28 de outubro de 2007

O outro lado do bulevar

Contrariamente ao que muitos poderiam imaginar um bulevar, não é uma novidade para nossa cidade, menos ainda um bulevar as margens do Cachoeira, já temos um, na margem oeste do rio.

Claro que não é nenhuma Brastemp, nem poderia, mais temos que entender que já tem mais de 25 anos, ao longo deste tempo não recebeu praticamente nenhum cuidado e nenhuma atenção, a ultima foi a calçada em petit pavê, na primeira gestão do saudoso prefeito Wittich Freitag.

As arvores faz lustros, que não vem uma poda, uma singela limpeza e muito menos uma aplicação de fertilizante. As únicas arvores novas, que não formavam parte do projeto original, são uma meia dúzia de goiabeiras, plantadas pela ação da passarinhada, que aléia ao orçamento municipal, tomou a iniciativa. As gardênias que teimosamente sobrevivem, pouco mais da metade que foram plantas faz também décadas, não recebem o mínimo cuidado e as que por um ou outro motivo morreram, nunca foram substituídas, oferecendo o conjunto um aspecto triste e deplorável, incompatível com o que Joinville merece e precisa.

Este outra lado do bulevar, nunca terá o luxo, a sofisticação e a pretensão do seu primo rico. Mesmo que seja mais charmoso, mais tradicional, mais comprido e faça a ligação entre o histórico marco zero, que sinaliza o ponto da chegada dos primeiros imigrantes e o museu de sambaqui que homenageia e resgata a historia dos que estavam aqui antes. A verdade é com bem menos de 10 % do que custou o primo rico, poderia ter recebido uma remoção completa e ainda um pouco do carinho e atenção que lê foi sonegado ao longo dos anos. Tenho quase certeza que a resposta a este carinho teria sido bem recompensada e a cidade ganharia dois bulevares, o rico e este outro mais simples, mais que sem duvida tem tambem o seu encanto.

As obras publicas, sempre são assim, nunca são bem compreendidas pela comunidade, tanto dinheiro investido no Boulevard e agora descobrimos que bem ao lado, já tínhamos um bulevar, menos pretensioso, que tem cumprido em estóico silencio a sua função de servir de caminho a ciclistas e pedestres, que compartilham harmoniosamente este espaço verde, que margeia o nosso Cachoeira.

Um bulevar que com uns trocados poderia ter deixado de ser uma gata borralheira, para se converter na linda princesa.

Publicado no AN Cidade

25 de outubro de 2007

CPMF, sou contra



A partir do blog do Reinaldo Azevedo, não tem como negar, que este é um imposto em cascata....

"Quanto o governo espera arrecadar com a CPMF de 0,38%?

Algo em torno de R$ 40 bilhões, certo? Vamos fazer uma regra de três?
Se R$ 40 bilhões correspondem a 0,38%, que valor corresponderia a 100%?
E você chegará à conclusão, leitor amigo, que os R$ 40 bilhões correspondem à aplicação da alíquota de 0,38% sobre, atenção!:

R$ 10.526.315.789.473,68. Se você tiver dificuldade de ler, eu ajudo: dez trilhões, quinhentos e vinte e seis bilhões, trezentos e quinze milhões, setecentos e oitenta e nove mil, quatrocentos e setenta e três reais e sessenta e oito centavos .

É isso aí. A CPMF incide no correspondente a QUASE CINCO PIBs BRASILEIROS em um único ano. Eis aí! Trata-se da prova material, escancarada, evidente, de que o imposto tributa muitas vezes um mesmo dinheiro e de que TODOS PAGAM . E muitas vezes."

20 de outubro de 2007

Policia Rodoviaria Federal em ação....


Caçado.....foge rapidamente ao ser descoberto



Transito e impunidade

As duas fotografias publicadas no espaço escrito diariamente por Jefferson Saavedra, deixam a quaisquer cidadão estarrecido.

