30 de novembro de 2012
Anotações de viagem [2]
Elegância
Em nenhum outro lugar se pode combinar com tanta elegância um paletó xadrez com tons de verde, com um chamativo par de sapatos vermelhos e um chapéu a caráter como no aeroporto de Johanesburgo. Encruzilhada em que se encontram África, América do Sul, Índia, boa parte da Ásia e Austrália. Todas as combinações de cores, sotaques e gostos num único espaço. Voltando ao nosso viageiro, a sua elegância por uns segundos silenciou o aeroporto.
Comida
Se viajar é descobrir, é importante experimentar novos sabores, novas texturas, um carneiro ao curry, um sashimi com outros peixes, alem daqueles a que estamos acostumados, frutas até ontem desconhecidas.
Mas é bom estar atento aos costumes locais, um delicioso "Poulet Yassa" pode se converter numa experiência inesquecível, quando saboreado por um grupo de hospitaleiros senegaleses que escolherão, para homenagea-lo, os melhores pedaços e os colocarão na sua frente no prato comunitário em que se serve.
Cuidado se em Filipinas for convidado a saborear um "small goat" pode não ser o que você esta imaginando. É conhecida a afecção de alguns povos asiáticos por incluir no seu cardápio animais que em outras culturas são considerados como de companhia.
Serviço de bordo
Para quem já se acostumou ao serviço de bordo das companhias aéreas nacionais, voar com SAA (Sudafrica Airways) é uma grata surpresa. Merece destaque a promoção que fazem dos bons vinhos do pais. Servidos em pequenas garrafas de 250 cc tem o tamanho certo para quem quer acompanhar a refeição com mais de um vinho. As micro garrafas de Amarula são o digestivo perfeito.
Em nenhum outro lugar se pode combinar com tanta elegância um paletó xadrez com tons de verde, com um chamativo par de sapatos vermelhos e um chapéu a caráter como no aeroporto de Johanesburgo. Encruzilhada em que se encontram África, América do Sul, Índia, boa parte da Ásia e Austrália. Todas as combinações de cores, sotaques e gostos num único espaço. Voltando ao nosso viageiro, a sua elegância por uns segundos silenciou o aeroporto.
Comida
Se viajar é descobrir, é importante experimentar novos sabores, novas texturas, um carneiro ao curry, um sashimi com outros peixes, alem daqueles a que estamos acostumados, frutas até ontem desconhecidas.
Mas é bom estar atento aos costumes locais, um delicioso "Poulet Yassa" pode se converter numa experiência inesquecível, quando saboreado por um grupo de hospitaleiros senegaleses que escolherão, para homenagea-lo, os melhores pedaços e os colocarão na sua frente no prato comunitário em que se serve.
Cuidado se em Filipinas for convidado a saborear um "small goat" pode não ser o que você esta imaginando. É conhecida a afecção de alguns povos asiáticos por incluir no seu cardápio animais que em outras culturas são considerados como de companhia.
Serviço de bordo
Para quem já se acostumou ao serviço de bordo das companhias aéreas nacionais, voar com SAA (Sudafrica Airways) é uma grata surpresa. Merece destaque a promoção que fazem dos bons vinhos do pais. Servidos em pequenas garrafas de 250 cc tem o tamanho certo para quem quer acompanhar a refeição com mais de um vinho. As micro garrafas de Amarula são o digestivo perfeito.
Mercado publico
Me diverte muito conhecer os mercados públicos nas cidades que visito, sinto que proporcionam uma radiografia precisa da cidade. Se você também acredita nisso, nem preciso agregar nada, nem fazer nenhum comentário sobre o nosso mercado municipal. Mas voltando a proposta de visitar os mercados como uma forma de conhecer melhor uma cidade, é interessante ver os produtos, as pessoas, a forma de negociar, escutar o barulho, apreciar as cores, os cheiros e transformar todas estas imagens numa única imagem.
A variedade de produtos, a higiene ou a falta dela, a organização que pode facilmente parecer caótica para um recém chegado nos permitem enxergar cada cidade com outros olhos.
29 de novembro de 2012
28 de novembro de 2012
Mercado de Kigali
O mercado central de Kigali, oferece produtos de Rwanda e também dos países vizinhos. Peixe seco de Kenya ou do Burundi. Frutas de Uganda e da Africa do Sul. Panelas e utensílios para a cozinha de Uganda, Kenya e Tanzânia ou tecidos do Congo.
O resultado é uma mistura de cores, sons e produtos. Visitar o mercado é uma boa forma de conhecer a realidade local.
A CIDADE SOB JUDICE
É voz corrente na cidade das tarefas que o futuro prefeito terá de enfrentar na busca da cidade com qualidade de vida e sustentável. A lista é comum à maioria dos municípios brasileiros, focando eficiência dos serviços públicos e manutenção e ampliação das infra-estruturas urbanas. O tema das deficiências e priorização das soluções em saúde, educação, mobilidade, segurança e geração de resíduos são vivenciadas diariamente por todos.
Porém, o janeiro que se aproxima reserva novidade para gestão municipal, envolvendo questões de alcance político, social, ambiental e econômico na realização de controvertidas políticas públicas.
Refiro-me a herança de duas gestões municipais do executivo e legislativo, avessas ao dialogo e pouco atentas às praticas obrigatórias do planejamento democrático participativo que acabaram resultando na judicialização da cidade, ou seja, questões importantes e de influência na vida do cidadão estão sendo decididas por órgãos do judiciário ou preenchendo espaços de paginas policiais.
