29 de fevereiro de 2008

Para descontrair um pouco e pensar muito



Um senador está andando tranqüilamente quando é atropelado e morre .
A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.
-'Bem-vindo ao Paraíso!'; diz São Pedro
-'Antes que você entre, há um probleminha.
Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.
-'Não vejo problema, é só me deixar entrar', diz o antigo senador.
-'Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:
Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.
-'Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso diz o senador.'
-'Desculpe, mas temos as nossas regras. '
Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe.
Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.
Todos muito felizes em traje social.
Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os
bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.
Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.
Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que
passa o tempo todo dançando e contando piadas.
Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.
Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.
-' E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso.
Agora escolha a sua casa eterna.' Ele pensa um minuto e responde:
-'Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.'
Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.
A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.
Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.
-' Não estou entendendo', - gagueja o senador - 'Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!'
O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
-'Ontem estávamos em campanha.
Agora, já conseguimos o seu voto...'

21 de fevereiro de 2008

Quando iniciou o debate publico sobre

as figueiras da Beira rio, apareceu num texto esta frase de Galileu
"A verdade é filha do tempo e não da autoridade"

me pareceu, naquele momento uma mensagem oportuna e quase um pressagio, de como o tema poderia se desenvolver, ao final a verdade e o bom senso prevaleceram, ao menos por enquanto. Ver ainda
O bom senso vai prevalecer?

As ruas da Argélia

Tive oportunidade, por motivos de trabalho de conhecer algumas cidades da Argélia, alem claro de Argel a capital, surpreende ao visitante o cuidado e a atenção com as ruas, praças e jardins tanto os públicos, como os privados.

Entre as plantas que formam o verde urbano, algumas velhas conhecidas nossas, é comum encontrar Jerivás ( Syagrus romanzoffianum ) Tipuanas ( Tipuana tipu ) alem de Lantanas ( Lantana camara ), Paraiso ( Melia azederach) entre outras muitas, que dão vida e cor a paisagem árida de um pais do norte africano.

Alem do cuidado e da manutenção esmerada, que não estamos mais acostumados a ver por aqui, desde a saudosa gestão do prefeito Wittich Freitag. As plantas e especialmente as arvores são regularmente podadas, mantendo desta forma o seu porte e as suas características, não representando nenhuma ameaça nem para veículos, nem para pedestres.

Algumas ruas e praças de Argel, estão arborizadas com Figueiras, os mesmos fícus, que as nossas autoridades, condenam e como os arautos papais da época das cruzadas, querem erradicar. Pensei ao ver as primeiras figueiras cuidadosamente podadas, com um verde vivo, intenso, que o destino estava brincando comigo, eu quer tinha saído de Joinville, com as figueiras na cabeça, as encontrava de novo e desta vez bem longe de casa. Parei o carro e fiz uma fotografia.

Seguindo viagem, cheguei a Tipaza e Cherchell, na época do império romano, denominadas Cesárea, um dos mais importantes centros econômicos do mediterrâneo, com coliseo, templos, banhos e toda a infra-estrutura urbana que caracterizava as cidades romanas, inclusive esgoto e água. O parque que rodeia as importantes ruínas romanas, também estava arborizado com figueiras, que forneciam uma sombra agradável a famílias completas que aproveitavam o sol de inverno para passear. Figueiras que acompanharam as caminhadas de Albert Camus e que proporcionam ainda hoje a sombra, que estimula a tomar um chá com menta e curtir uma boa conversa. A mesma sombra, que as mesmas figueiras proporcionavam aos cidadãos de Bedjaia, uma linda cidade portuária, que tem as ruas e praças arborizadas.

Como nas ruas de Oran, como as de cada uma das cidades que tive oportunidade de percorrer e conhecer. As mesmas figueiras compartilhando espaço com Jerivás, Tipuanas, Paraísos e Tamareiras.

Aqui temporariamente, o prefeito aceitou mante-las, ainda que deixando no ar uma velada ameaça.

Para quem não tem oportunidade de ir a Argélia, uma recomendação visitar na rua Papa João XXIII as figueiras que o SESI mantem, com o mesmo cuidado e capricho que os argelinos tem com as suas.

Publicado no AN Cidade

As mulheres do César


Não pode deixar de causar surpresa a forma como são tratados pelo poder publico os temas que tem uma relação direta com a transparência e a lisura do trato da coisa publica.

Parece que esta instalada no pais, de uma forma definitiva, uma cultura da corrupção, quase podemos dizer que é hoje um costume nacional, graças a Deus, não chegamos ainda ao ponto que seja obrigatória ou recomendada, a corrupção em todos os níveis e formas possíveis. Mas estamos avançando a passos de gigante neste caminho sem volta.