Primeiro pelo flagrante desrespeito a lei que representa um policial rodoviário federal, em posição pouco nobre, escondido a espera de motoristas, que superem a velocidade máxima permitida, no declive reto, frente ao posto Bavária, facilmente identificado pelas fotografias.

Segundo porque a resolução 214 do Contran é clara, quando no parágrafo segundo do artigo terceiro “ ... garantindo a ampla visibilidade do equipamento.” O que claramente não é o caso, pelo que as imagens mostram.

Terceiro, porque também de acordo com a mesma resolução 214 do Contran, não foi cumprido o “ ... “Art. 5º A. É obrigatória a utilização, ao longo da via em que está instalado o aparelho, equipamento ou qualquer outro meio tecnológico medidor de velocidade, de sinalização vertical, informando a existência de fiscalização, bem como a associação dessa informação à placa de regulamentação de velocidade máxima permitida, observando o cumprimento das distâncias estabelecidas na tabela do Anexo III desta Resolução.”

Quarto porque evidencia esta situação, uma pratica comum do serviço publico, a de multar, punir e exercer o poder, de uma forma discricionária, autoritária quase, totalmente impositiva, incompatível, com a garantia dos direitos dos cidadãos e o mais amplo conceito de cidadania.

Quantos dos multados pagaram a sua multa, por não acreditar no sistema de defesa, que a lei garante?

Quantos serão injustamente punidos, pela aplicação da multa desrespeitando a lei?

Definitivamente, como cidadãos devemos mostrar a nossa revolta, frente à impunidade do estado, que parece ter se estabelecido no pais.

Impunidade de quem não cumpre a lei, respeitando os limites de velocidade impostos e impunidade maior de quem burla a lei, para punir, sem intuito de educar e orientar, como estabelecido no Código Brasileiro de Transito, sem respeitar os direitos mínimos garantidos ao cidadão contribuinte. Cada vez menos cidadão e cada vez mais contribuinte.



16 de outubro de 2007

Sobre arborização urbana

Em resposta a alguns artigos publicados no AN Cidade, e preocupado com o descaso, com que é tratada a nossa arborização urbana, Ely Diniz da Silva Neto, envia este texto, que merece uma profunda reflexão.

Claro que ninguém imagina as nossas ruas plantadas com laranjeiras e macieiras, menos ainda com bananeiras, mais a escolha de arvores nativas para o uso na arborização urbana, especialmente aquelas como Aroeiras, Juçaras, Figueiras e tantas outras que atraem pássaros e servem de alimentação a fauna silvestre, que consegue se adaptar e sobreviver no verde urbano.

Nativas Frutíferas

Antes da colonização dos europeus em Joinville, nossas terras eram cobertas pela extinta Mata Atlântica. Extinta porque imaginem que se cortassem suas pernas, seus braços e sua cabeça você também não continuaria vivo. Originalmente, nessa região, a floresta era povoada por árvores frutíferas nativas em especial a palmeira Jussara, que compunha quase metade de todo o cenário. Mas, a concentração dessa palmeira não era à toa. Pois, ela possui um dos frutos mais nutritivos do mundo. E a grande maioria dos animais que se alimentam de frutas sabe disso. Eles dão preferência para se alimentar do fruto da Jussara. E não só para os animais, essas frutas poderiam alimentar boa parte da população, inclusive fortalecer a merenda escolar dos nossos estudantes. Econômico e não prejudicial à natureza, por não usar alimentos que precisam derrubar as florestas para serem cultivados e, também, por não usar transporte que emitem gás carbônico.