A judicialização é fruto da redemocratização do país, que teve como ponto culminante a Carta Cidadã de 88, trazendo em seu corpo matérias antes deixadas para o processo político ou legislação ordinária. Este ativismo jurídico exemplifica-se quando tomamos a Constituição que assegura o direito de acesso ao ensino fundamental ou ao meio-ambiente equilibrado, é possível judicializar a exigência desses dois direitos, levando ao Judiciário o debate sobre ações concretas ou políticas públicas praticadas nessas duas áreas. Tal ativismo apresenta aspecto positivo ao atender demandas sociais ignoradas pelas instancias políticas, e negativo ao revelar que os entes públicos constitucionalmente competentes não funcionam satisfatoriamente.
Temos ainda a considerar a nova visão dada pelo sistema brasileiro de controle de constitucionalidade sobre os bens de ordem difusa e um maior empenho da sociedade em fiscalizar e apontar atos por ela considerados antiéticos ou amorais.
O novo governo municipal receberá a incumbência de tratar de uma pauta judicializada, das quais cito a do Conselho da Cidade, da Lei de Ordenamento Territorial e da criação do ITTRAN que devem e podem ser superadas com muito dialogo e participação popular e onde a visão da cidade não poderá conter velhos vícios de apropriação exclusiva como pretendem alguns.
Arno Kumlehn
27 de novembro de 2012
Viajar
É mais fácil viajar a destinos consolidados. Paris, Londres, Milão, Miami, Nova Iorque ou Buenos Aires são alguns dos destinos preferidos para os turistas brasileiros. Poucos são os que se atrevem a aventurar além dos destinos consolidados. A busca de referencias conhecidas é um sintoma ou melhor uma prova clara de insegurança.
Anais Nin dizia que ser hostil ao que nos é desconhecido é uma prova de insegurança. É bom sair do lugar comum, descobrir outros destinos, experimentar outras comidas, estar aberto a aceitar outros costumes e passar a gostar de aromas e cores diferentes.
Viajar é uma forma de nos descobrir de novo.
Anais Nin dizia que ser hostil ao que nos é desconhecido é uma prova de insegurança. É bom sair do lugar comum, descobrir outros destinos, experimentar outras comidas, estar aberto a aceitar outros costumes e passar a gostar de aromas e cores diferentes.
Viajar é uma forma de nos descobrir de novo.
26 de novembro de 2012
Islamismo
Recebi e repasso
REUNIÃO DE CAPELÃES DE PRISÕES DOS
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (USA)
CONCLUSÕES DA REUNIÃO:
A
religião muçulmana é a que mais cresce em número nos Estados Unidos,
especialmente nos grupos minoritários. No mês passado, assisti à uma classe
de treinamento, para manter as minhas condições de segurança no departamento
de prisões do estado.
Durante a reunião, foram apresentados três dos intervenientes que dissertaram
sobre o tema: Um sacerdote católico, um pastor protestante e um imã
muçulmano, que nos deram diversas explicações. Na minha qualidade de capelão,
interessava-me, sobretudo o que o imã islâmico diria.
O imã fez uma completa e detalhada apresentação da sua religião de base do
islamismo, apresentando inclusive alguns vídeos.
Depois das apresentações, foi concedido um tempo para perguntas e respostas.
Quando chegou à minha vez, perguntei ao imã:
Por favor, corrija-me se me equivoco, mas segundo entendo, a maioria dos imãs
e clérigos do Islã, declararam a "JIHAD" (guerra santa), contra os
infiéis de todo o mundo. De modo que matando um infiel, que é uma ordem para
todos os muçulmanos, têm assegurado um lugar no céu. Se assim é... pode
dar-me uma definição de infiel?
Sem discutir minhas palavras, o imã disse: "São os não crentes".
Questionei: Permita assegurar-me que o entendi bem: A todos os seguidores de
Alá, é-lhes ordenado que matem a todo aquele que não é da sua fé, para
poderem ir para o céu? Está correto?
A expressão da sua cara mudou de uma autoridade para a de uma criança
apanhada em flagrante a ir à caixa das bolachas. Com ar envergonhado
respondeu: ASSIM É!
Acrescentei: pois bem senhor imã, tenho um verdadeiro problema quando imagino
se o Papa Bento XVI ordenasse a todos os católicos que matassem todos os
muçulmanos e que o Dr. Stanley ordenasse a todos os protestantes que fizessem
o mesmo para também poderem ir para o céu...
O imã ficou mudo.
Continuei: Também estou com um problema que é ser seu amigo, quando o senhor
e os seus colegas, dizem aos seus pupilos que me matem. O que preferiria o
senhor: a Alá que lhe ordena matar-me para poder ir para o céu ou a Jesus que
me ordena amá-lo, para que eu vá para o céu e que o leve comigo.
Podia-se ouvir cair uma agulha no chão de tanto silêncio, quando o imã
inclinou a cabeça de vergonha.
Com o nosso sistema judicial liberal e por pressão da "ACLU"
(Organização Árabe Americana), este diálogo não será publicado. por isso,
rogamos que faça circular este diálogo por todas as suas listas para o dar a
conhecer.
Rick Mathes -
Capelão de Prisões (USA)
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25 de novembro de 2012
Taxi e Transporte público
Cidades do porte de
Joinville devem ao abordar o problema do transito incluir todos os elementos
que contribuem e avaliar o impacto positivo ou negativo que cada um deles tem,
qual é sua contribuição ao todo e como o poder público pode estimular ou
desestimular o uso de um ou de outro. Pensar o transporte coletivo para além do
ônibus, do pneu e do diesel é um primeiro passo. Priorizar a mobilidade de
pedestres e ciclistas e outro. Desestimular o uso do carro para determinados
trajetos e horários e outro que já é pratica comum em muitas cidades. No nosso
caso um dos elementos que tem reiteradamente ficado de fora deste debate é o táxi.
