31 de maio de 2009

O Futuro foi ontem



O instigante texto de José Antonio Baço, publicado no Anexo D, do jornal A Noticia, com o titulo 2020 é logo ali...” me faz lembrar do Pensando Joinville e do Instituto Joinville que o sucedeu.


Faz mais de 15 anos que um grupo se reunia para debater Joinville, naquele tempo éramos mais jovens e não tínhamos consciência que algumas coisas não poderiam ser feitas. Com o entusiasmo de uma época e de uma idade fizemos o que não deveríamos ter feito. Ousamos pensar uma Joinville diferente. Uma outra Joinville. Em lugar de pensar ou debater uma cidade possível, imaginamos uma Joinville impossível.


Dos debates e da troca de idéias, nasceu uma forma de pensar, que baseada numa acracia participativa e democratica, típica de idade e da imaturidade, se dedicou a sonhar uma outra Joinville. Sem estar atrelados, naquele tempo, a partidos ou grupos determinados, éramos livres para pensar, debater e propor. Sem ter que preocuparmos com o que seria ou não possível, ou caberia dentro de um orçamento, ou de um plano de governo, aqueles livrinhos cheios de objetivos, que foram distribuídos até a saciedade, em época eleitoral e permitem ver tudo ou que não foi feito. Depois o tempo cuidou que as ideais fossem absorvidas e descaracterizadas pelo “status quo”. E o sonho, não de construir uma cidade impossível, o sonho de sonhar uma cidade melhor, foi esvaindo se aos poucos.


A prefeitura contratou um Planejamento Estratégico, que coubesse no próximo plano de governo, gente boa inclusive, se empenhou em propor a Joinville viável, o que seria possível, e as obviedades e platitudes ocuparam o lugar das idéias, a falta de visão foi ocupada por uma sucessão ordenada de objetivos, que conduzem com passo firme a mais do mesmo. O que poderia ter sido a “Primavera de Praga” acabou do mesmo modo que a original, com os tanques soviéticos ocupando as ruas, os grupos dispersando se e alguns próceres da nossa sociedade apareceram na foto. Com o mesmo olhar que o caçador utiliza ao se fazer fotografar com o ultimo elefante abatido.


Existiu sim um tempo em que se pensou outra cidade, uma cidade melhor, não maior, nem inchada, uma cidade em que a qualidade de vida ocupasse um espaço maior, os valores fossem recuperados e a cidade fosse mais competitiva, mais justa e plural. Evidentemente faltou ao grupo compreender que este modelo de cidade, poderia enfrentar oposição, naqueles que durante décadas tem sido e continuam sendo os donos do pedaço. Vocacionados para a preservação do modelo atual. Com uma visão que dificilmente supera o horizonte dos 4 anos do mandato do prefeito. Que se concentra no que é possível, no que pode ser feito.


Faltou a aquele grupo, saber que não poderia ser alcançado, e como não sabíamos, fizemos. Sonhamos uma outra Joinville,hoje estamos de volta a esta realidade, tão diferente daquele sonho platônico. “O futuro tem muitas formas. Para os incapazes é o inalcançável. Para os criativos é uma oportunidade.”

30 de maio de 2009

H.L. Mencken


O empresário


Existe um sólido instinto que põe o empresário abaixo de todos os outros profissionais e joga-lhes às costas um fardo de inferioridade social do qual ele não consegue se livrar, mesmo na América. O próprio empresário reconhece esta suposição de inferioridade, mesmo quando protesta contra ela. É o único homem, além do verdugo e do gari, que vive se desculpando por sua ocupação, para fazer parecer, quando atinge o objetivo de seu trabalho — i. e., ter ganho uma montanha de dinheiro —, que o dinheiro não era o objetivo de seu trabalho.

29 de maio de 2009

2010

e 3...

1.- La Copa del Rey
2.- La Liga
3.- Champions League

Educação para o transito


Recebemos do leitor Gert Fischer a evidencia que prova que em quanto a nossa Guarda Municipal, fica procurando motoristas que possam estar falando ao celular e a nossa Policia Militar busca com afinco os motoristas que eventualmente tenham atrasado o pagamento do IPVA em blitz que ocasionam longas filas e complicam um pouco mais a vida dos joinvilenses.

Outros motoristas que gazetearam na aula teórica, estacionam em local proibido, com a maior impunidade. Sem que exista a menor fiscalização.

27 de maio de 2009

Mais Estado


Falar de mais ou menos estado, parece nos levar a uma discussão ideológica sobre modelo de sociedade, sobre o papel do estado e principalmente sobre liberdade.

Porém a falta de estado, representada pela ausência contumaz dos serviços mínimos na maioria das situações quotidianas que envolvem o cidadão e a sociedade, representa um elevado custo social e deve ser encarado com seriedade por todos e cada um de nós.

A presença do estado, esta representada por uma sucessão de pequenas ações diárias e constantes que nos lembram de nossa vida em sociedade e da necessidade de princípios mínimos de ordem, respeito e cidadania. A ausência de faixas de pedestre na frente de escolas e locais públicos, a falta de sinaleiros em cruzamentos perigosos, que tenham ocasionado acidentes de transito ou atropelamentos. A falta de manutenção publica em parques, praças e passeios públicos.

