29 de outubro de 2011

A Prefeitura e a liberdade de expressão (*)




Não é novidade. Alguns dos inquilinos atuais da Prefeitura Municipal não conseguem lidar bem com as críticas. Na verdade, algumas pessoas menos que as outras. É uma dificuldade manifesta em alguns setores e que se agrava pela total falta de maturidade e da prática de algo tão importante na sociedade democrática: o respeito pela liberdade de expressão.
É preciso maturidade para aceitar as opiniões contrárias, da mesma forma que se recebem os elogios dos áulicos. A dificuldade é tão manifesta que, não conseguindo refutar o argumento da crítica – nem sequer contra-argumentar ou mostrar o contraditório –, a prática mais comum é tentar desacreditar o crítico, o argumentum ad hominem. Tem até quem parta diretamente para o xingamento.

Ocupar cargos públicos exige outros predicados. Deveria prevalecer a competência antes da fidelidade partidária e, principalmente, o respeito aos direitos do cidadão que paga impostos. E, entre eles, o direito à liberdade da expressão. No atual governo municipal, o que separa “os homens dos meninos”, sem nenhum sexismo explícito na frase, é a capacidade para lidar com as críticas. Ter ataques chiliquentos pelos corredores do paço municipal é impróprio de quem tem por obrigação respeitar e servir o cidadão.
Toda administração pública tem que saber lidar com a crítica. E há de se reconhecer que nunca ficou tão fácil a crítica, tamanha a quantidade de trapalhadas, atitudes insensatas e desatinos produzidos.

Os críticos estão divididos em grupos: as viúvas das administrações anteriores, que choram a perda do poder e das suas benesses e que só esperam a oportunidade de voltar a ele. Do outro lado estão os que entendem que a cidade está regredindo, que há uma perda de qualidade tanto no dia a dia das pessoas como na forma como a coisa pública é tratada. Essas pessoas acreditam que as coisas podem e devem ser melhores do que são e as suas criticas vem acompanhadas de propostas e alternativas para melhorar.

Na democracia deve existir espaço para estimular o contraditório, o debate, a troca de idéias. Tanto uns como outros tem o direito e a obrigação de expressar as suas idéias e convicções, pois a decisão final caberá ao eleitor. As iniciativas do poder público de desacreditar os críticos acabam desacreditando também os elogios dos áulicos. Porque nem uns nem os outros não sobrevivem sem a liberdade de expressão.

27 de outubro de 2011

Livros

Os funcionários publicos são um pouco como os livros numa biblioteca. São os que estão colocados nos postos mais altos que menos servem.

Paul Masson




Tem + gente de olho


Jordi,

Gostaria de sugerir um comentário: fala-se muito em mobilidade, respeito ao pedestre , etc...
você já notou q todas as obras de calçadas no centro - durante esta obra , inclusive da via gastronômica - não respeitam o pedestres ... nós temos que circular a obra e nos arriscar na rua !!!!
Cade a Conurb pra verificar uma sinalização decente pro pedestre (tá multando né !!!!) exemplos : rua Visconde de Taunay (via gastronômica) // rua Henrique Meier // o Subway da Duque de Caxias // já acabou mas a calçada do Dona Helena foi um absurdo (o pedestre x ônibus!!)
fica a sugestão !!!

sds
Paulo 

Carta do Zé da Roça


CARTA DO ZÉ DA ROÇA - IMPERDÍVEL !


(Todos os fatos e situações de multas e exigências são baseados em dados verdadeiros. A sátira não visa atenuar responsabilidades, mas alertar o quanto o tratamento ambiental é desigual e discricionário entre o meio rural e o meio urbano.)
                 

                 
A carta - tão somente adaptada por Barbosa Melo - foi escrita por Luciano Pizzatto que é engenheiro florestal, especialista em direito sócio ambiental e empresário, diretor de Parque Nacionais e Reservas do IBDF-IBAMA 88-89, detentor do primeiro Prêmio Nacional de Ecologia
                                       





    Carta do Zé agricultor para o Luis da cidade. 
  

Prezado Luis, quanto tempo...

Eu sou o Zé, aquele teu colega de ginásio noturno que chegava atrasado porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava, lembra né? O Zé, do sapato sujo? Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de meia légua para pegar o caminhão por isso o sapato sujava.

