A extraordinária facilidade com que transferimos para outros a culpa de nossos erros deveria ser motivo de estudo. O jornal A Noticia publicou, em primeira mão, como funciona com total liberdade em nossos presídios e cadeias um sistema de comunicação que permite que os presos mantenham contatos, façam "negócios" e em definitiva atuem com total impunidade. As provas apresentadas são graves e consistentes e evidenciam que há muitas coisas para melhorar na segurança pública. O aumento do controle do acesso dos visitantes, as revistas periódicas e constantes que não permitam que os presos tenham celulares e a instalação de sistemas eletrônicos bloqueadores do sinal telefônico, entre outras muitas ações que permitam melhorar a segurança da sociedade e promovam a resocialização dos presos. A solução proposta é a de transferir a responsabilidade as operadoras. É verdade que a idéia não é ruim, algumas operadoras oferecem um serviço tão ruim e lento que os presos podem ser levados a desistir de manter o sistema de comunicação denunciado pelo jornal.
Por estes lados do Cachoeira o habito é o mesmo, tanto o prefeito, como seus acólitos mais próximos tem o costume de colocar sempre nos outros a culpa de todos os males de Joinville. Quando isto não é possível, se culpam os elementos, inclusive, os primeiros colonizadores já foram responsabilizados pela escolha que fizeram do local em que a cidade foi fundada. Se as promessas de campanha não foram cumpridas é possível até responsabilizar os eleitores que não entenderam direito, há sempre nuanças que permitem evadir da responsabilidade. Eu nunca falei que faria. Eu falei que apoiaria, me empenharia ou no pior dos casos que procuraria nas portas abertas de Brasilia os recursos que lamentavelmente não chegaram porque os projetos não estavam detalhados, ou faltou uma assinatura.
Achar sempre a quem culpar é uma forma de evadir as nossas responsabilidades. É o melhor caminho para não precisar agir. Representa elevar a terceirização da culpa e da responsabilidade ao seu máximo nível, em outras palavras é alcançar a perfeição. Se a cidade esta estagnada não há outro motivo que os "outros", os críticos, as associações de moradores, as "viuvas" deste ou daquele político, o BNDES, o Governo do Estado, a lei de licitação, os vereadores, os partidos que estão fora do poder, os que estão no poder e praticam o fogo amigo. Todos são responsáveis e culpados. Todos menos eu.
Por estes lados do Cachoeira o habito é o mesmo, tanto o prefeito, como seus acólitos mais próximos tem o costume de colocar sempre nos outros a culpa de todos os males de Joinville. Quando isto não é possível, se culpam os elementos, inclusive, os primeiros colonizadores já foram responsabilizados pela escolha que fizeram do local em que a cidade foi fundada. Se as promessas de campanha não foram cumpridas é possível até responsabilizar os eleitores que não entenderam direito, há sempre nuanças que permitem evadir da responsabilidade. Eu nunca falei que faria. Eu falei que apoiaria, me empenharia ou no pior dos casos que procuraria nas portas abertas de Brasilia os recursos que lamentavelmente não chegaram porque os projetos não estavam detalhados, ou faltou uma assinatura.
Achar sempre a quem culpar é uma forma de evadir as nossas responsabilidades. É o melhor caminho para não precisar agir. Representa elevar a terceirização da culpa e da responsabilidade ao seu máximo nível, em outras palavras é alcançar a perfeição. Se a cidade esta estagnada não há outro motivo que os "outros", os críticos, as associações de moradores, as "viuvas" deste ou daquele político, o BNDES, o Governo do Estado, a lei de licitação, os vereadores, os partidos que estão fora do poder, os que estão no poder e praticam o fogo amigo. Todos são responsáveis e culpados. Todos menos eu.
Caro Jordi
ResponderExcluirVoce citou vários dos motivos que são usados para "empurrar com a barriga" as responsabilidades do gestor público. Usados não só pelo atual, mas também pelos anteriores.
Dentre eles, chamo a atenção para a lei de licitações.
Voce já deve ter reparado que praticamente em todas as reclamações apresentadas pelos cidadãos, a respeito de problemas de infra estrutura ou prestação de serviços, invariavelmente o responsável anuncia: "Já temos conhecimento do assunto, e já estamos lançando a licitação para contratação do material ou serviço"
Semana passada mesmo, a frase foi usada para justificar o desaparecimento das faixas de segurança e sinalização horizontal, que como se sabe, são pintadas com tinta de baixíssima qualidade e durabilidade.
Já virou corolário.
Infelizmente nossos gestores públicos deixaram de ser competentes administradores de obras para se tornarem "lançadores" de licitações, a maioria com editais cheios de furos para possibilitar sua anulação mais à frente e com isso continuar garantindo a desculpa para sua inoperância.
E essa "esperteza" é usada em todos os niveis da administração, quer seja federal, estadual ou municipal.
O pior é que a maioria dos eleitores acredita que é verdade.
Prezado Nelson
ResponderExcluirVocê esta coberto de razão. Tente averiguar quanto tempo dura a sinalização horizontal de uma faixa de pedestres. Não há nenhum controle sobre isso. Tampouco sobre a durabilidade da pintura das ciclofaixas, a que foi pintada já faz tempo entre as Ruas Campo Sales e Benjamim Constant não durou 6 meses. E ficou por isso mesmo.
Mais ou menos ou mesmo tempo que durou a pintura na ciclofaixa inconclusa que deveria ligar o centro com o Parque da Cidade.
É pura incompetência. Alias uma incompetência que é no nosso caso suprapartidária e atemporal