O taxi tem um papel
importante a jogar como parte da mobilidade urbana. Em Joinville o debate tem
ficado circunscrito ao aumento ou não do numero de placas e indiretamente a
manutenção ou não do privilegio que detém os taxistas nesta cidade. Cobrando
preço de limusine para um serviço de terceira. O poder público tem evitado
enfrentar o debate, eu até diria que tem fugido claramente dele. A força do
coletivo não é desprezível e um poder público fraco dificilmente poderá
resolver o problema.
Algum leitor utiliza
normalmente táxi como uma alternativa de transporte? Em Joinville táxi é um
artigo de luxo. Chegamos ao absurdo que é muito mais caro a carreira da rodoviária
a qualquer um dos bairros do centro que a viagem de ônibus desde a maioria das
cidades de Santa Catarina para Joinville. Esquece, convenientemente, o poder
público que a compra de táxis é subsidiada com a redução de impostos,
justamente por que se trata de um serviço público, porem este subsidio que
deveria beneficiar o usuário, acaba no bolso do proprietário da placa ou da
licencia. O táxi em Joinville deixou de ser um serviço público para se
converter numa capitania hereditária, em que o proprietário dificilmente
trabalha como taxista e tem vários “pilotos” para os que de uma ou outra forma
aluga o direito.
A função do táxi como
serviço público é o de oferecer uma alternativa de transporte público de
qualidade, a preço adequado para quem precisa outro modal diferente do ônibus,
seja por conforto, por horário, por trajeto ou por necessidade. O município deve
liderar este debate e passar a defender os direitos dos usuários em lugar de só
se preocupar com os dos taxistas. Nenhuma ação foi feita para que o serviço
seja mais econômico, esteja mais perto do cliente e sirva como alternativa real
a deixar o carro em casa.
Um bom inicio de
conversa seria comparar tarifas de táxi de outras cidades brasileiras para
percorridos semelhantes. Da mesma forma que se fazem comparações com as tarifas
de ônibus. Comparar com a maioria de cidades e capitais da América Latina seria
uma covardia, Como lá o táxi é um serviço público a comparação seria uma comparação
entre coisas diferentes.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville, Santa Catarina
Publicado no jornal A Noticia de Joinville, Santa Catarina
23 de novembro de 2012
Anotações de viagem
- Peixe fora d'água.
Não tinha como não notar o funcionário do Itamarati, cruzei com ele em Lisboa e viajamos juntos no voo para Casablanca, ele ainda teria que esperar umas 12 horas pelo seu voo de Casablanca para Bissau. A bagagem Louis Vuitton, o seu ar da superioridade e principalmente a sua elegância levemente "démodé" contrastava com o seu entorno. Agindo como se acabasse de ser convidado para assumir como embaixador brasileiro em Paris, Londres ou Washington e se dirigir a Bissau chamou a atenção dos demais passageiros e trouxe a memória aquela época em que a diplomacia brasileira era considerada uma referencia para outros países latinos americanos.
- Filas.
Na maioria dos países africanos fazer fila é um esporte praticado exclusivamente por turistas, principalmente os europeus e norte americanos, os japoneses são os mais disciplinados e suas filas tem uma qualidade e homogeneidade que beiram a perfeição. Alguns turistas adoram uma fila e entra nelas mesmo sem saber direito qual é o motivo. Os locais ignoram completamente uma fila e a furam com uma naturalidade e uma habilidade que só se obtém como resultado de anos de pratica. Alguns latino-americanos até tentam imitar, mas nem de perto chegam ao nível dos africanos.
- Uniformes e carimbos.
Quanto menos desenvolvido o pais mais vistosos e coloridos são os uniformes dos seus policiais e militares. No caso de carimbos e formulários o principio é que os carimbos seguem a mesma lógica, são maiores, mais elaborados e coloridos. Formulários seguem a norma, comum em outros países, que quanto mais complexos, menor o tamanho da letra e maior o numero de questões menos desenvolvido é o pais e mais importante se sente o responsável pelo recebimento do formulário.
- Bagagem.
Ainda que os brasileiros sejam campeões mundiais no quesito bagagem e nas modalidades quantidade e peso. Ninguém tira dos africanos o primeiro lugar nos quesitos criatividade e variedade. Praticamente qualquer coisa pode ser transportada como bagagem. Desde 50 garrafões de 5 litros de água benta da Meca, até um colchão. Colocar a mudança em sacos plásticos gigantes é uma forma criativa de não precisar comprar malas.
- Higiene e limpeza.
Higiene e limpeza obedecem a critérios subjetivos e podem ser interpretados de formas bem diferentes em todos os países e dentro de cada pais, podem também mudar de região para região. Na maioria de países passar o mesmo pano molhado em todas as mesas do restaurante varias vezes por dia pode ser considerado suficiente. Na China, por exemplo, o governo determinou que é aceitável até três moscas por banheiro. Como na maioria de países africanos os padrões de limpeza atendem a critérios únicos e não são aplicáveis na maioria de países ditos desenvolvidos visitar um banheiro publico pode ser uma autentica aventura e que deve ser praticada só por quem gosta de viver perigosamente.
22 de novembro de 2012
21 de novembro de 2012
Os culpados são os outros
"Pare de culpar os outros por seus insucessos, por suas frustrações e por tudo aquilo que não é ou não sai exatamente de acordo com as suas expectativas."
(Dirk Erik Wolter)
(Dirk Erik Wolter)
20 de novembro de 2012
Perigo na estrada
Condução temerária é um risco para o motorista e também para os outros motoristas. Uma maior fiscalização reduziria o numero de acidentes com mortos e feridos e também os custos do sistema de saúde.
19 de novembro de 2012
18 de novembro de 2012
O negocio dos tablets
Na Folha de hoje, por Elio Gaspari
OS TABLETS DO COMISSÁRIO MERCADANTE
O governo da Índia anunciou que distribuirá milhões de tabuletas Aakash para estudantes ao preço de US$ 21 por unidade. Trata-se de uma venda subsidiada, pois no mercado as peças custam até US$ 80.