Se não lembrou ainda eu te ajudo. Lembra do Zé Cochilo... hehehe, era eu. Quando eu descia do caminhão de volta pra casa, já era onze e meia da noite e com a caminhada até em casa, quando eu ia dormi já era mais de meia-noite. De madrugada o pai precisava de ajuda pra tirar leite das vacas. Por isso eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra, né Luis?...

Pois é. Estou pensando em mudar para viver ai na cidade que nem vocês. Não que seja ruim o sítio, aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos ai da cidade. To vendo todo mundo falar que nós da agricultura familiar estamos destruindo o meio ambiente.

Veja só. O sítio de pai, que agora é meu (não te contei, ele morreu e tive que parar de estudar) fica só a uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes por dentro uma tal de APPA que criaram aqui na vizinhança.

Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos, uma maravilha, mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou deve ser verdade, né Luis?

Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, né .) contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho como o contador mandou. Ele morava aqui com nós num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, elas falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado nem domingo, mas as vacas daqui não sabem os dias da semana ai não param de fazer leite. Ô: os bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário?

Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche tava 2 cm menor do que devia. Nossa! Eu não sei como encumpridar uma cama, só comprando outra né Luis? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto, que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca.

Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom Luis, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade porque botou um chocolate no bolso no supermercado. Levaram ele pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para acudi-lo.

Depois que o Juca saiu eu e Marina (lembra dela, né? casei) tiramos o leite às 5 e meia, ai eu levo o leite de carroça até a beira da estrada onde o carro da cooperativa pega todo dia, isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos, ou melhor, eu dava, hoje eu jogo fora.

Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só 20 metros . Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele tava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns trinta dia pra fazer, mesmo assim ele ainda me multou, e pra poder pagar eu tive que vender os porcos as madeiras e as telhas do chiqueiro, fiquei só com as vacas. O promotor disse que desta vez, por esse crime, ele não ai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pro orfanato da cidade. Ô Luis: aí, quando vocês sujam o rio, também pagam multa grande, né?

Agora pela água do meu poço eu até posso pagar, mas tô preocupado com a água do rio. Aqui agora o rio todo deve ser como o rio da capital, todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios ai da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa tá errada, quando vou na capital nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado.

Mas não é o povo da cidade que suja o rio, né Luis? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore então, Nossa Senhora!. Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e tava morrendo, então resolvi derrubá-la para aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa.

Fui no escritório daqui pedir autorização, como não tinha ninguém, fui no Ibama da capital, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal vim fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram 8 meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro foi os porcos e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso.

Tô preocupado Luis, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de 500 a 20 mil reais por hectare e por dia. Calculei que se eu for multado eu perco o sítio numa semana. Então é melhor vender, e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia. Vou para a cidade, ai tem luz, carro, comida, rio limpo. Olha, não quero fazer nada errado, só falei dessas coisas porque tenho certeza que a lei é pra todos.

Eu vou morar ai com vocês, Luis. Mais fique tranqüilo, vou usar o dinheiro da venda do sítio primeiro pra comprar essa tal de geladeira. Aqui no sitio eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro a gente planta, cultiva, limpa e só depois colhe pra levar pra casa. Ai é bom que vocês e só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho, nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca é só abri a geladeira que a comida tá lá, prontinha, fresquinha, sem precisá de nós, os criminosos aqui da roça.

Até mais, Luis!

Ah: desculpe, Luis, não pude mandar a carta com o tal do papel reciclado pois não existe por aqui, mas me aguarde até eu vender o sítio.

26 de outubro de 2011

Caderno de viagem


Em Cascais, Portugal, não tem como não visitar a Porta do Inferno a beleza imponente da costa atlântica portuguesa surpreende.

25 de outubro de 2011

Mercado de oferta e procura



A sociedade moderna esta construída na base de um mercado de oferta e procura, tem sempre alguém ofertando e alguém procurando.  Fazer o encontro entre o que uns procuram e aqueles que oferecem é o principio do desenvolvimento. A diversidade da humanidade permite que o mercado se mantenha permanentemente movimentado, que haja uma entrada constante de novos produtos, que produtos tradicionais continuem em alta e que todos sejamos ao mesmo tempo ofertantes e demandantes.

