1 de junho de 2012

Busca-se OP e outras promessas de campanha


Busca-se o OP e outras promessas de campanha

A vida dos políticos é feita de promessas, a maioria sem cumprir. Aqui em Joinville as promessas por cumprir são mais e maiores que as cumpridas e elas formam parte da nossa historia desde a epoca colonial, quando os primeiros colonizadores encontraram nestas terras uma realidade bem diferente da oferecida pelos marqueteiros da Companhia Colonizadora de Hamburgo.

Esta pratica não é nova, mas ultimamente tem aumentado de forma vertiginosa. Por citar alguns exemplos recentes: A despoluição do Rio Cachoeira, primeiro foram os R$ 80 milhões que permitiriam a recuperação do rio, depois e como os prometidos milhões nunca apareceram, a promessa foi a instalação do Flot-flux, além da instalação de uma maquete na própria praça Dario Salles, até chegou a ser construída uma unidade, que hoje só serve para acumular detritos e lixo que o rio traz. A construção de uma hidrovia que uniria São Francisco do Sul e Joinville e permitiria oferecer uma nova alternativa de transporte para atender a crescente demanda das duas metrópoles do norte do estado, nunca foi uma realidade econômica viável, a pesar do investimento feito com recursos públicos. Sem precisar nos remontar a época em que os sambaquianos ocupavam estas costas a Beira mangue é outra promessa esquecida. O projeto do teleférico que permitiria o transporte rápido de passageiros entre o Bairro Boa Vista e o Centreventos, se une ao projeto de um túnel por baixo do morro do Boa Vista. Poderíamos citar dezenas de promessas nunca concretizadas e que caem no esquecimento rapidamente, não sem antes contribuir para a eleição de um ou outro charlatão.

Na ultima eleição algumas das promessas que se somaram a esta lista interminável, foram a de implantar 70% de esgoto tratado e o Orçamento Participativo, (OP) entre outras muitas que a imprensa registrou no chamado promessômetro. O OP foi uma destas bandeiras que o PT desfraldou durante a campanha e que poderia ser identificada com o jeito PeTista de governar. Escutando a sociedade e compartilhando a responsabilidade de administrar uma parte, mesmo que menor dos recursos públicos. É verdade que no primeiro ano de governo houve um intento para que fosse posto em pratica, menos de 30% dos recursos destinados ao OP foram efetivamente aplicados, no segundo ano ainda se convocaram as assembleias para escolher os representantes de cada bairro e pouco mais aconteceu, neste ponto gostaria de esquecer a pressão para que os representantes eleitos escolhessem como obras prioritárias do OP, algumas das previstas no plano de governo. Entendo que foi um erro menor. Houve excesso de entusiasmo e falta de capacidade para por em pratica a teoria. No terceiro ano de governo, definitivamente o OP desapareceu, sumiu, nem convocatórias foram feitas para eleger os novos delegados.

A credibilidade do OP entrou em crise e para evitar um vexame maior e não precisar escutar as reclamações dos moradores que participaram de inúmeras reuniões para escolher as obras e priorizar as mais importantes para cada bairro a decisão foi a de abandonar o projeto do Orçamento Participativo, contar com que a população logo acabaria por esquecer a ideia ou desistiria de participar de um projeto que não dispunha nem de recursos, nem de capacidade de execução e cuja obra mais significativa foi a calçada do 62 BI. O OP se converteu em uma promessa mais a incluir a lista das não cumpridas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...