A ausência de policiamento ostensivo em locais de aglomeração de publico, estimula a invasão de flanelinhas, ambulantes, camelos e outros modelos de privatização de espaços públicos. O excesso de ruído, em horários de descanso, sem que as autoridades se façam presentes e tomem as providencias necessárias, são exemplos da omissão do poder publico. A iluminação publica escassa ou inexistente em ruas e logradouros ou a inexistência de placas indicadoras dos nomes das ruas e praças, são alguns dos muitos exemplos diários e constantes da falta de estado. E a falta de estado, de autoridade abre espaço para que outros ocupem o seu lugar.

Quanto mais o Estado, entendido como o conjunto das suas ações e das suas responsabilidades e obrigações, para com a sociedade a que representa e quem se deve, se faça presente com serviços. menos a sociedade ficará exposta aos ataques de flanelinhas, malandros e outros oportunistas de plantão.

O problema é que o estado se dedica a fazer o que não deveria fazer, ocupando o espaço que deveria ser da iniciativa privada e deixa de fazer aquilo que é a sua obrigação, abandonando a sociedade a quem deve representar e servir.

26 de maio de 2009

O grito dos afônicos



No final da administração municipal anterior discorri, para a meia dúzia de leitores, que tem se acostumado a ler as reflexões que em forma de crônica, ocupam este espaço.Sobre o problema do transporte coletivo de Joinville, naquela ocasião o objetivo era alertar para a desconsideração que se tinha com os usuários do sistema. O Tema adquire uma maior importância, porque a situação só tem piorado, mostrando sintomas de radicalização tanto por parte dos permissionários, como principalmente da prefeitura, que sistematicamente ignoram e desconsideram os usuários, nas suas decisões.


Agora não é diferente, se não fosse pela ação de Luciane Gonçalves dos Santos, usuária exemplar do sistema de transporte coletivo, as permissionárias, com a omissão e conivência do poder publico, de novo dariam uma nova garfada no usuário.

Rapidamente os responsáveis de plantão, pela defesa dos interesses dos cidadãos, se apressam a dizer que o valor total do erro, é de R$ 1.800,00, que é insignificante e que o assunto não deve receber maior destaque, de novo se equivocam. Tomam a defesa das empresas, sem ter outras dados que os que as mesmas empresas forneceram e ignoram que o erro, só se fez publico, porque uma usuária o denunciou. Porque a imprensa lhe deu ampla divulgação, caso contrario a prefeitura e a sua estrutura de fiscalização, nem teriam tomado conhecimento. Incluso se o valor tivesse sido de dezenas de milhares de reais,o desconhecimento teria sido absoluto, tal é o grau de omissão e desconhecimento que existe hoje.


Não achei nas hemerotecas, nenhuma informação correspondente ao veemente protesto que as empresas devem ter feito, quando se desfez a frágil estrutura de fiscalização que existia, para garantir a fidelidade das informações e asseverar a veracidade e credibilidade dos dados e do próprio sistema. Algo em que ninguém deveria ter maior interesse, que elas mesmas, alem claro dos próprios usuários.


A falta de informações confiáveis e precisas que todos, inclusive o próprio prefeito, que concedeu o aumento, reconhecem que não existem, servem para dar um novo fôlego aos grupos de estudantes que de forma pertinaz protestam contra o aumento, que parece a todas luzes excessivo.


Estas manifestações estudantis evidenciam que se as empresas permissionárias e o poder que deveria fiscaliza-las, dedicassem o mesmo empenho e esforço que dedicam a impedir o grito dos afônicos, a atender as reivindicações dos sofridos usuários, o sistema do transporte coletivo de Joinville, poderia ser melhor, mais justo e mais econômico.

25 de maio de 2009

Anonimato e mediocridade

Cada vez com maior frequência, este blog tem recebido comentários de leitores que optam por querer permanecer anónimos. Textos com erros flagrantes de português, carentes de um mínimo de educação e sem nenhum outro estilo, que a linguagem de baixo nível e a falta de coragem para assinar.

Os erros apresentados por estes comentários, são comuns em quem, podendo ter cursado uma universidade e tendo colado grau, não tem feito da leitura um habito e não deve ter tido oportunidade de aprender na família os valores mais elementares da coragem e da galhardia, princípios estes desconhecidos para os que buscam se esconder nas sombras do anonimato.

Este blog reafirma os princípios de democracia, transparência e da pluralidade do acesso a informação. Continuaremos desconsiderando os comentários anónimos, ofensivos, de mal gosto e em desacordo com a politica do blog.

Na realidade, nem recomendamos a leitura do blog as pessoas incluídas na categoria ou categorias anteriormente citadas. Perdem o seu tempo, nós fazem perder o nosso e ainda correm o risco de desenvolver ulcera ou o que é pior podem vir a sofrer de problemas de stress. Acreditamos por tanto que este blog, pode não fazer bem a sua saúde.

Este blog só esta recomendado, para leitores que assumam sua identidade e estejam abertos ao dialogo, ao contraditório e o debate enriquecedor.

23 de maio de 2009

A Camara precisa de um Analista

Depois de décadas sendo um apêndice do executivo municipal, desdenhando os mais elementares princípios republicanos e ignorando a independência dos poderes, a Câmara de Joinville parece órfã, precisará de um bom analista que a ajude a se encontrar, com o rumo e o equilíbrio.


