Deste jeito vou ter
que votar no Tebaldi
Quem me conhece um
pouco pode achar estranha uma afirmação como esta, mas depois de analisar
detalhadamente as declarações patrimoniais dos cinco candidatos a prefeito de
Joinville fiquei convencido que não há melhor candidato para Joinville.
Leonel Camassão é um
candidato novo, ainda puro. Pela sua declaração de bens nem conta em banco tem.
Não duvido que seja bem intencionado, mas alguém com um patrimônio de R$ 5.000
dificilmente terá a experiência necessária para administrar um orçamento de
quase dois bilhões de Reais.
O candidato Udo Dohler
é apresentado como um gestor, alguém com experiência e conhecimento de gestão
privada, o seu patrimônio é o maior dos cinco candidatos e não poderia ser
diferente, empresário bem sucedido a sua declaração de bens informa de um
patrimônio de R$ 5,9 milhões entre os que cita títulos da Sociedade Ginástica
de Joinville, da Sociedade Palmeiras e da Armonia (sic) Lyra que todos juntos
não somam R$ 500. Uma prova do nível de detalhe e precisão que pauta a sua
vida. Por outro lado não aparecem no seu patrimônio declarado nem veículos, nem
apartamentos, nem sequer o imóvel de moradia. Numa sociedade patrimonialista
como a joinvilense estranha que o candidato não tenha nem a residência, nem um
carro aparece no seu nome.
Clarikennedy Nunes
mostra uma evolução patrimonial interessante, os dados apresentados a justiça
eleitoral sinalizam que nos últimos dois anos passou a administrar melhor o seu
patrimônio e o incrementou sensivelmente, ainda que tenha esquecido de declarar
as aplicações em bancos, como fez nos anos anteriores. Em 2006 o seu patrimônio
declarado era de R$ 198 mil, em 2008 aumentou para R$ 221 mil e em 2010
aumentou um pouco mais somando R$ 224 mil, foi nos últimos dois anos que o
valor cresceu até os atuais R$ 459 mil. Um aumento significativo em pouco
tempo.
O prefeito Carlito
Merss conseguiu aumentar o seu patrimônio de R$ 378 mil em 2008 para R$ 620 mil
em 2012 o que prova que tem conseguido arrumar a casa, fazendo nestes últimos
quatro anos um bom pé de meia. A justificativa para este aumento de patrimônio pode
estar mais na venda do sempiterno apartamento do Guanabara que aparecia na
declaração de bens de 2008 e que agora em 2012 sumiu.
Mas nenhum dos
candidatos mostra um crescimento patrimonial tão expressivo como o do ex-prefeito
e ex-secretário de Educação Marco Tebaldi. Para alguém que nunca ocultou que
chegou a Joinville com pouco mais que a roupa do corpo na década de 80 e que desenvolveu
todo a sua vida profissional no serviço publico, um patrimônio de R$ 2,45
milhões é um logro significativo. Entre os bens declarados além da sua
residência na Rua Lages e um apartamento em Itapema, também aparece agora um
prédio comercial na Rua Laura Andrade 73. Se o caixa da prefeitura municipal for
administrado como tem cuidado do seu patrimônio declarado não vai faltar
dinheiro para obras. Para ter uma ideia o seu patrimônio representa mais de 13
anos recebendo o salário de prefeito de Joinville e sem ter gastado nem um único
centavo. Um mérito que não esta facilmente ao alcance do qualquer um.
Para quem tiver
interesse em se aprofundar no tema do patrimônio dos candidatos, uma sugestão é
visitar o site do TSE. Mas não esperem uma informação muito precisa,
os candidatos informam de forma imprecisa, não identificam os imóveis, esquecem
de informar os números de conta corrente e os valores. Os valores de um ano
para outro, para o mesmo bem, podem mudar e se na declaração de bens esta é a pratica
imagine a credibilidade que podem ter os planos de governo apresentados por
estes candidatos.
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