Os preços são estabelecidos pela livre concorrência, a maior oferta preços mais baixos, a maior demanda os preços aumentam. Algumas vezes se produzem desequilíbrios que são aproveitados pelos oportunistas que conseguem, em pouco tempo, grandes fortunas. Alguns produtos que ultimamente tem tido os seus preços alterados de forma significativa no mercado local são:

- Valores morais de detentores de cargos públicos, o seu valor de mercado é elevadíssimo pela raridade. Em alguns casos estes valores se consideram extintos e alcançam a categoria de produtos míticos, equivalentes ao preço da grama de chifre de unicórnio.

- Eleitores de pré-candidato a prefeito. De continuar o ritmo teremos mais pré-candidatos que eleitores. Tem caso de candidato a prefeito que deve ter menos voto que muito suplente de vereador.

- Obras municipais concluídas no prazo e no orçamento, são mais raras por aqui que o leopardo do Amur. Os mais críticos as consideram tão pouco comuns como os trolls e as fadas, o seu preço caso sejam encontradas seria o de dezenas de milhares de votos.

- Verde urbano, nem com a inauguração do primeiro e único parque da cidade, se minimiza o impacto de anos de descaso com o verde urbano. Arborização urbana em Joinville é produto em risco de extinção. Greenpeace propõe que seja incluído no livro vermelho das espécies ameaçadas.

Outros produtos tem tido os seus valores totalmente depreciados, ninguém paga nada por um buraco na rua, uma rua completamente esburacada não é mais noticiada. Um dia com índice pluviométrico acima da media histórica dos últimos cinco ou dez anos é tão comum que também perdeu o seu valor. Poderíamos também incluir nesta lista mudanças de zoneamento para atender interesses pontuais, são hoje tão corriqueiras que as audiências publicas são feitas no atacado, com vários temas importantes sendo colocados numa única audiência, num trabalho de alta eficiência, para dar conta do, que no passado, era tratado como excepcionalidade.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

24 de outubro de 2011

Para pensar acordado



Antigamente, os cartazes nas ruas, 

com rostos de criminosos, 
ofereciam recompensas;  
hoje,  pedem votos.

Burrocracia em estado puro


Algumas vezes você pode vencer a "Burrocracia"  mas na maioria das vezes é ela quem vence.

23 de outubro de 2011

Respeito é bom e eu gosto!


Esta é a mesma turma que multa quando você não respeita a lei e estaciona em lugar proibido

Tem gente que gostaria de saber

Sr. Jordi,

Queria promover uma discussão relacionada inicialmente ao Parque da Cidade mas que se estende também ao Parque do Morro do Boa Vista.

Joinville tem uma Secretaria denominada de SEINFRA - Secretaria de Infraestrutura que é responsável direta pela contratação/execução de obras públicas, incluindo as duas citadas. Estranhamente estas dua obras tem sua execução coordenada pelo Instituto de Planejamento que não tem a função de executar/coordenar obras, mas sim planejar a cidade.

Se o IPPUJ executa obras, o Seinfra então deveria planejar a cidade certo? Está feita a confusão.
Diante disto, podemos entender porque nossa cidade está neste estado crítico pois quem tem a missão de planejar não o faz, se mete a realizar obras para certamente encobrir a sua incompetência. Para piorar, sob o olhar do Prefeito.


Quando não consigo cumprir a minha tarefa disfarço "auxiliando" os outros. E neste caso, como ficam os técnicos da Seinfra que detém
conhecimento e expertise em obras? Quem conhece mais de obras, a equipe técnica da Seinfra ou a advogada Roberta?

Infelizmente perderemos 4 anos de melhorias em nossa cidade.

Otavio

22 de outubro de 2011

Barcelona alem das bicicletas




Alem das bicicletas de aluguel, a comitiva joinvilense poderia também conhecer o projeto dos pontos de ônibus em Barcelona. Verificar as informações que os pontos oferecem para facilitar o acesso ao transporte coletivo e estimular a sua utilização pelos usuários, inclusive pelos turistas.

