5 de outubro de 2008

Projeto (Fazendo) Arte na Calçada IX


Um dos melhores apresentados na Mostra Fazendo Arte na calçada, o trabalho de autor anónimo é de uma forte representatividade. Uma obra de denuncia. O forte simbolismo criado pela composição da bicicleta, oprimida entre o concreto e o lixo.
O autor apresenta uma mensagem forte, a escolha da cor azul, para a bicicleta, representando as cores de Joinville e do preto para a volumetria que comprime a liberdade de ir e vir contra o concreto, serve para reforçar os conceitos, que o artista busca usar como linguagem.
A impossibilidade de se deslocar, numa cidade, que aos poucos mergulha no seu inferno astral, dividida entre crescer e o custo deste crescimento desordenado.
Serve de alerta. A destruição sistemática do meio ambiente urbano é o tema principal deste trabalho.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção, nem é custeada com recursos públicos )

4 de outubro de 2008

Antes de votar

vale a pena ler o texto de José Antonio Baço

Decálogo para um dia de eleição

Bom dia, leitor-eleitor. Já foi votar? Se ainda não foi, vou bancar o cabo-eleitoral (torcendo para que a Justiça Eleitoral não me tire do ar) e tentar conquistar o seu voto. E atrevo-me a dar uns conselhos sobre como votar hoje. É uma espécie de decálogo.

Vote contra o provincianismo. E esclareço que ser provinciano não é viver na província. Não é um mal geográfico, mas mental. Tem político que vive no neolítico e faz do provincianismo um estilo de vida. É uma doença contagiosa que relega as cidades e as pessoas ao atraso.

O tempo dos currais eleitorais já passou. Diga não ao caciquismo político e não se deixe tratar como boiada. O voto de cabresto - que usa o poder econômico e a máquina pública - é antidemocrático, uma coisa que deve ser banida das democracias pela força das urnas.

Veja se o seu candidato está ligado aos tradicionais círculos de poder. Rejeite as oligarquias que historicamente estiveram no comando dos destinos da sua cidade. Essa gente faz muito pouco pelos interesses da população e quer mesmo é mamar nas tetas do poder público.

Tome cuidado com os "coroné" dos tempos modernos. Hoje em dia, os caras até vestem terno e gravata para disfarçar as suas reais origens. Muda a roupa, mas permanece o autoritarismo e a lógica do "quero, posso e mando". E, claro, a prática de arranjar umas boquinhas para os cabos eleitorais.

O hábito do cachimbo faz a boca torta. O sistema de governo que hoje domina grande número de administrações municipais pode ser chamado de "cleptocracia". Evite votar em quem governa para os amigalhaços e para os interesses próprios.

Vote contra a falta de cultura, talento e imaginação. Governar é enxergar um palmo adiante do nariz, mas quase nenhum político do círculo do poder consegue chegar lá. É uma mediocridade que dá pena. Ah... e não confunda inteligência com esperteza.

Desconfie de políticos que estão sempre nas boas graças da comunicação social. Se ninguém o trata de forma crítica, provavelmente ele é um daqueles que usam as verbas de publicidade como arma de arremesso.

Desconfie se a sua cidade virou um canteiro de obras em tempo de eleições. É algum prefeito querendo se reeleger ou eleger o seu candidato e tem que mostrar trabalho.

Tente saber da história do cara. Evite votar em quem sempre viveu da política. Em especial os que sempre foram da situação, onde é mais fácil arranjar uma sinecura. Porque esses caras nunca tiveram que dar duro no trabalho - como todos nós - e não vai ser agora que eles vão começar a trabalhar.

Pense bem se vai querer votar em candidatos de partidos ligados à ditadura (não faz assim tanto tempo). Porque eles certamente desprezam os eleitores.

É como diz o velho deitado: "O chato das eleições é que sempre ganha um político".

