11 de setembro de 2011
O Pendulo (*)
Tudo na vida parece regido pelo poder do pendulo, tudo o que vai, vem. Tudo o que sobe, desce. Joinville não poderia ser diferente.
Passamos de uma administração municipal carrancuda e pouco habituada a escutar os anseios da população, a outra alegre e festeira que permanece numa eterna assembléia. Do modelo discricionário anterior, a um modelo em que tudo esta por definir, em que a sociedade participa a traves de conselhos, comites e reuniões intermináveis. E tudo isto, para que os aumentos que são negados num dia, sejam concedidos no seguinte. De um modelo de gestão apoiado no rancor, para um modelo baseado na memória fugaz.
Passamos através de um movimento pendular a conhecer uma outra forma de governar. Um outro jeito de tratar as coisas da cidade. O que não quer dizer que seja melhor, é diferente. É importante entender que cada um dos dois extremos deste movimento pendular representa posições extremas e que a sociedade tradicionalmente busca o equilíbrio, a traves de um percorrido as vezes errático e vetorial, quase nunca direto e com certeza mais penoso.
Governar olhando, escutando e principalmente pensando nas pessoas, parece um caminho melhor que faze-lo de costas a elas, porem convocar reuniões intermináveis, para decidir coisas de pouca importância ou convidar a sociedade a se manifestar sobre temas fúteis, em que as pessoas se sintam usadas, acabará levando a uma perda de credibilidade deste modelo participativo, que se esgota pelo excesso de participação e falta de resultado.
Ninguém gosta de não poder contribuir, como gostaria ou sentir que o seu bem mais precioso esta sendo desperdiçado. Porque é o tempo o elemento que iguala a ricos e pobres, a letrados e incultos, concedendo-nos, 24 horas por dia a cada um, para utilizar-los como melhor desejemos. E participar de conselhos que não aconselham, de audiências publicas que não decidem, ou de reuniões que não resolvem, não parece a melhor forma de utilizar os 1.440 minutos que marca o pendulo do relogio todos os dias.
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