21 de outubro de 2011

Tem gente de olho

Sr. Jordi,

Tenho acompanhado constantemente seus comentários sobre Joinville em sua coluna na internet
Muitos destes sobre arborização. Bem é sobre isto que queria lhe comentar. Basta transitar pelas ruas da nossa cidade, em áreas bastante povoadas para constatarmos a fraca arborização da cidade. Pois nas vias de maior movimento como é o caso das ruas da área central
 e nas de maior número de edificações residenciais em qualquer bairro a ausência de árvores é flagrante.
Neste sentido constatei que a Prefeitura está plantando árvores num trecho (é estranho ser num só trecho) da Av. Marques de Olinda, 
justamente no passeio do imóvel do 62 BI onde existe farta e exuberante vegetação que além de promover o sombreamento, abriga pássaros das diversas espécies. Podemos chamar isto de total falta de planejamento pois a nossa rua XV de Novembro por exemplo, onde foram cortadas diversas árvores sem que etá hoje houvesse o replantio, obriga os transeuntes a exposição solar num verão causticante.
Podemos citar centenas de ruas que dentro de um planejamento criterioso teriam prioridade quanto a arborização.
Talvez a Prefeitura queira promover festivamente o plantio de árvores nesta avenida para iludir mais uma vez a população pois obras que a cidade carece estão ainda sendo discutidas.
Será que as árvores ali sendo plantadas são adequadas? 
Atenciosamente,

Otávio

Caderno de viagem


Parque Nacional de Djoudj. Delta do rio Senegal. Lugar de cria e de repouso de dezenas de especies de aves aquáticas migratórias, Se destaca sua população permanente de pelicanos brancos. A melhor época para visitação é de final de outubro até fevereiro ou março. Abriga ainda uma população importante de crocodilos, pitões e porcos do mato, além de outros animais de menor porte.

19 de outubro de 2011

Caderno de viagem


Canoa de pesca da costa senegalesa, policromada com motivos tribais e desenhos típicos da região de Saint Louis no norte do Senegal, fronteira com a Mauritânia

PIZZARIA GOOGLE


PIZZARIA GOOGLE 

- Pizzaria Google, boa noite!

 - De onde falam?

- Pizzaria Google, senhor. Qual é o seu pedido?

- Mas este telefone não era da Pizzaria do...

- Sim senhor, mas a Google comprou a Pizzaria e agora sua pizza é mais completa.

- OK. Você pode anotar o meu pedido, por favor?

- Pois não. O Senhor vai querer a de sempre?

- A de sempre? Você me conhece?

- Temos um identificador de chamadas em nosso banco de dados, senhor. 
Pelo  que temos registrado aqui, nas últimas 53 vezes que ligou, o senhor pediu meia quatro queijos e meia calabresa.

- Puxa, eu nem tinha notado! Vou querer esta mesmo...

- Senhor, posso dar uma sugestão?

- Claro que sim. Tem alguma pizza nova no cardápio?

- Não senhor. Nosso cardápio é bem completo, mas eu gostaria de sugerir-lhe meia ricota, meia rúcula.

- Ricota ??? Rúcula ??? Você ficou louco? Eu odeio estas coisas.

- Mas, senhor, faz bem para a sua saúde. Além disso, seu colesterol não anda bom...

- Como você sabe?

- Nossa Pizzaria tem o banco de dados mais completo do planeta.
Nós temos  o banco de dados do laboratório  em que o senhor faz exames também.
Cruzamos seu número de telefone com seu nome e temos o resultado dos seus  exames de colesterol. Achamos que uma pizza de rúcula e ricota seria  melhor para sua saúde.

- Eu não quero pizza de queijo sem gosto e nem pizza de salada. Por isso tomo meu remédio para colesterol e como o que eu quiser...

- Senhor, me desculpe, mas acho que o senhor não tem tomado seu remédio ultimamente.

- Como sabe? Vocês estão me vigiando o tempo todo?

- Temos o banco de dados das farmácias da cidade. A última vez que o senhor comprou seu remédio para Colesterol faz 3 meses. A caixa tem 30comprimidos.

- Porra! É verdade. 
Como vocês sabem disto?

- Pelo seu cartão de crédito...

- Como?!?!?

- O senhor tem o hábito de comprar remédios em uma farmácia que lhe dá  desconto se pagar com cartão de crédito da loja. E ainda parcela em 3 vezes sem acréscimo...
Nós temos o banco de dados de gastos com cartão na farmácia.
Há 2 meses o senhor não compra nada lá, mas continua usando seu  cartão de crédito em outras lojas, lojas, o que significa que não o perdeu, apenas deixou de comprar remédios.

- E eu não posso ter pago em dinheiro? Agora te peguei...

- O senhor não deve ter pago em dinheiro, pois faz saques semanais de R$  250,00 para sua empregada doméstica. Não sobra dinheiro para comprar remédios. O restante o senhor paga com cartão de débito.

- Como você sabe que eu tenho empregada e quanto ela ganha?