Grande notícia para quem achava que não se conseguiria produzir computadores por menos de US$ 100. É verdade que essas tabuletas não podem ser chamadas de computadores, mas dão para o gasto dos projetos pedagógicos que pretendem atender.
No Brasil está em curso a seguinte gracinha: em fevereiro passado o comissário Aloizio Mercadante anunciou que a Viúva compraria até 600 mil tablets para serem entregues a professores do ensino médio. O que eles fariam com os equipamentos, não se sabe, pois não havia projeto pedagógico para acompanhá-los. Nove meses depois, a Boa Senhora já comprometeu R$ 115 milhões para a compra de 380 mil tabuletas.
Eremildo idiota, fez a conta: cada uma sairá por R$ 302, ou US$ 150. Essa compra resulta de um pregão vencido por fornecedores que ofereceram quatro modelos, indo de R$ 277 a R$ 462. Tomando-se o preço do mercado indiano (US$ 80) e o mais baixo do pregão nacional (US$ 138), o cretino operou o Milagre de Simonsen. Brilhante economista e ministro da Fazenda de 1974 a 1979, Mário Henrique Simonsen enunciou uma lei segundo a qual em certos casos é preferível pagar a comissão para que se esqueça o projeto. Sem julgar o que houve na compra dos tablets, o cretino propõe o seguinte: reservam-se 10% dos R$ 115 milhões para despesas imprevistas. Sobram R$ 103,5 milhões e gasta-se esse dinheiro comprando 647 mil tabuletas de US$ 80, em vez de 380 mil a US$ 150.
Mesmo sem saber o que fará com elas, a Viúva ganha mais 267 mil tabuletas e, como sobraram os 10%, ficará todo mundo feliz.
Mobilidade urbana
Este comentário foi inicialmente publicado no post Ciclistas
Se fizermos uma pesquisa sobre o meio preferido de transporte dos cidadãos, penso que o automóvel ganha disparado. E porque isso? Simples. Desde Juscelino Kubitscheck elegeu-se o automóvel como sonho de consumo e ao mesmo tempo suporte industrial e econômico de parcela considerável da nossa economia.
A decisão tomada nos anos cinquenta nos afeta até hoje. Até porque nada foi feito para alterar o andar da carruagem.
Acrescente-se à essa história o fato recente do governo lula/dilma incentivarem à exaustão a compra e utilização do carrinho da familia, como símbolo do sucesso das políticas do governo às classes menos favorecidas. Orgulhosamente, propala-se com um sorriso mal disfarçado nos lábios: agora carro não é só pra classe A e B.
Pois bem, se levarmos em conta que os poderes executivos criaram apenas poucos centímetros de estradas e vias de locomoção nos ultimos dez anos, resulta óbviamente o congestionamento que se vê por aí diariamente. E como diz Jordi, vai piorar. Claro que vai.
Mas vamos e venhamos, querer fazer todo mundo andar de bicicleta, como sonham nossos valorosos pensadores utopistas, num sistema que nos obriga a cumprir horarios e prazos cada vez mais impossiveis, é de uma pobreza intelectual atroz. Desde a invenção da roda, já passamos por vários meios de transporte. E a bicicleta já teve o seu lugar sim, até uns quarenta anos atrás, quando era possivel seu uso e aceitáveis suas mazelas (sim, lembro muito bem quando tinha que ir à escola de bicicleta, por dez quilometros, muitas vezes sob chuva ou geada). E, claro, eu ainda não tinha passado dos sessenta...
A corrente de pensamento que "endeusa" o biciclo já é tão poderosa hoje, que está próxima a se tornar dogma. E dogma chiita. Porque a simples menção contrária a seu uso, ou favoravel ao uso do automóvel, já transforma o autor em herege. Tanto que poucos tem a coragem de se manifestar contráriamente ao grupo dominante.
Assim, nossos Ipujes vão pontilhando riscos e mais riscos no chão, à guisa de "ciclofaixas" (eu chamo de ciclofarsas), espaço este sonegado das pistas de rolamento já escassas em sua largura, dificultando cada vez mais a fluencia do transito, para o uso de meia duzia (sim, meia duzia) de ciclistas, que por se sentirem inseguros nos limites daqueles dois risquinhos, acabam transitando no outro lado da rua, no meio dos carros. Já cansei de testemunhar isso na ciclofarsa da rua Dona Francisca, no Saguaçu, onde moro. E vou dizer mais: a maior parte dos ciclistas que usam essas pseudo ciclovias o fazem nos fins de semana, por recreação.
E o que dizer da organização do trânsito em nossa cidade? Céus, o pessoal do agora denominado ITRAN nunca ouviu falar em semáforos inteligentes? O conceito de "onda verde" (nada a ver com plantação de arvores) já existe ha mais de quinze anos, menos aqui.
Centrais de Controle de transito, monitorando os pontos de congestionamento em tempo real? Ah! isso é dinheiro jogado fora.
E o que dizer de outro grande tabu, que é o estacionamento? Esse mesmo Itran só sabe eliminar os poucos que ainda restam. Criar bolsões nas áreas centrais ou de maior movimento, nem pensar. Pelo menos uns 20 por cento dos automoveis circulando pelo centro, estão ali a procura de uma vaga, contribuindo com o congestionamento.
E pra não esquecer, alguém já mencionou a largura das vagas nas vias onde elas ainda existem? Pois é, na sua quase totalidade, são mais estreitas que qualquer automóvel. Foram desenhadas para fiats 147 ou fusquinhas. Estão fora da realidade. E recentemente, começaram a demarcar a nova Max Colin. Quequeéisso? Já viram a largura das faixas? Para veículos um pouco maiores, tipo uma Hilux, mal cabem entre os dois riscos. E a faixa da esquerda então, é calamidade pura. Fizeram ali faixa de rodagem, mas esqueceram de tirar os bueiros...