Sem que o executivo encaminhe projetos complexos ou polêmicos, os vereadores vagam feitos zumbis, sem saber ao certo o que fazer. A maioria deixou de freqüentar a sede do executivo e isto os deixa meio perdidos, especialmente o grupo dos neo - oposicionistas que até anteontem compartilhavam festas e convescotes com o alcaide de plantão e que agora parecem amuados.


A ausência de outras obrigações e a falta de atividades parlamentares, faz que alguns mais assanhados se dediquem a inovar propondo projetos que em tese seriam responsabilidade do executivo, começam a se cozinhar em serie projetos de planejamento urbano, que sem o menor embasamento técnico, permitem que os vereadores façam um boa media com pequenos grupos de eleitores e descaracterizem um pouco mais, uma cidade que praticamente perdeu todas as suas referencias e modelos.


A Câmara por outro lado descobre caminhos inverossímeis para mal gastar os recursos públicos, na anterior legislatura foi feito um concurso para preencher cargos vagos, um deles o de Assessor de Urbanismo, o cargo foi preenchido, numa situação que corre na justiça pelo estranho do procedimento seguido, em que a primeira classificada no concurso não foi chamada. Por outro lado se criam cargos comissionados para que possa ser indicado, sem curso, um outro assessor de urbanismo. Se precisava dois, porque não chamar o primeiro e o segundo classificado? Nada melhor mais transparente e correto que um concurso publico. O será que justamente por isto o primeiro classificado não assumiu e se cria um cargo comissionado sem concurso para o mesmo cargo?


É provável que se em poucos meses de mandato já enfrenta tantos problemas, nem um analista de conta no futuro, e seja preciso recorrer a outro tipo de ajuda, adequada a situações de maior gravidade.

22 de maio de 2009

Estulticia



Este blog mantem a sua cruzada particular, contra a estultice, a idiotia e a estupidez. É uma luta inglória e de vitória impossível.

Muitos dos que estão ao nosso redor são tolos, outros néscios, muitos inclusive ocupam cargos de destaque na nossa sociedade, porem só uma minoria consegue se destacar entre a massa.

Selecionamos alguns destes heróis, que em vez de fingir, assumem de forma entusiástica a sua situação.

É importante que estes indivíduos também votam nas eleições.

18 de maio de 2009

Arvores lá e arvores aqui


De um leitor deste blog, recebemos a imagem de uma arvore em fortaleza CE, de fato existem politicas bem diferentes para o tratamento das arvores e do verde urbano. Tanto lá como aqui.
ainda esta bem presente a recente politica municipal de cortar primeiro e pensar depois.


Estive em Fortaleza recentemente e não pude deixar de notar uma cena interessante e que contrasta bastante com o que vemos em Joinville. Aqui, qualquer motivo serve de justificativa para amputar ou matar nossas árvores, como no recente episodia da beira-rio. Apesar de ter sido na gestão passada as árvores continuam lá, a espera de que caiam para finalmente serem subtraídas da paisagem urbana. Não há nesta cidade uma política de arborização e continuamos tornando nossa paisagem cada vez mais feia, onde impera o asfalto, o concreto e a sisudez.

Note, na foto, que a árvore avança sobre a rua e ameaçava cair e a solução não foi cortar a árvore mas sustentá-la com vigas.

Atenciosamente,
Silvio da Cunha

16 de maio de 2009

Falando de outras coisas


O F. C. Barcelona já ganhou neste ano a Copa do Rei e a Liga espanhola 2008 - 2009
Agora tem pela frente a final da UEFA Champions League, em Roma no dia 27 de Maio. Contra o poderoso Manchester United.

Um jogo dificil e cheio de risco.

12 de maio de 2009

Paseo El Prado - Cochabamba

Cochabamba não é o que poderíamos chamar uma cidade bonita. Em nenhum momento chama a atenção pela sua beleza. Chegando de avião agride a aridez da paisagem do altiplano andino, quase sem arvores, no começo do outono os pastos começam a amarelar e as poucas arvores perdem a intensidade do verde. Uma paisagem triste.

Cochabamba porem surpreende ao visitante, as ruas arborizadas, as suas praças e espaços públicos, contrastam com a primeira impressão, na Avd. Ballivian, que todos conhecem pelo nome de Paseo El Prado, uma rua arborizada, com um enorme canteiro central, com calçadas largas, com coretos, pergolados, um piso sem buracos, bem cuidado, arvores podadas, canteiros com flores e com grama.

Nada sofisticado, bem cuidado, com um capricho que chama a atenção de quem já quase esqueceu o que pode ser um espaço publico bem mantido. Aos domingos a população ocupa o passeio, pais empurrando os carrinhos dos bebes, crianças com bicicletas e triciclos, casais de diversas idades caminhando devagar. Aqui e acolá grupinhos de adolescentes barulhentos.

Nós nem podemos sonhar com algo parecido, todo o projeto de parques e praças que Joinville planeja ter para as próximas décadas, são espaços áridos, sem verde, sem flores, sem vida e quase sem arvores. Construções caras em que domina o cinza do concreto e a solidão dos espaços sem vida, que a população na sua sabedoria, refuga e ignora.