- O senhor paga o INSS dela mensalmente com um DARF. Pelo valor do  recolhimento dá para concluir que ela ganha R$ 1.000,00 por mês. Nós temos o banco de dados dos Bancos também. E pelo seu CPF...

- ORA VÁ SE DANAR !

- Sim senhor, me desculpe, mas está tudo em minha tela. Tenho o dever de  ajudá-lo.
Acho, inclusive, que o senhor deveria remarcar a consulta que o senhor faltou com seu médico, levar os exames que fez no mês passado e pedir uma nova receita do remédio.

- Por que você não vai à m....???

- Desculpe-me novamente, senhor.

- ESTOU FARTO DESTAS DESCULPAS. ESTOU FARTO DA INTERNET, DE COMPUTADORES, DO SÉCULO XXI, DA FALTA DE PRIVACIDADE, DOS BANCOS DE DADOS E DESTE PAÍS...

- Mas senhor...

- CALE-SE! VOU ME MUDAR DESTE PAÍS PARA BEM LONGE. VOU PARA AS ILHAS FIJI OU ALGUM LUGAR QUE NÃO TENHA INTERNET, TELEFONE, COMPUTADORES E GENTE ME  VIGIANDO O TEMPO TODO...

- Sim, senhor...entendo perfeitamente.

- É ISTO MESMO! VOU ARRUMAR MINHAS MALAS AGORA E AMANHÃ MESMO VOU SUMIR  DESTA CIDADE.

- Entendo...

- VOU USAR MEU CARTÃO DE CRÉDITO PELA ÚLTIMA VEZ E COMPRAR UMA PASSAGEM SÓ DE IDA PARA ALGUM LUGAR BEM LONGE DE VOCÊ !!!

- Perfeitamente...

- E QUERO QUE VOCÊ ME ESQUEÇA!

- Farei isto senhor... ...(silêncio de 1 minuto)

- O senhor está aí ainda?

- SIM, PORQUE? ESTOU PLANEJANDO MINHA VIAGEM...E PODE CANCELAR MINHA PIZZA.

- Perfeitamente. Está cancelada. ...(mais um minuto de silêncio) - Só mais uma coisa, senhor...

- O QUE É AGORA?

- Devo lhe informar uma coisa importante...

- FALA, CACETE...

- O seu passaporte está vencido.

18 de outubro de 2011

Para pensar acordado

“O critério que prevalece na administração da coisa pública é o do privilégio. Molha-se a mão do setor político que precisa da legitimidade eleitoral e jurídica. Controla-se os principais postos da burocracia estatal. Oligopoliza-se o mercado. Abusa-se da terceirização. A mudança da relação entre o Estado e a sociedade acabará acontecendo: ou de forma ordenada ou como resultado trágico de uma situação de anomia, que provocará radical insegurança às pessoas. Só com a mudança da atual lógica de fazer política haverá mudança na lógica da gestão pública.”


Ubiratan Rezende

17 de outubro de 2011

Quem decide, quando o tema é mobilidade? (*)



As cidades, independente do seu tamanho e complexidade, têm em comum a responsabilidade para decidir sobre a sua mobilidade urbana. Decidir se uma rua fluirá no sentido centro-bairro ou vice-versa é uma decisão municipal. Insistir em manter o terminal urbano no centro, priorizar binários ou ainda implantar calçadões e dispor de uma rede estruturada de ciclovias são decisões exclusivamente municipais.

O modelo de mobilidade urbana dependerá de muitas variáveis, políticas, econômicas, geográficas, mas principalmente de ter um modelo de desenvolvimento urbano coerente e estruturado, que possa sobreviver aos devaneios dos administradores de plantão. É comum escutar de urbanistas e planejadores que o resultado do caos em que a maioria das nossas cidades estão mergulhadas, quando o tema é mobilidade urbana, é por conta do aumento desproporcional da frota de veículos, e que a melhor solução seria reduzir o acesso das pessoas aos carros. Aumentando o preço, aumentando os impostos ou reduzindo o credito para sua aquisição. Sempre colocando a solução para alem da sua capacidade e competência. Uma forma de justificar, por antecedência, a falta de solução e de propostas adequadas para um problema que tende a piorar.