Bem, foi fragorosamente derrotado por ser no mínimo sonhador, ou no outro extremo, farsante.
Então tá. Vamos continuar batendo palmas para os riscos no chão (que ninguém usa), vamos criar binários e mais binários (que maravilha), e botar os guardinhas azuis do Itran nas esquinas pra levantar um troco pra festinha do natal que se aproxima. (só pra sacanear, alguém já viu um guardinha do Itran orientando tráfego?)
E acabei de lembrar: Ô pessoal do Itran!! já existe semáforo a LED de alta intensidade, viu? Voce enxerga de longe e dura muito
É engraçado como as pessoas se acostumaram a
opinar sobre a "mobilidade dos automóveis", esquecendo-se de que
atrás de cada volante existe uma pessoa, um cidadão, um morador da cidade.
Se fizermos uma pesquisa sobre o meio preferido de transporte dos cidadãos, penso que o automóvel ganha disparado. E porque isso? Simples. Desde Juscelino Kubitscheck elegeu-se o automóvel como sonho de consumo e ao mesmo tempo suporte industrial e econômico de parcela considerável da nossa economia.
A decisão tomada nos anos cinquenta nos afeta até hoje. Até porque nada foi feito para alterar o andar da carruagem.
Acrescente-se à essa história o fato recente do governo lula/dilma incentivarem à exaustão a compra e utilização do carrinho da familia, como símbolo do sucesso das políticas do governo às classes menos favorecidas. Orgulhosamente, propala-se com um sorriso mal disfarçado nos lábios: agora carro não é só pra classe A e B.
Pois bem, se levarmos em conta que os poderes executivos criaram apenas poucos centímetros de estradas e vias de locomoção nos ultimos dez anos, resulta óbviamente o congestionamento que se vê por aí diariamente. E como diz Jordi, vai piorar. Claro que vai.
Mas vamos e venhamos, querer fazer todo mundo andar de bicicleta, como sonham nossos valorosos pensadores utopistas, num sistema que nos obriga a cumprir horarios e prazos cada vez mais impossiveis, é de uma pobreza intelectual atroz. Desde a invenção da roda, já passamos por vários meios de transporte. E a bicicleta já teve o seu lugar sim, até uns quarenta anos atrás, quando era possivel seu uso e aceitáveis suas mazelas (sim, lembro muito bem quando tinha que ir à escola de bicicleta, por dez quilometros, muitas vezes sob chuva ou geada). E, claro, eu ainda não tinha passado dos sessenta...
A corrente de pensamento que "endeusa" o biciclo já é tão poderosa hoje, que está próxima a se tornar dogma. E dogma chiita. Porque a simples menção contrária a seu uso, ou favoravel ao uso do automóvel, já transforma o autor em herege. Tanto que poucos tem a coragem de se manifestar contráriamente ao grupo dominante.
Assim, nossos Ipujes vão pontilhando riscos e mais riscos no chão, à guisa de "ciclofaixas" (eu chamo de ciclofarsas), espaço este sonegado das pistas de rolamento já escassas em sua largura, dificultando cada vez mais a fluencia do transito, para o uso de meia duzia (sim, meia duzia) de ciclistas, que por se sentirem inseguros nos limites daqueles dois risquinhos, acabam transitando no outro lado da rua, no meio dos carros. Já cansei de testemunhar isso na ciclofarsa da rua Dona Francisca, no Saguaçu, onde moro. E vou dizer mais: a maior parte dos ciclistas que usam essas pseudo ciclovias o fazem nos fins de semana, por recreação.
Portanto, vamos falar sério. O automóvel, da
forma como concebido nos dias atuais é problema? Sim, concordo que seja. É
poluidor e ocupa espaço consideravel. Mas é a ele que nossa população está
sendo empurrada pela política governamental e pelo sistema capitalista vigente
e aprovado a cada nova eleição. Sim meus amigos, a grande maioria dos
candidatos eleitos nas eleições pertence ao enorme grupo que prega a manutenção
do status quo.
Voltar à bicicleta pode ser uma solução? Pode, claro. Pessoalmente, não pretendo voltar à ela. Já a usei muito e pra mim, é coisa do passado. Mas se for do interêsse da maioria o seu uso, tudo bem. Mas não nesse sistema que está aí. O buraco é muuuuuito mais embaixo minha gente. A primeira coisa que tem que acabar é a nossa já conhecida e famigerada "Sociedade de Consumo". Alguém está disposto a abrir mão? As corporações multinacionais vão se render? Vão parar de criar necessidades para inutilidades? Deixaremos de ser uma sociedade egocêntrica e egoísta? Deixaremos de ser comandados pela mídia? Só vejo um jeito pra isso. Começar do zero. E isso vai doer um bocado! Alguém está disposto??
Pois bem, enquanto isso não acontece, voltemos à nossa discussão de mobilidade. Estamos discutindo isso faz anos. E dessa discussão, pelo menos em Joinville, as poucas conclusões que temos visto são quase todas no sentido da "demonização" do automóvel e de soluções urbanas como os "famigerados" elevados. E nada de concreto se faz.
Caramba, não sei onde foram buscar a idéia de que um elevado não resolve nada e é dinheiro publico jogado fora. Já ouvi gente aqui neste espaço, ou no chuva ácida, alegar que elevados só serviriam de teto para pedintes e "sem terras". Putaqueospariu!!