Em quanto os políticos, os de antes e os de agora, se esforçam em querer nos convencer que teremos parques e espaços públicos para o lazer, para caminhar ou para paquerar, eu fico com saudade do Paseo El Prado em Cochabamba.

E porque Cochabamba? Porque se falo de Paris, ou Munique ou Barcelona, sou acusado de elitista e sonhador, então busco exemplos menos sofisticados e também são melhores que a nossa realidade.

Para quem tiver interesse no blog da Boa Vista Paisagismo, tem uma serie de fotos do Paseo El Prado.

Aumentou

A Gazeta de Joinville no seu site denuncia que a Prefeitura de Joinville nem fiscaliza as empresas nem tem dados confiaveis.

“Não há mecanismos para essa aferição. Porém, estamos estudando e com certeza vamos criar ferramentas para esse controle”, afirmou o secretário Nelson Álvares Trigo.

Parece temerario conceder quaisquier aumento. Claro que tem gente que gosta de viver perigosamente.

9 de maio de 2009

H. L Mencken

Sobre o progresso.

Não existe a menor duvida do nivel de desenvolvimento e progresso que alcançamos.
Um trabalhador da industria, hoje paga duas vezes mais imposto do que o salário que recebia uns anos atras.

(Tradução livre)

Parques

Quando tudo parecia perdido aparece o Blog : Para viajar no Cosmos nao faz falta Gasolina e resolve de una canetada o problema dos parques em Joinville

7 de maio de 2009

Corrupção

Agora ficou mais facil de acompanhar, se você como eu, é dos que já nem consegue lembrar mais de qual é o ultimo escandalo, os seus problemas acabaram o Diário do Comércio de São Paulo, acaba de lançar o Museu da Corrupção

Ao contrario do que seria de esperar o museu virtual esta sempre atualizado, e permite acompanhar a corrupçào endemica no Brasil desde a decada de 1970. Não que não tivesse antes, mas de algum ponto deveria começar o projeto. A partir do trabalho de pesquisadores e estudiosos do assunto, será possivel voltar no tempo até o Brasil colonia.

O Museu esta organizado em varios ambientes virtuais, como a Sala dos Escandalos, a Cronologia dos Escandalos e as Operações da Policia Federal. Tambem tem espaço para a Arquitetura da Corrupção e a Galeria Edemar Cid Ferreira. Uma Sala Multimidia e uma loja para os visitantes do Museu completam o projeto.

Aproveite e faça uma visita, mesmo que não encontre ainda, nenhum dos expõentes da nossa corrupçãozinha local, uma visita a Arquitetura da Corrupção sera alem de instrutivo, esclarecedor. Na loja virtual, poderá adquirir lindos presentes para surpreender algum dos politicos em que votou nas ultimas eleições, dificilmente saira da loja decepcionado, tem propostas para todos os orçamentos, desde uma mudança de zoneamento ou uma comissãozinha, para uma licitação quaisquer, até para grandes obras publicas e contratos terceirizados de longa duração.

Prestigie, conheça a nossa historia.

Como amostra um texto da rica livraria do Museu:

"Ali aconteceu a primeira maracutaia do Brasil!"

Um dia desses estávamos na Cidade Alta, de Porto Seguro, e o pequeno guia baiano apontou para os recifes, ou arrecifes, como alguns preferem que garantem a defesa natural da cidade, onde Cabral desembarcou para descobrir esta terra. Segundo o guia, Pero Vaz e Caminha, o escriba da expedição, escreveu, em sua segunda carta endereçada ao Rei D.Manoel I, "O Venturoso", pedido de alta quantia em dinheiro destinada a construção de um recife para proteção da terra descoberta contra ações de nações inimigas ou piratas. E o dinheiro foi enviado pela Coroa. Não se sabe seu destino mas começamos bem, não é?

Será que houve alguma antes dessa? Só mesmo uma CPI parta descobrir.

Antes, nunca ouvi falar, mas lá mesmo, em Porto Seguro, como conta o pequeno guia - não só ele, todos os que acompanham turistas em suas visitas à cidade e também o dono de uma pequena livraria/sebo - tempos depois, já no século passado, desapareceu o Marco do Descobrimento, que veio de Portugal entre 1503 e 1526 simbolizando o poder da coroa portuguesa. Todo em pedra de cantaria, de um lado foi esculpido a Ordem de Avis e do outro o Brasão de Armas de Portugal.

Foi descoberto num açougue da cidade, usado como base para corte de carne. Recuperado, alguns centímetros menor, está exposto na praça Pero Campos de Tourinho, Cidade Alta, Porto Seguro, Bahia, Brasil.

Chicolelis - jornalista


2010

6 de maio de 2009

Enchentes e Historia

Para quem tiver interesse em conhecer a historia de Joinville, dos joinvilenses e da sua longa relaçào com a agua, vale a pena conhecer este material, inicialmente disponivle só na internet, mas que em breve será publicado como livro. Quem nào conhece a sua historia corre o risco de cometer os mesmos erros uma e outra vez.

Em função de uma pesquisa de mestrado na UFSC, que foi concluída em 29 fev. 2008, desenvolvemos um livro que relata a saga de um povo, o joinvilense, através da sua relação com as inundações. Com a ocorrência das inundações de 22 nov. 2008 optamos (os autores) por aguardar o término do ano, o qual aumentará as estatísticas dos registros de inundações em Joinville, para finalmente publicá-lo com prazo estimado para 2009.