O Brasil já tem hoje os carros mais caros do mundo, na Europa com salários mais altos que os nossos, o acesso da população a novos carros é muito mais fácil que aqui, os preços de veículos dos mesmos modelos e fabricantes que aqui, chegam a custar entre 50% e 60 % menos que aqui. Contudo o transito flui melhor na maioria das cidades daquele continente. Existe claramente uma política de mobilidade urbana, que se caracteriza por priorizar o pedestre, estimular o uso da bicicleta implantando uma rede de ciclovias segura e bem espalhada por toda a cidade, mesmo em cidades como Copenhague, com clima extremo no inverno, a bicicleta é a primeira opção de transporte. Finalmente a implantação de um sistema de transporte coletivo de qualidade, utilizando energias renováveis, integrado e econômico, completa o conjunto de ferramentas que junto com o planejamento urbano, permitem enfrentar com êxito o desafio da mobilidade urbana.  

A maioria das soluções que as cidades modernas apresentam é o resultado de políticas públicas adequadas, resultado de uma visão estratégica correta e de um planejamento de longo prazo, que deixa pouca margem para a improvisação e foge de soluções pontuais, temporais e eleitoreiras. 

15 de outubro de 2011

Corrupção não é uma exclusividade brasileira


O que nos faz únicos é a forma como lidamos com ela, a facilidade com que a aceitamos e como punimos os corruptos e os corruptores.

14 de outubro de 2011

O Politicamente correto


É brincadeira como o "politicamente correto" vem destruindo o país (e o mundo).
No Jornal do Almoço de hoje há uma longa matéria mostrando o aumento da
criminalidade em Santa Catarina e a total impunidade devido ao fato de a imensa
maioria dos casos ter como autores menores de idade, inimputáveis.

O link http://tinyurl.com/6538daq é do vídeo da matéria.

Se quiser ver inteira, é interessante, mas o mais importante, eu diria ASSUSTADOR,
é o depoimento do Coronel Nilton Ramlow, comandante do Batalhão de Policiamento
de Choque de Santa Catarina.

11:34 a 12:11 = Nessa minutagem o Coronel diz que já prendeu O MESMO menor
14 vezes!!! E o safado ria da cara dele e dizia: "É a 13a vez que o senhor me prende...".

12:35 a 13:04 = Nessa minutagem o nosso Guga Kuerten disse que, se as coisas não
melhorarem na área da segurança, ele pensa em sair de Floripa.

13:05 a 13:18 = Nessa minutagem o Coronel responde a Guga.

14:07 a 15:00 = Nessa minutagem o Coronel responde ao jornalista Mário Motta e faz um desabafo:
"O menor não pode, o maior também foi beneficiado, pois agora só é preso se for pena de mais de 4 anos, senão é pena socioeducativa, e o usuário de droga, que financia e faz girar toda a máquina do crime, não é punivel".


ÁLVARO JUNQUEIRA

Caderno de viagem


Vendedoras de amendoim no mercado popular de Mbor - Senegal

13 de outubro de 2011

Para pensar acordado

Não julgue alguém pelo que colheu, mas pelo que semeou. 


Robert Louis Stevenson (1850-1894), escritor escocês 


Como as arvores




Como as arvores, com as raízes profundas bem fixadas na terra e os galhos mais altos tocando as nuvens




12 de outubro de 2011

A Joinville que dá certo


Coisas que mudaram para melhor

No meio de tanta critica nada mais justo que elogiar o que mudou para melhor, mesmo que não seja muito, é importante identificar cada ponto positivo.  Joinville é hoje referencia no sul do Brasil e provavelmente em todo o país no serviço de moto-taxi. Depois de anos com um serviço desorganizado e sem regulamentação, agora a cidade tem uma legislação moderna, que acabou com o serviço clandestino.

Hoje todos os moto-taxistas estão cadastrados, as motocicletas tem cor padrão, são modelos novos. Os motociclistas estão capacitados para prestar um serviço de qualidade e utilizam coletes padronizados. A segurança para os usuários melhorou muito e os preços são asequiveis. Para completar o quadro de excelência no transporte publico, a Conurb realiza periodicamente fiscalizações para evitar que como no passado prosperem os operadores clandestinos. Na verdade hoje não há mais prestadores de serviço clandestinos e que não cumpram a lei.

Técnicos de outras cidades de Santa Catarina e de outros estados visitam com freqüência Joinville para conhecer este exemplo de gestão publica. O resultado de trabalho conjunto da Câmara de Vereadores e dos órgãos públicos é uma prova que quando a legislação é bem feita e se cumpre toda a cidade sai ganhando e até turistas vem a nossa cidade para conhecer o serviço, inclusive passear de moto taxi tem se convertido numa das nossas grandes opções turísticas.