Voltar à bicicleta pode ser uma solução? Pode, claro. Pessoalmente, não pretendo voltar à ela. Já a usei muito e pra mim, é coisa do passado. Mas se for do interêsse da maioria o seu uso, tudo bem. Mas não nesse sistema que está aí. O buraco é muuuuuito mais embaixo minha gente. A primeira coisa que tem que acabar é a nossa já conhecida e famigerada "Sociedade de Consumo". Alguém está disposto a abrir mão? As corporações multinacionais vão se render? Vão parar de criar necessidades para inutilidades? Deixaremos de ser uma sociedade egocêntrica e egoísta? Deixaremos de ser comandados pela mídia? Só vejo um jeito pra isso. Começar do zero. E isso vai doer um bocado! Alguém está disposto??
Pois bem, enquanto isso não acontece, voltemos à nossa discussão de mobilidade. Estamos discutindo isso faz anos. E dessa discussão, pelo menos em Joinville, as poucas conclusões que temos visto são quase todas no sentido da "demonização" do automóvel e de soluções urbanas como os "famigerados" elevados. E nada de concreto se faz.
Caramba, não sei onde foram buscar a idéia de que um elevado não resolve nada e é dinheiro publico jogado fora. Já ouvi gente aqui neste espaço, ou no chuva ácida, alegar que elevados só serviriam de teto para pedintes e "sem terras". Putaqueospariu!!
E o que dizer da organização do trânsito em nossa cidade? Céus, o pessoal do agora denominado ITRAN nunca ouviu falar em semáforos inteligentes? O conceito de "onda verde" (nada a ver com plantação de arvores) já existe ha mais de quinze anos, menos aqui.
Centrais de Controle de transito, monitorando os pontos de congestionamento em tempo real? Ah! isso é dinheiro jogado fora.
E o que dizer de outro grande tabu, que é o estacionamento? Esse mesmo Itran só sabe eliminar os poucos que ainda restam. Criar bolsões nas áreas centrais ou de maior movimento, nem pensar. Pelo menos uns 20 por cento dos automoveis circulando pelo centro, estão ali a procura de uma vaga, contribuindo com o congestionamento.
E pra não esquecer, alguém já mencionou a largura das vagas nas vias onde elas ainda existem? Pois é, na sua quase totalidade, são mais estreitas que qualquer automóvel. Foram desenhadas para fiats 147 ou fusquinhas. Estão fora da realidade. E recentemente, começaram a demarcar a nova Max Colin. Quequeéisso? Já viram a largura das faixas? Para veículos um pouco maiores, tipo uma Hilux, mal cabem entre os dois riscos. E a faixa da esquerda então, é calamidade pura. Fizeram ali faixa de rodagem, mas esqueceram de tirar os bueiros...
Descontada a largura
da ciclofarsa, dividiram o que restou por três, e o resultado foram faixas de
rodagem sem a menor condição de segurança. E assim querem
melhorar a fluidez???
Sem querer defender este ou aquele candidato recente, tivemos um em Joinville que "heréticamente" propôs a construção de vários elevados, eliminando enormes pontos de congestionamento. Propôs também uma Central Inteligente de Controle, tecnologia já usada em muitas cidades do país e do mundo.
Sem querer defender este ou aquele candidato recente, tivemos um em Joinville que "heréticamente" propôs a construção de vários elevados, eliminando enormes pontos de congestionamento. Propôs também uma Central Inteligente de Controle, tecnologia já usada em muitas cidades do país e do mundo.
Bem, foi fragorosamente derrotado por ser no mínimo sonhador, ou no outro extremo, farsante.
Então tá. Vamos continuar batendo palmas para os riscos no chão (que ninguém usa), vamos criar binários e mais binários (que maravilha), e botar os guardinhas azuis do Itran nas esquinas pra levantar um troco pra festinha do natal que se aproxima. (só pra sacanear, alguém já viu um guardinha do Itran orientando tráfego?)
E acabei de lembrar: Ô pessoal do Itran!! já existe semáforo a LED de alta intensidade, viu? Voce enxerga de longe e dura muito
Nelson Jvlle.
17 de novembro de 2012
VLT em Rabat
Marrocos surpreende pela sua modernidade, mais ainda pela sua capacidade para conviver com tradições medievais e modernidade. A capital Rabat já dispõe de um moderno sistema de VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos) e Casablanca a maior cidade do pais esta toda arregaçada pelas obras da implantação do VLT.
A rede ferroviária e boa e bem mantida, os trens são pontuais, baratos e eficientes. para 2015 esta previsto o inicio da implantação do TGV (Train de Grande Vitesse) o equivalente ao Trem Bala no Brasil, que unira o pais de um extremo ao outro em poucas horas. Foi escolhida a tecnologia francesa e a empresa Alstom fornecera os equipamentos.
Tanger no norte e Agadir no sul estarão separadas por pouco mais de 3 horas de trem e Rabat ou Casablanca não ficarão a mais de 1,5 horas de qualquer cidade de porte no pais.
Em quanto no nosso lado do Atlântico, nem projetos, que possam ser considerados viáveis, há.
16 de novembro de 2012
15 de novembro de 2012
Hemerocallis "Boa Vista"
Prezados amigos da familia Bergemann - Agricola da Ilha
Não há reconhecimento
maior, para quem fez das plantas e flores uma opção de vida, que ser
homenageado com o nome de uma flor. Na Boa Vista a noticia
que uma nova cultivar de Hemerocallis levaria o nome do morro que nos
serve de referencia e que viu nascer a nossa empresa e os nossos sonhos , foi
recebida com incredulidade primeiro e com grande alegria depois.
Trabalhar e contribuir pelo desenvolvimento da
floricultura brasileira é uma tarefa bem mais fácil quando é possível contar
com amigos e parceiros como vocês. Achamos porem que não temos feito mais que a
nossa obrigação. A floricultura brasileira e especialmente a catarinense é hoje
a potencia que é pela dedicação e o esforço de todos os que fazem dela o seu
negocio e a sua vida. Todos nos contribuímos com o nosso trabalho e temos a
sorte de agregar na nossa volta um grupo dedicado de colaboradores, parceiros e
amigos que a cada dia fazem deste estado e deste pais um lugar mais verde, mais
colorido e com maior qualidade de vida.