I-caso você se interesse em realizar uma consulta bibliográfica á minha dissertação de mestrado o título é: “ANÁLISE HISTÓRICA DE INUNDAÇÃO NO MUNICÍPIO DE JOINVILLE – SC, COM ENFOQUE NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CUBATÃO DO NORTE”. Está disponível em:

1- Acessar o link; http://www.labhidro.ufsc.br/

2- Clique em: Publicações

3- Clique em: Monografias, Dissertações e Teses – 2008

4- Faça o download clicando em SILVEIRA, W.N. Análise histórica de inundação no município de Joinville – SC, com enfoque na bacia hidrográfica do Rio Cubatão do Norte. Florianópolis, 2008. 165 f . Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina. Download

II-Além do aspecto da preservação da memória cultural de Joinville, há que se considerar a importância social do estudo desenvolvido. Joinville conta com aprox. 500.000 hab., os quais vivem em áreas de risco geológico, sujeitas às inundações periódicas, seja através das intensas precipitações pluviométricas ou do ingresso da maré astronômica e meteorológica no Estuário da Baía da Babitonga. Precisamos conviver com as inundações, porém isto não implica em habitarmos as áreas de risco, como por exemplo: margens de rios, mangues, encostas de morros, sambaquis, etc, ....

III-No momento estou procurando apoio financeiro para viabilizar a impressão da publicação, cuja quantidade estimada é da ordem de 300 a 400 exemplares.

IV-Os autores são:

Prof. Dr. Masato Kobiyama (LABHIDRO/UFSC),

Roberto Fabris Goerl (Mestrando da Geografia/UFSC),

Brigitte Brandenburg (Engª. Agronôma/Joinville) e eu.

V-O período histórico analisado no livro é: 1751 (aprox.) a 31 dez. 2008. A história começa pela descrição de um evento climatológico em São Francisco do Sul, e daí pra frente viemos descrevendo os registros de inundações em Joinville, como por exemplo nos seguintes anos: 1851, 1855, 1859, 1868, 1869, 1870, 1880, 1899, 1906, 1911, 1920, 1928, 1955, 1960, 1972, 1980, 1989, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008. Tem mais registros, os quais não relacionei.

VI-O livro é uma iniciativa do LABHIDRO/UFSC.

VII-Veja também o currículo lattes do Prof. Dr. Masato Kobiyama.

VIII-Observa-se que em 110 anos, no período de 1851 a 2007 (156 anos), tiveram a ocorrência de inundação no município, sendo 71% de possibilidade. Considerando todas as ocorrências, a bacia do Rio Cubatão do Norte teve a maior freqüência das inundações (38%), seguida pela bacia do Rio Cachoeira (27%), bacia do Rio Piraí (20%), Vertente Leste (6%), Vertente Sul (2%), Palmital (1%) e “outras bacias hidrográficas de Joinville” (6%). A bacia do Rio Cachoeira (83,12 km²) contém o centro urbano da cidade, e conseqüentemente é caracterizada pela maior taxa de urbanização. Nota-se que 49% da população do município estão inseridos nesta bacia. A bacia do Rio Cubatão do Norte (492 km²) é principal manancial do município e possui uma grande área coberta pela floresta. Como existem muitas áreas montanhosas nesta bacia, ocorrem frequentemente eventos de chuva forte. Assim sendo, essas duas bacias vêm sofrendo mais inundações do que outras bacias no município. A bacia do Rio Piraí é responsável por 30% do abastecimento público de água de Joinville, SILVEIRA (2008).

Joinville precisa conhecer sua história através da sua relação com a água!


Wivian Nereida Silveira

Engª. Civil / M. Sc. Engenharia Ambiental

5 de maio de 2009

Mahmoud Ahmadinejad

O presidente Lula, deve receber a ilustre visita do presidente da Republica Islamica do Irã, na foto em efusivo abraço com outro dos grandes lideres democraticos do mundo, o Coronel Hugo Chavez.

Não parece ser o tipo de convidado que acrescenta nada ao Brasil.
Ao contrario, o Brasil ao recebe-lo acaba le conferindo um prestigio e reconhecimento que não merece. E ainda compromete a suai magem internacional.

A Republica Islamica do Irã recentemente enforcou a jovem Delara Delarbi de 23 anos, acusada de homicidio, depois de um processo recheado de irregularidades. Na epoca em que se cometeu o crime a jovem tinha 17 anos.

A execução por enforcamento se realiza em local publico e o corpo fica exposto a todosNo Brasil afortunadamente não existe pena de morte. Depois da China, o Irã é o país que mais impõe e executa penas de morte.

Não a Mudança de Zoneamento

4 de maio de 2009

Certo e Errado


“Não acho correto. Mas também não acho crime um deputado dar uma passagem para um dirigente sindical ir a Brasília. Eu, quando era deputado em Brasília, muitas vezes convoquei dirigentes da CUT, de centrais para se reunir com passagens do meu gabinete. Graças a Deus nunca levei nenhum filho meu para Europa. Acho que um deputado levar a mulher para Brasília, qual é o crime?”