11 de outubro de 2011

Para pensar acordado

É preciso toda uma vida para aprender a viver.

Sêneca (4 AC-65 AC), filósofo latino


10 de outubro de 2011

O Ensino da matemática no Brasil



1. Ensino de matemática no Brasil em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. 
Qual é o lucro? 

2. Ensino de matemática no Brasil em 1970: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro? 

3. Ensino de matemática no Brasil em 1980: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é R$ 80,00. 
Qual é o lucro? 

4. Ensino de matemática no Brasil em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é R$ 80,00. 
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00 


5. Ensino de matemática no Brasil em 2000: 

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.  

O custo de produção é R$ 80,00. 
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
(  )SIM (  ) NÃO 


6. Ensino de matemática no Brasil em 2009: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. 

O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00 


7. Hoje em dia: 
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
 O custo de produção é R$ 80,00. 
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00. 
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social, não precisa responder).
(  )R$ 20,00 (  )R$ 40,00 (  )R$ 60,00 (  )R$ 80,00 (  )R$ 100,00

Crise em ON


9 de outubro de 2011

No AN de domingo


O jornalista Jefferson Saavedra publica a nota:

Na cabeça 

O PMDB de Joinville está interessado na tríplice porque acha que dá para matar no primeiro turno a eleição de prefeito. Quer “conversar”, mas não abre mão de jeito nenhum da cabeça de chapa com Udo Döhler. Assim, o PMDB não quer negociar a tríplice, quer impor.

Para o leitor atento começa a ficar evidente que o perfil do pre-candidato do PMDB a prefeito de Joinville, esta permeando a forma de se relacionar com os outros partidos e possíveis aliados. Cada político tem o seu estilo de ser, em quanto alguns se mostram negociadores hábeis e tem paciência infinita para ouvir, outros têm característica e perfil mais autoritário. É previsível que o mesmo estilo e perfil se mantenha inalterados caso o candidato chegue ao governo.

8 de outubro de 2011

Viajar é preciso




Sou dos que defendem que viajar é preciso. Nada me parece mais importante que o prefeito viaje, acompanhado de um grupo significativo de seus assessores mais próximos. O destino da viagem deve guardar uma estreita relação com o objetivo pretendido. Viajar para Barcelona, para conhecer o modelo de aluguel de bicicletas, pode parecer, num primeiro momento, uma perda de tempo e de recursos.


Se é verdade que o aluguel de bicicletas na cidade espanhola é um atrativo adicional para os mais de 5 milhões de turistas que visitam anualmente a cidade, também é verdade há uma rede de ciclovias que permitem ir de um extremo a outro com segurança. As ciclovias de Barcelona tem características interessantes. Por exemplo, estão interligadas e ligam uma coisa a outra. Ainda a sua implantação coloca pedestres e ciclistas no mesmo nível. Não é como em Joinville, onde os ciclistas arriscam as suas vidas lado a lado com os carros.


As bicicletas de aluguel são um produto dirigido ao turista ou ao usuário eventual. Os ciclistas habituais, em Barcelona, têm as suas próprias bicicletas. Isto pode explicar porque na vizinha Blumenau, onde, como em Joinville, todos tem uma bicicleta em casa, o negócio não prosperou. Importante entender que uma cidade que recebe aproximadamente 2,6 turistas por habitante todos os anos, representa um mercado interessante. Seria o equivalente a Joinville receber a cada ano mais de 1.250.000 turistas, algo inimaginável com a nossa política de fomento ao turismo e a nossa infraestrura para receber os que aqui se aventurem.


Implantar o serviço de aluguel de bicicletas não resolverá os problemas de mobilidade. E reúne todas as características para se tornar uma iniciativa que dificilmente será rentável. O que não deve preocupar... se todo o investimento e risco forem assumidos por um empreendedor privado que tenha propensão a rasgar dinheiro. Caso haja o envolvimento de recursos públicos - e na viagem citada há - seria bom abrir o olho.

6 de outubro de 2011

Mobilidade priorizando os ciclistas





Imagens das ciclovias e do sistema de aluguel de bicicletas em Barcelona, conheça antes o que o prefeito Carlito e sua comitiva conhecerão na cidade espanhola.

Para pensar acordado


São quarto os tipos ideais: o cretino, o imbecil, o estúpido e o louco. O normal é a mistura equilibrada dos quatro.

Umberto Eco, crítico e escritor italiano
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