16 de fevereiro de 2012

Pressão de um lado, pressão do outro


A Câmara de Vereadores de Joinville escolheu o bom senso, frente à pressão, cada vez mais incompreensível, do executivo por um lado e dos profetas do apocalipse que vaticinam que a cidade pararia se a LOT não fosse aprovada em caráter de urgência. A insistência para que a LOT seja votada e aprovada a qualquer custo, ou seria melhor dizer a qualquer preço é esdrúxula e levanta suspicacias. Os vereadores que tiveram um pouco mais de tempo para escutar a sociedade, já identificaram vários pontos em que a LOT pode melhorar muito, as propostas da sociedade organizada são coerentes e bem estruturadas, se houver a tranqüilidade necessária e se proporcionam os espaços adequados, a sociedade poderá contribuir ainda mais na medida que conheça melhor o impacto real do que a LOT propõe para cada bairro de Joinville.

O Legislativo local deu, não sem enorme esforço, uma bela demonstração de equilíbrio e bom senso. A forma como as tensões, os interesses e as pressões estão sendo tratadas mostra que a maioria dos vereadores amadureceu neste processo. Como o próprio vereador Lauro Kalfels expressou, meio que a contra gosto: “Às vezes o mal vem para bem.” O vereador nesta sua mensagem críptica parece reconhecer que foi melhor não ter aprovado a LOT da forma que estava previsto, no prazo proposto e com a redação original. O tempo dirá se o “mal”, na concepção do vereador, veio mesmo para bem, ainda que os conceitos de BEM e MAL parecem depender muito de que lado esta cada um. 

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