O site do jornal A Noticia divulgou (acima) a infeliz declaração do presidente Lula, ao mesmo tempo em que expõe de uma forma real e direta a grave situação em que se encontra a ética e o bom senso. Quando a sociedade, representada pelos seus políticos, que a rigor representam o País, não consegue separar mais o certo do errado, perde a capacidade de discernimento mais elementar.

Estamos às portas de uma crise de valores. O presidente não percebe que há crime, de que não haveria se ele quando deputado pagasse a passagem dos dirigentes da CUT do seu salário. Faze-lo com o dinheiro do contribuinte é crime. Que não houvesse controle, como parece que continua sem ter, não justifica o erro.

Penso que na medida em que a mesma situação se repete em maior ou menor escala em todos os Estados e municípios do País, transpusemos a porta para entrar na sala. Em quaisquer uma das esferas federativas que olhemos é possível identificar não um caso isolado e sim centenas de situações que já se tornam corriqueiros de mau uso do dinheiro público.

O escândalo das passagens, amplamente noticiado é o desta semana, e não fica restringido a Brasília. Nos Estados, é comum que deputados, além de viajar em primeira classe em viagens internacionais, levem também mulher e filhos em missões, pagas as despesas com dinheiro público.

Cabe lembrar que mulher e filho não são funcionários públicos e não viajam por tanto a serviço. Podem sempre acompanhar o deputado, desde que custeando integralmente todas as despesas, com os seus recursos próprios, aliás os salários e benefícios que recebem permitem que assumam estes custos.

A Câmara de Vereadores de Joinville mostra dificuldades em achar o prumo. O distanciamento da sociedade que representa e que a elegeu é cada vez maior. O episodio do aluguel dos carros vem se somar ao valor da verba de gabinete, a criação de mais cargos comissionados e outras ações que pela freqüência com que se produzem já começam a formar parte do nosso cotidiano.

O grave desta situação é a sensação que nada tem de errado, que é normal, que sempre foi assim e que um erro justifica outro. No caso da nossa Câmara, resta ainda um fio de esperança. Pela forma sigilosa e sorrateira como conduziu o tema do aluguel da nova frota de veículos, evidenciou que sabia que estava errada e que a população não aceitaria esta nova afronta. Existe ainda o discernimento do que é o certo e o errado. O próprio presidente num momento de lucidez afirma timidamente, “Não acho correto”.

Publicado no Jornal A Noticia

3 de maio de 2009

A identidade das empresas de Joinville

O texto do jornalista Claudio Loetz, publicado na sua coluna de domingo no jornal A Noticia, merece ser guardado e utilizado como material de estudo e analise.


EMPRESAS GLOBAIS, IDENTIDADE LOCAL

O crescimento econômico e o processo de globalização, características do capitalismo das últimas décadas, resultam em mudanças de perfil de gestão de companhias tradicionais em todos os lugares. Em Joinville, não é diferente. A industrialização, iniciada no País nos anos 50 do século passado, no pós-Segunda Guerra, impulsionou a expansão dos negócios.

Na mais industrializada das cidades catarinenses, Tigre (plásticos) e Tupy (metalúrgica) garantiram expansão em suas trajetórias já naquela década. As têxteis Döhler, Lepper, Lumière e Arp se destacavam nos anos 60 e 70. O ex-prefeito Wittich Freitag fundou a Consul ainda nos anos 50 e, nos anos 70, criou a Embraco. A Lumière e a Arp morreram. No espaço da Lumière há uma universidade com matriz no interior paulista (Anhanguera); no da Arp, um shopping center (Cidade das Flores, no Centro de Joinville).

Digo isto para evoluir aos dias de hoje: são poucas as empresas joinvilenses de maior porte que continuam com controle e gestão locais, com administração familiar e efetivamente integradas à vida comunitária.

O último episódio a revelar o que ocorre no mundo global é a troca de comando na Embraco, na terça-feira passada. A vinda do executivo João Carlos Brega, do México, indica exatamente isso: a administração é dos controladores, e os executivos são mandados para qualquer lugar do mundo.

Os fundos de pensão (Previ à frente) já tocam a Tupy desde os anos 90. Foi em 1995 que a família Schmidt vendeu a empresa, porque não tinha mais condições de torná-la competitiva.

A Consul e a Embraco tornaram-se Whirlpool, sediada nos Estados Unidos. Atualmente, Consul é uma marca de geladeira e condicionadores de ar na memória do consumidor; a Embraco passa à condição de fábrica de uma corporação global. Aqui, na província, não se decide mais nada de estratégico.

A Tigre, sob gestão profissionalizada desde 1995, criou conselho de administração, trouxe executivos de fora e se reinventou. Recuperou fatias de mercado, após as incertezas causadas pela disputa pelo controle travada por irmãos, num lance totalmente vencido. Isso já faz 14 anos. Negócios à parte, o mérito da Tigre é ter se mantido ligada à comunidade, via Instituto Carlos Roberto Hansen. E, mais recentemente, com o apelo do esporte, com o patrocínio do time de vôlei masculino.

Os nomes mais representativos do empresariado local e vinculados às indústrias são poucos. E os mesmos de anos atrás. Ainda agora, Udo Döhler, que dirige a empresa familiar centenária, também preside, pela quarta vez, a influente Associação Empresarial de Joinville (Acij).