Resumindo, trocamos uma enorme riqueza em biodiversidade por desertos que chamamos de ruas asfaltadas, calçadas cimentadas, pátios com brita, casas, prédios e indústrias. As árvores contribuem para diminuir o aquecimento global, por causa do “seqüestro de carbono”. O “seqüestro de carbono” nada mais é do que o processo de fotossíntese que as folhas das árvores fazem ao capturar o gás carbônico do ar, junto com a água e a luz do sol, transformando-os em glicose e oxigênio. Também há uma diminuição na temperatura local, mas por outro fator, o da transpiração das folhas, que umedece o micro clima, ajudando assim a suportar melhor os dias de calor intenso no verão. Sem contar que as árvores produzem sombras, lance que pode nos proteger dos nocivos raios ultravioleta, causadores de câncer de pele.

Outro fato inusitado em Joinville é de que em algumas ruas há árvores, mas só do lado onde tem os fios e postes. Assim elas têm que serem constantemente podadas. E do lado que não tem fios e postes não há árvores. Pouco inteligente.

No caso da Mata Ciliar, alias um crime quando não há, as árvores possuem papel ainda mais importante, pois as raízes das plantas ajudam a filtrar e purificar a água do rio. Para o poluído Rio Cachoeira seria uma grande ajuda. Pois outro tipo de crime que acontece no centro de Joinville é contaminar o habitat e os próprios animais que vivem no Rio Cachoeira. Crime que todos cometem todos os dias nessa cidade.

Fica aqui a minha sugestão para que a FUNDEMA plante árvores nativas frutíferas em nossas calçadas, praças e nas matas ciliares, como por exemplo, em frente do novo Fórum ao lado do não morto Rio Cachoeira. O jacaré, as tartarugas, os peixes, os mamíferos e as aves agradecem.

Eli Diniz da Silva Neto

11 de outubro de 2007

A ditadura do Ipê amarelo



O ipê amarelo tem assumido um papel de protagonista entre as arvores de Joinville, que não corresponde a sua importância botânica, nem a sua presença nas nossas matas e florestas. Tem se convertido quase que na nossa arvore oficial. Não tenho certeza que o ipê amarelo seja a arvore do coração do joinvilense, que se sente mais atraído, pela doçura das ameixas, a exuberância das jabuticabeiras, a histórica tradição do Pau Brasil ou simplesmente pela singela beleza do jacatirão.

Já dizia Nelson Rodrigues, que toda unanimidade é burra, imagino que o movimento, que busca fazer de Joinville um monótono reflorestamento de Tabebuia, porque este é o nome técnico dos ipês, e não só dos amarelos, também dos roxos, rosas e brancos, também tenha algo de pouco inteligente.

Um pais, que tem na sua biodiversidade o seu maior patrimônio, que tem na sua gente a mais bela representação, da sua diversidade e da sua riqueza. Que recebeu de braços abertos a amarelos, pretos e brancos, por ficar nas cores que temos usado de uma forma primaria para definir os principais grupos raciais que compõem o multicolorido arco íris da nossa identidade. Não posso acreditar que vamos ficar só, no monocromático amarelo.

Propondo uma Joinville, que alterne em partes iguais o cinza do concreto e o amarelo dos ipês.

Onde ficariam os multicoloridos Jacatirões e Manacás? É o vermelho dos Mulungus, do Pau Formiga? O branco perfumado de Jabuticabeiras, Pitangas e Grumixamas? Os tons de amarelo dos Guapuruvus, das Canafistulas e Sibipurunas? O azul dos Jacarandás e das Sapucaias? O rosa das Paineras, do Urucum, do doce Bacuri? Os tons infinitos de verde da Juçara, dos Jerivás e das Figueiras?

Se por um lado, são os ipês os arautos da primavera, Joinville, não pode ficar só no amarelo do Ipê, nos seus poucos dias de flor, sempre interrompidos pela primeira chuva, que converte as calçadas e gramados, num tapete dourado, no reflexo espelhado da copa dorada. Eu escolheria o magnífico Ipê roxo da rua Alexandre Dohler, ou os Ipês rosas da rua Lages, para complementar o arco íris.

