30 de julho de 2014

O cinturão verde de Joinville

O setor rural de Joinville atravessa um longo período de crise. Sem ser capaz de entender as mudanças necessárias e ameaçados pela especulação imobiliária a maioria dos agricultores continuam cultivando produtos de pouco valor agregado com técnicas ultrapassadas e sem a rentabilidade necessária para oferecer uma perspectiva econômica para eles próprios e os seus filhos.

O setor público tem ajudado ainda mais a enterrar o agricultor num modelo econômico arcaico e não tem sabido tampouco modernizar o campo. O resultado e que corremos um serio risco de perder o cinturão verde que deveria produzir o leite, a carne, as frutas e hortaliças que a cidade precisa para se alimentar. Insistir em continuar cultivando arroz, aipim ou engordando  gado sem melhoramento genético ou produzindo sem tecnologia de ponta é condenar o agricultor a um futuro sem perspectivas.

A Fundação 25 de Julho já foi no passado um centro de referencia em tecnologia. Os seus técnicos faziam um excelente trabalho de extensão e inclusive de pesquisa. A piscicultura e o cultivo de palmáceas desenvolveram graças ao trabalho da Fundação e da parceria com a Epagri. Hoje o agricultor não achara na fundação a referencia em tecnologia, em extensão ou em inovação que poderiam alavancar o setor primário joinvilense.


Há potencial para fazer do cinturão verde de Joinville um polo produtor de hortaliças, recuperar a produção leiteira, ser um referencia em cultivo protegido e em produção orgânica. Joinville teria acesso a produtos de melhor qualidade, mais frescos e com maior segurança alimentar. O Sindicato Rural de Joinville em parceria com o Senar ( Serviço Nacional de Aprendizado Rural) tem disponibilizado gratuitamente aos produtores rurais da região dezenas de cursos a cada ano para sua formação e atualização tecnológica. O desafio de um dos setores que mais cresce no pais é o de ser um negocio orientado a aumentar a produtividade, gerar empregos formais e se afastar do canto de sereia do paternalismo assistencialista, do discurso político fácil e dos vícios do passado.  Os produtores que vem no agronegócio uma oportunidade para prosperar contam com acesso a formação adequada, mas a maior dificuldade esta ainda dentro das cabeças que não perceberam a necessidade de mudar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...