Não pode deixar de causar surpresa a forma como são tratados pelo poder publico os temas que tem uma relação direta com a transparência e a lisura do trato da coisa publica.
Parece que esta instalada no pais, de uma forma definitiva, uma cultura da corrupção, quase podemos dizer que é hoje um costume nacional, graças a Deus, não chegamos ainda ao ponto que seja obrigatória ou recomendada, a corrupção em todos os níveis e formas possíveis. Mas estamos avançando a passos de gigante neste caminho sem volta.
Joinville, não esta alheia a este processo e não é raro que no primeiro escalão do próprio executivo municipal, possamos encontrar, lado a lado, nomes de ilibada reputação e outros acusados, com processos em aberto na justiça e ainda alguns com aumentos patrimoniais incompatíveis com os rendimentos, que uma vida dedicada ao serviço publico pode proporcionar.
O problema não é no fato que a corrupção tenha se instalado em Joinville, seria estultícia imaginar que poderíamos ser imunes a esta praga que corroe os valores da nossa sociedade, o verdadeiro problema é quando nenhuma voz se levanta contra a corrupção, quando é aceita tacitamente, quando no próprio executivo municipal, se acotovelam lado a lado, figuras publicas de tão distinta procedência.
Surpreende, sim, que tenha ficado tão longe, tão distante aquela época, em que a pratica corrente, Não era só que a mulher do César tinha que ser honesta, ela também tinha que parecer honesta. Hoje a nossa sociedade parece acomodada, frente ao fato que não só não seja honesta, tampouco precisa parecer honesta.
A verdade que assusta, não é a vastidão da degeneração que a corrupção entranha e sim, a minoria diminuta. Dos que se dispõem a enfrentá-la. Pouco contribui, quando o prefeito prestigia no seu cargo, sem ver o menor problema, um secretario acusado de se apropriar da parte do salário dos funcionários sob o seu comando, ou quando não se permite a apuração total, para garantir A transparência necessária nas graves acusações feitas ao Secretario de saúde do Município, ou quando o presidente elogia publicamente um ministro que demite, por uso particular de cartões corporativos.
Fica mais e mais difícil poder mostrar aos nossos filhos, quais são os modelos de ética e moral que devem ser seguidos e que devem servir de referencia, ate porque as mulheres do César, tem deixado até de parecer honestas e ninguém parece se preocupar muito com isto.
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