a três décadas.
Se não conseguimos fazer bem as coisas mais simples, aquelas
que deveriam fazer parte do quotidiano de uma cidade que insiste em querer ser
a maior do estado e que poderia muito bem investir um pouco em ser a melhor. O
que deveria nos deixar com a pulga atrás da orelha é que se não há a quem
reclamar hoje que não tenha sido executado o que foi projetado em 1973, a quem
questionar o que não tenha sido implantado em 2045 o que foi projetado em 2014?
Quem vai lembrar? Ou estaremos naquela época planejando a Joinville de 2075. Essa
sim será a cidade ideal e quem viver verá.
22 de outubro de 2014
Os donos do ódio
Os donos do ódio
Quanto mais perto do domingo, maior o nível de agressividade presente na campanha eleitoral. Estamos vivendo a monopolização do ódio. Há um interesse evidente em fazer do ódio o elemento principal da campanha. A exploração política do “nos e eles”, tem dono no Brasil. Dividir o país entre uns e outros, entre pobres e ricos, entre brancos e pretos, entre norte e sul, entre os de olhos azuis e nos, tem permitido ganhar eleições e tem sido utilizada além do limite para criar e aumentar o ódio.
Quando a campanha eleitoral da os seus últimos estertores e quando as pesquisas mostram um resultado ajustado e hoje imprevisível, os donos do ódio não têm duvidado em colocar todo o ódio na rua. O patrulhamento tem alcançado níveis de virulência surpreendentes, para os que não parece haver limite. Tudo vale.
Estimular o ódio e acusar aos que discordam de deixar-se levar unicamente pelo ódio ao PT é de uma simplicidade estulta, é reduzir o debate a uma abordagem binária, que funciona bem para amedrontar os menos esclarecidos. E a sublimação do "nos e eles". O objetivo é claro e o risco real de perder o poder depois de 12 anos de lambuzar-se e regozijar-se com ele leva as pessoas ao desespero. Ter que voltar a um quotidiano de trabalho e normalidade, depois de ter gozado do poder não é fácil. O futuro pode ser muito duro para quem tenha que voltar onde estava antes. Ainda que a maioria tenha aproveitado bem a sua passagem pelo poder para fazer um bom pé de meia e não correr o risco de ter que voltar a marcar cartão ponto e cumprir horário.
Esquecem, ou não querem entender, que não compactuar com um governo que se alinhe com as aventuras bolivarianas da Venezuela de Maduro hoje e as de Chavez antes, ou com o Kirchnerismo amalucado dos vizinhos do sul, ou com o indigenismo plurinacional boliviano não é fruto do ódio e sim do bom senso. Que não é possível concordar com um governo que apoie o terrorismo do Estado Islâmico do ISIS. Esquecem também que não há nada de errado em achar que lugar de corrupto condenado é na cadeia, cumprindo pena e não em casa e menos ainda sendo homenageado pelos companheiros e que nada disso tem a ver com cultivar o ódio aos petistas honestos e íntegros que ainda sobrevivam no partido. Que não compactuar com a corrupção, não tem nada a ver com ódio, tem a ver com honestidade. Não querem entender que o acesso ao consumo a traves de créditos a juros escorchantes, não faz do Brasil um país mais justo e equitativo e que mudar índices estatísticos tampouco tira ninguém da miséria, só distorce indicadores.
Mas é mais fácil ver ódio nas criticas ao Bolsa Família, que entender que um programa social que aumenta ano trás ano o numero de beneficiários, não é a solução para combater a miséria e sim uma bomba de tempo que explodira em algum momento e que já criou uma geração de dependentes profissionais, que nem trabalham, nem procuram emprego.
Qualquer critica é vista sempre como o resultado do ódio. Se hoje o brasileiro melhorou de vida foi graças ao controle da inflação e se tem acesso a viajar de avião, a comprar carro, a comer mais e melhor ou a adquirir bens de consumo aos que antes não tinha acesso foi porque sua renda deixou de ser corroída pela inflação que o Plano Real, que o PT combateu com furibunda algaravia, controlou e permitiu que se restabelecesse o valor do dinheiro e que as pessoas melhorassem de renda.
Mas os donos do ódio não querem perder o poder, precisam dele. Aferram-se ao poder e as suas benesses, como cachorros que se negam a soltar o osso. Manter-se no poder tem se convertido num fim em si mesmo e vale tudo para continuar quatro anos mais.
Quanto mais perto do domingo, maior o nível de agressividade presente na campanha eleitoral. Estamos vivendo a monopolização do ódio. Há um interesse evidente em fazer do ódio o elemento principal da campanha. A exploração política do “nos e eles”, tem dono no Brasil. Dividir o país entre uns e outros, entre pobres e ricos, entre brancos e pretos, entre norte e sul, entre os de olhos azuis e nos, tem permitido ganhar eleições e tem sido utilizada além do limite para criar e aumentar o ódio.
Quando a campanha eleitoral da os seus últimos estertores e quando as pesquisas mostram um resultado ajustado e hoje imprevisível, os donos do ódio não têm duvidado em colocar todo o ódio na rua. O patrulhamento tem alcançado níveis de virulência surpreendentes, para os que não parece haver limite. Tudo vale.
Estimular o ódio e acusar aos que discordam de deixar-se levar unicamente pelo ódio ao PT é de uma simplicidade estulta, é reduzir o debate a uma abordagem binária, que funciona bem para amedrontar os menos esclarecidos. E a sublimação do "nos e eles". O objetivo é claro e o risco real de perder o poder depois de 12 anos de lambuzar-se e regozijar-se com ele leva as pessoas ao desespero. Ter que voltar a um quotidiano de trabalho e normalidade, depois de ter gozado do poder não é fácil. O futuro pode ser muito duro para quem tenha que voltar onde estava antes. Ainda que a maioria tenha aproveitado bem a sua passagem pelo poder para fazer um bom pé de meia e não correr o risco de ter que voltar a marcar cartão ponto e cumprir horário.
