É conhecida
a historia do cachorro que tinha dois donos e acabou morrendo de fome, porque
cada dono achava que o outro estava cuidando e alimentando o cachorro. No
transito estamos igual. Tem tanta gente cuidando, que ninguém se entende. No
recente evento organizado pelo jornal A Noticia, era difícil achar dois dados
iguais. As informações da Conurb e da Policia Militar Não eram as mesmas. Os
dados do IPPUJ tampouco coincidiam. Os da saúde eram outros. Um verdadeiro
galimatias de informações desencontradas. Todos dando o seu melhor, mas com um
resultado inadequado.
O que é um
fato incontestável são as informações, capazes de deixar com calafrio aos mais fortes, que a Secretaria de Saúde apresentou, com uma media de 133 acidentes mensais
só com motos, com jovens mortos e famílias destroçadas, os sobreviventes desta
guerra sofrem graves fraturas expostas, que além de colapsar o atendimento do
Hospital São José, representa um custo de mais de R$ 800.000 ao mês, e quase R$
10.000.000 ao ano. Além das seqüelas de mobilidade e laborais pelas amputações
e a necessidade de longas sessões de fisioterapia.
Não somos
ainda capazes de identificar com precisão os pontos críticos, os locais de maior
risco. O nosso melhor nível de precisão é informar quais as 50 ruas mais
perigosas. Desconsiderando que as de maior comprimento aparecem com maior freqüência
nas estatísticas. Quando o correto para ajudar no planejamento seria saber os
pontos exatos, os horários de maior risco, o sentido, se bairro - centro ou
centro – bairro, as causas e a partir destas informações precisas e
sistematizadas, propor um programa
eficaz de segurança no transito, que priorize de fato os grupos mais vulneráveis,
os pedestres e ciclistas. As empresas de ônibus da cidade são um bom exemplo de
como coletar e tratar estas informações o seu nível informação sobre os pontos críticos do transporte coletivo estão perfeitamente identificados.
O transito é
hoje um problema grande demais para as grandes cidades, não só desde o aspecto
mobilidade, também desde o aspecto econômico e social, para que possa continuar
sendo tratado como um cachorro com vários donos, esta mais que na hora de ter
um órgão único de transito, que planeje, execute e fiscalize, com técnicos com
formação especifica e com recursos orçamentários que não dependam da
arrecadação originada nas infrações de transito.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
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