A unanimidade em torno do Ipê, é muito mais fruto do pouco conhecimento, que temos, das nossas arvores, da pobreza das nossas praças e parques, da falta de um rico vocabulário botânico que nos permita expressar melhor a nossa identidade, da nossa vontade de fazer deste um mundo melhor. Mais verde e mais florido, mais humano.

Com certeza que as diversas iniciativas que tem como objetivo distribuir mudas de ipê amarelo e incentivar o plantio de arvores em praças e quintais, devem ser aplaudidas e apoiadas. Joinville ganharia mais, se o nosso futuro fosse como o nosso pais, mais plural e diverso, com espaço para todas as cores, mais rico e mais variado.

Publicado no AN Cidade

7 de outubro de 2007

Banco Imobiliário



O Jogo conhecido no Brasil como Banco Imobiliário, tem suas origens no inicio do século passado, nos Estados Unidos. Patenteado com a marca Monopoly em 1934, pela Parker Bros, é um sucesso de vendas no mundo.

Forma parte de uma serie de jogos que estimula o empreendedorismo e a negociação, uma verdadeira aula para os nossos jovens, de uma forma lúdica e por médio de regras simples e claras, desenvolve conceitos como compra e venda de imóveis, investimento e valorização, ganho e perda.

O seu sucesso se deve basicamente a dois pontos muito simples, por uma parte regras bem claras e conhecidas por todos e manutenção das regras ao longo dos tempos, mesmo com pequenos ajustes e respeitando as peculiaridades locais o que faz que todos os jogadores saibam desde antes mesmo de iniciar o jogo que as ruas Leblon ou a Av. Presidente Vargas, são ruas mais baratas, que requerem um investimento menor, porem que também tem uma rentabilidade menor ao longo de todo o jogo. Por outro lado, todos os jogadores sonham com conseguir adquirir Morumbi ou Interlagos, porque a pesar de exigir um investimento bem maior, garantem uma maior rentabilidade ao longo de todo o jogo. São estas regras claras que garantem o sucesso do jogo, consolidado ao longo de mais de sete décadas.

Em outra escala o Plano Diretor de uma cidade, tem se convertido em um grande tabuleiro de Banco Imobiliário, as regras lamentavelmente não se mantem tão estáveis e os interesses envolvidos são bem menos transparentes e claros que os que os que as nossas crianças desenvolvem no transcurso de uma partida. Tão escuros e escusos que mudam as escondidas, em períodos de convocações extraordinárias ou em reuniões com pouco quorum e quase sempre sem os estudos e avaliações necessárias.

Não poucas vezes nos deparamos com mudanças no meio das partidas, as regras do jogo mudam repentinamente e o imóvel que adquirimos, com o nosso dinheiro de verdade, não com aquele dinheiro de brincadeirinha que nós fazia sentir ricos, passa a se desvalorizar, porque alguém muda as regras de jogo, pior ainda quando descobrimos, que alguém já sabia antes de começar o jogo que as regras mudariam no meio da partida.

Merece uma reflexão profunda o modelo de cidade que estamos construindo, quando mudamos com freqüência as regras do jogo, como se a nossa cidade fosse um imenso tabuleiro de Banco Imobiliário e as regras e os dados fossem jogados de uma forma tal que o resultado do jogo já estivesse definido antes de começar.

Com certeza o Banco Imobiliário não teria conseguido o sucesso que tem hoje se tivesse se pautado pelas regras e critérios que utilizamos para definir o futuro das nossas cidades, claro que Banco Imobiliário é só um jogo.

Publicado no AN Cidade

Viver sem muros é menos perigoso

Pesquisa: viver sem muros é menos perigoso

Pesquisa feita pela Polícia Militar do Paraná mostra que assaltantes preferem agir em casas que têm muros.

Segundo a Folha de S.Paulo, o levantamento, feito em Curitiba, indica que 60% das casas assaltadas eram cercadas por paredes e 25%, por grades.

A pesquisa mostra que apenas 15% das residências que sofreram com assaltos eram abertas para a rua. De acordo com os dados, 71% dos assaltantes preferem assaltar casas com muros porque eles ocultariam melhor a ação.