3 de outubro de 2008

DOMINGO É DIA DE VOTAR

A campanha política deste primeiro turno das eleições municipais termina nesta semana e chega o momento de celebrar a democracia com o nosso voto. Ao longo dos últimos meses ouvimos muitas propostas e promessas dos candidatos para prefeito e vereador. Há muito Joinville não tinha a oportunidade de vivenciar uma campanha política com muitos favoritos, tão aberta e democrática.
Embora ainda tenhamos algumas tentativas de tutelar a consciência do eleitor, homens e mulheres de todas as idades e condições sociais podem expressar livremente os seus desejos de mudanças através do voto. Mesmo que as propostas formuladas pelos candidatos ainda não tenham ficado totalmente compreensíveis, foi possível identificar o espírito de cada um para com os verdadeiros problemas que nos cercam ou preocupam.
Educação, saúde, mobilidade urbana, cultura, economia, agricultura, meio ambiente e gestão pública estiveram no centro das grandes discussões da campanha. Infelizmente, o debate de temas tão abrangentes e importantes só nos é permitido durante a campanha política levando-nos a sonhar e ter ambições para com o futuro da nossa cidade muitas vezes sem a necessária profundidade de análise.
Se iremos ser os avalistas dos próximos eleitos, dentro das nossas expectativas, é preciso avaliar qual será o candidato que, de forma mais sincera e clara soube ter a visão dos problemas da cidade e, sobretudo, transmitir-nos confiança quanto à capacidade de torná-las realidade. Precisamos entender que numa campanha política muitas são as promessas dentre as quais estão aquelas que serão possíveis, desejáveis e necessárias, mas também nos são apresentadas propostas e promessas fáceis, ilusórias e até mentirosas que tem um único objetivo de distrair o eleitor como se tudo fosse possível ser resolvido num passe de mágica.
Precisamos ser ambiciosos nas busca das soluções para os nossos problemas, é verdade, mas esta ambição ou sonho não significa que devemos acreditar em tudo que nos dizem ou prometem. Coerência de idéias, transparências, diálogo, acessibilidade e um currículo de vida que demonstre boa conduta social e financeira é parte imprescindível da avaliação para a escolha. A idéia de democracia passa hoje muito além das eleições ou da alternância de poder, ela necessita ser um código moral que terá como aval o nosso voto. É preciso analisar cada candidato com muito critério, evitando arrependimentos futuros.
Penso que há muitas razões para que tenhamos esperança em superar as dificuldades que nossa cidade enfrenta embora queiram nos fazer acreditar que elas não existam. A verdade é que estas eleições podem mostrar que a nossa sociedade tem a necessária maturidade e consciência dos seus deveres e direitos. Por isto, precisamos nos certificar de que o candidato que iremos escolher venha a exercer o poder não para criar um feudo ou abrigar, a custa do dinheiro público, seus apadrinhados, ou ainda usar o seu cargo como trampolim político das ambições pessoais, como já vimos no passado. O Prefeito é o Servidor Público Número Um e deverá exercer seu mandato a serviço do cidadão. Neste sentido devemos saber escolher aquele candidato que tenha ou compreenda o valor do diálogo, que exerça o poder congregando as vontades da sociedade de forma permanente para construir uma Joinville verdadeiramente democrática.
Precisamos saber escolher aquele candidato que ofereça maior transparência, pois hoje, mais do que nunca, este princípio é inerente ao exercício do poder. É preciso destacar também que o voto para vereador não tem segundo turno e será decidido no primeiro turno. A composição da Câmara de Vereadores é fundamental para que nossa cidade venha a ser mais digna e humana. Precisamos de vereadores comprometidos com valores éticos e morais, que tenham a honestidade como princípio de conduta e que apresentem propostas e independência.
Através do nosso voto, iremos nos congratular com a democracia que nos traz a esperança, a confiança em nós próprios, pois esta é a primeira condição do nosso sucesso coletivo. A eleição é, em si, a expressão do pensamento e da atitude coletiva. Neste domingo é dia de votar, de expressar pelo voto a nossa vontade em relação ao futuro de Joinville e de exercer aquilo que é um direito e um dever de cidadania. Não vamos perder esta oportunidade.


Sérgio Guilherme Gollnick
Arquiteto e Urbanista

Plano Diretor 2


Dando sequência a serie de posts, com o titulo Plano Diretor, presentamos uma imagem da rua Ibirama, a falta de sinalização tanto vertical, como horizontal, estimula a situação caótica do transito. Os veículos em desacordo com o código Brasileiro de Transito e principalmente omissão e descaso das autoridades publicas, geram o quadro que esta aqui presente.

Como uma imagem vale mais que mil palavras. Nada melhor que mostrar em imagens a nossa realidade. As palavras colocadas na lei do Plano Diretor,

“são questões estratégicas”


...., constituem-se diretrizes para”

...., “a efetividade das ações deverá”......


Todas de ordem impositivo, Altíssonantes e que querem transmitir uma força e uma segurança que estão longe de ser seguidas. Devemos entender que a Mobilidade urbana, seja uma questão estratégica, só no papel.

Não é o acaso que ocasionou este quadro que esta aqui. Parece que poder publico chegou a um impasse em que não consegue mais converter o emaranhado legal em acões concretas para a sociedade.
A politica de mobilidade urbana, parece definida por duas linhas estratégicas, "Deus nos acuda" e "Salve-se quem quiser"

Como a leitura da legislação é enfadonha e na maioria dos casos não é feita para que o eleitor médio possa compreender facilmente, com a inestimável colaboração do Arquiteto Arno Kumlehn, estamos colocando neste blog algumas imagens que possam servir ao eleitor médio, gente como você e como eu, para compreender melhor, O que é e especialmente o que deveria ser.

Permitindo que ao visualizar, um maior numero de pessoas conheçam e possam desta forma contribuir ao desenvolvimento e a prosperidade desta cidade tão querida.

2 de outubro de 2008

Promessômetro

Do blog do Orlandeli, quem será que acredita em tanta promessa de campanha?

Projeto (Fazendo) Arte na Calçada VIII

A sensibilidade do fotografo, conseguiu plasmar a beleza da dureza desta intervenção cultural.
A utilização de materiais tão diversos, como o toco de árvore autentico, com um corte limpo, num trabalho manual precioso, consegue compor com o material plástico, industrializado. A composição destaca de denuncia e destruição sistemática do nosso meio ambiente, pelo avanço descontrolado da industrialização irresponsável.
O autor lança um alento de esperança, ao escolher utilizar o lixo, cuidadosamente fechado, quase que ninando a árvore morta.
A calçada descuidada e trincada, completa o trabalho.
A fotografia de Arno Kumhlen é da Rua Aquidaban.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção, nem é custeada com recursos públicos )

Parece que foi ontem...


...mas é hoje que o blog cumpre seu primeiro aniversario. Uma criança que já produziu, graças principalmente a contribuição dos seus leitores fieis, Com quase 500 posts produzidos neste tempo, mais de 1 por dia.
O seu apoio, os seus comentários e as suas opiniões ao longo destes 365 dias, tem ajudado a fazer este blog. Hoje, já recebemos mais de 15.000 visitas.
Tudo isto só nos obriga a fazer mais por vocês, a tecer comentários mais atuais, opiniões mais estruturadas e principalmente servir de espaço aberto para o debate e a troca de ideias.
Obrigado.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...