Num artigo recente o Deputado Kennedy Nunes era chamado de Clarikennedy
Nunes, seu nome real, e teve quem não gostou. Entendeu que se o deputado ou
qualquer outro cidadão que adotar um nome diferente daquele com que foi
inscrito no registro civil tem todo o direito de fazê-lo e quem insista em usar
seu nome “oficial” o estaria fazendo para constrangê-lo. Há dezenas, se não
centenas, de casos conhecidos de figuras publicas que são mais conhecidas pelo
seu pseudônimo ou seu nome de guerra que pelo nome que consta na sua carteira
de identidade. Em Joinville quem não se lembra do prefeito Luiz Gomes, o “nosso
Lula”? Ele não chegou ao extremo de incorpora-lo na sua documentação, como o
outro Lula fez.
Entre artistas, cantores, músicos e outros personagens do mundo da arte
é comum que sejam adotados nomes artísticos. Na sua escolha entram desde a
numerologia, até a semelhança com outros nomes conhecidos, a maior eufonia, o
grafismo e por aí afora.
A diferença reside entre o que se espera de uns e outros, em quanto de
uns se espera e se busca sinceridade, transparência e credibilidade, dos outros
o que se espera e deseja é exatamente o contrario. São eles que nos abrem as portas
da fantasia, da imaginação, do irreal. Não há nada de errado em que os nomes de
Tonico e Tinoco fossem em realidade João e José Salvador Perez, ou se a dupla
Leandro e Leonardo se chamavam Luis José e Emival Eterno. Se Pele é na realidade
Edson Arantes do Nascimento ou Xuxa é Maria das Graças Meneghel ninguém se
importa muito. Mas se um político é capaz de não usar nem seu nome verdadeiro,
sobre que outras coisas também poderá não dizer a verdade?
Toda esta historia lembrou-me de uma anedota que o meu avô contava.
Existia naquela época uma lei que permitia trocar o nome no registro civil,
quando o nome fosse considerado ofensivo ou gerasse constrangimento. Um vizinho
se dirigiu ao cartório para solicitar a troca do nome. O escrivão informou que
mesmo existindo uma lei que permitia a troca, ela estava prevista só para casos
excepcionais e quis saber qual era o nome do cidadão, que buscava se acolher a
tal beneficio. O meu nome é João Bosta. Sem precisar de nenhum questionamento
adicional o escrivão iniciou o procedimento para a troca do nome. A seguinte
pergunta foi: E qual é o nome que o senhor escolheu para a troca? José, José
Bosta.
Minha Avó contava essa e o final era Pedro Bosta e o objetivo era irritar o meu avó q era Pedro...e tinha sempre êxito.
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