Esquecem, ou não querem entender, que não compactuar com um governo que se alinhe com as aventuras bolivarianas da Venezuela de Maduro hoje e as de Chavez antes, ou com o Kirchnerismo amalucado dos vizinhos do sul, ou com o indigenismo plurinacional boliviano não é fruto do ódio e sim do bom senso. Que não é possível concordar com um governo que apoie o terrorismo do Estado Islâmico do ISIS. Esquecem também que não há nada de errado em achar que lugar de corrupto condenado é na cadeia, cumprindo pena e não em casa e menos ainda sendo homenageado pelos companheiros e que nada disso tem a ver com cultivar o ódio aos petistas honestos e íntegros que ainda sobrevivam no partido. Que não compactuar com a corrupção, não tem nada a ver com ódio, tem a ver com honestidade. Não querem entender que o acesso ao consumo a traves de créditos a juros escorchantes, não faz do Brasil um país mais justo e equitativo e que mudar índices estatísticos tampouco tira ninguém da miséria, só distorce indicadores.
Mas é mais fácil ver ódio nas criticas ao Bolsa Família, que entender que um programa social que aumenta ano trás ano o numero de beneficiários, não é a solução para combater a miséria e sim uma bomba de tempo que explodira em algum momento e que já criou uma geração de dependentes profissionais, que nem trabalham, nem procuram emprego.
Qualquer critica é vista sempre como o resultado do ódio. Se hoje o brasileiro melhorou de vida foi graças ao controle da inflação e se tem acesso a viajar de avião, a comprar carro, a comer mais e melhor ou a adquirir bens de consumo aos que antes não tinha acesso foi porque sua renda deixou de ser corroída pela inflação que o Plano Real, que o PT combateu com furibunda algaravia, controlou e permitiu que se restabelecesse o valor do dinheiro e que as pessoas melhorassem de renda.
Mas os donos do ódio não querem perder o poder, precisam dele. Aferram-se ao poder e as suas benesses, como cachorros que se negam a soltar o osso. Manter-se no poder tem se convertido num fim em si mesmo e vale tudo para continuar quatro anos mais.
16 de outubro de 2014
Minhas irritações com a presidente
*IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FOLHA SP
12/10*
Minhas irritações com a presidente
*O mais curioso é que o Plano Real, que tanto foi combatido por Lula e pelo
PT, é o que ainda dá alguma sustentação à Presidência de Dilma*
*Em 16 de março de 2011, publiquei nesta Folha um artigo em que apoiava a
presidente Dilma e seu vice, Michel Temer --meu confrade em duas Academias
e companheiro de conferências universitárias--, pelas ideias apresentadas
para o combate à corrupção e a promoção do desenvolvimento nacional.*
*Como mero cidadão, não ligado a qualquer partido ou governo, tenho, quase
quatro anos depois, o direito de expressar minha irritação com o fracasso
de seu governo e com as afirmações não verdadeiras de que o Brasil
economicamente é uma maravilha e que seu governo é o paladino da luta
contra a corrupção.*
*Começo pela corrupção. Não é verdade que, graças a ela, os oito anos de
assalto à maior empresa do Brasil, estão sendo rigorosamente investigados.
Se quisesse mesmo fazê-lo, teria apoiado a CPI para apurar os fantásticos
desvios, no Congresso Nacional.*
*A investigação se deve à independência e à qualidade da Polícia e do
Ministério Público federais que agem com autonomia e não prestam vênia aos
detentores do poder. Nem é verdade que demitiu o principal diretor
envolvido. Este, ao pedir demissão, recebeu alcandorados elogios pelos
serviços prestados!*
*Por outro lado, não é verdade que a economia vai bem. Vai muito mal. Os
recordes sucessivos de baixo crescimento, culminando, em 2014, com um PIB
previsto em 0,3% pelo FMI, demonstram que seu ministro da Fazenda
especializou-se em nunca acertar prognósticos.*
*Acrescente-se que também não é verdade que controla a inflação, pois, se o
PIB baixo decorresse de austeridade fiscal, estaria ela sob controle. O
teto das metas, arranhado permanentemente, demonstra que a presidente gerou
um baixo PIB e alta inflação.*
*Adotando a pior das formas de seu controle, que é o congelamento de
tarifas, afetou a Petrobras e a Eletrobras, fragilizando o setor
energético, além de destruir a indústria de etanol, sem perceber que desde
Hamurabi (em torno de 1700 a.C.) e Diocleciano (301 d.C.) o controle de
preços, que fere as leis da economia de mercado, fracassou, como se vê nas
economias argentina e venezuelana, que estão em frangalhos.*
*O mais curioso é que o Plano Real, que tanto foi combatido por Lula e pelo
PT, é o que ainda dá alguma sustentação à Presidência.*
*Em matéria de comércio internacional, os governos anteriores aos atuais
conseguiram expressivos saldos na balança comercial, que foram eliminados
pela presidente Dilma. Apenas com artimanhas de falsas exportações é que
conseguiu obter inexpressivos saldos. O "superavit primário" nem vale a
pena falar, pois os truques contábeis são tantos, que, se qualquer empresa
privada os fizesse, teria autos de infração elevadíssimos.*
*Seu principal eleitor (o programa Bolsa Família) consome apenas 3% da
receita tributária. Os 97% restantes são desperdiçados entre 22 mil cargos
comissionados, 39 ministérios, obras superfaturadas, na visão do Tribunal
de Contas da União, e incompletas.*
*Tenho, pois, como cidadão que elogiou Sua Senhoria, no início --para mim
Sua Excelência é o cidadão, a quem a presidente deve servir--, o direito
de, no fim de seu governo, mostrar a minha profunda decepção com o desastre
econômico que gerou e que me preocupa ainda mais, por culpar os que criam
riqueza e empregos em discurso que pretende, no estilo marxista, promover o
conflito entre ricos e pobres.*
*Gostaria, neste artigo --ao lembrar as palavras de apoio daquele que
escrevi neste mesmo jornal quase quatro anos atrás--, dizer que,
infelizmente, o fracasso de seu projeto reduziu o país a um mero exportador
de produtos primários, tornando este governo um desastre econômico.*
*IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 79, advogado, é professor emérito da
Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e
da Escola Superior de Guerra.*
Minhas irritações com a presidente
*O mais curioso é que o Plano Real, que tanto foi combatido por Lula e pelo
PT, é o que ainda dá alguma sustentação à Presidência de Dilma*
*Em 16 de março de 2011, publiquei nesta Folha um artigo em que apoiava a
presidente Dilma e seu vice, Michel Temer --meu confrade em duas Academias
e companheiro de conferências universitárias--, pelas ideias apresentadas
para o combate à corrupção e a promoção do desenvolvimento nacional.*
*Como mero cidadão, não ligado a qualquer partido ou governo, tenho, quase
quatro anos depois, o direito de expressar minha irritação com o fracasso
de seu governo e com as afirmações não verdadeiras de que o Brasil
economicamente é uma maravilha e que seu governo é o paladino da luta
contra a corrupção.*
*Começo pela corrupção. Não é verdade que, graças a ela, os oito anos de
assalto à maior empresa do Brasil, estão sendo rigorosamente investigados.