Já tivemos José Henrique Carneiro de Loyola (Lepper), que foi senador e vice-prefeito. O atual presidente da Celesc, Sérgio Alves, já foi executivo na Lepper. Dirigiu, também, a Corretora Manchester, que, há algum tempo, pertence à XP Investimentos. Alves também passou pela presidência da Acij e comandou a Secretaria da Fazenda.

Mais: a metalúrgica Schulz, comandada pelo experiente Ovandi Rosenstock, incorporou métodos administrativos inovadores e, no rastro da expansão da indústria automobilística dos últimos cinco anos, ganhou o mundo.

Muito importante também é a Ciser (H. Carlos Schneider), que, sob o comando do discreto e eficiente Carlos Rodolfo Schneider, é líder latino-americana em produção de fixadores (porcas e parafusos). À típica gestão familiar austera, nascida no século passado, foram adicionados e aprimorados na atual geração processos que resultam em ganhos de produtividade.

A exemplo das demais companhias citadas, a Ciser caminha para ter atuação cada vez mais global, de olhos no longo prazo. Sempre respeitando as peculiaridades de mercado e de suas contingências, derivadas de crises estruturais, como a que vivenciamos. A lembrar: Schneider dirigiu a Celesc na primeira gestão de Luiz Henrique da Silveira como governador. E, a partir do próximo mês, sucederá Udo Döhler na Acij.

Ainda no setor metalúrgico, a Wetzel ganhou maior importância nos últimos sete ou oito anos. O retorno de Norberto Cubas da Silva à direção (depois de um período turbulento, quando o falecido Rodolfo Bertola comandou a operação) fez bem aos negócios. Auxiliado pela maré favorável da atividade no mundo, fechou negociações bem sucedidas com o Fisco no trato de dívidas. E mudou a sede, do Centro da cidade, para o Perini Business Park, na área industrial, em busca de crescimento.

A contemporânea área de tecnologia de informação também passou por mudanças essenciais em Joinville. A Datasul, criada por Miguel Abuhab em 1978-79, encorpou-se com a política protecionista para o segmento de desenvolvedores de softwares, colocada em prática pelo governo de José Sarney na segunda metade dos anos 80.

Não por coincidência, Luiz Henrique era o ministro da Ciência e Tecnologia naquele período e auxiliou as companhias brasileiras a se protegerem da concorrência mundial. No ano passado, a Datasul foi incorporada. Como a Logocenter também já tinha sido. Agora, pertence à poderosa Totvs. Resta a Joinville a sorte de ter Abuhab, que, sempre empreendedor, coloca a Neogrid igualmente do ramo de tecnologia de informação, num patamar mundial, com clientes e negócios em muitos países.

Ainda a destacar o Laboratório Catarinense, dirigido por Nei Silva, numa administração familiar que valoriza o investimento em pesquisa e detém alguns dos mais conhecidos medicamentos vendidos em farmácias: Melagrião e Catuama.

Não dá para falar de pioneirismo sem pronunciar o nome de Harold Nielson, o criador da Carrocerias Nielson (hoje Busscar Ônibus). A morte prematura, em acidente aéreo, do empresário rígido e disciplinado, que tudo fazia para atingir metas e desenvolver o negócio, trouxe apreensão.

A empresa, que tem tecnologia de alta qualidade e é reconhecida internacionalmente por isso, está às voltas com delicada situação financeira. O filho, Cláudio Nielson, lidera o processo de ressurgimento. Superado embate familiar, travado há alguns anos, e as dúvidas do mercado sobre o futuro, precisa de dinheiro para o curto prazo. E, assim, atender a um mercado desejoso pelos seus ônibus. A empresa também deve cumprir acordo de pagamento de débitos feito com credores, em 2003. Joinville e mundo ainda vão rodar para frente em veículos da Busscar.

A importante área de materiais de construção também foi afetada pelas mudanças do capitalismo. E não só mexeu com a Tigre, como já vimos. A Akros acabou quando a multinacional Amanco (grupo Nueva) a comprou, em 1999-2000. Hoje, a Amanco pertence ao grupo Mexichem. Em Joinville, sobraram fábricas, e não mais o processo decisório.

Uma importante e tradicionalíssima fabricante de materiais de construção da cidade mantém-se familiar. É a Docol, sob a liderança de Ingo Doubrawa, que soube se cercar de executivos de ponta para crescer. Produtora de materiais sanitários, resiste e se torna referência quando o assunto são itens economizadores de água. Nada mais atual, na era da sustentabilidade. Até porque é pela água que os homens vão travar a próxima grande guerra.

Esqueci algum nome essencial? Se esqueci, desculpem.

O nosso legislativo

Suas Excelências...

De Elio Gaspari na Folha

A BANCA CRIOU A GRIPE DA POUPANÇA

Entristecida com a queda da taxa de juros, a banca inventou um problema inexistente, a gripe das cadernetas de poupança. Através dos tempos, a taxa de juros com que o Banco Central remunera as aplicações financeiras do andar de cima sempre foi superior ao rendimento das cadernetas de poupança do andar de baixo. (45 milhões de pessoas têm depósitos de até R$ 100 nessa modalidade de aplicação.) Agora que as duas taxas se aproximam, querem baixar a remuneração da patuleia. Em setembro de 2007, quando os fundos de renda fixa rendiam 0,89% ao mês contra 0,76% da poupança, ninguém reclamava.

