14 de fevereiro de 2008

As outras arvores


A polêmica que tem se desatado na cidade, por conta da proposta de corte e retirada das figueiras da Beira rio, tem servido para que a sociedade se manifestasse de uma forma clara sobre a arborização urbana, sobre as praças e parques, que a cidade não tem e deveria ter e sobre o estado geral das nossas áreas verdes.

Dados divulgados pela Fundema, indicam que Joinville tem 80.000 arvores em ruas e praças publicas, me permito duvidar, desta informação.

Só é preciso percorrer algumas ruas centrais, como a Max Colin, para ver que aproximadamente a metade das arvores que um dia foram plantadas, não existem mais, morreram, foram arrancadas ou simplesmente sumiram, sem que tivessem sido repostas. No caso da rua XV, a calçada na frente da Conurb não pode ser considerada um modelo de cuidado e beleza.

Na rua Blumenau, ainda permanecem aproximadamente 60 % das arvores, porem na rua João Colin, praticamente nenhuma arvore sobreviveu a anos de descaso e abandono, e os pedestres são obrigados a caminhar no sol, sem poder contar com a sombra protetora, que todos elogiam nas figueiras da beira rio. Curioso que tanto a rua Blumenau, como a João Colin, são duas ruas com a mesma largura, com sentido único, com estacionamento e com transito de ônibus. Uma manteve, boa parte das arvores, a outra não.

Exemplo semelhante na rua Ottokar Doerffel, que já perdeu mais de 50 % da arborização feita no final da década de oitenta e nem falar da Marques de Olinda, que ainda não recebeu nenhuma arvore nova em todo o trecho novo.

Só citando alguns eixos importantes e conhecidos, se fossemos a percorrer os bairros, mesmo nas suas ruas principais e nos seus eixos, a arborização urbana, praticamente inexiste, esta deteriorada e não tem nenhuma manutenção regular.

O que evidencia o descaso, com que este tema tem sido abordado pela administração municipal e a importância que tem a movimentação da sociedade, que se manifesta a favor do verde e de uma cidade melhor.

Num texto recente, que titulei As palmeiras morrem em pé, já alertei para o péssimo serviço que prefeitura fez no plantio das palmeiras imperiais, no primeiro tramo do boulevard, agora menos de 30 dias depois de entregue a população de 16 palmeiras plantadas, 2 já estão mortas e 4 em estado bem precário, o que representa 40 % de perda, na media por tanto das nossas ruas e praças

Publicado no Jornal A Noticia

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