3 de fevereiro de 2013

Os comissionados



Na hora da troca de governo aparecem em cena os comissionados, e destes é possível identificar claramente dois tipos diferentes: Aqueles que assumem o desafio de aceitar um cargo público acreditando que é possível fazer a diferença e mudar a situação da cidade e aportam sua experiência e conhecimento da iniciativa privada e os comissionados profissionais, seja no executivo, seja no legislativo é notável a capacidade de sobrevivência de alguns indivíduos. Estes tem elevado ao grau de profissão o ato de permanecer firmemente agarrados as úberes infinitas do dinheiro público, como a craca que pelo seu acumulo deixa mais lenta a navegação das embarcações, este grupo de parasitas deixam a administração pública mais lenta, menos eficiente e o que é pior, em não poucos casos, até mais corrupta.

Esta praga de sanguessugas do dinheiro do contribuinte esta enquistada e bem enquistada em todos os escalões do poder e acaba funcionando como uma irmandade secreta que busca se rodear de outros como eles para criar uma rede de solidariedade na incompetência e nas traquinagens. Porque estes comissionados vivem em grupos e se sustentam uns aos outros para aumentar a sua capacidade de sobrevivência.
Dependem da sua capacidade de adaptação e todos eles sao mestres da bajulação e do salamalequismo. A maioria precisam visitar com freqüência um bom fisioterapeuta pelos constantes problemas de coluna resultado de tanto dobrar as costas para render pleitesia ao governante de plantão.

Há que entender que respeitando a hierarquia da administração pública há rígidas normas não escritas de quem deve ser bajulado e com quanta intensidade e regularidade. Não há melhor exemplo de mudança comportamental que à se produz ao conhecer o resultado das urnas. Nem cafezinho era servido para os vereadores que não se reelegeram. Secretários e gerentes eram evitados como se apestados fossem e visitas casuais, telefonemas e todo tipo de agrados e atos obscenos de puxasaquismo explicito passaram a ser disparados sem o menor constrangimento em direção aos novos amos do poder.

E aí estão nomeados novamente, em outro cargo, assessorando outro vereador, inclusive de outro partido, em outra secretaria. Falam alto e mal do governo que até ontem defendiam. Mesmo que venha uma reforma para reduzir o tamanho da craca nada há que temer, os seus padrinhos agirão com presteza para manter os seus apadrinhados porque a corte precisa de cortesãos.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

2 comentários:

  1. Jordi, as vezes eu os encontro no corredor ou no refeitório e fico imaginando o preço a ser pago para isso, como conseguiu seguir mesmo após as mudanças, imagino que deve ser total falta de caráter, associado a de personalidade e por fim ser um escroto.
    Ah!!!vc. pode me dizer que, sou idiota, pois ele sendo tudo isso, tem um alto salário, fica 3 anos sem se preocupar com o futuro e no último ano refaz seu percurso.
    Mas que tenho curiosidade de conhecer essa mente,ah!!! isso tenho.

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  2. Mais triste que ver a habitual corrida atrás dos cargos, é a permanência de comissionados do governo anterior, depois de toda série de ataques ao atual mandatário. Hipocrisia pouca é bobagem.

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