Joinville, não esta alheia a este processo e não é raro que no primeiro escalão do próprio executivo municipal, possamos encontrar, lado a lado, nomes de ilibada reputação e outros acusados, com processos em aberto na justiça e ainda alguns com aumentos patrimoniais incompatíveis com os rendimentos, que uma vida dedicada ao serviço publico pode proporcionar.

O problema não é no fato que a corrupção tenha se instalado em Joinville, seria estultícia imaginar que poderíamos ser imunes a esta praga que corroe os valores da nossa sociedade, o verdadeiro problema é quando nenhuma voz se levanta contra a corrupção, quando é aceita tacitamente, quando no próprio executivo municipal, se acotovelam lado a lado, figuras publicas de tão distinta procedência.

Surpreende, sim, que tenha ficado tão longe, tão distante aquela época, em que a pratica corrente, Não era só que a mulher do César tinha que ser honesta, ela também tinha que parecer honesta. Hoje a nossa sociedade parece acomodada, frente ao fato que não só não seja honesta, tampouco precisa parecer honesta.

A verdade que assusta, não é a vastidão da degeneração que a corrupção entranha e sim, a minoria diminuta. Dos que se dispõem a enfrentá-la. Pouco contribui, quando o prefeito prestigia no seu cargo, sem ver o menor problema, um secretario acusado de se apropriar da parte do salário dos funcionários sob o seu comando, ou quando não se permite a apuração total, para garantir A transparência necessária nas graves acusações feitas ao Secretario de saúde do Município, ou quando o presidente elogia publicamente um ministro que demite, por uso particular de cartões corporativos.

Fica mais e mais difícil poder mostrar aos nossos filhos, quais são os modelos de ética e moral que devem ser seguidos e que devem servir de referencia, ate porque as mulheres do César, tem deixado até de parecer honestas e ninguém parece se preocupar muito com isto.

Para pensar...

A luz do Sol é o melhor dos desinfetantes
Louis Brandeis - Juiz americano - 1856 - 1941

19 de fevereiro de 2008

Superamos as 2000 visitas...

obrigado a vocês, que tanto contribuem para que o blog seja lido, comentado e seja antes que nada um espaço aberto ao dialogo e ao debate plural.

De volta ao blog

Depois de uns bons dias fora, volto com a grata surpresa de saber que o nosso caro alcaide, decidiu reconsiderar o corte das figueiras da Beira rio....
Que bom!!!!

14 de fevereiro de 2008

As outras arvores


A polêmica que tem se desatado na cidade, por conta da proposta de corte e retirada das figueiras da Beira rio, tem servido para que a sociedade se manifestasse de uma forma clara sobre a arborização urbana, sobre as praças e parques, que a cidade não tem e deveria ter e sobre o estado geral das nossas áreas verdes.

Dados divulgados pela Fundema, indicam que Joinville tem 80.000 arvores em ruas e praças publicas, me permito duvidar, desta informação.

Só é preciso percorrer algumas ruas centrais, como a Max Colin, para ver que aproximadamente a metade das arvores que um dia foram plantadas, não existem mais, morreram, foram arrancadas ou simplesmente sumiram, sem que tivessem sido repostas. No caso da rua XV, a calçada na frente da Conurb não pode ser considerada um modelo de cuidado e beleza.

Na rua Blumenau, ainda permanecem aproximadamente 60 % das arvores, porem na rua João Colin, praticamente nenhuma arvore sobreviveu a anos de descaso e abandono, e os pedestres são obrigados a caminhar no sol, sem poder contar com a sombra protetora, que todos elogiam nas figueiras da beira rio. Curioso que tanto a rua Blumenau, como a João Colin, são duas ruas com a mesma largura, com sentido único, com estacionamento e com transito de ônibus. Uma manteve, boa parte das arvores, a outra não.

Exemplo semelhante na rua Ottokar Doerffel, que já perdeu mais de 50 % da arborização feita no final da década de oitenta e nem falar da Marques de Olinda, que ainda não recebeu nenhuma arvore nova em todo o trecho novo.

Só citando alguns eixos importantes e conhecidos, se fossemos a percorrer os bairros, mesmo nas suas ruas principais e nos seus eixos, a arborização urbana, praticamente inexiste, esta deteriorada e não tem nenhuma manutenção regular.

O que evidencia o descaso, com que este tema tem sido abordado pela administração municipal e a importância que tem a movimentação da sociedade, que se manifesta a favor do verde e de uma cidade melhor.

Num texto recente, que titulei As palmeiras morrem em pé, já alertei para o péssimo serviço que prefeitura fez no plantio das palmeiras imperiais, no primeiro tramo do boulevard, agora menos de 30 dias depois de entregue a população de 16 palmeiras plantadas, 2 já estão mortas e 4 em estado bem precário, o que representa 40 % de perda, na media por tanto das nossas ruas e praças

Publicado no Jornal A Noticia

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