O problema é falso porque ainda não existe, pois a Bolsa Copom paga mais que a caderneta. A ultrapassagem só ocorre para o cidadão que aplicou num fundo que cobra acima de 1,5% ao ano pela administração do dinheiro. Essa é a taxa da Caixa Econômica em aplicações de R$ 5.000 a R$ 10 mil por seis meses, mas há bancos que cobram até 4%. O "Tesouro Direto", uma iniciativa do governo que permite a compra de papéis atrelados à Selic, cobra uma taxa de 0,3% ao ano. Se um feirante vende beringelas a R$ 1,50 e outro cobra R$ 4, o problema está no preço, não no legume.

Como diz Warren Buffett, quando a água baixa a gente vê quem está nadando nu.

2 de maio de 2009

Dinheiro sobrando

Este texto, originalmente foi postado no dia 30 de janeiro de 2009, como o tema continua atual, publicamos novamente, no momento em que a Camara de Vereadores de Joinville, continua com passos firmes no caminho de se distanciar cada vez mais do eleitor, do cidadão e da realidade do pais.


O ponto mais importante da discussão que a sociedade iniciou por conta dos carros dos vereadores de Joinville, não é se os carros devem ser alugados ou não, se cada vereador deve ter um carro ou um helicóptero.

O flamante presidente da Câmara, tem alegado que um dos motivos que permitiria a despesa é o fato da Câmara de Vereadores de Joinville, tem recursos para isto. Em português coloquial, tem dinheiro para poder fazer esta e outras estripulias.

A cidade de Joinville tem visto crescer o seu orçamento de uma maneira significativa nos últimos anos, em pouco tempo o orçamento do município tem passado de 600 milhões de reais a mais de 1 bilião e 400 milhões. Como a Câmara de Vereadores recebe um percentual do orçamento do município, tem chovido muito na horta do legislativo local, o que tem entre outras coisas levado a nossa casa de leis a cometer excessos típicos de quem esta com dinheiro sobrando.

O dinheiro que a Câmara tem a mais é dinheiro que a sociedade tem a menos. Dinheiro proveniente dos impostos, taxas e contribuições que todos pagamos. Nada mas lógico que se tem dinheiro sobrando seja devolvido a sociedade.

A redução do percentual do orçamento que o legislativo recebe seria uma atitude adequada e principalmente ética. Se nos últimos anos a Câmara tem devolvido parte dos recursos ao caixa da prefeitura, não é porque economizou, é porque não deu conta de gastar. Nada seria mais adequado numa época de austeridade e crise, que ver a Câmara cidadã, agindo para adequar o seu nababesco orçamento a uma realidade mais adequada.

Com a bola os senhores edis.

Claro que ao passar a bola aos nossos edis, não era previsivel que eles jogariam a bola no telhado.

Cestas Basicas


A nota a lado, publicada no Jornal A Noticia, na coluna Portal, motivou o desabafo do nosso fiel leitor e colaborador Eng Agr Gert R. Fisher.

Na verdade é que a sensação que fica para o eleitor médio, aquele como você e como eu e que este pais definitivamente virou terra de ninguém, todo o mundo se acha com o direito de espremer um pouco mais as tetas do governo. Esquecendo que o governo não produz nada, só desenvolveu ao longo de décadas e séculos o habito de consumir de forma doentia e compulsória.

Cada um dos três poderes desenvolve uma luta feroz para avançar de uma forma incontrolada, quase cleptocratica sobre os recursos públicos, priorizando os seus benefícios pessoais antes que servir a população, que é em definitiva o seu patrão.

Cada um procurando tirar um naco maior. Ontem os carros da Câmara de vereadores, hoje as Cestas Básicas da prefeitura, partindo da base que a prefeitura hoje é o maior empregador do municipio com mais de 10.000 funcionarios, representa uma cesta basica para cada dois funcionarios. Um numero assutador. Amanha, quem sabe qual será a nova surpresa que nos esta reservada.

Jordi,
Fiquei super indignado com essa noticia. Como pode a corporação dos funcionários públicos municipais, fazer essa apropriação indébita, se todos deveriam ser concursados, que os concursados recebem seus salários, ferias, 14 salário, auxilio doença, seguro saúde, aposentadoria integral, licença prémio de seis meses, etc. etc. ainda recebem cestas básicas que são entregues nas casas dos mesmos contratando transporte especial?

O custo desse disparate é de 5,8 milhões de reais ou mais por ano.
Soube também que os vereadores, os funcionários da câmara que não são poucos também recebem diariamente cotas de leite?
O que esta havendo afinal?

Será que para os contribuintes não há retorno dos impostos na redução das filas de médicos? Com esse dinheiro das cestas e do leite, daria para reduzir as 48.000 consultas medicas marcadas para os próximos 3 anos, em questão de semanas? Daria sim.
Por que todos esses benefícios para os funcionários públicos que legislam em causa própria ?
Pague-se corretamente os funcionários competentes e compromissados, mas não os humilhe com cestas básicas.

A democracia deverá desvendar esses saques, fazendo com que os impostos sejam aplicados por quem os paga e paga muito bem.
Não concordo que funcionário publico com emprego e renda garantidos, recebam como indigentes cestas básicas.
Isto é um deboche.

Gert Roland Fischer
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