23 de dezembro de 2014

A cidade que desapareceu

Joinville apequenou-se

Uma cidade não desaparece fisicamente, mas se Joinville segue a este passo e ritmo não vai demorar para desaparecer politicamente.

O que sim é certo é que a cada ano Joinville se apequena um pouco mais. A cidade que queria ser a segunda economia do sul do Brasil, hoje é a segunda de Santa Catarina. A cidade que já teve uma importante participação política no governo estadual hoje tem dificuldade para emplacar um único secretario de estado. A melhor prova da pouca importância política da Joinville de hoje é que podemos nos dar por satisfeitos se emplacamos o quarto suplente de deputado estadual, nenhum secretario de estado e quem sabe um presidente de um Deinfra enfraquecido. E não nos enganemos o cargo de Presidente da Celesc é de um joinvilense mas não é um cargo de Joinville. O peso político de Joinville é do tamanho do gigante de Liliput ou de um twa ruandes. A cidade sai menor a cada nova eleição. Com menos peso político, com menos representação e com menos força. E não são poucos os que não acham isso ruim. Tem deputado satisfeito com essa perda de poder político.

Sem peso político, perdendo o peso econômico e sem voz, Joinville se equipara a municípios bem menores e entre ser rabo de leão ou cabeça de rato, parece que a opção tem sido a de ser rabo de rato. Uma cidade que já se vangloriou de ser a maior, hoje enfrenta a triste sina de não conseguir ser nem a maior, e esta longe de ser a melhor. A cidade vê os seus problemas se avolumar, sem aparente solução. As grandes obras publicas não acontecem, as duplicações que estão décadas atrasadas se alastram sem solução visível e qualquer escusa é valida para justificar novos atrasos. Recapeamento de asfalto é festejado com foguetório desproporcional a sua relevancia. E obras importantes de infraestrutura imprescindíveis para o desenvolvimento futuro são vistas como quimeras e não há sequer projetos detalhados que permitam incluí-las nos planes futuros.


Uma cidade que se apequena é também uma cidade dirigida por lideres menores, por gente que não consegue enxergar além da sombra do campanário da sua paróquia. Gente pequena que pensa pequeno. Esses lideres só conseguem pensar num horizonte de no máximo quatro anos.  Pensam a cidade em espasmos quadrienais, pautam-se por eleições e pulam de uma eleição a outra, sem entender que as cidades e os estados devem ser pensadas para as próximas gerações e não para as próximas eleições. Se seguirmos por este caminho é provável que Joinville continue perdendo atratividade, competitividade e além de PIB e renda per capita, perca também a esperança em um futuro melhor e mais prospero.


2 comentários:

  1. Enquanto a responsabilidade for dos "líderes", nada vai mudar...

    ResponderExcluir
  2. Infelizmente aqui nesse pais as coisas so piora da uma olhadinha no meu blog www.avidaeumahistoria.webnode.com

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...