Se quisesse mesmo fazê-lo, teria apoiado a CPI para apurar os fantásticos
desvios, no Congresso Nacional.*
*A investigação se deve à independência e à qualidade da Polícia e do
Ministério Público federais que agem com autonomia e não prestam vênia aos
detentores do poder. Nem é verdade que demitiu o principal diretor
envolvido. Este, ao pedir demissão, recebeu alcandorados elogios pelos
serviços prestados!*
*Por outro lado, não é verdade que a economia vai bem. Vai muito mal. Os
recordes sucessivos de baixo crescimento, culminando, em 2014, com um PIB
previsto em 0,3% pelo FMI, demonstram que seu ministro da Fazenda
especializou-se em nunca acertar prognósticos.*
*Acrescente-se que também não é verdade que controla a inflação, pois, se o
PIB baixo decorresse de austeridade fiscal, estaria ela sob controle. O
teto das metas, arranhado permanentemente, demonstra que a presidente gerou
um baixo PIB e alta inflação.*
*Adotando a pior das formas de seu controle, que é o congelamento de
tarifas, afetou a Petrobras e a Eletrobras, fragilizando o setor
energético, além de destruir a indústria de etanol, sem perceber que desde
Hamurabi (em torno de 1700 a.C.) e Diocleciano (301 d.C.) o controle de
preços, que fere as leis da economia de mercado, fracassou, como se vê nas
economias argentina e venezuelana, que estão em frangalhos.*
*O mais curioso é que o Plano Real, que tanto foi combatido por Lula e pelo
PT, é o que ainda dá alguma sustentação à Presidência.*
*Em matéria de comércio internacional, os governos anteriores aos atuais
conseguiram expressivos saldos na balança comercial, que foram eliminados
pela presidente Dilma. Apenas com artimanhas de falsas exportações é que
conseguiu obter inexpressivos saldos. O "superavit primário" nem vale a
pena falar, pois os truques contábeis são tantos, que, se qualquer empresa
privada os fizesse, teria autos de infração elevadíssimos.*
*Seu principal eleitor (o programa Bolsa Família) consome apenas 3% da
receita tributária. Os 97% restantes são desperdiçados entre 22 mil cargos
comissionados, 39 ministérios, obras superfaturadas, na visão do Tribunal
de Contas da União, e incompletas.*
*Tenho, pois, como cidadão que elogiou Sua Senhoria, no início --para mim
Sua Excelência é o cidadão, a quem a presidente deve servir--, o direito
de, no fim de seu governo, mostrar a minha profunda decepção com o desastre
econômico que gerou e que me preocupa ainda mais, por culpar os que criam
riqueza e empregos em discurso que pretende, no estilo marxista, promover o
conflito entre ricos e pobres.*
*Gostaria, neste artigo --ao lembrar as palavras de apoio daquele que
escrevi neste mesmo jornal quase quatro anos atrás--, dizer que,
infelizmente, o fracasso de seu projeto reduziu o país a um mero exportador
de produtos primários, tornando este governo um desastre econômico.*
*IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 79, advogado, é professor emérito da
Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e
da Escola Superior de Guerra.*
9 de outubro de 2014
2 de outubro de 2014
Misterios da LOT
Há uma única Faixa Viária que passe pelo setor de adensamento especial. E esta localizada no Bairro América. Hoje só é possível construir 2 pavimentos. Mas por algum estranho mistério o Conselho da Cidade aprovou, sem nenhuma argumentação técnica que o justifique, o aumento do gabarito para 25 m. Equivalente a 8 pavimentos e se ai aplicar 50% de outorga, que ainda não foi votada, teremos um edifício com 37,5 metros... algo entre 12 a 14 pvtos...
25 de setembro de 2014
4 de setembro de 2014
Criação de arapongas
São fortes, muito fortes, os boatos de que há um centro de arapongagem instalado no paço da Beira rio.
Citam fontes bem avalizadas que há relatórios diários dos movimentos e conversas de vários cidadãos da cidade. Estes informes são entregues diariamente aos principais representantes do poder público e entre os nomes monitorados estão aqueles que são vistos como inimigos do desenvolvimento e do progresso de Joinville ou como críticos ao prefeito e a sua administração.
Estariam sendo monitorados
1.- Cidadãos comuns
2.- Os horários de entrada e saída de qualquer repartição pública, incluindo a Camara de Vereadores.
3.- Quem foi visitado, ou com quem conversaram
4.- Quanto tempo durou a conversa
5.- Se a conversa foi com servidor, assessor ou vereador, quando a visita é na Camara de Vereadores.
6.- O informe inclui, em alguns casos, imagens gravadas em mídia eletrônica.
Provavelmente haja também escuta ambiental.
Imaginar este tipo de situação num estado de direito e colocando nas mão do executivo um "brinquedo" como a Secretaria de Segurança Pública é no minimo preocupante.
Se a central de arapongagem existe de fato, para investigar a cidadãos de bem e é custeada com recursos públicos cabe uma denuncia ao MPSC
Citam fontes bem avalizadas que há relatórios diários dos movimentos e conversas de vários cidadãos da cidade. Estes informes são entregues diariamente aos principais representantes do poder público e entre os nomes monitorados estão aqueles que são vistos como inimigos do desenvolvimento e do progresso de Joinville ou como críticos ao prefeito e a sua administração.
Estariam sendo monitorados
1.- Cidadãos comuns
2.- Os horários de entrada e saída de qualquer repartição pública, incluindo a Camara de Vereadores.
3.- Quem foi visitado, ou com quem conversaram
4.- Quanto tempo durou a conversa
5.- Se a conversa foi com servidor, assessor ou vereador, quando a visita é na Camara de Vereadores.
6.- O informe inclui, em alguns casos, imagens gravadas em mídia eletrônica.
Provavelmente haja também escuta ambiental.
Imaginar este tipo de situação num estado de direito e colocando nas mão do executivo um "brinquedo" como a Secretaria de Segurança Pública é no minimo preocupante.
Se a central de arapongagem existe de fato, para investigar a cidadãos de bem e é custeada com recursos públicos cabe uma denuncia ao MPSC
24 de agosto de 2014
O que visitar na Alemanha?
