26 de maio de 2009

O grito dos afônicos



No final da administração municipal anterior discorri, para a meia dúzia de leitores, que tem se acostumado a ler as reflexões que em forma de crônica, ocupam este espaço.Sobre o problema do transporte coletivo de Joinville, naquela ocasião o objetivo era alertar para a desconsideração que se tinha com os usuários do sistema. O Tema adquire uma maior importância, porque a situação só tem piorado, mostrando sintomas de radicalização tanto por parte dos permissionários, como principalmente da prefeitura, que sistematicamente ignoram e desconsideram os usuários, nas suas decisões.


Agora não é diferente, se não fosse pela ação de Luciane Gonçalves dos Santos, usuária exemplar do sistema de transporte coletivo, as permissionárias, com a omissão e conivência do poder publico, de novo dariam uma nova garfada no usuário.

Rapidamente os responsáveis de plantão, pela defesa dos interesses dos cidadãos, se apressam a dizer que o valor total do erro, é de R$ 1.800,00, que é insignificante e que o assunto não deve receber maior destaque, de novo se equivocam. Tomam a defesa das empresas, sem ter outras dados que os que as mesmas empresas forneceram e ignoram que o erro, só se fez publico, porque uma usuária o denunciou. Porque a imprensa lhe deu ampla divulgação, caso contrario a prefeitura e a sua estrutura de fiscalização, nem teriam tomado conhecimento. Incluso se o valor tivesse sido de dezenas de milhares de reais,o desconhecimento teria sido absoluto, tal é o grau de omissão e desconhecimento que existe hoje.


Não achei nas hemerotecas, nenhuma informação correspondente ao veemente protesto que as empresas devem ter feito, quando se desfez a frágil estrutura de fiscalização que existia, para garantir a fidelidade das informações e asseverar a veracidade e credibilidade dos dados e do próprio sistema. Algo em que ninguém deveria ter maior interesse, que elas mesmas, alem claro dos próprios usuários.


A falta de informações confiáveis e precisas que todos, inclusive o próprio prefeito, que concedeu o aumento, reconhecem que não existem, servem para dar um novo fôlego aos grupos de estudantes que de forma pertinaz protestam contra o aumento, que parece a todas luzes excessivo.


Estas manifestações estudantis evidenciam que se as empresas permissionárias e o poder que deveria fiscaliza-las, dedicassem o mesmo empenho e esforço que dedicam a impedir o grito dos afônicos, a atender as reivindicações dos sofridos usuários, o sistema do transporte coletivo de Joinville, poderia ser melhor, mais justo e mais econômico.

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