29 de fevereiro de 2008
Para descontrair um pouco e pensar muito
21 de fevereiro de 2008
Quando iniciou o debate publico sobre
"A verdade é filha do tempo e não da autoridade"
me pareceu, naquele momento uma mensagem oportuna e quase um pressagio, de como o tema poderia se desenvolver, ao final a verdade e o bom senso prevaleceram, ao menos por enquanto. Ver ainda O bom senso vai prevalecer?
As ruas da Argélia
Entre as plantas que formam o verde urbano, algumas velhas conhecidas nossas, é comum encontrar Jerivás ( Syagrus romanzoffianum ) Tipuanas ( Tipuana tipu ) alem de Lantanas ( Lantana camara ), Paraiso ( Melia azederach) entre outras muitas, que dão vida e cor a paisagem árida de um pais do norte africano.
Alem do cuidado e da manutenção esmerada, que não estamos mais acostumados a ver por aqui, desde a saudosa gestão do prefeito Wittich Freitag. As plantas e especialmente as arvores são regularmente podadas, mantendo desta forma o seu porte e as suas características, não representando nenhuma ameaça nem para veículos, nem para pedestres.
Algumas ruas e praças de Argel, estão arborizadas com Figueiras, os mesmos fícus, que as nossas autoridades, condenam e como os arautos papais da época das cruzadas, querem erradicar. Pensei ao ver as primeiras figueiras cuidadosamente podadas, com um verde vivo, intenso, que o destino estava brincando comigo, eu quer tinha saído de Joinville, com as figueiras na cabeça, as encontrava de novo e desta vez bem longe de casa. Parei o carro e fiz uma fotografia.
Seguindo viagem, cheguei a Tipaza e Cherchell, na época do império romano, denominadas Cesárea, um dos mais importantes centros econômicos do mediterrâneo, com coliseo, templos, banhos e toda a infra-estrutura urbana que caracterizava as cidades romanas, inclusive esgoto e água. O parque que rodeia as importantes ruínas romanas, também estava arborizado com figueiras, que forneciam uma sombra agradável a famílias completas que aproveitavam o sol de inverno para passear. Figueiras que acompanharam as caminhadas de Albert Camus e que proporcionam ainda hoje a sombra, que estimula a tomar um chá com menta e curtir uma boa conversa. A mesma sombra, que as mesmas figueiras proporcionavam aos cidadãos de Bedjaia, uma linda cidade portuária, que tem as ruas e praças arborizadas.
Como nas ruas de Oran, como as de cada uma das cidades que tive oportunidade de percorrer e conhecer. As mesmas figueiras compartilhando espaço com Jerivás, Tipuanas, Paraísos e Tamareiras.
Aqui temporariamente, o prefeito aceitou mante-las, ainda que deixando no ar uma velada ameaça.
Para quem não tem oportunidade de ir a Argélia, uma recomendação visitar na rua Papa João XXIII as figueiras que o SESI mantem, com o mesmo cuidado e capricho que os argelinos tem com as suas.
Publicado no AN Cidade
As mulheres do César
Não pode deixar de causar surpresa a forma como são tratados pelo poder publico os temas que tem uma relação direta com a transparência e a lisura do trato da coisa publica.
Parece que esta instalada no pais, de uma forma definitiva, uma cultura da corrupção, quase podemos dizer que é hoje um costume nacional, graças a Deus, não chegamos ainda ao ponto que seja obrigatória ou recomendada, a corrupção em todos os níveis e formas possíveis. Mas estamos avançando a passos de gigante neste caminho sem volta.
Joinville, não esta alheia a este processo e não é raro que no primeiro escalão do próprio executivo municipal, possamos encontrar, lado a lado, nomes de ilibada reputação e outros acusados, com processos em aberto na justiça e ainda alguns com aumentos patrimoniais incompatíveis com os rendimentos, que uma vida dedicada ao serviço publico pode proporcionar.
