A raposa não forma
parte da fauna autóctone do Brasil, corresponde a outros carnívoros cumprir o
seu papel no ecossistema. Mas a sua referencia é constante e se associa aqui
como na sua região de origem com á astucia.
Na literatura ocidental
são comuns desde Esopo, passando por La Fontaine as fabulas que utilizando como
protagonistas animais que incorporam os vícios e virtudes a eles incorporados, por
exemplo, a força do leão, o trabalho da formiga, a preguiça da cigarra ou a
astucia da raposa e permitem contar historias e delas obter exemplos de moral.
Aqui a referencia mais
comum é a que assemelha alguns políticos matreiros as raposas, é comum nestes
casos usar a denominação “raposa política” ou simplesmente raposa para
referir-se ao político citado.
Entre as fabulas mais
conhecidas estão a da raposa e das uvas, a da raposa e o corvo ou a da raposa e
a cegonha, mas a mais curiosa das historias envolvendo raposas é a que faz referencia
a raposa e o galo. Conta historia que uma raposa escavou um túnel para entrar
no galinheiro e a cada noite comia uma galinha, o dono do galinheiro comprou um
galo e a raposa usou das suas artimanhas para tentar comer o galo que era maior
e mais apetitoso que as galinhas. A raposa quis convencer o galo que todos os
animais deviam ser amigos e que ele devia descer da arvore em que dormia, pois
nada deveria temer da raposa. O galo sentindo a cilada, respondeu que ficava
muito contente com que, a partir daquele dia, todos os animais fossem amigos e
vivessem em paz e harmonia, porque uma feroz matilha de cachorros de caça se
aproximava e a raposa não precisaria temer nada. A raposa fugiu e ao fazê-lo
descobriu-se o seu ardil. O galo salvou assim o galinheiro e suas galinhas.
Paira no ar a sensação
que há uma boa quantidade de raposas interessadas em cuidar e proteger os
diversos galinheiros que formam a administração municipal, para alguns mais
astutos, cada secretaria, cada fundação, cada gerencia é visto como um
galinheiro e o interesse que as raposas possam ter por cuidar deles deve
merecer atenção e preocupação.
É fácil identificar
uma relação direta entre o numero e a voracidade das raposas e a riqueza do
botim esperado. Particularmente acho prudente prestar muita atenção quando o
numero de raposas seja maior que a quantidade de galinhas ou quando haja um
interesse desproporcional em galinhas magras e desnutridas. Esopo diria “Aí tem”.
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC
Muito boa a fabula da raposa no galinheiro, mas ão esqueça daquele tambem famosa e não menos atual....lobo na pele de Cordeiro, nem precisaria ir muito distante para encontrar verdadeiras matilhas, parabens pela lembrança dessa fabula em um momento tão importante para Joinville.
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