Leio que o nosso prefeito viajará a Alemanha nos próximos
dias e mesmo que já tenha feito inúmeras viagens internacionais é a primeira
vez que viajará na condição de prefeito de Joinville. Defendo com veemência que
as pessoas viagem, viajar é a melhor forma de conhecer outras realidades, sair
do túnel de pensamento e no marasmo intelectual em que se encontram e Joinville
só tem a ganhar. Diferente de outros prefeitos e secretários que a primeira vez
que viajaram fora do continente foi depois de eleitos, Udo Dohler é um homem
viajado.
Mesmo assim me atrevo a sugerir algumas visitas que na condição de
prefeito não poderia deixar de fazer:
1. Em Munique
visitar o Englisher Garten e assim ter uma ideia bem clara do que é um parque
urbano. Aproveitando a estada na capital da Baviera, não deixar de conhecer o
centro, ruas e mais ruas fechadas ao transito de veículos, com um comercio
forte e com praças, pontos turísticos repletos de turistas.
2. Se a opção for
Freiburg, com pouco mais de 200.000 habitantes e um eficiente sistema de VLT
(Veiculo Leve sobre Trilhos), a feira que os agricultores da região promovem na
Munster Platz de segunda a sábado, não poderia ficar fora do roteiro.
3. Poderia
inclusive dar uma esticadinha até Munster, a capital alemã das bicicletas, com
uma rede de ciclovias de dar inveja a qualquer cidade que se pretende a “Cidade
das bicicletas”. Entender a complexa arte de projetar ciclovias para os
ciclistas, escolher os melhores caminhos e os mais seguros e promover a integração
entre a bicicleta e os demais modais de transporte, pode ser uma surpresa para
quem como o prefeito é um defensor intransigente do carro.
4. Berlim é a bola
da vez. Uma cidade moderna, com uma vitalidade cultural, um dinamismo e uma
rede de parques. O meio de transporte preferido dos berlinenses, depois de
andar a pé e antes do transporte publico é a bicicleta, graças a uma topografia
plana e a ciclovias bem distribuídas por toda a capital da Republica Federal de Alemanha.
Se dessas visitas se pudesse aproveitar um 10%, já seria um
bom retorno para Joinville, a cidade agradeceria. Me atreveria também a
sugerir que não desperdice um único centavo de dinheiro publico, não precisa
incluir o pessoal do IPPUJ na viagem. Devem ser quem mais tem feito viagens
internacionais nos últimos anos e o resultado segue sem aparecer, devem ser
refratários ao desenvolvimento sustentável e a propor para Joinville outras
soluções que não sejam as que surjam das suas pranchetas. Convencidos que
sabem, perdem a parte mais gostosa da vida, que é o prazer de aprender sempre.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
8 de agosto de 2014
5 de agosto de 2014
Uma viagem fantástica
De uma olhada neste vídeo fantástico, mostrando a aproximação, aterrizagem e a decolagem de e desde alguns dos aeroportos mais conhecidos do Brasil. Adrenalina da Aviação.
4 de agosto de 2014
Anéis viários, Binários, Faixas Viárias e LOT
O jornalista Osny Martins na sua coluna no jornal Noticias do Dia dá uma boa pista do motivo que tem levado o IPPUJ e fazer mudanças no transito nas zonas norte e leste. A criação de anéis viários ou novos binários, estão mais orientados a justificar as Faixas Viárias prevista na LOT que a resolver mesmo os problemas de transito.
O IPPUJ acredita que as Faixas Viárias são a solução para todos os problemas de planejamento e mobilidade de Joinville e por isso propõe que sejam implantadas na maioria das ruas aonde hoje flui o transito.
A proposta do IPPUJ é unir no mesmo lugar, atividades industriais, comerciais e permitir a verticalização e o adensamento. O maior risco é que não saia bem, não há experiencias consolidadas deste modelo. Mas a informação permite entender melhor tanto a teimosia em implantar estas obras, mesmo sem o apoio da população e sem estudos mais profundos e a insistência em não aceitar mudanças ao modelo apresentado. Aceitar mudanças implicaria que o modelo tem falhas ou que poderia ser melhorado, dois aspectos com los que o IPPUJ tem dificuldade em lidar. Tanto o reconhecimento que há erros, como que haja outras soluções possíveis além das apresentadas pelos técnicos do instituto de planejamento.
O tempo dirá o resultado de este experimento que querem fazer com Joinville. Para quem tiver mais interesse em conhecer o que o IPPUJ preparou para as Faixas Viárias na LOT, aí vem uma aperitivo.
Não ousem tocar na COTA 40
Sabe qual é o risco que Joinville corre se ocupássemos a COTA 40? Se você acha que esse é um risco que não devemos correr, faça a sua parte e assine esta petição "Não ousem tocar na COTA 40"
Binários e outras confusões.
O tema da mobilidade tem todas as cartelas para ser a bola
da vez. Não deveria nos surpreender se acabasse superando a saúde, segurança e
educação, o que não quer dizer que estes temas estejam sendo resolvidos, quer
dizer que a população já começou a desacreditar que sejam resolvidos e vai aos
poucos desistindo de brigar em batalhas perdidas.
No caso de Joinville, e na maioria das grandes cidades
brasileiras, a da mobilidade tem tudo para ser outra batalha perdida. Os
governos são os grandes sócios do carro, em Joinville o IPVA arrecada quase
tanto como o IPTU, e o ICMS sobre carros e combustíveis é outra vaca leiteira
das administrações públicas, que avançam com avidez sobre qualquer ingresso que
se apresente. Por si isso fora pouco um carro que em 1999 custava 155 salários
mínimos, hoje custa 44, ótimo desde o ponto de vista social, mas sem
infraestrutura, nem recursos para investir em transporte público moderno, as
cidades enfrentam um verdadeiro apagão no transito.
Não vou cair na armadilha de propor que esta ou aquela rua
deva ser mão única ou mão dupla. Isso nem os técnicos sabem. Tem ido tentando
até achar que acertam. Mas o que sim, já deveria ter ficado claro é que há que
escutar a população afetada pelas experiências que o IPPUJ e o ITTRAN fazem,
antes de fazê-las. O estranho é que depois do fiasco no Guanabara, os técnicos
não tenham aprendido que este tipo de intervenções devem ser mais bem preparadas,
com estudos mais detalhados, implantando as mudanças com segurança e prevendo
todas as alternativas. A imagem de cavaletes e cones com folhas impressas em
papel indicando, que não se pode entrar naquela rua ou que se deve entrar pela
próxima, não ajudam em nada a promover outra imagem que não seja a da
imperícia, desorganização e improvisação. A maior prova disso ainda é a falta
de soluções concretas aparecem, cada dia, novos mapas oferecendo rotas
alternativas para resolver problemas que não tinham sido previstos.
