20 de dezembro de 2007

Super Mega Plano


Texto elaborado a quatro mãos por Jordi Castan e Sérgio Guilherme Gollnick

O Mega Plano Joinville

Do trabalho e divulgação que o AN Cidade fez em relação ao Mega Plano de Investimentos proposto a Joinville pela administração municipal, foi possível ter uma visão um pouco mais clara deste imenso apanhado com o pomposo titulo 825 milhões de Investimento, apresentado a poucos e discutido com ningém, dando a impressão de que estamos na antevéspera do grande salto qualitativo, que mudara para sempre o futuro da nossa Joinville.

Uma análise, mais conscienciosa, evidencia, que a proposta tem muitas coisas boas e muitas coisas novas e, parafraseando a Churchill, podemos dizer que as boas não são tão novas e que as novas não são tão boas. Em sua maior parte, as propostas apresentadas confundem ao eleitor, porque é evidente que o projeto é um pano de fundo da campanha eleitoral, cujo único objetivo foi dar o pontapé inicial às eleições municipais de 2008, mesmo que o alcaide não seja candidato.

Das propostas apresentadas, boa parte já se conhecia, algumas executadas, outras em execução, numa miscelânea de ações pontuais, sem mudanças estruturais e, principalmente, sem uma mudança na conduta administrativa para com Joinville. Do lema marqueteiro que acompanhou o lançamento, Joinville Mais, já condenado pela Ministério Público, fica a impressão que estamos falando apenas de quantidade quando deveríamos estar buscando qualidade ou, então quem sabe, o lema Uma Joinville Melhor.

Este requentado de propostas que mistura projetos, idéias, quimeras e outras fantasias, que durante anos tem repousado nas gavetas da prefeitura, nada indicam de concreto nem de efetivo, lembrando que ao findar do próximo ano a caneta muda de dono.

O que considero grave é a falta de uma estratégia de desenvolvimento, algo realmente estruturante. Nada se sabe sobre áreas de lazer, que a população tanto necessita, nada se percebe de palpável sobre ações de infra-estrutura viária como a duplicação da Marques de Olinda, nada que não seja um apanhado de ruas com um nome pomposo. É necessário um grande esforço para imaginar qual a cidade surgirá deste pacote de investimentos, mas é possível imaginar um operoso trabalho protagonizado pela administração municipal num cortar e colar, com pouca criatividade, sem propostas novas e, o mais grave, sem a opinião e participação da sociedade.

A proximidade das datas natalinas nos remete a imaginar os traços da carta que uma criança encaminharia ao Papai Noel, misturando desejos, sonhos e vontades, sabendo porém que o orçamento não poderá atender a tudo. Enfim, mais a cortina de fumaça cujo factoide já foi criado.

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