Redação Terra

5 de outubro de 2007

O deputado estadual Darci de Matos, encaminhou um projeto de lei, para proibir a venda de flores, plantas e correlatos, (sejam o que sejam estes correlatos), em locais que comercializem alimentos o que motivou esta carta, publicada no AN Cidade

Infelicidade

O deputado estadual Darci de Matos (DEM) encaminhou a Assembléia legislativa um projeto de lei com o objetivo de proibir a venda de flores, plantas e correlatos em estabelecimentos que comercializem alimentos, no estado de Santa Catarina, se desprende da redação que esta se referindo principalmente aos supermercados, que hoje respondem para alguns produtos de flores e plantas por mais de 30 % das vendas, sendo um dos mais importantes canais de comercialização e de divulgação do produto, no Brasil e no mundo.

O deputado, como técnico agrícola que é deveria saber que a produção de plantas ornamentais no pais esta regulamentada pela lei federal 10711, que estabelece as normas e requisitos para a sua produção. O Ministério da Agricultura esta implantando no pais o PIF ( Produção Integrada de Flores ) que garante ao consumidor os menores índices de agrotóxicos e estimula o manejo com o menor impacto ambiental e ecológico, reduzindo custos para o produtor e melhorando a qualidade da nossa produção.

Santa Catarina, como em tantos outros segmentos da economia nacional tem uma posição de destaque neste setor, com pouco mais de 1% do território nacional, responde hoje por 7 % da produção nacional e ocupa um meritório terceiro lugar. O nosso estado também é pioneiro na implantação programas de certificação, na redução do uso de agrotóxicos e no cumprimento da legislação, por tanto deveria ser de conhecimento do deputado, que não se utilizam “poderosos agrotóxicos “ na produção e cultivo das nossas flores e plantas ornamentais que não sejam os autorizados pela legislação brasileira e recomendados pelos responsáveis técnicos.

Faz ainda menção, na sua infeliz proposição, a pedaços de vidro, restos de pêlos, riscos químicos e riscos biológicos, não acredito que possamos encontrar estes produtos nas nossas flores e plantas e com certeza nada comparado aos desinfetantes, inseticidas, desentupidores, raticidas e outros produtos químicos que podem representar perigo potencial, com certeza maior que as flores e plantas, se em contato com alimentos, porem que em todo o mundo são comercializados, nos mesmos estabelecimentos que comercializam alimentos.

Não existe informação disponível que faça referencia a doenças transmitidas pelas flores e plantas comercializadas nos supermercados, ainda presta um desserviço o deputado ao criar o pânico entre os consumidores insinuando que as flores e plantas representam algum tipo de perigo para o consumidor catarinense e converter a venda de flores em um assunto de saúde publica.

Uma infelicidade esta proposta que o bom senso dos nobres deputados não deveria deixar prosperar, um desgaste que com certeza teria sido evitado se o deputado tivesse, antes de elaborar a proposta, consultado os legítimos representantes do setor da floricultura Catarinense e considerado melhor o impacto que a sua proposta poderia ocasionar.

_________________________________________________________________

Esta carta, motivou uma resposta, por terceiros, no mesmo jornal e ainda uma materia no A Noticia, o Deputado Darci de Matos justificou o seu projeto de lei, por conta da toxicidade das plantas e a defesa das pequenas floriculturas frente aos grandes supermercados.