No tema do transito, como nos demais ligados ao planejamento
urbano, a surdez e a arrogância quando combinadas só servem para exacerbar os
ânimos da população e isso leva a atitudes cada vez mais radicais. É
inconcebível que moradores cheguem ao ponto de fechar ruas para ser recebidos
pelo prefeito em audiência. A situação esta começando a ficar fora de controle.
3 de agosto de 2014
Cota 40
Se você também esta preocupado com o futuro da Cota 40 em Joinville e não entende para que formar um grupo de trabalho para estudar a Cota 40, assine a petição para que não ousem tocar na COTA 40
2 de agosto de 2014
Assine a petição para que não mexam na COTA 40
Assine a petição para manter a COTA 40 em Joinville.
É só clicar aqui: "Não ousem tocar na COTA 40"
Escrever seu nome, seu email, o pais e o CEP
É só clicar aqui: "Não ousem tocar na COTA 40"
Escrever seu nome, seu email, o pais e o CEP
1 de agosto de 2014
Boato? Não né?
O IPPUJ esta empenhado em convencer que a ideia de alterar os limites da COTA 40 não passa de um boato e que tal ideia nunca foi considerada e menos pelo IPPUJ. Que ninguém pretende mexer na COTA 40. Acredite se quiser.
Para por os pingos nos "is" leia o texto da minuta da LOT elaborada pelo IPPUJ e que esta em analise no Conselho da Cidade.
Não achou nada estranho? o texto é árido e enfadonho? o objetivo é esse mesmo, que o cidadão de a pé não entenda direito. O palavreado confuso e complexo tem como objetivo afastar o joinvilense do debate da LOT, quanta menos gente entenda e possa opinar melhor. Melhor para quem? Essa é outra pergunta que também precisa ser respondida pelo IPPUJ e pelo poder público.
Mas para fazer mais fácil, a compreensão de todos, o texto elaborado pelo IPPUJ para a LOT previa como áreas urbanas, por tanto áreas que hoje estão protegidas pela LOM ( Lei Orgânica do Município) especificamente pelo seu artigo 181, perderiam a proteção e poderiam ser ocupadas, áreas ACIMA da COTA 40. Boato? não, não é boato. Leia o detalhe do texto e ache "COTA 50" Achou? Bingo. Achou o que quem elaborou a minuta da LOT, teria preferido que ninguém achasse e agora diz que é só um boato, coisa de gente desinformada.
Quem elaborou a minuta? Quem a aprovou? Por quantas mãos já passou? Você acha que pode confiar em quem faz este tipo de coisas? Melhor ficar bem atento, porque há na LOT outras surpresas semelhantes, esta é só uma delas.
Para por os pingos nos "is" leia o texto da minuta da LOT elaborada pelo IPPUJ e que esta em analise no Conselho da Cidade.
Não achou nada estranho? o texto é árido e enfadonho? o objetivo é esse mesmo, que o cidadão de a pé não entenda direito. O palavreado confuso e complexo tem como objetivo afastar o joinvilense do debate da LOT, quanta menos gente entenda e possa opinar melhor. Melhor para quem? Essa é outra pergunta que também precisa ser respondida pelo IPPUJ e pelo poder público.
Mas para fazer mais fácil, a compreensão de todos, o texto elaborado pelo IPPUJ para a LOT previa como áreas urbanas, por tanto áreas que hoje estão protegidas pela LOM ( Lei Orgânica do Município) especificamente pelo seu artigo 181, perderiam a proteção e poderiam ser ocupadas, áreas ACIMA da COTA 40. Boato? não, não é boato. Leia o detalhe do texto e ache "COTA 50" Achou? Bingo. Achou o que quem elaborou a minuta da LOT, teria preferido que ninguém achasse e agora diz que é só um boato, coisa de gente desinformada.
Quem elaborou a minuta? Quem a aprovou? Por quantas mãos já passou? Você acha que pode confiar em quem faz este tipo de coisas? Melhor ficar bem atento, porque há na LOT outras surpresas semelhantes, esta é só uma delas.
30 de julho de 2014
O cinturão verde de Joinville
O setor rural de Joinville atravessa um longo período de
crise. Sem ser capaz de entender as mudanças necessárias e ameaçados pela
especulação imobiliária a maioria dos agricultores continuam cultivando
produtos de pouco valor agregado com técnicas ultrapassadas e sem a
rentabilidade necessária para oferecer uma perspectiva econômica para eles
próprios e os seus filhos.
O setor público tem ajudado ainda mais a enterrar o
agricultor num modelo econômico arcaico e não tem sabido tampouco modernizar o
campo. O resultado e que corremos um serio risco de perder o cinturão verde que
deveria produzir o leite, a carne, as frutas e hortaliças que a cidade precisa
para se alimentar. Insistir em continuar cultivando arroz, aipim ou engordando
gado sem melhoramento genético ou produzindo sem tecnologia de ponta é
condenar o agricultor a um futuro sem perspectivas.
A Fundação 25 de Julho já foi no passado um centro de
referencia em tecnologia. Os seus técnicos faziam um excelente trabalho de
extensão e inclusive de pesquisa. A piscicultura e o cultivo de palmáceas
desenvolveram graças ao trabalho da Fundação e da parceria com a Epagri. Hoje o
agricultor não achara na fundação a referencia em tecnologia, em extensão ou em
inovação que poderiam alavancar o setor primário joinvilense.
Há potencial para fazer do cinturão verde de Joinville um
polo produtor de hortaliças, recuperar a produção leiteira, ser um referencia
em cultivo protegido e em produção orgânica. Joinville teria acesso a produtos
de melhor qualidade, mais frescos e com maior segurança alimentar. O Sindicato
Rural de Joinville em parceria com o Senar ( Serviço Nacional de Aprendizado
Rural) tem disponibilizado gratuitamente aos produtores rurais da região
dezenas de cursos a cada ano para sua formação e atualização tecnológica. O
desafio de um dos setores que mais cresce no pais é o de ser um negocio
orientado a aumentar a produtividade, gerar empregos formais e se afastar do
canto de sereia do paternalismo assistencialista, do discurso político fácil e
dos vícios do passado. Os produtores que vem no agronegócio uma
oportunidade para prosperar contam com acesso a formação adequada, mas a maior
dificuldade esta ainda dentro das cabeças que não perceberam a necessidade de
mudar.
