Depois de décadas sendo um apêndice do executivo municipal, desdenhando os mais elementares princípios republicanos e ignorando a independência dos poderes, a Câmara de Joinville parece órfã, precisará de um bom analista que a ajude a se encontrar, com o rumo e o equilíbrio.
Sem que o executivo encaminhe projetos complexos ou polêmicos, os vereadores vagam feitos zumbis, sem saber ao certo o que fazer. A maioria deixou de freqüentar a sede do executivo e isto os deixa meio perdidos, especialmente o grupo dos neo - oposicionistas que até anteontem compartilhavam festas e convescotes com o alcaide de plantão e que agora parecem amuados.
A ausência de outras obrigações e a falta de atividades parlamentares, faz que alguns mais assanhados se dediquem a inovar propondo projetos que em tese seriam responsabilidade do executivo, começam a se cozinhar em serie projetos de planejamento urbano, que sem o menor embasamento técnico, permitem que os vereadores façam um boa media com pequenos grupos de eleitores e descaracterizem um pouco mais, uma cidade que praticamente perdeu todas as suas referencias e modelos.
A Câmara por outro lado descobre caminhos inverossímeis para mal gastar os recursos públicos, na anterior legislatura foi feito um concurso para preencher cargos vagos, um deles o de Assessor de Urbanismo, o cargo foi preenchido, numa situação que corre na justiça pelo estranho do procedimento seguido, em que a primeira classificada no concurso não foi chamada. Por outro lado se criam cargos comissionados para que possa ser indicado, sem curso, um outro assessor de urbanismo. Se precisava dois, porque não chamar o primeiro e o segundo classificado? Nada melhor mais transparente e correto que um concurso publico. O será que justamente por isto o primeiro classificado não assumiu e se cria um cargo comissionado sem concurso para o mesmo cargo?
É provável que se em poucos meses de mandato já enfrenta tantos problemas, nem um analista de conta no futuro, e seja preciso recorrer a outro tipo de ajuda, adequada a situações de maior gravidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário