8 de agosto de 2012

Mercado Persa


A divulgação pelo próprio presidente do PSDC, Osvaldo Darú que o seu partido negociou ou foi negociado pelo PT primeiro, pelo PMDB depois e aparece ainda na coligação com o PSDB, num caso estranho e digno de estudo de um partido nanico que consegue ter uma proposta programática tão elástica que pode ser adaptada do PT ao PSDB.

Na denuncia de auto inculpação o partido cita inclusive os detalhes das negociações e os valores envolvidos. R$ 9.500 em parcelas, além de material de campanha e alguns cargos na prefeitura. Surpreende o valor, a forma de negociação e a naturalidade com que é colocado. O tempo de 4 segundos que forma todo o patrimônio político a que o PSDC tem direito na campanha eleitoral não parece ser suficiente para eleger ou não nenhum candidato. Mas o caso deve ser considerado como um degrau adicional no caminho ininterrupto em direção ao nível mais baixo e execrável moral e ético em que tem se convertido a política nacional, contaminando de forma capilar as demais esferas do poder.

Neste caso não há inocentes, tão culpado é o vendedor como os compradores, que em troca de alguns segundos estão dispostos a fazer qualquer negocio. Outro ponto que chama a atenção neste episodio é a acusação que o PT depois de ter negociado e feito um primeiro pagamento de  R$ 2.000 deixou de cumprir as demais partes do acordo, o que levou o PSDC a procurar o PMDB que supostamente aceitou e cumpriu os termos do acordo. A logica leva a acreditar que deveria ser o camelódromo o melhor lugar para que se instalem os comités e as sedes dos partidos. Se até entre os marginais existe um código de honra , no caso das mafiosos conhecido como "omerta" é interessante ver que entre os políticos nem existe mais um código de honra e tudo é valido.

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