23 de julho de 2014
16 de julho de 2014
Enchentes la e aqui
Na Suíça as cidades tem mapeadas as áreas sujeitas a enchentes, como também em Joinville, a diferença é que em caso de risco de enchentes se dispara um processo para minimizar os estragos e reduzir a perda de patrimônio.
Áreas alagáveis são bem identificadas e a sua ocupação é proibida ou permitida só para determinados usos. Aqui as áreas alagáveis estão mapeadas, mas o poder público não acha necessário tomar nem medidas de proteção para as atividades já instaladas, nem implantar nenhum tipo de restrição a novas ocupações destas áreas.
O sistema de barreiras moveis temporárias das imagens foi instalado para que as enchentes, caso venham a acontecer, não representem uma grande perda para a cidade e os munícipes. O sistema suíço não deveria parecer tão fora da nossa realidade, mas aqui é impensável.
Áreas alagáveis são bem identificadas e a sua ocupação é proibida ou permitida só para determinados usos. Aqui as áreas alagáveis estão mapeadas, mas o poder público não acha necessário tomar nem medidas de proteção para as atividades já instaladas, nem implantar nenhum tipo de restrição a novas ocupações destas áreas.
O sistema de barreiras moveis temporárias das imagens foi instalado para que as enchentes, caso venham a acontecer, não representem uma grande perda para a cidade e os munícipes. O sistema suíço não deveria parecer tão fora da nossa realidade, mas aqui é impensável.
Quem quiser se aprofundar mais no tema vale a pena visitar o site da empresa http://www.beaver-ag.com/
14 de julho de 2014
40 - 1
Não, não é o resultado da final da copa entre Argentina e
Alemanha, tampouco do jogo do sábado entre o Brasil e a Holanda, esta é a
proporção entre joinvilenses é funcionários públicos municipais. Um funcionário
para cada quarenta munícipes. Os matemáticos dirão que não é bem assim que são
42, ou 44 dependendo da base de calculo, vamos concordar que esses são números que
nunca vão fechar direito, porque a quantidade exata de funcionários públicos é
um mistério é pode mudar de acordo com a época do ano, a fonte ou quem
pergunte.
O que ninguém mais questiona é que a prefeitura municipal e todas as fundações,
institutos e anexos tem se convertido na maior empregadora do município. Numa
cidade que já foi chamada de Manchester catarinense e que fez por muitos anos
da industria o seu motor econômico é interessante acompanhar o crescimento constante
e sustenido da sua maquina pública.
Aos poucos o numero de funcionários aumenta, e aqui só
estamos a falar dos municipais, também tem aumentado os números no nível estadual
e federal. O aumento puro e simples da quantidade não deveria representar nada
por si próprio, fora a constatação que o aumento não tem parado e que vem
superando o crescimento vegetativo da população. O que sim deve preocupar ao cidadão
atento é que cresce entre a sociedade a percepção que não tem melhorado a
qualidade do serviço prestado pelo município. Ao contrario o município precisa
licitar e contratar a maioria de serviços que antes eram prestados pelo quadro
efetivo de servidores municipais. Hoje não há com achar alguém para trocar uma lâmpada,
recolher o lixo, roçar o mato o cuidar de parques e praças.
Joinville tem um
governo municipal que fez da gestão a sua principal bandeira de campanha. O
prefeito e sua equipe tem pela frente, o desafio adicional, da busca da eficiência
do quadro de servidores, para que ofereçam os melhores serviços a sociedade que
com seus impostos paga seus salários. Os indicadores de gestão, também no caso
da gestão pública, são a produtividade, a eficiência, a economicidade e a qualidade.
O custo que a sociedade paga pelo que recebe e o grau de satisfação do
contribuinte com os serviços públicos oferecidos são a forma como o cidadão
pode medir se 1 funcionário para cada 40 joinvilenses é muito ou pouco.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
11 de julho de 2014
Joinville esta parada?
O prefeito Udo Dohler repete um dia sim e outro também que Joinville esta parada por conta da não aprovação da LOT, e ainda insiste em acusar o grupo de associações de moradores que questionam a aprovação da LOT, sem cumprir os tramites legais e sem promover o debate necessário, como os principais deste atraso.
Os dados que ano trás ano a Seinfra ( Secretaria Municipal de Infraestrutura) apresenta desmentem as diatribas do prefeito e mostram que a unica Joinville que esta parada é a pública, exceção feita da Seinfra, que tem trabalhado como nunca para liberar alvarás de construção para 590 mil metros quadrados de novas edificações em Joinville.
A pesar da algaravia do prefeito e dos seus acólitos o que fica cada dia mais evidente é que a Joinville que esta sofrendo um apagão é aquela que deveria ser um exemplo de gestão, alias gestão é a maior promessa não cumprida, mas não é a unica.
2 de julho de 2014
Livros nos fazem mais livres
Relacionamos a leitura mais com as humanidades que com as ciências,
numa cidade como Joinville em que a maioria dos cursos universitários esta
voltado para as engenharias e acabam direcionando seus formandos para um
mercado de trabalho voltado para a industria pagamos um preço por este
direcionamento e especialização do ensino para o mercado.
Quando ciências e letras ou as carreiras cientificas e as
humanas se separaram cometeu-se um erro, hoje é comum que o saber cientifico
tenha mais prestigio que o saber humanístico. O progresso de uma nação se mede
pelo numero de cientistas e de engenheiros, os humanistas são pouco mais que um
enfeite, sociólogos, filósofos, filólogos, historiadores são vistos como
detentores de um conhecimento pouco útil. Esta simplificação, como todas as
simplificações, é perigosa.
Se originam nas humanas os conceitos mais importantes para nossa convivência: a
dignidade humana, os direitos, a estrutura política, os modelos de convivência são
todos criações humanísticas. O vinculo entre leitura e capacidade intelectual em uma sociedade, que como a nossa, é baseada na linguagem é fortissimo. Ler implica dominar a linguagem, conhecer mais palavras, poder nos expressar melhor e ter um vocabulario mais rico, poder assim comprender melhor e poder defender com melhores argumentos conceitos como a dignidade, o direito, a justiça, a razão. Faze-lo ainda desde perspectivas diferentes de quando abordamos os mesmos conceitos desde o cartesianismo cientifico. Em
quanto às humanidades tratam dos fins, as ciências tem se especializado nos
meios.