Infelicidade 2

Agora que ficou mais claro para todos, que o objetivo da proposta da lei do deputado Darci de Matos, tem menos a ver com a saúde publica e mais com disputa de mercado, gostaria de tecer novas considerações que possam servir melhor para orientar a sociedade catarinense.
É inconseqüente a afirmação incluída no texto que informa que entre1984 e 2006 foram registradas cerca de 2,5 mil casos de intoxicação por plantas noestado. Ao não fazer referencia a origem das plantas, não define se são ou não ornamentaise se foram ou não adquiridas em estabelecimentos que comercializem também alimentos, pelo que a informação desta forma colocada é tendenciosa.Mais ainda quando é publico e sabido, inclusive pela cultura popular, que entre a rica e variada vegetação brasileira, um grande numero de espécies, são tóxicas, algumas utilizadas inclusive como abortivos ou estimulantes ou na fitoterapia popular.
Devemos defender a liberdade de mercado. O mercado se conquista com competência, trabalho e com preços e serviços adequados, não são os supermercados os maiores concorrentes das floriculturas, que oferecem produtos e serviços distintos, dificilmente alguém buscara na prateleira de um supermercado, um arranjo de flores para dar a sua namorada, ou contratara a decoração de uma festa de casamento ou de aniversario, fora de uma loja especializada.
O caminho que as floriculturas devem buscar para crescer no mercado é o da especialização, da qualidade e da diferenciação.
Usar de subterfúgios legais para cercear o livre mercado, não é com certeza o melhor caminho. A proposta de lei em questão, fechara pontos de venda de plantas e flores no estado, diminuirá a oferta, reduzira as oportunidades para os produtores catarinenses e dificultara o acesso ao produto pelas classes menos abastadas, que tem visto nos supermercados uma oportunidade de adquirir flores e plantas a preços baixos e com qualidade. Popularizando o produto e aumentando as vendas.

2 de outubro de 2007



Remember Winston

“Lembrem de Winston Churchill “, uma placa de pedra, com estes enigmáticos dizeres, recebe aos visitantes que adentram na Abadia de Westminster pela porta oeste.

A placa é a homenagem que a Rainha e o Parlamento britânico ofereceram ao que foi o seu líder e guia, nos seus momentos mais difíceis. No período crucial da Segunda guerra mundial, com o Reino unido ameaçado pela maquina de guerra nazista.

Num momento em que o pais se encontrava frente ao seu maior desafio histórico, eis que surge um líder que faz renascer a esperança e conduz o pais através de um longo caminho de sacrifício, em que prometeu “Sangue, suor e lagrimas “ mais que garantiu a sua sobrevivência. Uma mensagem para as futuras gerações.

Nós não temos uma Abadia de Westminster em nossa cidade e tampouco sofremos experiências tão traumáticas como as que os britânicos tiveram que enfrentar, como a terrível experiência de uma guerra.

Mas não nos faltam lideres que de uma forma exemplar se constituem em referencia, em momentos difíceis, cidadãos que de uma forma extraordinária, se constituem nos alicerces de uma sociedade, que tem no empreendedorismo, no trabalho, na honestidade, na solidariedade e no trabalho comunitário os seus pilares.

Ousarei colocar três nomes de joinvillenses ilustres que se constituem modelos referenciais e que exemplificam os valores que alicerçaram a nossa comunidade, não como únicos representantes deste seleto grupo, mais como reflexão, para colocar nos nossos corações a nossa placa de homenagem “lembrem de ....” como uma mensagem que transcende o tempo e serve de alerta aos joinvillenses do futuro.

Wittich Freitag, Jose Henrique Carneiro de Loyola e Baltasar Buschle, Joinvillenses natos ou não que escolheram esta cidade e esta comunidade para empreender o caminho da sua vida, que nela constituíram família, que bem sucedidos, na sua vida profissional, ainda tiveram e tem tempo para se dedicar a promover o associativismo e benemerência e a solidariedade. Que ainda num sacrifício adicional dedicaram parte das suas vidas a servir a sua comunidade na vida publica, aceitando o desafio de construir uma cidade melhor. Frente a omissão da maioria e o afastamento dos melhores, se faz preciso reflexionar, sobre o modelo de sociedade que estamos construindo e das referencias que estamos legando aos nossos filhos. Quando a maioria cala e se omite, a sociedade perde.

Três belos exemplos para lembrar.

Publicado no AN Cidade

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...