A família Metz Castan e toda a equipe da Boa
Vista agradecemos esta homenagem e gostaríamos de compartilhar a nossa
felicidade com todos vocês neste momento tão especial.
Para pensar acordado
"Por mais áspero que seja, quem adverte não prejudica a ninguém."
(Publílio Siro)
(Publílio Siro)
14 de novembro de 2012
13 de novembro de 2012
12 de novembro de 2012
Abrindo o debate
Entre o bucolismo rural e a degradação urbana, qual é o ponto ideal de desenvolvimento urbano que desejamos? Este deve ser o debate que Joinville deve abordar com isenção e sinceridade.
O papel do poder público é fornecer todos os dados e informações para que o cidadão possa responder com conhecimento. Até hoje o poder público não tem feito a sua parte.
O papel do poder público é fornecer todos os dados e informações para que o cidadão possa responder com conhecimento. Até hoje o poder público não tem feito a sua parte.
11 de novembro de 2012
Legalidade
A insistência na
aprovação da LOT (Lei de Ordenamento Territorial) contra todo e contra todos, ou
melhor, seria contra quase todos, não deixa de ser estranha. Que haja legisladores municipais que cheguem a propor a sua aprovação
em desacordo com a lei deveria enrubescer os mais calejados nestes temas.
Em termos simples,
impor a LOT sem que sejam cumpridas todas as exigências legais é uma
ilegalidade e no estado de direito isso é golpe. Os três
lados envolvidos no processo estão hoje perfeitamente identificados, de um lado
o executivo apoiado por alguns vereadores, a maioria deles
afortunadamente não foram reconduzidos pelos eleitores e pode estar aí um
motivo adicional para sua pressa. A
este grupo tem se incorporado as entidades empresariais que tem contado
com o prestimoso apoio dos setores ligados a construção civil e ao
imobiliário. Convenhamos um grupo formidável acostumado a
impor os seus interesses ao longo da historia recente desta cidade. Outro grupo é formado por uma meia dúzia de
associações de moradores, ONGs e movimentos cidadãos, historicamente perdedores
neste tipo de enfrentamentos, nesta ocasião tem recebido o apoio do judiciário
e do MP (Ministério Publico) que tem entendido que há elementos suficientes
para que a LOT não fosse votada e solicita que as irregularidades e os erros
cometidos sejam corrigidos, erros estes reconhecidos até por quem os cometeu, e
se cumpram as exigências legais previstas na legislação federal.
O terceiro elemento nesta disputa é justamente o mais importante e o menos considerado é formado pela maioria da população que não conhece, porque foi alijada do processo , o que vai mudar nas suas vidas, no seu patrimônio e na sua cidade se a LOT for aprovada com a sua redação original. É este terceiro grupo quem esta no meio desta disputa. É o segmento da sociedade que precisa ser informado, por meio das audiências publicas que não houve, de que acontecera com a sua rua, com o seu bairro. Joinville só praticará uma gestão democrática quando todos saibam e nada fique sem esclarecer. Porque quando todos sabem ninguém tira vantagem de quem não sabe. Ser informado de forma transparente de como a LOT vai impactar a qualidade de vida de cada uno é um direito de todos. Você sabe o que vai acontecer com o seu futuro se esta LOT for aprovada? É bom saber.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
10 de novembro de 2012
Mercado de Rabat - Marrocos [1]
Ao viajar a Marrocos não deixe de visitar os seus mercados, uma indescriptível mistura de cheiros, cores, gostos e sons.
Na capital Rabat vale a pena dedicar umas 3 ou 4 horas para visitar a medina (a cidade velha) com suas ruelas estreitas, cheias de gente indo e vindo, carregando pacotes, com crianças correndo e velhos nos cantos contando as suas historias.
Como disse o taxista que nos trouxe até a porta de medina: "Há tudo e não há nada" É possível encontrar todas as especiarias, peixe fresco, perfumes das "melhores marcas" por pouco mais de 2 euros e bolsas quase idênticas as vendidas em Paris por pouco mais de 15 euros.
Ciclistas
Este graffiti denuncia a omnipresença do carro. A prioridade absoluta que o automóvel recebe nas diretrizes do planejamento urbano.
Cidades feitas para carros, não são cidade planejadas para pedestres e ciclistas.
Fazemos opções e pagamos o preço das escolhas que fazemos.
No caso da mobilidade urbana em Joinville é bom lembrar que antes que melhore um pouco deverá piorar muito.
9 de novembro de 2012
Raposas e galinhas
A raposa não forma
parte da fauna autóctone do Brasil, corresponde a outros carnívoros cumprir o
seu papel no ecossistema. Mas a sua referencia é constante e se associa aqui
como na sua região de origem com á astucia.
Na literatura ocidental
são comuns desde Esopo, passando por La Fontaine as fabulas que utilizando como
protagonistas animais que incorporam os vícios e virtudes a eles incorporados, por
exemplo, a força do leão, o trabalho da formiga, a preguiça da cigarra ou a
astucia da raposa e permitem contar historias e delas obter exemplos de moral.
Aqui a referencia mais
comum é a que assemelha alguns políticos matreiros as raposas, é comum nestes
casos usar a denominação “raposa política” ou simplesmente raposa para
referir-se ao político citado.