Quando deixamos de ler, empobrecemos nosso vocabulario, estamos contribuindo a que se esqueçam os maiores logros de humanidade, e corremos o risco de voltar a epoca das invasões bárbaras, quando se destruiu boa parte da cultura e do conhecimento occidental. Olhando Joinville e as alternativas que estão sendo propostas, a impressão é que
prevalece o pensamento retilíneo e o culto a obtusa simplicidade. Hoje se le pouco e na maioria das vezes e ler se resume a pura e
simples leitura de titulares e a pasteurização dos conceitos, estamos empobrecendo
culturalmente e como sociedade. A quem interessa esse modelo de sociedade que
não lê e tampouco pensa, uma população que não questiona e não debate?
30 de junho de 2014
Bugios e gorilas
Os dois grupos de bugios que, ainda hoje, sobrevivem de forma precária,
isolados nos remanescentes da mata nativa que quedam na região da Estrada da
Ilha devem em breve ficar reduzidos a poucos indivíduos, condenados a endogamia
e extinção. Seu habitat devera quedar restrito a área verde de algum dos
futuros condomínios de alto padrão, que devem ser implantados na região, caso
prosperem as ideias de crescimento a qualquer custo e acreditemos no discurso
vazio e inconsistente, que afirma que Joinville, a pesar de autorizar a
construção de mais de 1 milhão de m2 ao ano, esteja parada.
Dia 1 de julho Ruanda celebrou seu décimo Kwita Izina a festa em
que são batizados os gorilas nascidos ao longo do ano. Em 2013 receberam nome 9
novos gorilas, neste ano foram 22,. Um sucesso de preservação da biodiversidade
que gerou,no ultimo ano, US $ 300 milhões de receita ao país africano e é um
êxito econômico, fazendo do santuário dos gorilas no Parque Nacional Virunga a principal
atração turística de Ruanda aonde cada turista paga em media US $1.000, só para
ver de perto os gorilas no seu habitat, durante pouco mais de uma hora, fora as despesas com transporte, hotel e
outros. Na década de 70 existiam na Espanha menos de 200 exemplares de uma das
maiores aves do mundo, o abutre preto, parecia condenada a extinção, hoje há
mais de 2.000 exemplares e a sua população continua crescendo. Também os
rebanhos de bisontes voltaram as planícies dos Estados Unidos é hoje graças a
ambiciosos programas de preservação e desenvolvimento sustentável há mais de
400.000 bisontes pastando, crescendo e procriando, depois de ter sido
praticamente extintos pela caça indiscriminada e a cobiça.
Aqui as nossas autoridades insistem no discurso do crescimento e
projetam uma Joinville se espalhando por áreas ambientalmente frágeis e vulneráveis,
acreditam e defendem uma cidade em que cada habitante terá seu próprio carro,
em que pedestres deixarão o seu espaço para os cidadãos motorizados. Crescer
por crescer é a lógica das células cancerígenas, em quanto o mundo desenvolvido
já percebeu que crescimento não pode estar dissociado de desenvolvimento,
sustentabilidade e qualidade de vida, aqui em Joinville ainda ha quem viva no
século XIX e acredite que é possível crescer impunemente.
Mas a quem interessam os bugios? Perder biodiversidade não parece
importante para quem ainda acredita num mundo de recursos infinitos.
Publicado no jornal A Notícia de Joinville SC
27 de junho de 2014
17 de junho de 2014
O risco e a incerteza
POR JORDI CASTAN
Vez por outra os posts deste espaço têm como tema a administração pública, a sua forma de funcionar ou de não fazê-lo com a eficiência que, como contribuintes e cidadãos, gostaríamos.
Boa parte das críticas se dirigem à figura do prefeito. Ter focado a sua campanha eleitoral na imagem de gestor e num suposto conhecimento dos problemas da saúde faz com que as cobranças e criticas sejam mais veementes agora. É parte do preço a pagar por haver criado expectativas maiores que as que poderia atender. Para complicar um pouco mais as coisas para o seu lado, o prefeito repetiu como um mantra durante toda a campanha e mesmo depois de eleito que o problema não era falta de dinheiro e sim falta de gestão. Há dezenas de vídeos por aí que provam o como é perigoso falar sem conhecimento do que não se sabe em profundidade.
A pergunta que muitos nos fazemos, e que gostaria de compartir com os leitores é: por que a qualidade das decisões do poder publico é tão ruim? Não há um único tema que nos permita dizer ter sido bem conduzido do início ao fim. O joinvilense já sabe que as obras não serão entregues no prazo, que o orçamento vai estourar, que a qualidade final não será a melhor, que o processo será judicializado, que as ruas estão ficando às escuras, que a pintura das faixas de pedestres não dura um ano escolar, que faltou prever isso ou aquilo. E, o que é pior, que não só ninguém será punido ou responsabilizado, nem tampouco nenhuma autoridade assumirá um pedido publico de desculpas pela sua incompetência. Como se a incompetência fosse algo inerente à coisa pública e fosse “normal” ou aceitável que seja assim.
Me ocorre que parte do problema se centra no processo de tomada de decisão dos gestores públicos. Há uma diferença sensível entre correr riscos e não ter certeza. Qualquer pessoa toma decisões constantemente. Executivos e autoridades em cargos de primeiro escalão são chamados a tomar um maior número de decisões da maior responsabilidade e, por isso, suas decisões têm uma maior relevância e seus erros ficam mais em evidência.
Podemos dividir o processo de tomada de decisão em três categorias:
- Sabemos os resultados da nossa ação – Este é o caso mais fácil. Se aperto o botão do elevador o elevador se movimentará. Se coloco a chave certa na fechadura correta a porta se abrirá.
- Não sabemos os resultados, porém conhecemos as probabilidades - Neste caso o risco está presente. Se for jogar a um cassino, antes mesmo de colocar um pé nele ou de sentar na mesa de jogo sabemos que há possibilidades de ganhar ou de perder. Portanto ninguém se surpreenderá com o resultado.
- Não sabemos nem o resultado, nem as probabilidades – Isso é incerteza e a incerteza nos faz ignorantes, porque não sabemos o que pode acontecer.
Tanto na vida cotidiana como no poder público, como é a nossa administração municipal - e neste momento me atrevo a dizer que no caso que nos ocupa -, os tomadores de decisão não podem deixar o prefeito sozinho com esse abacaxi. Acreditam que estão tomando as suas decisões baseados na segunda hipótese, quando os resultados mostram que estão decidindo pela terceira.
