20 de setembro de 2011

Todos somos vitimas




É conhecida a historia do cachorro que tinha dois donos e acabou morrendo de fome, porque cada dono achava que o outro estava cuidando e alimentando o cachorro. No transito estamos igual. Tem tanta gente cuidando, que ninguém se entende. No recente evento organizado pelo jornal A Noticia, era difícil achar dois dados iguais. As informações da Conurb e da Policia Militar Não eram as mesmas. Os dados do IPPUJ tampouco coincidiam. Os da saúde eram outros. Um verdadeiro galimatias de informações desencontradas. Todos dando o seu melhor, mas com um resultado inadequado.


O que é um fato incontestável são as informações, capazes de deixar com calafrio aos mais fortes, que a Secretaria de Saúde apresentou, com uma media de 133 acidentes mensais só com motos, com jovens mortos e famílias destroçadas, os sobreviventes desta guerra sofrem graves fraturas expostas, que além de colapsar o atendimento do Hospital São José, representa um custo de mais de R$ 800.000 ao mês, e quase R$ 10.000.000 ao ano. Além das seqüelas de mobilidade e laborais pelas amputações e a necessidade de longas sessões de fisioterapia.


Não somos ainda capazes de identificar com precisão os pontos críticos, os locais de maior risco. O nosso melhor nível de precisão é informar quais as 50 ruas mais perigosas. Desconsiderando que as de maior comprimento aparecem com maior freqüência nas estatísticas. Quando o correto para ajudar no planejamento seria saber os pontos exatos, os horários de maior risco, o sentido, se bairro - centro ou centro – bairro, as causas e a partir destas informações precisas e sistematizadas,  propor um programa eficaz de segurança no transito, que priorize de fato os grupos mais vulneráveis, os pedestres e ciclistas. As empresas de ônibus da cidade são um bom exemplo de como coletar e tratar estas informações o seu nível informação sobre os pontos críticos do transporte coletivo estão perfeitamente identificados.


O transito é hoje um problema grande demais para as grandes cidades, não só desde o aspecto mobilidade, também desde o aspecto econômico e social, para que possa continuar sendo tratado como um cachorro com vários donos, esta mais que na hora de ter um órgão único de transito, que planeje, execute e fiscalize, com técnicos com formação especifica e com recursos orçamentários que não dependam da arrecadação originada nas infrações de transito.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...