O problema não é no fato que a corrupção tenha se instalado em Joinville, seria estultícia imaginar que poderíamos ser imunes a esta praga que corroe os valores da nossa sociedade, o verdadeiro problema é quando nenhuma voz se levanta contra a corrupção, quando é aceita tacitamente, quando no próprio executivo municipal, se acotovelam lado a lado, figuras publicas de tão distinta procedência.
Surpreende, sim, que tenha ficado tão longe, tão distante aquela época, em que a pratica corrente, Não era só que a mulher do César tinha que ser honesta, ela também tinha que parecer honesta. Hoje a nossa sociedade parece acomodada, frente ao fato que não só não seja honesta, tampouco precisa parecer honesta.
A verdade que assusta, não é a vastidão da degeneração que a corrupção entranha e sim, a minoria diminuta. Dos que se dispõem a enfrentá-la. Pouco contribui, quando o prefeito prestigia no seu cargo, sem ver o menor problema, um secretario acusado de se apropriar da parte do salário dos funcionários sob o seu comando, ou quando não se permite a apuração total, para garantir A transparência necessária nas graves acusações feitas ao Secretario de saúde do Município, ou quando o presidente elogia publicamente um ministro que demite, por uso particular de cartões corporativos.
Fica mais e mais difícil poder mostrar aos nossos filhos, quais são os modelos de ética e moral que devem ser seguidos e que devem servir de referencia, ate porque as mulheres do César, tem deixado até de parecer honestas e ninguém parece se preocupar muito com isto.
Para pensar...
Louis Brandeis - Juiz americano - 1856 - 1941
19 de fevereiro de 2008
Superamos as 2000 visitas...
De volta ao blog
Que bom!!!!
14 de fevereiro de 2008
As outras arvores
Dados divulgados pela Fundema, indicam que Joinville tem 80.000 arvores em ruas e praças publicas, me permito duvidar, desta informação.
Só é preciso percorrer algumas ruas centrais, como a Max Colin, para ver que aproximadamente a metade das arvores que um dia foram plantadas, não existem mais, morreram, foram arrancadas ou simplesmente sumiram, sem que tivessem sido repostas. No caso da rua XV, a calçada na frente da Conurb não pode ser considerada um modelo de cuidado e beleza.
Na rua Blumenau, ainda permanecem aproximadamente 60 % das arvores, porem na rua João Colin, praticamente nenhuma arvore sobreviveu a anos de descaso e abandono, e os pedestres são obrigados a caminhar no sol, sem poder contar com a sombra protetora, que todos elogiam nas figueiras da beira rio. Curioso que tanto a rua Blumenau, como a João Colin, são duas ruas com a mesma largura, com sentido único, com estacionamento e com transito de ônibus. Uma manteve, boa parte das arvores, a outra não.
Exemplo semelhante na rua Ottokar Doerffel, que já perdeu mais de 50 % da arborização feita no final da década de oitenta e nem falar da Marques de Olinda, que ainda não recebeu nenhuma arvore nova em todo o trecho novo.
Só citando alguns eixos importantes e conhecidos, se fossemos a percorrer os bairros, mesmo nas suas ruas principais e nos seus eixos, a arborização urbana, praticamente inexiste, esta deteriorada e não tem nenhuma manutenção regular.
O que evidencia o descaso, com que este tema tem sido abordado pela administração municipal e a importância que tem a movimentação da sociedade, que se manifesta a favor do verde e de uma cidade melhor.
Num texto recente, que titulei As palmeiras morrem em pé, já alertei para o péssimo serviço que prefeitura fez no plantio das palmeiras imperiais, no primeiro tramo do boulevard, agora menos de 30 dias depois de entregue a população de 16 palmeiras plantadas, 2 já estão mortas e 4 em estado bem precário, o que representa 40 % de perda, na media por tanto das nossas ruas e praças
Publicado no Jornal A Noticia