É justamente a ignorância que faz que as decisões tomadas acreditando que se conhecem todas as probabilidades ou alternativas, sejam na realidade um salto no escuro e os resultados sejam completamente imprevisíveis.
Um bom indicador de quanto há de ignorância na tomada de decisão é olhar um pouco atrás, ler alguns jornais velhos e ver com que frequência o que aconteceu é completamente diferente do que tinha sido previsto. Mantendo o foco na gestão sambaquiana, vamos pôr o foco em alguns casos:
Os recursos transferidos ao CDL para organizar o Natal Luz e que hoje estão pendentes de um processo no TCE (Tribunal de Contas do Estado);
O caso do Crematório em que alguém acreditou que poderia descumprir a lei autorizando um empreendimento sem seguir todos os passos do processo legal (hoje o crematório continua sem poder funcionar);
Os parques da cidade são casos anedóticos, nunca se concluem no prazo e dentro do custo.
Continuamos? Não há melhor exemplo que o da LOT. Quantas vezes o poder público tem obviado as diferentes alternativas possíveis e insistido em buscar atalhos que tem se convertido numa sequência interminável de quebra-cabeças. A licitação do estacionamento rotativo ou a manutenção da iluminação pública, ou....ou... é só ir acrescentando.
Os recursos transferidos ao CDL para organizar o Natal Luz e que hoje estão pendentes de um processo no TCE (Tribunal de Contas do Estado);
O caso do Crematório em que alguém acreditou que poderia descumprir a lei autorizando um empreendimento sem seguir todos os passos do processo legal (hoje o crematório continua sem poder funcionar);
Os parques da cidade são casos anedóticos, nunca se concluem no prazo e dentro do custo.
Continuamos? Não há melhor exemplo que o da LOT. Quantas vezes o poder público tem obviado as diferentes alternativas possíveis e insistido em buscar atalhos que tem se convertido numa sequência interminável de quebra-cabeças. A licitação do estacionamento rotativo ou a manutenção da iluminação pública, ou....ou... é só ir acrescentando.
Vivemos em uma sociedade preparada para a segunda hipótese, a do risco, pois correr riscos calculados faz parte do dia a dia de qualquer administrador que toma suas decisões baseado nas probabilidades. Mas vivemos uma realidade muito mais próxima da terceira hipótese a de que ignoramos e mesmo assim decidimos correr riscos, o resultado esta aí à vista de todos.
3 de junho de 2014
As sessões ordinárias
Estão cada dia mais ordinárias as sessões ordinárias da Câmara de Vereadores de Joinville. E sobre as extraordinárias, melhor não opinar.
22 de maio de 2014
O prefeito no seu labirinto
http://www.chuvaacida.info/2014/05/udo-dohler-no-o-prefeito-em-seu.html
Comentando a entrevista do prefeito Udo Dohler ao jornal A Notícia de Joinville
Comentando a entrevista do prefeito Udo Dohler ao jornal A Notícia de Joinville
19 de maio de 2014
Entrevista do prefeito Udo Dohler no AN
Fiquei surpreso com as queixas e lamentações do Prefeito Udo Dohler na entrevista concedida ao jornalista Claudio Loetz neste jornal A Notícia. Fica difícil acreditar que o prefeito não soubesse o que teria que enfrentar? Se de fato foi surpreendido pelo que encontrou evidencia um despreparo incompatível com a imagem que vendeu ao eleitor durante a campanha. Para alguém que se preparou tanto e durante tempo e que desejou tanto ser prefeito de Joinville faltaram na entrevista propostas e sobraram justificativas e distribuição de culpa a terceiros. O prefeito mostrou para o leitor a imagem de um capitão de navio sem rumo, perdido na neblina e atolado no lodo do mangue, o preocupante é que o navio que pilota seja a cidade de Joinville. E que transcorrido um terço do seu governo não pareça que tenha uma ideia clara de como por Joinville nos trilhos do futuro.
Quem quer e sabe fazer acha o jeito de fazer, quem não acha as escusas para justificar porque não o fez. No jornal há três paginas de escusas
Quem quer e sabe fazer acha o jeito de fazer, quem não acha as escusas para justificar porque não o fez. No jornal há três paginas de escusas
6 de maio de 2014
Estacionamento rotativo e o rebaixo do meio fio
A Joinville dos contrastes e dos contrassensos continua sem
licitar o estacionamento rotativo, e la se vão outros tantos meses. O pior é
que ninguém parece muito preocupado. Más línguas dizem que não há interesse em
licitar para desestimular o uso do carro no centro. O objetivo é incentivar o
uso do transporte coletivo. Há também
quem acha que daqui a nada nem será necessário o estacionamento rotativo, com
todos os meio fios da cidade rebaixados, não será só o passeio o que
desaparecerá, tampouco teremos estacionamento ao longo do meio fio. Sem meio
fio o estacionamento desaparecerá também.
Joinville não deveria disputar mais o titulo de Capital da Dança,
ou da Cidade das Bicicletas, nem da Cidade das Flores, Joinville tem tudo para
ser declarada pela Unesco a capital mundial da Lei de Murphy, a popular lei da
administração que diz num dos seus artigos que não há nada tão ruim que não
possa piorar. Nesse quesito Joinville esta sempre superando-se. Quando parece
que atingimos o fundo do poço, descobrimos que o fundo esta muito mais embaixo.
Um dia é o estacionamento rotativo, no seguinte é um projeto de lei absurdo que
privilegia o automóvel ao pedestre e é aprovado sem maior debate e sancionado
com rapidez pelo prefeito que veio para mudar a cidade e foi mudado pela velha política
de sempre. Depois são as obras que não terminam, o dinheiro que nunca chega ou
as licitações que nunca ficam prontas ou nunca saem no prazo. Sem esquecer-se
da sucessão de novos erros e patifarias com que somos surpreendidos a cada dia.
A lei que permite o rebaixo do meio fio é uma excrescência
urbana, atenta para o bom senso e vá contra todos os princípios de uma cidade
com maior qualidade para os pedestres, em quanto o mundo já acordou para qual é
o lugar que o automóvel deve ocupar nas cidades do futuro, aqui ainda estamos
indo na contramão, achando que o automóvel deve ser priorizado pelo planejamento
urbano. Como diz a lei de Murphy não há nada que tão ruim que não possa piorar,
Joinville e a sua gestão urbana é o melhor exemplo disso.
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