Entre as fabulas mais
conhecidas estão a da raposa e das uvas, a da raposa e o corvo ou a da raposa e
a cegonha, mas a mais curiosa das historias envolvendo raposas é a que faz referencia
a raposa e o galo. Conta historia que uma raposa escavou um túnel para entrar
no galinheiro e a cada noite comia uma galinha, o dono do galinheiro comprou um
galo e a raposa usou das suas artimanhas para tentar comer o galo que era maior
e mais apetitoso que as galinhas. A raposa quis convencer o galo que todos os
animais deviam ser amigos e que ele devia descer da arvore em que dormia, pois
nada deveria temer da raposa. O galo sentindo a cilada, respondeu que ficava
muito contente com que, a partir daquele dia, todos os animais fossem amigos e
vivessem em paz e harmonia, porque uma feroz matilha de cachorros de caça se
aproximava e a raposa não precisaria temer nada. A raposa fugiu e ao fazê-lo
descobriu-se o seu ardil. O galo salvou assim o galinheiro e suas galinhas.
Paira no ar a sensação
que há uma boa quantidade de raposas interessadas em cuidar e proteger os
diversos galinheiros que formam a administração municipal, para alguns mais
astutos, cada secretaria, cada fundação, cada gerencia é visto como um
galinheiro e o interesse que as raposas possam ter por cuidar deles deve
merecer atenção e preocupação.
É fácil identificar
uma relação direta entre o numero e a voracidade das raposas e a riqueza do
botim esperado. Particularmente acho prudente prestar muita atenção quando o
numero de raposas seja maior que a quantidade de galinhas ou quando haja um
interesse desproporcional em galinhas magras e desnutridas. Esopo diria “Aí tem”.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
8 de novembro de 2012
7 de novembro de 2012
E agora?
A tira do Calvin & Hobbes ilustra com precisão o que poderia ser uma atitude recomendável frente a euforia que desencadeou a eleição do novo prefeito de Joinville.
E agora?
Num rompante de lucidez e de bom senso, o eleitor escolheu votar com a cabeça. Sem se deixar levar pelos cantos das sereias, pela fantasia e pelo discurso fácil. Depois de 10 anos de péssimas administrações e de ver Joinville diminuída e quase convertida numa caricatura da cidade que foi - e deve ser -, o eleitor deu um sonoro “basta”.
A maioria do eleitorado sinalizou que é a hora de arregaçar as mangas e trabalhar por Joinville. As últimas experiências não tem dado bons resultados e o velho bom senso recomenda não continuar apostando em propostas arriscadas, especialmente estas que tem se mostrado tão desastradas. A resposta do eleitorado segue a lógica do pêndulo. Ir passando de um extremo ao outro, na esperança que o equilíbrio se encontre localizado em algum ponto indefinido. O resultado desta sucessão de decisões faz que o eleitor se encontre sempre numa voragem.
Na eleição passada, talvez o voto que elegeu Carlito fosse muito mais um voto contra a continuidade do modelo de gestão tebaldiana. O eleitor escolheu entre uma gestão competente, ao seu modo, mas que cheirava a peixe podre, e outra que se apresentava casta e virginal mas sem nenhuma experiência. Deu no que deu. Agora a opção foi escolher alguém que entenda de administração, mesmo que o preço a pagar seja uma boa dose de autoritarismo e de inexperiência política.
Joinville escolheu de novo trilhar um caminho desconhecido, mas desta vez o eleitor escolheu a opção mais conservadora, alguém com mais experiência administrativa, mais maduro, que não tem idade para fazer do seu cargo um trampolim para novas aventuras. A favor desta escolha o fato que o Udo Dohler tem muito mais a perder que a ganhar. Sempre é perigoso quando entra em cena alguém que não tem nada a perder, pode ser capaz dos maiores desatinos.
Vamos tomar assento, a viagem que temos pela frente nos próximos quatro anos não deverá ser vertiginosa. Deverá ter poucos solavancos e no máximo permitirá corrigir alguns os erros do passado. É bom não esperar muito, um parque aqui, um asfalto lá, pagar as contas, melhorar a saúde e pouco mais, porque quem muito espera se desespera. Se esta nova gestão conseguir colocar de volta a máquina nos trilhos, acho que já poderíamos nos dar por satisfeitos. Seria até um grande avanço.
Sejamos realistas, o candidato que prometia milagres não se elegeu.
Vamos tomar assento, a viagem que temos pela frente nos próximos quatro anos não deverá ser vertiginosa. Deverá ter poucos solavancos e no máximo permitirá corrigir alguns os erros do passado. É bom não esperar muito, um parque aqui, um asfalto lá, pagar as contas, melhorar a saúde e pouco mais, porque quem muito espera se desespera. Se esta nova gestão conseguir colocar de volta a máquina nos trilhos, acho que já poderíamos nos dar por satisfeitos. Seria até um grande avanço.
Sejamos realistas, o candidato que prometia milagres não se elegeu.
6 de novembro de 2012
Para pensar acordado
Paira uma suspeita sobre a lisura e honestidade de membros do legislativo quando alguns vereadores assumem posições que beiram o ridículo para aprovar leis e perdem o pudor, se alguma vez o tiveram, e o medo de se expor em discursos constrangedores.
No caso da Camara Municipal de Joinville a insistência em aprovar a LOT mesmo sem cumprir todos os preceptos legais faz que cada vez com maior intensidade surjam, a boca pequena, graves insinuações por parte de setores mais informados da sociedade sobre o que poderia motivar esta insistência. A sociedade por outro lado acredita que os gastos das campanhas eleitorais recentes serão apresentados a justiça eleitoral e não pairará nenhuma duvida nem sobre as origens dos recursos, nem sobre os interesses dos doadores.
No caso da Camara Municipal de Joinville a insistência em aprovar a LOT mesmo sem cumprir todos os preceptos legais faz que cada vez com maior intensidade surjam, a boca pequena, graves insinuações por parte de setores mais informados da sociedade sobre o que poderia motivar esta insistência. A sociedade por outro lado acredita que os gastos das campanhas eleitorais recentes serão apresentados a justiça eleitoral e não pairará nenhuma duvida nem sobre as origens dos recursos, nem sobre os interesses dos doadores.
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